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DOSSIÊ
DEPENDENTE NO BRASIL ATUAL
Luiz Filgueiras*
A Teoria Marxista da Dependência (TMD), com o objetivo de entender as formas de reprodução do capital,
nas distintas formações econômico-sociais, em diferentes períodos históricos do desenvolvimento capita-
lista, construiu o conceito de Padrão de Reprodução do Capital (PRC), apoiada na conhecida forma geral
do ciclo do capital industrial, que é, também, a forma do ciclo do capital-dinheiro – conforme formulado
por Marx. Este texto discute o alcance e o limite desse conceito para a compreensão da formação econômi-
co-social brasileira contemporânea. Aponta que, embora ele contribua para o entendimento de formações
econômico-sociais concretas, seu nível de abstração não permite perceber diferenças importantes existen-
tes entre elas – em especial as latino-americanas. Como consequência, propõe, de forma complementar e
em um nível menor de abstração, o conceito de Padrão de Desenvolvimento Capitalista (PDC), devidamente
redefinido, e que se refere apenas a uma formação econômico-social singular (única pela sua história).
Palavras-chave: Teoria Marxista da Dependência. Padrão de Reprodução. América Latina. Padrão de Desen-
volvimento. Brasil.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-49792018000300006 519
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sumidos aos conceitos construídos por Marx, internacional do capital (Osório, 2012a).
estão associados à forma de funcionamento do O objetivo deste texto é o de discutir o
capitalismo dependente (Osório, 2012a). alcance e o limite desse conceito para a com-
Esses novos conceitos – troca desigual, preensão da formação econômico-social brasi-
superexploração da força de trabalho, subim- leira contemporânea. Aponta-se que, embora
perialismo, etc. –, embora pertinentes à com- ele contribua para o entendimento de forma-
preensão do capitalismo dependente, ainda ções econômico-sociais concretas, seu nível
se situam num nível de abstração elevado, ou de abstração não permite perceber diferenças
seja, explicam as características mais gerais importantes existentes entre elas – em especial
desse tipo de capitalismo, as quais o diferen- as latino-americanas. Como consequência,
ciam do capitalismo dos países imperialistas, propõe-se aqui, de forma complementar e em
evidenciando que seu ciclo de reprodução do um nível menor de abstração, o conceito de
capital está condicionado pelo ciclo de repro- Padrão de Desenvolvimento Capitalista (PDC),
dução do capital imperialista (Marini, 1979). devidamente redefinido, que se refere apenas a
No entanto, a TMD deu um passo adian- uma formação econômico-social singular (úni-
te ao reconhecer que a reprodução do capital ca pela sua história).
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Para isso, na seção que se segue a esta – com a incorporação de mais determinações
Introdução, é discutido e detalhado o conceito histórico-sociais para além daquelas necessá-
de PRC e seu uso por Osório (2012b) na defini- rias à caracterização do capitalismo em geral.
ção de um Padrão Exportador de Especializa- Ele estabelece “mediações entre os níveis mais
ção Produtiva que caracterizaria, hoje, todos os abstratos e mais gerais de análise (modo de
países da América Latina. Na sequência, dis- produção capitalista e sistema mundial capita-
cute-se e detalha-se o conceito de PDC e, pos- lista) e os níveis menos abstratos ou históricos
teriormente, a partir dele, analisam-se a estru- concretos (formação econômico-social e con-
tura e a dinâmica do capitalismo dependente juntura)” (Osório, 2012a, p. 41). Objetiva “dar
brasileiro. Por fim, nas Considerações Finais, conta da forma como o capital se reproduz
evidenciam-se, sinteticamente, os dilemas po- em um período histórico específico e em um
lítico-econômicos que demarcam, atualmente, espaço territorial determinado (no centro, na
o desenvolvimento do capitalismo dependente semiperiferia e na periferia), considerando as
brasileiro. características de sua metamorfose na passa-
gem pelas esferas da produção e da circulação”
(Osório, 2012a, p. 40).
O CONCEITO DE PADRÃO DE RE- Portanto, esse conceito, ao permitir a
PRODUÇÃO DO CAPITAL1 passagem da análise para o plano da dinâmi-
ca histórico-concreta, possibilita a identifica-
A TMD, em seus conceitos básicos, ex- ção de distintas formas de dependência e de
plica as particularidades do capitalismo de- ciclos de reprodução do capital no capitalismo
pendente em geral, isto é, aquilo que ele tem dependente, assim como a hierarquização dos
de fundamental e que o diferencia do capita- países dependentes como periféricos e semi-
lismo imperialista. No entanto, ao longo do periféricos.
