Primeira edição
08.11.2017
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Número de referência
ABNT NBR 12215-1:2017
26 páginas
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Sumário Página
Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Requisitos gerais................................................................................................................6
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Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 12215-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Saneamento Básico (ABNT/CB-177), pela
Comissão de Estudo de Projetos para Sistemas de Saneamento (CE-177:001.001). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 14.07.2017 a 11.09.2017.
Esta parte da ABNT NBR 12215 e a ABNT NBR 12215-2 cancelam e substituem a
ABNT NBR 12215:1991.
A ABNT NBR 12215, sob o título geral “Projeto de adutora de água”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
Scope
This Standard establishes the requirements applicable for designing pressurized water pipeline on a
water supply system.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos aplicáveis à elaboração de projeto de adutora em conduto forçado
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2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 12113, Projeto de captação de água de superfície para abastecimento público –
Procedimento
ABNT NBR 12214, Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento público –
Procedimento
ABNT NBR 12218, Projeto de sistema de rede de distribuição de água para abastecimento público –
Procedimento
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
adutora
tubulação destinada a transportar água entre unidades operacionais do sistema, pode funcionar por
gravidade, recalque ou ambos, com ou sem derivação para mais de uma unidade operacional
3.2
cavitação
vaporização parcial ou completa da água que ocorre em um líquido confinado, resultante de ocorrência
de pressões abaixo da sua pressão de vapor
3.3
cavitação em tubulação
vaporização parcial ou completa que ocorre em um líquido em determinada seção transversal da
tubulação, resultante de ocorrência de pressões abaixo da sua pressão de vapor. No caso de vapori-
zação completa, ocorre a ruptura da coluna líquida formando um bolsão de vapor de água separando
dois trechos de fluido em estado líquido
3.4
chaminé de equilíbrio
estrutura destinada a amortecer as ondas de subpressão e sobrepressão resultantes de um eventual
regime transitório em uma tubulação, atuando como reservatório intermediário de nível variável em
consequência do regime transitório atuante
3.5
coeficiente de admissão do ar de ventosa
fator de proporcionalidade que correlaciona a vazão mássica de entrada de ar por meio de um orifício
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3.6
coeficiente de expulsão do ar de ventosa
fator de proporcionalidade que correlaciona a vazão mássica de saída de ar por meio de um orifício de
uma ventosa e da pressão na tubulação no ponto onde a mesma está instalada
3.7
comissionamento
pré-operação do sistema com verificação de atendimento aos parâmetros estabelecidos em projeto
3.8
comportamento estrutural visco-elástico
comportamento intermediário entre sólidos elásticos e fluidos viscosos apresentados por materiais
visco-elásticos (plásticos). Os sólidos elásticos comportam-se de acordo com a lei de Hooke e os
fluidos viscosos de acordo com a lei da viscosidade de Newton
3.9
conduto forçado
conduto em que o fluido ocupa totalmente a seção de escoamento, com pressão diferente da
atmosférica
3.10
conduto livre
conduto em que o fluido ocupa apenas parte da seção transversal e apresenta superfície livre, sujeita
a pressão atmosférica
3.11
curva caraterística da bomba
curva na qual cada valor da altura manométrica corresponde a uma só vazão, indicada pelo fabricante
do equipamento
3.12
curva caraterística do sistema
curva que representa os pontos de operação do sistema, correlacionando a capacidade de transporte
na tubulação com a unidade fornecedora de energia (sistema de bombeamento, reservatório)
3.13
data de início do plano
data de início estabelecida como referencial no desenvolvimento do planejamento, estudos ou projetos
para um sistema
3.14
data de início de operação
data previamente fixada para início da operação do sistema
3.15
deformação diametral
ovalização
diferença entre o diâmetro externo médio e o diâmetro externo mínimo do tubo deformado por com-
pressão diametral
3.16
deformação diametral relativa
quociente da deformação diametral pelo diâmetro externo médio, expresso como porcentagem
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3.17
diâmetro interno
dimensão correspondente ao diâmetro externo descontados duas vezes a espessura da parede
3.18
diâmetro externo DE
maior dimensão medida na seção transversal de uma tubulação
3.19
diâmetro nominal DN
simples número que serve para classificar, em dimensões os elementos de tubulações (tubos, juntas,
conexões e acessórios)
NOTA O diâmetro nominal não é objeto de medição, nem de utilização para fins de cálculos.
