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Diretoria de Beneficios Coordenacao-Geral de Beneficios por Inc -apacidade MANUAL DE AVALIACAO DAS DOENCAS E AFECGOES QUE EXCLUEM A EXIGENCIA DE CARENCIA PARA CONCESSAO DE AUXILIO-DOENGA OU APOSENTADORIA POR INVALIDEZ Brasilia, 2005 iNDICE CAPETULO I - Introdugao/Finalidade... CAPITULO I SECAO 1 - Alienagdo Mental SECAO 2 - Cardiopatia Grave SECAO 3 - Cegueir SECAO 4 - Espondilite Anquilosant: SECAO 5 - Estados Avancados da Doenga de Paget (Osteite Deformante) SECAO 6 - Hansenias SECAO 7 - Mal de Parkinson..... SECAO 8 - Nefropatia Grave. SECAO 9 - Neoplasia Maligna. SECAO 10 - Paralisia Irreversivel e Incapacitante. SECAO 11 - Sindrome da Imunodeficiéneia Adquirida (SIDA/AIDS).. SECAO 12 - Tuberculose Ativa..... SECAO 13 - Hepatopatia Grave... SECAO 14 - Contaminagao por Radiacao.. SEGAO 15 - Acidente de Qualquer Natureza ou Causa. SECAO 16 - Acidente do Trabalh 2 Rr Manual de avaliagio das doencas e afecgoes que excluem a exigencia de caréneia para a concessio de Auxilio- Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez 13 15 16 7 20 20 23 24 25 27 29 30 30 31 CAPITULO I INTRODUCAO FINALIDADE: Estas Normas tém por finalidade conceituar as doengas especificadas nos diplomas legais e padronizar 0s procedimentos da Pericia Médica para uniformizar os pareceres por esta exarados. LEGISLAGA Lei n? 8.213/91; Decreto n° 3.048/99; Portaria Interministerial n° 2.998 MPAS/MS, de 23/8/2001 [ CAPITULO IT As doencas ou afecgdes abaixo indicadas excluem a exigéncia de caréncia para a concessio de auxilio~ doenga ou de aposentadoria por invalidez aos segurados do Regime Geral de Previdéncia Social-RGPS SECAO1 ALIENACAO MENTAL 1, CONCEITUACAO: 1.1 = Considera-se Alienagdo Mental todo caso de distirbio mental ou neuromental grave ¢ persistente no qual, esgotados os meios habituais de tratamento, haja alteracio completa ou considerdvel da personalidade, comprometendo gravemente os juizos de valor e realidade, destruindo a autodeterminacdo do pragmatismo e tornando o paciente total e permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho. 1.2- A Pericia Médica deverd identificar nos quadros clinicos de Alienago Mental os seguintes elementos: a) transtomo intelectual - atinge as fungdes mentais em conjunto ¢ nao apenas algumas delas; b) falta de autoconsciéncia - 0 paciente ignora 0 carter patologico de seu transtomo ou tem dele uma nogao parcial ou descontinua; ) inadaptabilidade - 0 transtomo mental é evidenciado pela desarmonia de conduta do paciente em relacao as regras que disciplinam a vida normal em sociedade; 4) auséncia de utilidade - a perda da adaptabilidade redunda em prejuizo para 0 paciente € para a sociedade. 1.3 - A alienagdo mental pode ser identificada no curso de qualquer enfermidade psiquidtrica desde que, em seu estégio evolutivo estejam satisfeitas todas as condigdes abaixo discriminadas: a) seja enfermidade mental ou neuromental; ‘concessio de AUxil ual de avaliagao das doengas ¢ afecgbes que excluem a Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez b) seja grave persistente; ) seja refrataria aos meios habituais de tratamento; 4) provoque alteraco completa ou consideravel da personalidade; ) comprometa gravemente os juizos de valor e realidade, com destruicio da autodeterminacao e do pragmatismo; f) tome 0 paciente total e permanentemente invalido para qualquer trabalho; 4g) haja um nexo sintomético entre o quadro psiquico e a personalidade do paciente. 1.4- Sao considerados meios habituais de tratamento: a) psicoterapia; b) psicofarmacoterapia; ) terapéutica biolégica (eletroconvulsoterapia, insulinoterapia, etc.) 1.5 - Nao considerado meio de tratamento a utilizacao de psicofirmacos em fase de experiéncia laboratorial. 2. QUADROS CLINICOS QUE CURSAM COM ALIENAGAO MENTAL: 2.1 - So necessariamente casos de Alienagio Ment a) estados de deméncia (senil, pré-senil, arterioesclerstica, Iuética, coréica, doenga de Alzheimer e outras formas bem definidas); b) psicoses esquizofrénicas nos estados crdnicos; ) parandia e a parafrenia nos estados crénicos; 4) oligofrenias graves. 