desenvolvimento do capitalismo como sistema A partir do ciclo de reprodução do capi-
mundial, a forma assumida pela dependência tal industrial, ou o ciclo do capital-dinheiro, re-
foi se transmutando conforme a reconfigura- presentado por Marx como D – M ... P ... M’ – D’,
ção do capitalismo nos países imperialistas e, a TMD identifica e discute os elementos fun-
por consequência, o surgimento de outros ti- damentais, de natureza qualitativa, que deter-
pos de divisão internacional do trabalho. minam e dão substância ao conceito de PRC,
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outros atributos que caracterizam um PRC –, to a existência dessas diferenças (Dossiê, 2013;
não se pode generalizar, para todos os países Luce, 2011).
da América Latina, um mesmo tipo de padrão, Ademais, acredito que uma maior preci-
considerando-se a realidade atual, e muito me- são na qualificação do desenvolvimento capi-
nos quando se tem por referência o Padrão In- talista dependente no Brasil exige nível de abs-
dustrial. Existem diferenças fundamentais não tração menor do que aquele no qual se situa a
apenas na forma como esse último padrão se noção de PRC – incorporando traços históricos
desenvolveu nesses países, mas no próprio pa- que o diferenciam dos demais países da Amé-
drão: a história factual informa que o processo rica Latina, o que nos leva ao uso do conceito
de industrialização na América Latina se res- de PDC.
tringiu, fundamentalmente, a Brasil, México
e Argentina; os demais tiveram uma ou outra
indústria, o que não mostrou força suficiente O CONCEITO DE PADRÃO DE DE-
para redefinir, mesmo que parcialmente, a di- SENVOLVIMENTO CAPITALISTA2
nâmica da economia “para dentro”, com a di-
versificação e ampliação significativa de seus O conceito de Padrão de Reprodução do
respectivos mercados internos. Capital (PRC) aponta para a discussão da estru-
O mesmo vale para a situação atual, em tura e da dinâmica das economias dependen-
que pese o fato de estar ocorrendo um proces- tes, identificando cada forma concreta assumi-
so de especialização produtiva e desindus- da pela dependência e como ela se realiza. No
trialização da região, com efeitos em suas ex- entanto, seu nível de abstração ainda carece
portações. Pelo menos no caso do Brasil, essa de certas determinações histórico-sociais, o
especialização ocorre fundamentalmente em que limita o reconhecimento das diferenças
sua pauta exportadora, pois sua estrutura pro- existentes entre os países latino-americanos,
dutiva é ainda muito diversificada em todos os apesar de unidos e assemelhados pelo caráter
setores. Por isso, as transformações ocorridas dependente de suas economias, e em especial
não foram fortes o suficiente para redefinir, de a passagem da análise para o entendimento
novo, a dinâmica de sua economia “para fora”: das sucessivas conjunturas.
seu mercado interno ainda é o destino princi- Com o objetivo de sanar essa dificulda-
pal da produção, pois sua desindustrialização de, apresento o conceito de Padrão de Desen-
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Mas, da mesma forma que esses dois A configuração do chamado Bloco Políti-
conceitos, o PDC se refere a um fenômeno his- co no Poder (Poulantzas, 1977), num determi-
tórico-estrutural de longo prazo, não se asse- nado período histórico, constitui seu atributo
melhando, portanto, aos conceitos de “padrão fundamental, que precede hierarquicamente
ou regime de crescimento” e “regime de polí- todos os demais, porque, ao mesmo tempo em
tica macroeconômica” (Oreiro, 2011), “estraté- que os expressa sinteticamente, também os
gia de crescimento ou desenvolvimento”, “con- subsume, delimitando seu significado e alcan-
venções de desenvolvimento” (Erber, 2011) ce. Ele se situa na confluência entre estrutura e
e “políticas de desenvolvimento ou políticas conjuntura, economia e política, Estado e mer-
desenvolvimentistas”, conceitos que dizem cado, sendo composto, em cada conjuntura,
respeito e se circunscrevem a determinadas por determinadas classes e frações de classe
situações e características conjunturais que es- que dominam o aparelho de Estado, direcio-
tão presentes, essencialmente, no plano da di- nando-o de acordo com seus interesses – atra-
nâmica econômica imediata e (ou) da ação dos vés da escolha e da colocação em prática de
agentes político-econômicos e do Estado, e que certas políticas econômico-sociais.
podem variar ao longo da vigência de um mes- A classe ou fração que tem a capacidade
mo Padrão de Desenvolvimento Capitalista. de unificar e dirigir, política e ideologicamen-
Em relação ao conceito de PRC da TMD, te, as demais, a partir de seus interesses espe-
o de PDC aqui apresentado é construído em cíficos – transformados e reconhecidos como
um nível de abstração menor, incorporando parte dos interesses gerais do conjunto do blo-
a história e as especificidades econômico-so- co –, mas também contemplando parcialmente
ciais e políticas dos distintos países. Isso sig- outros interesses localizados em seu interior,
nifica dizer que o PDC é um conceito menos assume a liderança e hegemonia do bloco no
abrangente, uma singularidade que diz res- poder. Se essa hegemonia incorporar, margi-
peito apenas a uma determinada formação nal ou mais significativamente, interesses das
econômico-social, cujas características, em classes subordinadas ou de algumas de suas
sua totalidade, não podem ser generalizadas frações – que não compõem o bloco no poder
para outros países. Adicionalmente, além de –, ela deixa de ser restrita a ele e se amplia,
incorporar as dimensões econômica, social e abarcando o conjunto da sociedade (Poulant-
política, ele permite articular estrutura e con- zas, 1977).