3.20
efeito Venturi
efeito que ocorre em um sistema fechado quando há uma diminuição da seção, diminuindo a pressão
e aumentando a velocidade de um fluido
3.21
máquina hidráulica
mecanismo que fornece, retira ou altera a energia de um líquido em escoamento
3.22
momento polar de inércia
resultado obtido a partir do produto do valor de uma massa que está girando em torno de um eixo pelo
quadrado da distância em relação a este eixo
3.23
orifício automático de ventosa
oríficio pelo qual o ar é expelido durante o funcionamento da adutora em regime permanente
3.24
orifício cinético de ventosa
oríficio por meio do qual o ar é:
3.25
oscilação de massa
escoamento transitório oscilatório com deslocamento do fluido ao longo da tubulação provocado por
variações de carga cíclicas entre dois pontos do sistema
3.26
ponto de trabalho
ponto de interseção das curvas características da bomba e do sistema
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3.27
ponto de fechamento cinético
valor de pressão que define o fechamento do orifício cinético, resultando em uma vazão mássica de
ar expelida adequada ao sistema, definido pelo fabricante e/ou no projeto
3.28
pressão admissível
pressão atuante que um componente pode suportar com total segurança, incluído os transitórios
hidráulicos
3.29
pressão de pré-carga
pressão inicial necessária para a adequada operação do reservatório hidropneumático
3.30
pressão de serviço
pressão atuante nos componentes do sistema quando da ocorrência do regime hidráulico permanente
3.31
pressão de serviço máxima
pressão máxima atuante nos componentes do sistema quando da ocorrência do regime transitório
3.32
regime permanente
regime de escoamento no qual a velocidade, a vazão e a pressão não variam com o tempo em um
determinado trecho da tubulação
3.33
regime transitório
regime de escoamento intermediário quando há variação na velocidade, vazão e pressão mudando
o estado de um regime permanente inicial por outro estado de regime permanente final
3.34
reservatório hidropneumático
dispositivo composto de um vaso com ar sob pressão com o objetivo de atenuar as variações de
pressões (sobrepressões e subpressões) causadas por transitórios hidráulicos
3.35
tanque de amortecimento unidirecional TAU
dispositivo que tem como função injetar água em um determinado ponto da tubulação durante
a passagem de uma onda de subpressão, resultante dos transitórios hidráulicos
3.36
transitório hidráulico
escoamento não permanente em regime variado que ocorre entre um regime permanente e outro
3.37
válvula de alívio de ação direta
dispositivo que serve para aliviar as sobrepressões resultantes do transitório hidráulico
3.38
válvula de controle
dispositivo que serve para controlar vazão, pressão, nível
3.39
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velocidade crítica
velocidade dependente da declividade do terreno, que permite a remoção de ar nas tubulações e é
obtida quando a velocidade média de escoamento é igual ou maior que um certo valor mínimo
3.40
ventosa simples
ventosa automática
dispositivo utilizado para atuar na expulsão do ar acumulado em ponto específico da tubulação em
regime permanente
3.41
ventosa de dupla função
ventosa cinética
dispositivo utilizado para atuar na expulsão e/ou na admissão de ar acumulado em ponto específico
da tubulação
3.42
ventosa de tríplice função
ventosa de triplo efeito
dispositivo utilizado para atuar na expulsão e/ou na admissão de ar acumulado em ponto específico
da tubulação e que tem as funções da ventosa automática e da ventosa cinética
3.43
ventosa de tríplice função
ventosa de triplo efeito com dispositivo de fechamento lento
dispositivo utilizado para atuar na expulsão e/ou na admissão de ar acumulado em ponto específico
da tubulação e que conta com um mecanismo extra que torna suave e gradativo o processo de
fechamento do orifício cinético, evitando assim altas sobrepressões causadas por um fechamento
abrupto deste
3.44
vínculos estruturais
elementos da construção que impedem o giro e/ou o movimento horizontal e vertical de uma estrutura
3.45
volante de inércia
dispositivo acoplado ao eixo da bomba para aumentar o momento de inércia do conjunto girante
reduzindo a taxa de variação de rotação do conjunto motor-bomba por ocasião do seu desligamento
4 Requisitos gerais
4.1 Desenvolvimento do projeto
caminhamento(s);
g) estudo de concepção do sistema de abastecimento, elaborado conforme a ABNT NBR 12211;
a) analisar as instalações do sistema adutor existente, objetivando seu aproveitamento, quando for
o caso;
c) avaliar e considerar na solução técnica a restrição ambiental incidente, quando existir;
g) validar o estudo de concepção e/ou realizar estudo técnico, econômico, social, financeiro
e ambiental da adutora e/ou do sistema adutor;
j) realizar estudo de transitórios hidráulicos, verificações sobre possíveis oscilações ressonantes
e cálculo de flexibilidade, onde aplicável;
k) dimensionar dispositivos de proteção hidráulica da adutora e/ou definir procedimentos, para as
operações de enchimentos e esvaziamentos;
m) avaliar a resistência mecânica das partes componentes do sistema adutor às ações internas
e externas atuantes;
n) avaliar a proteção das partes componentes do sistema adutor às ações de processo corrosivo,
agressividade do meio à tubulação, de deterioração mecânica e de ataque químico, quando
necessário;
p) detalhar a interdependência das atividades e o plano de execução das obras. Otimizar o tempo
de paralisação do sistema, quando necessário;
r) compatibilizar o projeto da adutora com os demais projetos complementares (estruturais, elétricos,
eletromecânicos, automação etc);
t) buscar a equalização dos diferentes materiais aplicados para que o resultado destes correspondam
à melhor solução técnico-econômica com tempo de vida útil compatível com o requerido no estudo
e/ou projeto;
u) verificar a integridade estrutural da tubulação para os requisitos de instalações aéreas e enterradas.
4.2.3 Peças gráficas do projeto, em escalas adequadas, atendendo às normas técnicas em vigência
e às recomendações e padronizações (da operadora/ da contratante), devem apresentar:
planejadas, as interligações complexas, as travessias, áreas com restrição ambiental. Deve considerar
a integração da solução hidráulica projetada e a forma executiva destas implementações em campo.
4.2.3.2 Planta e corte do traçado da adutora, dos pontos de descarga, de manobra, de eliminação/
admissão de ar, adutora existente, adutora projetada, curva característica do sistema, e demais
detalhamentos necessários.
4.2.11 Diretrizes operacionais contendo o plano de operação e controle previsto para o sistema adutor,
detalhamento das vazões máximas e mínimas operacionais, quando aplicável.
5 Requisitos específicos
5.1 Vazão para dimensionamento
5.1.1 Atender ao horizonte do estudo ou do projeto que deve ser definido por critério técnico (da
operadora/ da contratante) responsável pelo sistema de abastecimento de água.
5.1.2 O índice de perda total (real e aparente) deve ser considerado na vazão, levando em consi-
deração as metas resultantes das ações e planos de controle e redução de perdas (da operadora/ da
contratante) do sistema de abastecimento e sua evolução no horizonte do estudo ou do projeto.