2.2 Sao excepeionalmente considerados casos de Alienagdo Mental: a) psicoses afetivas (transtomos afetivos) mono ou bipolar, quando comprovadamente cronificadas ¢ refratérias ao tratamento, ou quando exibirem elevada freqiiéncia de repeticao fasica, ou ainda, quando configurarem comprometimento grave ¢ irreversivel de personalidade-CID-10: F31; b) psicoses epilépticas, quando caracterizadamente cronificadas e resistentes a terapéutica, ‘ou quando apresentarem elevada freqiiéncia de surtos psicéticos; c) psicoses p6s-traumaticas e outras psicoses organicas, quando caracterizadamente cronificadas e refratarias ao tratamento, ou quando configurarem um quadro irreversivel de deméncia 2.3 - Nao so casos de Alienagiio Mental: a) transtomnos neurdticos da personalidade e outros transtomos mentais nao psicéticos; ) desvios e transtomos sexuais; ) alcoolismo, dependéncia de drogas ¢ outros tipos de dependéncia organica; 4) oligofrenias leves e moderadas; e) psicoses do tipo reativo (reacao de ajustamento, reagdo ao "stress £) psicoses organicas transitorias (estados confusionais reversiveis). 3. NORMAS DE PROCEDIMENTO: 3.1 - Dos laudos de exame médico-pericial deverao constar os seguintes dados: 4 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- a) diagnéstico da enfermidade bisica, inclusive o diagndstico numérico, de acordo com a Classificagdo Internacional de Doencas-CID; b) estagio evolutivo; ) expresso "Alienacdo Mental" entre parénteses; 3.1.1 = se os laudos concluirem por Aliena¢Zo Mental, deverio ser firmados em diagnosticos que no se confundam com os quadros de reacGes psiquicas isoladas, intercorréncias psico-reativas e distarbios orgnicos subjacentes, dos quais sejam simples epifendmenos; 3.1.2 - a simples mencdo do grau ou intensidade da enfermidade nao esclarece a condicao de "Alienacio Mental”, se nao estiver mencionado o estgio evolutivo da doenca; 3.1.3 - nao poderao ser emitidos laudos de Alienaco Mental com base em diagnéstico de enfermidade psiquidtrica aguda; 3.1.4 - exemplos de laudos: a) Esquizofrenia Parandide, F.20.0 CID-10, estégio pré-terminal grave (Alienagio Mental) - CERTO; b) Transtomo Afetivo Bipolar, episddio atual misto, F.31.6 CID-10, estigio pré- terminal grave (Alienagdo Mental) - CERTO; ©) Psicose Afetiva, F.32.3-CID-10: Epis6dio depressivo grave com sintomas psicéticos, fase crOnica irremissivel (Alienacdo Mental) - CERTO; 4) Psicose Afetiva (Alienagao Mental) - ERRADO; e) Psicose pés-traumatica grave, T 90.2 CID-10 (Alienagdo Mental) - ERRADO; f) Psicose pés-traumética, T 90.2 CID-10, estado de deméncia pés-traumatica (Alienago Mental) - CERTO; g) Reacao Exégena Aguda de Bonhoffer (Alienacio Mental) - ERRADO. 3.2 - Quando a doenga do examinado determinar sua invalidez, mas ndo se enquadrar nos parametros que definem Alienagao Mental, deveré constar do laudo, explicitamente, a auséncia de alienagdo mental. 3.2.1 - Exemplos de laudos: a) Esquizofrenia Parandide, F.20.0 CID-10 - ERRADO; b) Esquizofrenia Parandide, F.20.0 CID-Revisio 1993, estado de defeito leve (no é Alienagao Mental) - CERTO. SECAO 2 CARDIOPATIA GRAVE 4, CONCEITUAGAO: 4.1 - Para o entendimento de cardiopatia grave toma-se necessdrio englobarem-se no conceito todas as doencas relacionadas ao cora¢ao, tanto crénicas, como agudas. 4.2 - Sao consideradas Cardiopatias Graves: 5 Manual a) as cardiopatias agudas, que, habitualmente sdo répidas em sua evolugio, tomarem-se crOnicas, caracterizando uma cardiopatia grave, ou as que evoluirem para o Gbito, situacdo que, desde logo, deve ser considerada como cardiopatia grave, com todas as injungdes legais; 1G das doencas € afeogoes que excluem a exigencia de carencia para a concessao de AUN Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez b) as cardiopatias crénicas, quando limitarem, progressivamente, a capacidade fisica, funcional do coracio (ultrapassando os limites de eficiéncia dos mecanismos de ‘compensaco) ¢ profissional, ndo obstante o tratamento clinico e/ou cirirgico adequado, ou quando induzirem morte prematura 4.3 - A limitagio da capacidade fisica, funcional e profissional ¢ definida habitualmente, pela presenga de uma ou mais das seguintes sindromes: a) insuficiéncia cardiaca; b) insuficiéncia coronéria; ) arritmias complexas; 4) hipoxemia e manifestagdes de baixo débito cerebral secundérias a uma cardiopatia, 4.4 - A avaliagio da capacidade funcional do coragio permite a distribuicdo dos pacientes em Classes ou Graus, assim descritos: a) GRAU I - Pacientes portadores de doenga cardiaca sem limitagdo para a atividade fisica. A atividade fisica normal nao provoca sintomas de fadiga acentuada, nem palpitagdes, nem dispnéias, nem angina de peito; b) GRAU II - Pacientes portadores de doenca cardiaca com leve limitagdo para a atividade fisica, Estes pacientes sentem-se bem em repouso, porém os grandes esforgos provocam fadiga, dispnéia, palpitagdes ou angina de peito; c) GRAU II - Pacientes portadores de doenca cardiaca com nitida limitago para a atividade fisica. Estes pacientes sentem-se bem em repouso, embora acusem fadiga, dispnéia, palpitacdes ou angina de peito, quando efetuam pequenos esforcos; 4) GRAU IV - Pacientes portadores de doenca cardiaca que os impossibilitam de qualquer atividade fisica. Estes pacientes, mesmo em repouso, apresentam dispnéia, palpitacdes, fadiga ou angina de peito. 