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pelo país na divisão internacional do trabalho, lação. Esse também é um aspecto incontorná-
os tipos de restrições externas existentes e, vel para se definir o lugar ocupado pelo país
como consequência, seu grau de vulnerabili- no sistema mundial capitalista, pois evidencia
dade externa (conjuntural e estrutural) e suas a existência, ou não, de uma dependência fi-
limitações no que concerne à adoção e execu- nanceira estrutural – que condiciona seu de-
ção de políticas econômico-sociais. No que se senvolvimento e sua capacidade de colocar
refere aos países periféricos, essa inserção – do em prática políticas econômico-sociais. Isso
ponto de vista produtivo, comercial, financei- se relaciona com a existência e a importância
ro e tecnológico – define e esclarece a nature- de instituições financeiras públicas e (ou) pri-
za de sua dependência no contexto do sistema vadas nacionais, vis-à-vis o financiamento ex-
mundial capitalista. terno, bem como aos mecanismos de financia-
4. O lugar e o modo como o Estado se mento através dos mercados de capitais e de tí-
articula com o processo de acumulação. Infor- tulos e (ou) de empréstimos e endividamento.
ma, desde logo, o caráter do Bloco no Poder 7. A estrutura de propriedade e a dis-
e seus interesses, assim como o grau de au- tribuição de renda e da riqueza. Remetem ao
tonomia relativa do Estado frente às distintas lugar e ao grau de importância dos mercados
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capital. E é periférico porque o neoliberalismo distintas frações do capital (2º governo Lula
assume características específicas nos países e governo Dilma).
capitalistas dependentes, as quais o tornam 5. O momento atual (governo Temer), de re-
mais regressivo ainda quando comparado à composição da hegemonia absoluta do ca-
sua agenda e à forma como é operacionalizado pital financeiro e da burguesia cosmopolita,
nos países capitalistas centrais. com uma nova onda de reformas neoliberais
Do ponto de vista da dinâmica macroe- e a volta do tripé macroeconômico em sua
conômica, a característica fundamental desse versão rígida.
padrão de desenvolvimento capitalista, que Ao longo dessas cinco fases, o PLP so-
aprofundou estruturalmente a dependência freu três inflexões que, além de reconfigurarem
tecnológica e financeira do país, se expressa parcialmente o bloco no poder, provocaram
em sua extrema instabilidade e sua grande vul- alterações parciais e circunstanciais em sua
nerabilidade externa estrutural – que acompa- dinâmica, em virtude da adoção de distintos
nham, de perto, as alterações cíclicas da eco- RPM,6 diretamente relacionados às mudanças
nomia internacional. Esse padrão de desen- na conjuntura econômica internacional, quais
volvimento, com as características estruturais sejam: a âncora cambial do Plano Real no pri-
aqui mencionadas, iguala todos os governos meiro governo FHC; o tripé macroeconômico
brasileiros que se sucederam a partir de 1990. (metas de inflação, superávit fiscal primário e
No entanto, sua constituição passou por câmbio flutuante) rígido no segundo Governo
cinco momentos distintos, desde o começo da FHC e em parte do primeiro governo Lula; esse
década de 1990. mesmo tripé, flexibilizado no segundo governo
1. Uma fase inicial de transição, bastante tur- Lula e no primeiro governo Dilma; e, recente-
bulenta, de ruptura com o MSI e implanta- mente, a partir do segundo governo Dilma, e
ção das primeiras ações concretas de nature- mais ainda do Governo Temer, retornou-se à
za neoliberal, com o começo da hegemonia aplicação rígida desse tripé.
do capital financeiro (Governo Collor).