5.1.3 Deve ser adotada a vazão máxima diária de horizonte do estudo ou do projeto em cada etapa
definida conforme critério técnico (da operadora/da contratante) responsável pelo sistema de abaste-
cimento de água.
5.1.4 O coeficiente k1 deve ser obtido a partir dos dados existentes da localidade e, quando da ine-
xistência de histórico, adotar valores explicitados na literatura específica.
5.1.5 Deve ser verificada a condição operacional para as vazões máximas e mínimas resultantes
dos estudos de demandas para o horizonte do estudo ou do projeto, o início de operação, a etapa
intermediária, a operação horo-sazonal relacionada à eficiência energética.
5.2.1 Avaliar as instalações do sistema adutor existente e seu ciclo operacional elaborando
diagnóstico que permita a otimização e a adequação técnica do sistema.
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5.2.2 Na elaboração de novos estudos e projetos, as partes com aproveitamento total e/ou parcial
existentes devem satisfazer aos requisitos desta Norma ou adaptar-se a esta, mediante alterações
ou complementações, e deve ser analisado o impacto do sistema projetado sobre as instalações
existentes.
5.3.1 Deve ser realizada análise do caminhamento em localização (planta) e perfil, a fim de verificar
a correta indicação dos componentes acessórios e as ancoragens nos pontos onde ocorrem esforços
que possam causar o deslocamento das peças.
5.3.2 Deve ser verificada a influência do plano de carga e da linha piezométrica para a definição do
caminhamento da adutora.
5.3.3 O caminhamento da adutora deve ser definido com base em critérios técnicos e econômi-
cos (instalação, operação e manutenção), comparando-se a caminhamentos alternativos, concebidos
a partir de imagens de satélite, cartas geotécnicas, mapas geológicos e/ou arqueológicos, levanta-
mento planialtimétrico cadastral, inspeções de campo, sondagens necessárias como recurso para
reconhecimento do terreno, avaliação preliminar de interferências.
5.3.4 O caminhamento da adutora deve procurar sempre o terreno com melhores condições de solo,
evitando os rochosos, alagadiços e de baixa resistência, áreas com declividade elevada, pavimento
rígido, e qualquer outro obstáculo que comprometa os trabalhos de sua implantação, operação e
manutenção.
a) instalações aeroportuárias, complexos industriais ou aéreas cuja ocupação apresente interesse
social ou de segurança pública, nas condições impostas pelas autoridades competentes;
c) estradas de ferro eletrificadas, ou com viabilidade de futura eletrificação, linha de alta-tensão,
oleoduto, gasoduto. Em caso de cruzamento ou caminhamento ao longo destas interferências,
reduzir a possibilidade da adutora ser afetada por corrosão eletrolítica;
d) no caso em que a interferência for inevitável, deve ser realizada consulta aos órgãos reguladores.
5.3.6 A adutora deve ser instalada de preferência em área de domínio público, respeitando legislação
vigente, não sendo isso possível ou viável, o projeto deve prever a desapropriação da faixa ou a
instituição de servidão sobre ela.
5.3.7 Em áreas urbanas, convém que o caminhamento esteja condicionado ao sistema viário
existente ou planejado.
5.3.8 A largura da faixa que contém a adutora deve permitir os trabalhos de instalação e manutenção.
5.3.9 O projeto deve considerar o eventual trânsito de veículos sobre a faixa da adutora, prevendo-se,
neste caso, o recobrimento adequado da adutora ou reforço de sua estrutura.
5.3.10 O projeto deve prever e indicar que não é permitido plantio na faixa da adutora. Exceção
somente com aprovação e autorização da operadora.
5.3.11 O projeto deve prever e indicar que é proibido trafegar veículos pesados, executar edificações,
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5.3.12 O projeto deve prever sinalização da faixa para identificação de adutora enterrada, de acordo
com norma própria ou recomendação da operadora/da contratante.
5.4.1 A definição dos levantamentos a serem efetuados deve ser precedida de inspeção de campo
feita ao longo do caminhamento preliminar da adutora, com objetivo de reduzir ao mínimo necessário
a extensão de áreas a levantar.
5.4.2 Devem ser coletadas informações existentes nas cartas geotécnicas, mapas geológicos,
arqueológicos, levantamentos topográficos, e feitas as complementações necessárias, para possibilitar
o desenvolvimento do projeto da adutora, atendendo aos requisitos desta Norma.
5.4.3 Para o traçado da adutora, os levantamentos topográficos devem ser planialtimétricos cadas-
trais em extensão, detalhamento e precisão, que permitam no mínimo:
a) mostrar:
b) justificar:
—— a posição adotada;
—— as obras especiais;
5.4.4 As sondagens devem ser em número, tipo e profundidade que permitam definir a fundação da
adutora, definir o nível atual do lençol freático e elaborar o projeto das obras especiais, que permitam
definir o processo de escavação, o tipo de escoramento necessário a fundação.
5.4.5 As interferências não visíveis devem ser levantadas a partir das informações existentes nos
projetos e cadastros, pelo acesso ao poço e/ou a caixa de inspeção existente, por meio de levantamento
topográfico, da realização de furos de sondagem, de prospecção eletromagnética.
Para adutora de água bruta, deve ser adotada a velocidade mínima de 0,6 m/s e para água tratada de
0,3 m/s. Exceção pode ser aceita, desde que tecnicamente justificada.
a) perdas de cargas a um limite que proporcione o menor consumo de energia elétrica,
A velocidade crítica de arraste de ar deve ser avaliada em cada trecho da adutora para as vazões de
projeto.