4.5 - Os meios de diagnéstico empregados na avaliagao da capacidade funcional do coragao sao 0s seguintes 2) historia elfnica, com dados evolutivos da doenga; b) exame clinico; ) eletrocardiograma, em repouso; 4) eletrocardiografia dinamica (Holter); €) teste ergométrico; f) ecocardiograma, em repouso; 2) ecocardiograma associado a esforco ou procedimentos farmacolégicos; h) estudo radiolégico do térax, objetivando o coragio, vasos ¢ campos pulmonares, usando um minimo de duas incidéncias; 1) cintilografia miocérdica, associada ao teste ergométrico (Télio, MIBI, Tecnécio); j) cintigrafia miocérdica associada a Dipiridamol e outros farmacos; 1) cinecoronarioventriculografia. 4.6 ~ Os achados fortuitos em exames complementares especializados nio séo por si sé, suficientes para o enquadramento legal de Cardiopatia Grave, se nao estiverem vinculados aos elementos clinicos e laboratoriais que caracterizem uma doen¢a cardiaca incapacitante 4.7 - O quadro clinico, bem como os recursos complementares, com os sinais e sintomas que permitem estabelecer 0 diagndstico de Cardiopatia Grave estao relacionados para as seguintes cardiopatias: a) cardiopatia isquémica; 6 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- 5. AFECCOES OU DOENCAS CAPAZES DE CAUSAR CARDIOPATIA GRAV! 7 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: b) cardiopatia hipertensiva; c) miocardiopatias; 4) valvopatias; ) cardiopatias congéni f) arritmias, ¢ ) cor pulmonale exdnico. 8 47.1 - Em algumas condicdes, um determinado item pode, isoladamente, configurar Cardiopatia Grave (por exemplo, fragao de eje¢ao < 0,35), porém, na grande maioria dos casos, a principio, é necesséria uma avaliagdo conjunta dos diversos dados do exame clinico e dos achados complementares para melhor conceitué-la. 5.1 - CARDIOPATIA ISQUEMICA - caracterizada por: 5.1.1 - Quadro Clinico: angina classes III e IV da NYHA e da Canadian Cardiovascular Society, apesar de responder a terapéutica; manifestagdes clinicas de insuficiéncia cardiaca;artitmias (associar com dados de ECG e Holter). 5.1.2 ~ Eletrocardiograma (repouso): zona elétrica inativa, alteragdes isquémicas de ST-T, distarbios da conducdo atrioventricular e ventricular, hipertrofia ventricular esquerda, fibrilacdo atrial cronica, arritmias ventriculares complexas, 5.1.3 - Radiografia do trax: cardiomegalia, congestio venocapilar pulmonar. 5.1.4 - Teste ergomeétrico: limitagdo da capacidade funcional (<5 MET); angina em carga baixa (3mm), morfologia horizontal ou descendente, miiltiplas derivagdes; duragdo prolongada >6 min.no periodo de recuperagao; supradesnivel de ST, sobretudo em Area ndo relacionada a infarto prévio; comportamento anormal da pressio arterial diastélica (variagdo de PD>30mm He); insuficiéncia cronotropica (elevacio inadequada da freqiiéncia cardiaca); sinais de disfuncao ventricular esquerda associada ao esforco; arritmias ventriculares, desde que associadas a outros sinais de resposta isquémica. 5.1.5 ~ Cintilografia miocardica associada ao teste ergométrico: defeitos de_perfusio miiltiplos ou areas extensas (areas hipocaptantes definitivas ou transitorias); dilatacéo da cavidade ventricular esquerda ao esforco; hipercaptac3o pulmonar; fracao de ejecdo (FE) em repouso menor ou igual a 0,35 (valor especifico para o método); comportamento anormal da FE ao exercicio (variacdo da FE menor que 5%), motilidade parietal regional ou global anormal. 5.1.6 ~ Cintilografia miocérdica associada a dipiridamol e outros férmacos: interpretagao semelhante a definida para a cintilografia com teste ergométrico. 5.1.7 - Ecocardiograma em repouso: fragio de ejegdo menor ou igual a 0,40 (valor especifico para 0 método), alteracdes segmentares da contratilidade ventricular, dilatacio das camaras esquerdas, especialmente se associada 4 hipertrofia ventricular esquerda; complicagdes associadas: disfuncio dos misculos papilares, insuficiéncia mitral, comunicacao interventricular, pseudo-aneurismas, aneurismas, trombos intracavitarios, 5.1.8 - Ecocardiograma associado a esforgo ou procedimentos farmacologicos: aparecimento de alteragdes de contratilidade segmentar inexistente no Eco em repouso; acentuagao das alteragdes de contratilidade preexistentes; comportamento anormal da FE a0 exercicio (variagdo da FE menor que 5%). rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez 5.1.9 - Eletrocardiografia dinamica (Holter): alteragdes isquémicas (ST-T) associadas a dor anginosa ou sintomas de disfuncao ventricular esquerda; isquemia