2. Uma fase de ampliação e consolidação da
nova ordem econômico-social neoliberal, O PLP E SEUS RPM
com a implementação do Plano Real e das
reformas neoliberais, na qual se amplia e se Esses distintos regimes, dependentes de-
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dos interesses divergentes das distintas frações política macroeconômica, adotados desde o
do capital e dos distintos setores populares. início dos anos 1990, e de algumas inflexões
Na esteira da persistência da crise in- ocorridas no bloco no poder, não se alteraram
ternacional, o capital financeiro voltou a ter as características essenciais do PLP – forma
protagonismo mais ativo e exigiu o retorno concreta de expressão da doutrina e do progra-
da aplicação rígida do tripé macroeconômico ma neoliberal no Brasil.
como política econômica permanente de Esta- Do ponto de vista estrutural, o PLP atua-
do. Abriu-se, então, uma disputa entre a bur- lizou, e até piorou, algumas das características
guesia cosmopolita e a burguesia interna pelo mais marcantes da formação econômico-social
comando do Estado e de suas políticas, que brasileira: a dependência externa tecnológica e
veio a culminar com a derrota da segunda, im- financeira, com grande transferência de renda
pulsionada pelo golpe de Estado operaciona- para fora do país; a inserção passiva e subal-
lizado através do impeachment da Presidente terna na divisão internacional do trabalho; a
e o retorno, já no Governo Temer, da agenda enorme concentração de renda e desigualdade
neoliberal em sua face mais radical. social; o rebaixamento permanente do estatuto
do trabalhador; e a apropriação do público (e
do Estado) pelo privado (grande capital).
CONSIDERAÇÕES FINAIS A trajetória do PLP forjou um consen-
so básico entre as distintas frações do capital,
O argumento fundamental apresenta- apesar das diferentes posições que ocupam no
do neste texto é o de que o conceito de PRC, processo de acumulação capitalista (Filguei-
próprio da TMD, é insuficiente para dar con- ras, 2017): 1- a abertura comercial e financeira
ta das especificidades das distintas formações da economia, com a sua consequente interna-
econômico-sociais capitalistas, em especial os cionalização, é condição obrigatória de inser-
capitalismos dependentes dos países latino-a- ção do país na nova ordem dominada pelo ca-
mericanos. Daí a necessidade de uma análise pital financeiro; 2) a dominância desse capital
com menor nível de abstração. e o processo de financeirização da economia
No que tange ao Brasil, acredita-se que o não podem ser questionados; a adaptação à
padrão exportador de especialização produtiva nova ordem capitalista é o único caminho pos-
não expressa o modo de reprodução do capital sível; 3) a continuação do processo de privati-
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The Marxist Theory of Dependency (MTD), with La Théorie Marxiste de la Dépendance (TMD), dans
the aim of understanding the ways in which le but de comprendre la façon dont le capital est
capital is reproduced in different economic and reproduit dans différentes formations économiques
social formations in different historical periods of et sociales dans différentes périodes historiques du
capitalist development, constructed the concept of développement capitaliste, a construit le concept
Capital Reproduction Pattern (CRP), supported in de Modèle de Reproduction du Capital (MRC),
the known general form of the cycle of industrial soutenu dans la forme générale connue du cycle du
capital, which is also the form of the money- capital industriel, qui est aussi la forme du cycle du
capital cycle - as formulated by Marx. This text capital-argent - tel que formulé par Marx. Ce texte
discusses the scope and limit of this concept for discute la portée et la limite de ce concept pour la
the understanding of contemporary Brazilian socio- compréhension de la formation socio-économique
economic formation. It is pointed out that, although brésilienne contemporaine. Il est souligné que,
it contributes to the understanding of concrete bien qu’il contribue à la compréhension de
socio-economic formations, its level of abstraction formations socio-économiques concrètes, son
does not allow to perceive important differences niveau d’abstraction ne permet pas de percevoir
existing between them - especially the Latin les différences importantes existant entre eux - en
American ones. As a consequence, it is proposed, particulier les latino-américains. En conséquence
in a complementary way and in a lower level of il est proposé, d’une manière complémentaire et
abstraction, the concept of a Capitalist Development dans un niveau d’abstraction inférieur, le concept
Pattern (CDP), duly redefined, and which refers de Modèle de Développement Capitaliste (MDC),
only to a unique socio-economic formation (unique dûment redéfini, qui se réfère uniquement à une
in its history). formation économique et sociale singulière (unique
pour son histoire).
Luiz Filgueiras – Doutor em Teoria Econômica. Pós-Doutorado em Economia pela Universidade Paris
13. Professor Titular da Universidade Federal da Bahia. Atua na área de Economia Política e Economia
Brasileira Contemporânea, com ênfase principalmente nos seguintes temas: padrões de acumulação e
de desenvolvimento, inserção internacional, política econômica, planos de estabilização, crise e padrões
de desenvolvimento, políticas sociais e mercado de trabalho, reestruturação produtiva e emprego.
Publicações recentes: Economia política versus economia positiva: proposta de um antimanual de
introdução à economia. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, v. 50, p. 142-164, 2018;
Ajuste fiscal e as universidades públicas brasileiras: a nova investida do banco mundial. Caderno do
CEAS, v. 242, p. 603-634, 2017; Economia, política e o bloco no poder no Brasil. Bahia Análise & Dados,
v. 27, p. 147-177, 2017; História do Plano Real. Ed. Boitempo, 2000, 2016.
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