5.5.4 Dimensionamento
5.5.4.1 Para o dimensionamento hidráulico da tubulação, deve ser considerado, para o horizonte
de projeto, o coeficiente de Hazen Williams ou equivalente da equação universal e também, o enve-
lhecimento, incrustação e deposição nas paredes da tubulação. Os coeficientes devem ser levantados
em campo ou, na impossibilidade da realização das avaliações em campo, devem-se adotar valores
explicitados na teoria dos manuais de hidráulica.
NOTA 1 Recomenda-se estudo diferenciado do coeficiente para água bruta e para água tratada.
NOTA 2 Para temperatura do fluido muito diferente da temperatura ambiente, recomenda-se a aplicação
da equação universal, ou aplicar critério definido pela operadora/contratante.
5.5.4.3 Deve ser estabelecido o período de funcionamento do sistema adutor. Para sistema adutor
que opera por recalque, deve ser avaliado o período de bombeamento diário, considerado os períodos
de manutenção, falta de energia elétrica, operação em horário de ponta.
5.5.4.5 Devem ser consideradas no cálculo as perdas de carga incidentes no sistema adutor.
5.5.5.1 Recomenda-se que a adutora seja composta de trechos ascendentes com declividade não
inferior a 0,2 % e trechos descendentes com declividade não inferior a 0,3 %.
5.5.5.2 São recomendados os traçados que apresentem trechos ascendentes longos com pequena
declividade, seguidos de trechos descendentes curtos, com maior declividade.
5.5.5.4 Adutoras ramificadas devem ter dispositivos para controle da vazão em cada ramo alimentador
de reservatório, bem como válvulas de fechamento das derivações, para isolamento e manutenção
de trechos sem paralisar totalmente a adução.
5.5.5.5 No caso de adutora precedida de conduto livre descoberto, deve haver, na entrada do conduto
forçado, grade e tela com características definidas na ABNT NBR 12213.
5.5.5.6 A adutora composta de trecho em conduto livre seguido por conduto forçado deve conter
dispositivo que garanta a condição de regime do escoamento, que evite a entrada de ar, utilizando
estrutura de controle.
5.5.5.7 A adutora composta de trecho de recalque seguido por gravidade deve conter dispositivos
que garantam a condição de escoamento forçado em qualquer situação, por meio de estrutura
de controle.
5.5.5.8 O projeto deve estabelecer e detalhar o controle necessário do sistema de proteção aos
transitórios hidráulicos visando a garantir a operação conforme projeto.
5.5.5.9 O projeto deve estabelecer espessura mínima da parede da tubulação, compatível com cada
material estudado, que suporte as pressões de serviço e para absorver todos os esforços atuantes,
incluindo os esforços dos transitórios hidráulicos e os resultantes pela ação do sistema de proteção
a estes.
5.5.5.10 As válvulas previstas no sistema adutor devem ter seus tempos de abertura e/ou de
fechamento, de manobra e/ou de controle, dimensionados de forma a gerar o menor transitório
possível no sistema. Esses tempos devem estar indicados no projeto, nos cálculos e nas diretrizes
operacionais.
5.6.1 Todo material para a tubulação a ser indicado no projeto deve atender à norma técnica
específica em vigência.
NOTA Exceção à aplicação de tubulação com material em aço desde que o material seja especificado
conforme as API, ANSI, ASTM ou AWWA.
5.6.2 O estudo deve contemplar alternativas com aplicação de materiais diferentes para a tubulação
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b) verificação do dimensionamento pelas condições-limites e/ou críticas de trabalho para cada
material estudado;
e) redução na resistência mecânica e vida útil, para cada material em estudo;
i) ataque químico ao material, avaliação dos requisitos de agressividade do meio e/ou do entorno.
Quando necessário, prever proteção adequada da tubulação contra o processo corrosivo ou
o ataque químico;
j) avaliação da condição mecânica da tubulação e das estruturas, prever proteção aos esforços
mecânicos, para evitar o colapso para tubulações quando da ocorrência das condições-limites
de trabalho e dos transitórios hidráulicos, nas envoltórias mínimas e máximas;
k) verificação dos requistos de instalação e as variações térmicas e/ou de intempéries associadas
as variações temporais das tensões atuantes nas diversas condições de trabalho, visando manter
as condições de funcionamento e segurança no sistema;
l) avaliação da intercambiabilidade entre os diferentes materiais aplicados na adutora. Quando não
houver, prever os devidos elementos para a transição;
m) avaliar possibilidade da tubulação estar sujeita a vandalismo, incêndio e/ou impacto contra a
estrutura.
5.7.1 Todos os componentes do sistema devem ser avaliados para as pressões atuantes na condição
mais desfavorável, para os regimes operacionais normal e excepcional, e catastrófico, quando aplicável.
5.7.2 A pressão mínima atuante deve ser igual ou superior a 50 kPa em regime permanente na
condição da(s) vazão(ões) de estudo e/ou projeto. Pressão mínima adotada inferior a indicada precisa
ser justificada técnicamente e aprovada pela operadora/contratante.
5.7.2.1 Recomenda-se que o sistema seja mantido pressurizado, quando operando ou parado, em
toda a sua extensão.
5.7.2.2 Recomenda-se que as pressões mínimas, devidas aos transitórios hidráulicos atuantes em
qualquer seção da adutora, sejam maiores que a pressão atmosférica para sistema com água tratada
e de no máximo – 20 kPa, para sistema com água bruta.
5.7.2.3 Em adutora de água tratada para tubulação com junta elástica, evitar a ocorrência de pressão
negativa.
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5.7.2.4 Em adutora de água tratada, nos pontos onde existem dispositivos para admissão e/ou
expulsão de ar, em área inundável ou sujeita a contaminação da tubulação, não é admitida a pressão
negativa.