miocardica silenciosa; aritmias ventriculares complexas; fibrilagdo atrial associada a isquemia; distirbios de conducio atrioventricular e intraventricular relacionados a isquemia, 5.1.10 ~ Cinecoronaroventriculografia: lesio de tronco de corondria esquerda maior que 50%; lesdes triarteriais moderadas a importantes (maiores que 70% do tergo proximal ou médio); lesdes bi ou uniarteriais menores que 70% com grande massa miocardica em risco; lesGes ateromatosas extensas ¢ difusas; fracio de ejecio menor que 0,40; hipertrofia ¢ dilatagdo ventricular esquerda; reas significantes de acinesia, hipocinesia e discinesia; aneurisma de ventriculo esquerdo; complicacées mecinicas: insuficiéncia mitral, ‘comunicacao interventricular. 5.1.11 - Fatores de risco e condigdes associadas: idade>70 anos, hipertensdo arterial, diabetes, hipercolesterolemia familiar, vasculopatia aterosclerética importante em outros territérios (central, periférico). 5.1.12 - Pés-infarto do miocérdio: disfungao ventricular esquerda (éreas de acinesia, hipocinesia e discinesia); isquemia a distancia (em outra Area que nao a do infarto); arritmias ventriculares complexas; idade avancada; condigdes associadas, 5.1.13 - Quando 0 tratamento adequado-clinico, intervencionista ou cinirgico-melhorar ou abolir as alteragdes acima descritas, 0 conceito de gravidade deve ser teavaliado e reconsiderado. 5.2- CARDIOPATIA HIPERTENSIVA - a gravidade é caracterizada pela presenga das seguintes condicées: a) hipertensdo essencial ou hipertenso secundaria; b) hipertrofia ventricular esquerda detectada pelo ECG ou Ecocardiograma, que nao regride com 0 tratamento; ) disfungdo ventricular esquerda sistélica, com fracdo de ejecio menor ou igual a 0,4 4) arritmias supraventriculares e ventriculares relacionadas a hipertensao arterial; ) cardiopatia isquémica associada. 5.3 - MIOCARDIOPATIAS: 5.3.1 - MIOCARDIOPATIAS HIPERTROFICAS - a gravidade & caracterizada pela presenca das seguintes condicées: a) historia familiar de morte sibita; b) paciente sintomético, especialmente historia de sincope, angina, insuficiéncia cardiaca e embolia sistémica; ©) diagnéstico na infancia (baixa idade); 4) hipertrofia moderada ou severa, com alteragdes isquémicas de ST - T: 1 - cardiomegalia; 2.- disfungdo ventricular esquerda sist6lica e/ou diast6lica; 3 - fibrilacao atrial; 4 - sindrome de Wolff - Parkinson - White; 5 - arritmias ventriculares complexas; 6 - regurgitacao mitral importante; 7 - doenga arterial coronéria associada; 8 = forma obstrutiva com gradiente de via de safda maior ou igual a 50 mm Hg. 5.3.2 - MIOCARDIOPATIAS DILATADAS - com as seguintes caracteristicas: Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- a) historias de fendmenos tromboembélicos; b) cardiomegalia importante; ©) ritmo de galope (B3); 4) insuficiéncia cardiaca classe funcional Ill e IV; ©) fracao de ejecéo menor ou igual a 0.30; f fibrilagao atrial; g) arritmias ventriculares complexas; h) distirbios da conducao intraventricular. 5.3.3 - MIOCARDIOPATIA RESTRITIVA (Endomiocardiofibrose, fibroelastose) - a gravidade é caracterizada pela presenga das seguintes condigies: a) historia de fendmenos tromboembilicos; b) cardiomegalia; ) insuficiéncia cardiaca classe funcional Ill ¢ LV; 4) envolvimento do ventriculo direito ou biventricular; ©) fibrose acentuada; £) regurgitagao mitral e/ou “aspide importante, 5.3.4 - Cardiopatia Chagésica Cronica - a gravidade é caracterizada pela presenga das seguintes condigée: a) historia de sincope e/ou fendmenos tromboembélicos; b) cardiomegalia acentuada; ©) insuficiéncia cardiaca classe funcional III e IV; 4) fibrilacdo atrial; ¢) arritmias ventriculares complexas; £) bloqueio bi ou trifascicular sintomitico; g) bloqueio atrioventricular de grau avangado. 5.4- ARRITMIAS CARDIACAS - constituem caracteristicas de maior gravidade: a) disfuncgo do né sinusal, sintomética, com comprovada correlagao sintomas/arritmia, e, especialmente em presenca de sindrome bradi-taquiarritmia; b) bradiarritmias: bloqueio atrioventricular (BAV) do 2° grau, tipo II, ou BA avaneado; ) bloqueio atrioventricular total: sintomatico; com resposta cronotrépica inadequada ao esforco; com cardiomegalia progressiva; com insuficiéncia cardiaca; fibrilacao atrial com resposta ventricular baixa; bloqueios de ramo (direito ou esquerdo), permanentes ou alternantes, sintomaticos (claudicacao cerebral ou insuficiéncia cardiaca); 4) taquiarritmias: 1 = taquicardias ventriculares sintométicas (claudicagao cerebral e/ou comprometimento hemodinamico), de qualquer etiologia; 2 - taquicardias supraventriculares sintométicas (claudicagéo cerebral, comprometimento hemodinamico, taquicardiomiopatia, fenémenos tromboembélicos), de qualquer etiologia e desencadeadas por qualquer mecanismo. €) sindrome de pré-excitacfo ventricular, com alto risco de morte stbita, determinado por estudos invasivos; f) portadores de marcapasso cardiaco definitive (anti-bradi ou antitaquicardia), cuja capacidade funcional se mantém limitada pela cardiopatia subjacente. 