5.7.3 A pressão de serviço máxima nas condições normais ou excepcionais, atuantes em qualquer
seção da adutora e/ou seus componentes, devem ser iguais ou inferiores às pressões admissíveis
para as tubulações, conexões, acessórios e equipamentos previstos em toda a instalação do sistema
adutor.
5.8.1 A análise dos transitórios hidráulicos deve ser efetuada em diferentes etapas do estudo e/ou
projeto (estudo de concepção, projeto básico, projeto executivo), compreendendo desde a avaliação
preliminar até a fase do detalhamento executivo.
5.8.2 Em todas as etapas do projeto, deve ser efetuada uma avaliação preliminar com análise
diagnóstica do estudo dos transitórios hidráulicos do sistema adutor desprovido de qualquer dispositivo
de proteção aos transitórios. Em função dos resultados obtidos nesta análise, cabe ao projetista a
adoção de duas alternativas:
5.8.3 Na etapa de dimensionamento dos dispositivos de controle e proteção, devem ser selecionados
aqueles que garantam as condições de pressão de serviço indicada nesta Norma, considerando
viabilidade técnica, operacional e econômica para o sistema.
5.8.4 O estudo dos transitórios hidráulicos deve ser realizado com a aplicação de software específico,
que atendam aos seguintes itens:
a) modelagem matemática que se aproxime do modelo físico do sistema hidráulico em estudo e/ou
projeto;
b) aplicação de métodos numéricos (das características, métodos das ondas planas, método de
diferenças finitas, método de elementos finitos) e que resolvam as equações de derivadas parciais
governantes dos fenômenos transitórios considerando as características físicas da água e da(s)
tubulação(ões) e dos vínculos estruturais da(s) tubulação(ões) com o meio externo;
compreender as simulações sem e com dispositivos de proteção, mediante gráficos e tabelas que
representem o comportamento dinâmico dos dispositivos de proteção aos transitórios hidráulicos;
d) simulação isolada e/ou simultânea de quantos dispositivos para controle e proteção aos transitórios
hidráulicos se fizerem necessários, de uma ou mais tubulações em paralelo, onde pertinente,
conforme a topologia e condições operacionais previstas no estudo e/ou projeto;
e) contemplem ou que permitam o estabelecimento das condições de contorno que caracterizem
adequadamente os dispositivos de proteção de controle do escoamento transitório;
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f) cálculo das condições transitórias decorrentes da separação da coluna líquida com formação de
cavidades de vapor e os subsequentes picos de sobrepressões advindos da fase de rejuntamento
da fase líquida associada à cavitação transitória.
5.8.5 Pode ser exigido pela operadora/contratante que se apresente a validação do software a ser
aplicado por pelo menos uma das formas indicadas a seguir:
—— descrição do método e comparação com outro método reconhecidamente aceito, que não o
próprio;
5.8.6 Qualquer solução técnica e/ou dispositivo adotado para a proteção dos transitórios hidráulicos
deve apresentar justificativa técnica ou aproximações que garantam o entendimento dos efeitos deste
dispositivo em todo o sistema. Demonstrar nos relatórios o respaldo técnico para a solução técnica , as
considerações adotadas, as condições de contorno e iniciais adotadas para a solução das equações
diferenciais e a justificativa para a adoção destas.
5.8.7 Para a(s) adutora(s) composta(s) por tubulação(ões) com comportamento estrutural visco-
elástico recomenda-se o emprego de dispositivos de proteção aos transitórios hidráulicos que
propiciem escoamento transitório do tipo oscilação de massa.
5.8.8 Na análise e aplicação dos dispositivos de controle e proteção contra os efeitos indesejáveis
dos transitórios hidráulicos, a seguir indicados, são informações mínimas necessárias aos estudos
e devem ser consideradas nas simulações quando da aplicação do modelo numérico e software
descritos em 5.8.4.
Para o conjunto motor-bomba, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser
consideradas nas simulações são: modelo e tipo de bomba, curva característica da bomba adotada,
curva característica do sistema, vazão, altura manométrica, rendimento do ponto de trabalho em regime
permanente, momento polar de inércia do conjunto motor bomba (preferencialmente obter dados dos
fabricantes), velocidade angular de rotação e potência nominal do motor. Se a análise possibilitar a
operação da bomba em quadrantes fora da faixa normal da máquina hidráulica, explicitar as curvas
características de carga e torque adotadas nos quatro quadrantes. Caso o projetista não disponha dos
valores dos momentos polares de inércia dos fabricantes, explicitar como foram estimados os valores
empregados nas simulações.
Para a válvula de controle, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser consi-
deradas nas simulações são: tipo (borboleta, gaveta, esfera, globo etc), diâmetro, classe de pressão,
curvas características empregadas (coeficientes de perda de carga e de vazão versus grau de aber-
tura) e as leis de abertura e de fechamento.
Para a válvula de retenção, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser consi-
deradas nas simulações são: tipo, diâmetro, classe de pressão, coeficiente de perda de carga e tempo
de resposta.
Para a válvula de alívio, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser consideradas
nas simulações são: tipo, diâmetro, classe de pressão, curvas características empregadas (coeficientes
de perda de carga e de vazão versus grau de abertura), pressão de abertura e de fechamento e tempo
de permanência da válvula aberta.
Para o reservatório hidropneumático, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem
ser consideradas nas simulações são: tipo de tanque (sem ou com membrana), posição de instalação
(vertical ou horizontal), classe de pressão e de teste hidrostático, volume total do vaso de pressão,
diâmetro do tanque, volumes iniciais de gás em regime permanente e estático, níveis máximos e
mínimos transitórios, pressão de pré-carga e coeficiente politrópico adotado. Para o ramal de ligação
entre o tanque e a adutora, indicar diâmetro, tipo de válvula de bloqueio empregada e os coeficientes
de perdas localizadas nos dois sentidos do escoamento. Quando empregados ramais de saída e
de entrada distintos, indicar as características técnicas da válvula de retenção do ramal de saída,
conforme orientações para o dispositivo - válvula de retenção.
Para a chaminé de equilíbrio, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser
consideradas nas simulações são: diâmetro do reservatório, níveis de água em regime permanente,
e máximo e mínimo transitórios, cotas do fundo e do topo. Em adutoras de água bruta, considerar
a sobrelevação do nível d’água em regime permanente decorrente de eventual incremento da
rugosidade dos tubos ao longo da vida útil do sistema. Para o ramal de ligação entre a chaminé de
equilíbrio e a adutora, indicar ainda o diâmetro e os coeficientes de perdas localizadas nos dois sentidos
Para o volante de inércia, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser consi-
deradas nas simulações são: momento polar de inércia do conjunto girante e do volante de inércia,
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5.8.8.9 Ventosa
5.8.8.9.1 Somente são admitidos como dispositivos de proteção aos transitórios hidráulicos os
dispositivos que atenderem aos seguintes requisitos:
a) fechamento lento do obturador do orifício principal somente sob ação do empuxo da água, sem
choques nem resposta prematura sob efeito Venturi;
b) por construção, apresentar resposta imediata do obturador do orifício principal da válvula sob
ação da pressão subatmosférica transitória;
d) diâmetro de orifício e áreas de passagem seccionais com área efetiva para atender às vazões
calculadas no estudo e/ou projeto para a admissão e/ou a eliminação do ar e ter área efetiva do
flange da válvula igual ou maior que orifício da ventosa.
Para a ventosa simples ou automática, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem
ser consideradas nas simulações são: quantidade, localização, dimensionamento, diâmetro do orífício
automático.
5.8.8.9.3 Ventosa de dupla função ou cinética e ventosa de tríplice função ou de triplo efeito
Para a ventosa de dupla função ou cinética de tríplice função ou de triplo efeito, as informações
mínimas necessárias aos estudos e que devem ser consideradas nas simulações são: tipo, diâmetro
nominal, classe de pressão, diâmetro efetivo do orifício cinético, e apresentar:
5.8.8.9.4 Ventosa de tríplice função ou de triplo efeito com dispositivo de fechamento lento
Para a ventosa de tríplice função ou de triplo efeito com dispositivo de fechamento lento, as informações
mínimas necessárias para os estudos e as simulações, devem atender aos requisitos de 5.8.8.9.1, e
apresentar:
b) os valores de velocidade ou diferenciais de pressão que causam a mudança na área geométrica
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Para a válvula de bloqueio, as informações mínimas necessárias aos estudos e que devem ser consi-
deradas nas simulações são: tipo (gaveta, esfera, globo, borboleta etc), diâmetro, classe de pressão,
curvas características empregadas (coeficientes de perda de carga e de vazão versus grau de aber-
tura) e as leis de abertura e de fechamento.
5.9.1 Os transitórios hidráulicos devem ser calculados obtendo-se as variáveis de vazão e pressão
dependentes do tempo (t) e do espaço (x) em cada seção definida no modelo matemático do sistema.
5.9.2 Deve ser realizada a análise dos transitórios na ocorrência de manobras que interfiram no ciclo
operacional do sistema, nas condições normais, excepcionais e catastróficas, quando aplicável.
A análise deve ser realizada para as distintas etapas da execução do projeto (estudo técnico preliminar,
estudo de concepção, projeto básico, projeto executivo, quando aplicável), considerando o estudo
econômico das alternativas, as soluções técnicas e suas alterações.
5.9.3 Em adutora de recalque a análise e elaboração dos estudos devem contemplar as condições
normais, excepcionais e/ou catastróficas.
5.9.3.1 Para a análise de estudo de transitórios hidráulicos em adutora de recalque, são consideradas
condições normais de operação todas as manobras prováveis de ocorrerem várias vezes, durante o
ciclo de vida do sistema. Nesta condição o(s) sistema(s) de proteção ou de mitigação deve(m) estar
funcionado corretamente. São exemplos de condição normal de operação:
a) a parada não programada do(s) conjunto(s) motor- bomba, por interrupção de energia elétrica nas
diversas configurações operacionais previstas para o sistema;
c) a existência de válvula de retenção, que fecha instantaneamente sob fluxo reverso;
d) a existência de válvula de controle que fecha lentamente sob fluxo reverso, operando como
retenção do fluxo;
e) o funcionamento adequado do(s) dispositivo(s) de proteção e controle dos transitórios hidráulicos
previstos;
5.9.3.2 Para a análise de estudo de transitórios hidráulicos em adutora de recalque, são consideradas
condição excepcional de operação quando da ocorrência isolada ou simultânea de eventos, tais:
5.9.4 Em adutora de gravidade a análise e elaboração dos estudos devem contemplar as condições
normais, excepcionais e/ou catastróficas.
5.9.4.1 Para a análise de estudo de transitórios hidráulicos em adutora de gravidade, são consideradas
condições normais de operação todas as manobras prováveis de ocorrerem várias vezes, durante o
ciclo de vida do sistema. Nesta condição o(s) sistema(s) de proteção ou de mitigação devem estar
funcionado corretamente. São exemplos de condição normal de operação:
a) o funcionamento adequado do(s) dispositivo(s) de proteção e controle dos transitórios hidráulicos
previstos;
c) nas derivações ao longo da adutora, junto ao ponto de ligação com a(s) unidade(s) operacional(ais)
e em pontos identificados como necessários.