5.5 - COR PULMONALE CRONICO - constituem caracteristicas de maior gravidade: 9 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- a) quadro clinico: 1 - manifestacdes de hipoxia cerebral e perifi 2 - insuficiéncia cardiaca direita; 3 = dores anginosas; 4 ~ crises sincopais; 5 - hiperfonese canglorosa da segunda bulha no foco pulmonar; 6 - galope ventricular direito (B3) - PO2 < 60 mm Hg; PCO2> 50 mm Hg; b) eletrocardiograma: sinais de sobrecarga importante de camaras direitas; ¢) ecocardiografia 1 - hipertrofia ventricular direita com disfungao diastdlica e/ou sistélica; 2- grande dilatacao do atrio direito; 3 - pressio sistélica em artéria pulmonar, calculada a partir das presses do VD e AD, maior ou igual a 60 mm Hg; 4 - insuficiéncia triciispide importante; 5 - inversdo do fluxo venoso na sistole atrial; 4) estudo hemodinamico: 1 dilatagao do tronco da artéria pulmonar; 2 - dilatacdo do ventriculo direito; 3 - dilatacao do atrio direito; 4 - pressio na artéria pulmonar maior ou igual a 60 mm Hg; 5 = pressio no atrio direito maior ou igual a 15 mm Hg; 6 - insuficiéncia pulmonar; 7) insuficiéncia tricaspide. ica (dedos em baqueta de tambor); 5.6 - CARDIOPATIAS CONGENITAS - consideram-se graves as cardiopatias congénitas que apresentam: a) do ponto de vista clinico: 1 - crises hipoxénicas; 2 - insuficiéncia cardiaca (classes III ¢ IV); 3 - hemoptises, pela presenca de circulacao colateral brénquica; 4 - arritmias de dificil controle e potencialmente malignas; b) do ponto de vista anatémico: 1 - doenca arterial pulmonar; 2 = necrose miocardica, por doenca coronéria ou coronérias; 3 - drenagem anémala total infracardiaca ou origem das artérias coronérias; 4- drenagem andmala total infracardiaca ou com obstrugdes severas da conexiio das veias pulmonares com as sistémicas; 5 - hipotrofia ventricular direita; 6 - agenesias valvares (pulmonar ¢ aértica); 7 -hipoplasia ou atresia de valvas pulmonares, adrtica e mitral; 8 - hipoplasia ou atresia do coracao esquerdo; 9 - estenose mitral; 10 - transposigo das grandes artérias com hiper-resisténcia pulmonar ou auséncia de comunicagées; 11 - ventriculos tinicos com atresias valvares; 12- ectopias cardiacas com alteragSes miiltiplas; 13 - cardiopatias complexas. wo Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- uw 5.7 - VALVULOPATIAS: 5.7.1 - INSUFICIENCIA MITRAL - caracterizada por: a) quadro clinico: 1 - insuficiéncia cardiaca classes funcionais III e IV; 2- frémito sistolico palpavel na regido da ponta; 3 - primeira bulha inaudivel ou acentuadamente hipofonética, (no foco mitral); 4 - sopro holossistélico, no foco mitral, de intensidade > 3/6, com inradiagao em faixa ou circulo; 5 - segunda bulha hiperfonética, no foco pulmonar; 6 desdobramento amplo e constante da segunda bulha, no foco pulmonar; b) eletrocardiograma: 1 sinais progressivos de sobrecarga atrial e ventricular esquerdas; 2 fibrilagdo atrial; ©) estudo radiolégico: 1 - aumento acentuado da érea, com predomindncia das cavidades esquerdas; 2- sinais de congestao venocapilar pulmonar; 3 - sinais de hipertensao pulmonar, 4) ecocardiograma: 1 - presenga de jato regurgitante, de grande magnitude; 2- comprometimento progressivo da funcéio ventricular sistélica; 3 aumento significativo do diametro sistélico do ventriculo esquerdo; 4 inversio do fluxo sistélico, em veia pulmonar, 5 - sinais de hipertensao pulmonar, €) hemodindmica e angiografia: 1 - onda *v" com valor maior ou igual a 3 vezes, em relagdo a média do capilar pulmonar; 2 - opacificacao do trio esquerdo igual ou superior que a do ventriculo esquerdo: graus III ¢ IV da classificacio de Sellers 3 - fraco de regurgitagio maior ou igual a 60% (FR = volume de regurgitacao/volume sist6lico total) 5.7.2 - ESTENOSE MITRAL - caracterizada por: a) quadro clinico: 1 hist6ria de comissurotomia mitral prévia; 2 fenémenos tromboembélicos; 3 - insuficiéncia cardiaca classes funcionais III e IV; 4- episédios de edema pulmonar agudo; 5 - escartos hemoptéicos; 6- fibrilacdo atrial; 7 - estalido de abertura da valva mitral precoce; 8 - impulsao sist6lica de ventriculo direito 9 - 2 bulha hiperfonética no foco pulmonar; 10 sinais de insuficiéncia tricispide; ») eletrocardiogram: 1 - fibrilagao atrial 2- sinais de sobrecarga de cémaras direitas; ©) estudo