5.10.1.1 Deve ser avaliada a ocorrência de transitórios hidráulicos decorrentes de abertura ou fecha-
mento da válvula quando a manobra for considerada rápida, e adotar as medidas de proteção.
5.10.1.2 Quando da definição do local de instalação da válvula, deve ser observada a facilidade de
acesso e de operação desta. Quando a válvula for instalada em caixa de proteção ou em poço de
visita, o projeto pode prever a opção de acionamento da válvula sem a necessidade de acesso ao seu
interior.
5.10.2.1 Deve ser prevista válvula de descarga nos pontos baixos ou em pontos estratégicos, com
indicação em projeto do ponto de lançamento da água da descarga, que deve ser conduzida a um
local adequado. Para o ponto de lançamento da descarga, deve ser verificada a capacidade hidráulica
e as exigências legais. Deve ser apresentado projeto de drenagem, do ponto da descarga ao ponto
final de lançamento.
5.10.2.2 A válvula de descarga deve ser instalada para limpar e esvaziar a tubulação. Para adutora
de água tratada, devem ser tomados cuidados de forma a não permitir o retorno e a entrada de água
da descarga para o interior da tubulação.
5.10.2.3 Quando da definição do local de instalação da válvula, deve ser observada a facilidade
de acesso e de operação desta. Quando a válvula for instalada em caixa de proteção ou em poço
de visita, o projeto pode prever a opção de acionamento da válvula sem a necessidade de acesso ao
seu interior.
a) ser dimensionada de modo a propiciar velocidade mínima de arraste, para remover o material
eventualmente sedimentado;
b) proporcionar o esvaziamento completo do trecho da adutora, por gravidade, caso não seja
possível, prever meio adequado para o esvaziamento;
5.10.2.6 Quando necessário, devem ser previstas obras de drenagem superficial ao longo do cami-
nhamento da adutora.
5.10.3.1 Prever a instalação de dispositivo na adutora para permitir a expulsão e/ou a admissão do
ar, visando a melhorar a operação da adutora, as operações de enchimento e/ou esvaziamento e os
efeitos na ocorrência dos transitórios hidráulicos.
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5.10.3.2 Prever e verificar a necessidade de instalação de dispositivo que permite a expulsão e/ou a
admissão de ar em pontos estratégicos da adutora, conforme a seguir:
—— na saída de bombeamento;
—— em mudanças de declividade;
—— em pontos altos;
—— a velocidade da água admitida para a fase de enchimento da tubulação deve ser da ordem
de 0,3 m/s;
5.10.3.4 Pode ser implantado dispositivo tipo ventosa para atuar na tubulação, a ser indicado conforme
necessidade específica em cada caso, podendo ser conforme os tipos a seguir:
5.10.3.5 Quando da definição do local de instalação do dispositivo deve ser observada a facilidade
de acesso e de manutenção deste.
5.10.3.6 Quando o dispositivo for instalado em caixa ou poço de visita, prever dimensões que permitam
a manutenção de forma adequada, e drenagem da caixa ou poço de visita para proteger a instalação
do contato com água de saturação do solo ou em local sujeito a inundação ou alto nível do lençol
freático, não permitindo a entrada de água para o interior da adutora.
5.10.3.7 O dimensionamento, a solução técnica e a instalação adotada para o dispositivo deve sempre
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5.10.4.1 Na adutora, pode ser instalado medidor ou controlador para monitoramento e controle
operacional da pressão atuante, atendendo às condições técnicas estabelecidas nesta Norma.
5.10.4.2 Quando da definição do local de instalação, deve ser observada a facilidade de acesso para
medição e manutenção, e a segurança e drenagem das instalações.
5.10.5.1 Na adutora, deve ser instalado medidor ou controlador de vazão para monitoramento e
controle operacional, com indicação local ou com equipamento de telemetria, conforme critério técnico
do responsável pelo sistema de abastecimento de água.
5.10.5.2 Deve ser prevista a instalação de dispositivo para aferição periódica do medidor ou controlador
de vazão e avaliação do coeficiente de perda de carga.
5.10.5.3 Quando da definição do local de instalação, deve ser observada a facilidade de acesso para
medição e manutenção, e a segurança e drenagem das instalações.
Na adutora, deve(m) ser instalado(s) dispositivo(s) para permitir a inserção de medidor ou controlador
para monitoramento e controle operacional da pressão atuante, vazão, coeficiente de perda de carga,
atendendo aos requisitos técnicos estabelecidos nesta Norma e diretrizes/orientações da operadora/
contratante.
Na adutora, pode(m) ser instalada(s) válvula(s) de retenção em pontos que existem perda de grande
volume de água quando da ocorrência de um eventual acidente e/ou rompimento da tubulação ou
em outros pontos estratégicos da adutora, a critério da operadora/contratante. Devem ser avaliadas
as condições transitórias geradas pela instalação desta válvula e serem atendidos os requisitos
estabelecidos em 5.8.
5.11 Travessia
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5.11.1 O projeto deve conter os detalhes construtivos da travessia, com dimensionamento hidráulico
e estrutural, atendendo às orientações das entidades envolvidas, existência de normas específicas,
indicação da cota de enchente.
5.11.2 Na exigência de túneis ou tubos de proteção, nas travessias subterrâneas de tubulações, avaliar
a necessidade de espaço livre entre o tubo transportador e o tubo de proteção para manutenção.
5.11.3 Movimentos diferenciais significativos entre a estrutura de apoio e a tubulação devem ser
verificados, prevendo solução adequada.
5.11.4 Nos casos onde a tubulação não enterrada estiver sujeita a avarias de qualquer natureza,
provocadas por agentes reais ou potenciais (vandalismo, incêndio, impacto contra a estrutura), adotar
solução técnica compatível ao risco.