radiografico: 1 - inversdo do padrdo vascular pulmonar; micia de carencia para a concessio de AUNII iio das doengas e afeogdes que excluem a Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez R Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: 2- sinais de hipertensao arteriolar pulmonar; 3 - sinais de hipertensfio venocapilar pulmonar; 4) ecocardiograma: 1 érea valvar < 1,0 cm’; 2 tempo de 1/2 pressdo > 200 ms; 3 - gradiente transvalvar mitral médio > 15 mm Hg; 4 sinais de hipertensdo pulmonar (pressao sistblica da artéria pulmonar > 50 mm Hg); 5 = presenga de trombo no dtrio esquerdo. e) hemodinamica: 1 area valvar < 1,0 (em); 2 gradiente diastélico mitral médio > 15 mm Hg; 3 - presstio média de capilar pulmonar ou de atrio esquerdo > 20 mm Hg; 4 pressao sistélica de artéria pulmonar > 50 mm Hg. 5.7.3 - INSUFICIENCTA AORTICA - caracterizada por: a) quadro clinico: 1 - insuficiéncia cardiaca classes funcionais III e IV; 2- manifestagies de baixo débito cerebral (tontura, lipotimia, sincope); 3 - sindrome de Marfan associada; 4- presenca de galope ventricular (B3); 5 - sopro de Austin-Flint, na ponta; 6- ictus hipercinético, deslocado externamente; 7 - pressio diastélica proxima a ze 8 - queda progressiva da pressao arterial sistélica. b) eletrocardiograma: 1 - sinais de sobrecarga ventricular esquerda, com onda T negativa, em precordiais, esquerdas; 2- sinais de sobrecarga atrial esquerda; 3 - fibrilicdo atrial; c) estudo radiografico: 1 ~ aumento importante da area cardiaca com franco predominio de ventriculo esquerdo (aspecto em "bota"); 2 - dilatacdo da aorta ascendente, da croca e do segmento descendente; 3 dilatacao do atrio esquerdo; d) ecocardiograma: 1 - jato regurgitante Ao/(VE largo e extenso); 2 fluxo reverso holodiastélico da aorta descendente; 3 - abertura valvar mitral, ocorrendo somente com a sistole atrial; 4- piora progressiva dos pardmetros da funcdo sistolica ventricular esquerda; 5 ~ queda da fracdo de ejecio ao ecocardiograma de esforco; e) medicina nuclear associada a teste ergométrico: comportamento anormal da fracdo de ejecao; £) hemodinamica e angiografia: 1 = baixa pressio diastélica da aorta, tendendo & equalizacdo das pressdes diast6licas aorto-ventriculares; 2 = pressdo diastolica final do ventriculo esquerdo (Pd2 VE) elevada (maior ou igual a 20 mm Hg); 3 = opacificagao igual ou mais densa do ventriculo esquerdo em comparagaio com a aorta, durante aortografia (Graus III e IV de Sellers); rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez 4 - fragao de regurgitagao igual ou maior do que 60%. 5.7.4- ESTENOSE AORTICA - caracterizada por: a) quadro clinico: 1 - sintomas de baixo débito cerebral (tontura, lipotimia, sincope); 2- angina de peito; 3 - presenga de terceira bulha; 4- insuficiéncia cardiaca; 5 - pressao arterial diferencial reduzida; 6 - pico tardio de intensidade maxima do sopro; 7 - desdobramento paradoxal da segunda bulha; 8 fibrilacdo atrial; b) eletrocardiograma: 1 - sinais de sobrecarga ventricular esquerda importante, com infradesnivelamento de ST e onda T negativa, em precordiais esquerdas; 2 sobrecarga atrial esquerda; 3 fibrilacdo atrial; 4- arritmias ventriculares; 5 - bloqueio atrioventricular total; ©) ecocardiograma: 1 érea valvar menor ou igual a 0,75 em’; 2- gradiente médio de pressiio transvalvar a6rtica maior ou igual a 50 mm Hg; 3 gradiente maximo maior ou igual a 70 mm Hg; 4- sinais de hipocinesia ventricular esquerda; 4) hemodinamica: 1 - érea valvar igual ou menor a 0,75 em; 2- hipocinesia ventricular esquerda; 3- coronariopatia associada, 5.7.5 - PROLAPSO VALVAR MITRAL - caracterizada por: a) historia familiar de morte sitbita; b) historia de sincope, fenémenos trombo-embélicos fibrilacdo atrial; arritmias ventriculares complexas, cardiomegalia (aumento de cémaras esquerdas); regurgitacao mitral importante; c) disfuncdo ventricular esquerda, prolapso valvar tricispide associado, ruptura de cordoalhas tendineas, sindrome de Marfan associada. 5.8 - TUMORES CARDIACOS: 5.8.1 - Tumores Malignos - deverdo ser adotados os parametros exigidos para o ‘enquadramento da neoplasia maligna, 5.8.2 - Tumores benignos, com alteragées funcionais itreversiveis, 5.9- A auséncia de um ou outro aspecto que caracterizam as patologias acima discriminadas nao afasta o diagnéstico de Cardiopatia Grave, desde que seja identificada a doenga pelas caracteristicas que se fizerem evidentes e que sejam mais marcantes. 6. NORMAS DE PROCEDIMENTO: 1B Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- 6.1 - Os portadores de lesdes cardiacas que incidem nas especificagdes dos Graus III ou IV da avaliagdo funcional descrita no item 4.4 destas Normas serao considerados como portadores de Cardiopatia Grave. 6.2 - Os portadores de lesdes cardiacas que incidem nas especificagdes dos Graus I ¢ II da avaliagdo funcional do item 4.4 destas Normas, e que puderem desempenhar tarefas compativeis com a eficiéncia funcional, somente serao considerados incapazes por Cardiopatia Grave, quando, fazendo uso de terapéutica especifica e depois de esgotados todos os recursos terapéuticos, houver progressiio da patologia, comprovada mediante exame clinico evolutivo ¢ de exames subsidiarios. 6.2.1 - A idade do paciente, sua atividade profissional e a incapacidade de reabilitaco so pardmetros que devem ser considerados na avaliagio dos portadores de lesdes citadas no item 6.2. 6.3 - Os portadores de lesdes cardiacas susceptiveis de corregao cirtirgica, desde que em condigdes fisicas satisfat6rias para se submeterem a tal procedimento, serao reavaliados apés a cirurgia e ineapacitados, se enquadrados nos itens 6.1 e/ou 6.2 destas Normas. 6.3.1 - Os portadores de hipertensio arterial secundéria, passivel de tratamento cinirgico, desde que em condigdes fisicas satisfatsrias para se submeterem a tal procedimento, terio sua capacidade funcional avaliada, apés o tratamento da doenca hipertensiva. 6.3.2 = Os portadores de valvulopatias susceptiveis de correcao cirirgica, desde que em condicées fisicas satisfatérias para se submeterem a tal procedimento, terdo sua capacidade funcional reavaliada, apos a correcdo, salvo se, as alteragdes cardiovasculares, pela longa evolugao ou gravidade, sejam consideradas irreversiveis ou comprometedoras da atividade funcional, 6.4-- As arritmias graves, comprovadas eletrocardiograficamente, resistentes ao tratamento, ou cursando com episédios tromboembélicos, sero consideradas como Cardiopatia Grave, mesmo na auséncia de outros sinais clinicos, radiolégicos ou ecocardiogrificos de alteracdes cardiovasculares.). 6.5 ~ Os laudos médicos deverdo conter, obrigatoriamente, 0 diagnéstico e a afirmacdo ou negagio de Cardiopatia Grave, para o enquadramento legal da lesdo incapacitante. SECAO3 CEGUEIRA, 7- CONCEITUACAO: 7.1 ~ Cegueira ou amaurose - estado patolégico no qual a acuidade visual de ambos os olhos igual a zero, sem percepco luminosa, depois de esgotados os recursos de correcao éptica 7.2 - Visio Subnormal ou Baixa Visio - condi¢do em que ha comprometimento do funcionamento visual mesmo apés tratamento e correcdo dos erros refracionais comuns com acuidade visual inferior a 20/60 ou campo visual inferior a dez graus do ponto de fixagao, “ Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- 7.3 - Cegueita Legal - condigao em que a acuidade visual ¢ igual ou menor que 20/200 e/ou o campo visual igual ou menor que 20 graus no melhor olho e com a melhor correcao. 7.4 So equivalentes a cegueira e como tal considerados: a) os casos de visio subnormal, nos limites previstos nestas Normas, ndo susceptiveis de corregdo dptica, nem capazes de serem beneficiados por tratamento médico-cinirgico; b) os casos de redugdo muito acentuada e irreversivel do campo visual (visd0 tubular), comprovados por campimettia, independente do grau de acuidade visual central, que motivem dificuldade de locomogao e de orientacao espacial do paciente, exigindo a ajuda de terceiros. 8. GRAUS DE PERDA PARCIAL DA VISAO EQUIVALENTE A CEGUEIRA: a) GRAU I - quando a acuidade visual maxima, em ambos os olhos € com a melhor correcao 6ptica possivel, for inferior a 20/70 na escala de SNELLEN, e a minima igual ou superior a 20/700 SNELLEN; bem como, em caso de perda total da visio de um dos olhos quando a acuidade no outro olho, com a melhor correcdo éptica possivel, for inferior a 20/50 na escala de SNELLEN; b) GRAU II - quando a acuidade visual maxima, em ambos os olhos, e com a melhor correcao Sptica possivel, for inferior a 20/200 SNELLEN, ¢ @ minima for igual ou superior a 20/400 SNELLEN; ©) GRAU III = quando a acuidade visual maxima, em ambos os olhos, e com melhor correcao 6ptica possivel, for inferior a 20/400 SNELLEN, ¢ a minima igual ou superior a 20/1.200 SNELLEN; 4) GRAU IV - quando a acuidade visual maxima, em ambos os olhos, e com melhor correcao 6ptica possivel, for inferior a 20/20.000 SNELLEN ou apresentar, como indice maximo, a capacidade de contar dedos a distincia de 01 (um) metro € a minima limitar-se a percepcao luminosa. 8.1 - Serdo enquadrados nos Graus I, II, e III os pacientes que tiverem reducao do campo visual, no melhor olho, entre 20° e 10°, entre 10° e 5° e menor que 5°, respectivamente. 