5.12 Ancoragem
Deve ser analisado o esforço máximo resultante exercido pela água, na condição operacional mais
desfavorável, e prevista estrutura para ancoragem capaz de absorver estes esforços, oriundos dos
pontos de mudança de direção, de alteração de diâmetro, de transição de diferentes materiais apli-
cados, de localização de dispositivos para fechamento e controle da tubulação, das derivações, dos
esforços resultantes dos transitórios hidráulicos, e demais situações, quando necessário.
5.13.1 O projeto deve definir nas peças gráficas aos requisitos de assentamento da tubulação, indicando
a constituição do leito de assentamento, a espessura de recobrimento e o grau de compactação
do solo de reaterro, levando em conta o tipo do material, as cargas atuantes e o tipo de solo.
5.13.2 Deve ser verificado o limite de deformação diametral, quando for necessário.
5.13.4 Avaliar os requisitos de agressividade do meio e/ou do entorno, se necessário, prever proteção
adequada da tubulação contra o processo corrosivo ou o ataque químico.
5.13.5 Para tubulações sujeitas a transitórios hidráulicos, avaliar os requisitos mecânicos da tubulação
e das estruturas para evitar o colapso.
5.13.6 Devem ser verificados os requisitos de instalação e as variações térmicas e/ou de intempéries
atuantes, visando manter os requisitos de funcionamento e segurança no sistema.
5.13.7 Deve ser avaliada a intercambiabilidade entre os diferentes materiais aplicados. Quando não
houver, prever os devidos elementos para a transição.
5.13.8 Quando da execução de câmaras de manobra ou outros elementos que confinem um conjunto
de peças especiais, prever acessório que facilite a montagem e desmontagem para manutenção.
5.14.2 O projeto deve contemplar as fases construtivas e indicar solução para as interferências de
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tráfego e transeuntes, método construtivo de travessias, espaços para tráfego ou acesso para manu-
tenção, e demais detalhes necessários à execução da obra, atendendo aos aspectos de segurança.
5.14.3 O projeto deve prever no orçamento o canteiro de obra com as instalações necessárias e o
acondicionamento adequado dos materiais. Indicar e apresentar os critérios adotados no orçamento
para os respectivos itens.
5.14.5 O projeto pode prever a instalação de sinalização de identificação para tubulações estratégicas,
em atendimento às especificações da operadora/contratante e à legislação vigente.
5.14.6 O projeto deve prever no orçamento a realização do teste hidrostático, limpeza e desinfecção
da adutora na finalização e entrega da obra, conforme critério estabelecido pela operadora/contratante.
5.14.9 No projeto, deve ser apresentado o plano de operação do sistema adutor, quando necessário,
atendendo às diretrizes da operadora/contratante.
5.14.12 Nas instalações subaquáticas o projeto deve levar em consideração, além dos esforços
decorrentes do recobrimento, pressão hidrostática interna e altura da coluna d’água, a adequada
ancoragem da tubulação no leito subaquático em função do empuxo, da formação de eventuais gases
internos, correntes aquáticas, ondas de fundo, variações de marés.
5.14.13 Na instalação de hidrante na adutora, deve ser realizada a pintura de identificação, de acordo
com a tabela de classificação de hidrantes da ABNT NBR 12218.
5.14.14 Nos casos onde a tubulação estiver sujeita a avarias de qualquer natureza, provocadas por
agentes reais ou potenciais (vandalismo, incêndio, impacto contra a estrutura), adotar solução técnica
compatível ao risco.
5.14.15 Podem ser previstos dispositivos para introdução e retirada de equipamentos para inspeção
e limpeza da adutora, conforme critério estabelecido pela operadora/contratante.
5.14.16 O projeto deve prever para o sistema adutor o comissionamento do sistema, incluindo o
sistema de controle e proteção aos transitórios hidráulicos.
As especificações técnicas devem ser detalhadas, claras e objetivas, contendo todos os elementos
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5.15.1.1 A tubulação e conexões indicadas no projeto devem atender às normas técnicas em vigência.
5.15.2.3 Para cada tipo de componente ou equipamento devem ser exigidos documentos específicos
pertinentes, quando necessário, como: laudos técnicos e/ou o laudo da matéria-prima do material
ou equipamento, testes, ensaios complementares.
5.16 Orçamento
5.16.1 O orçamento do projeto deve apresentar o quantitativo e o custo dos serviços e materiais,
a partir de especificações detalhadas e composições de custos específicos, quando necessárias.
5.16.2 O orçamento do projeto deve considerar todas as etapas necessárias à implantação da adutora,
dos serviços preliminares à desmobilização da obra.
As etapas de implantação devem ser detalhadas atendendo aos estudos de viabilidade técnica, eco-
nômica e financeira, e diretrizes definidas pela operadora/contratante.
O projeto deve definir o método executivo da obra e considerar a interdependência das atividades,
de forma a otimizar as paralisações necessárias.
5.18.2 Caso necessário, serviços topográficos e de sondagem devem ser contratados ou elaborados
paralelamente para subsidiar o estudo de transitórios hidráulicos, no caso de tubulações existentes,
para garantir a qualidade do estudo e eventuais soluções.
5.18.3 Para estações elevatórias e linhas de recalque existentes, deve ser exigida a calibração do
modelo aplicado na simulação do sistema, com a apresentação da curva característica do sistema
e a descrição pormenorizada de todos os equipamentos instalados.
5.18.4 Quando no sistema em estudo não houver medições de vazão e/ou pressão, estas devem ser
providenciadas pela operadora/contratante ou serem incluídas nos serviços em contratação. Caso
contrário, as informações devem ser fornecidas no termo de referência da contratação.