9, AVALIAGAO DA ACUIDADE VISUAL - ESCALAS ADOTADAS: 1s 9.1 - Para uniformidade de linguagem e facilidade de julgamento dos graus de perda da acuidade visual, a Pericia Médica adotara as escalas SNELLEN e DECIMAL na avaliagdo da acuidade visual para longe, ¢ a escala JAEGUER na avaliagao da acuidade visual para perto. 9.2 - Equivaléncia das escalas usadas na avaliacao da acuidade visual para longe: SNELLE | DECIMA | % DE VISAO N L (eficiéncia visual) 20720 10 100 20722 09 98,0 20725 08 95,5 20/29 07 92.5 20730 06 O14 20/40 05 83.6 wal de avi ‘concessio de AUxil iio das doengas e afeogdes que excluem a cia de carencia pa Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez 20/50 04 765 20/60 03 69,9 20/70 0,28 63,8 20/80 0,25 38,5, 20/100 0.2 48,9 20/200 0,1 20.0 20/400 0,05 10,0 9.3 - Equivaléncia das escalas usadas na avaliagao da acuidade visual para perto: JAEGUER | 1 | 2 |3|4[6]7[8]i]i]i o|1 % DE 10/10/98) 5) 4])3/2]1/5 visdo | 0 | 0 jojo ojo 0/0|5 9.4 - Eficiéncia Visual Binocular- mostra os percentuais tteis de visio, auxiliando na avaliagao da incapacidade visual. Representa a conjugacao da visdo central com a visdo periférica, medida em cada olho separadamente e avaliada por meio de trés fungdes: acuidade visual, campo visual e motilidade ocular. 9.5 - Apés a avaliago da acuidade visual de cada olho,atribui-se 0 peso 3 (trés) ao percentual de visdo do melhor olho e peso I(um) ao percentual de visdo do pior olho: EVB = | @x% visio melhor olho) + (1x%visio pior olho) a 9.6 - Assim, por exemplo, se a eficiéncia de OD=90% e de OE=30%, teremos: EVB=3x90+1x30 dividido por 4=75%. 10. NORMAS DE PROCEDIMENTO: 10.1 - A Pericia Médica concluira pela isencdo de caréncia dos portadores de perda total de visio (cegueira), sem percepcao luminosa, determinada por afecco crénica, progressiva e irreversivel, a luz de parecer especializado. 10.2 - A Pericia Médica, de acordo com a amplitude de conceito legal, também concluiré pela isengao de caréncia por cegueira, dos portadores de diminuicdo acentuada da acuidade visual, em qualquer dos graus descritos no item 8, em decorréncia de afeccdo crénica, progressiva, nao susceptivel de corregao dptica, nem removivel por tratamento médico-cintrgico, a luz de parecer especializado, 10.2.1 - A Pericia Médica, ao emitir laudos de invalidez de portadores de afec¢do que os incluam nos graus de diminuigio da acuidade visual descritos no item 8, deverd escrever entre parénteses, ao lado do diagnéstico, a expresso "Equivalente a Cegueira”. SECAO 4 ESPONDILITE ANQUILOSANTE 16 ual de avaliagao das doengas ¢ afecgbes que excluem a Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez mnicia de caréncia para a concessio de Auxili 11 - CONCEITUACAO: 11.1 + Espondilite Anquilosante, inadequadamente denominada de Espondiloartrose Anquilosante nos textos legais, é uma doenca reumética inflamatéria crénica,ndo associada ao Fator Reumatéide, que afeta principalmente as articulagdes sacroiliacas, interapofisdrias e costovertebrais, os discos intervertebrais ¢ 0 tecido conjuntivo frouxo que circunda os corpos vertebrais, entre estes os ligamentos da coluna. O processo geralmente se inicia pelas sacroiliacas e, ascendentemente, atinge a coluna vertebral. Hé grande tendéncia para a ossificagao dos tecidos inflamados e desta resulta rigidez progressiva da coluna. As articulagdes periféricas também podem ser comprometidas, principalmente as das raizes dos membros (ombros e coxofemorais), dai a designacao rizomélica. 11.2 - Entende-se por Anquilose ou Ancilose a rigidez. ou fixagio de uma articulagdo, reservando -se © conceito de anquilose éssea verdadeira a fixagdo completa de uma articulagdo em conseqiiéncia da fusdo patologica dos ossos que a constituem, 11.3 - Critérios para 0 diagnéstico de Espondilite Anquilosante: a) dor lombar com durago igual ou superior a 3 meses que melhora com exercicio e nao alivia com repouso; b) limitagao da mobilidade da coluna lombar (movimentos laterais, para frente e para trés); ) diminuigéo da expansio tordcica em relagao aos valores normais para sexo e idade; 4) sacroileite bilateral grau 2-4 ou unilateral grau 3-4, Diagndstico: critério 4 mais qualquer um dos outros. 11.4 - As artropatias degenerativas da coluna vertebral, também conhecidas como artroses, osteoartrites ou artrites hipertréficas, acarretam maior ou menor limitagdo dos movimentos da coluna pelo comprometimento das formagdes extra-articulares mas nao determinam anquilose. 12, NORMAS DE PROCEDIMENTO: 12.1 - A Pericia Médica isentard de caréncia os portadores de Espondilite Anquilosante e avaliara a incapacidade laborativa considerando o cariter evolutivo invalidante da doenga. 12.2 - Os laudos médico-periciais deverdo conter: diagndstico nosolégico, citagdo expressa da existéncia de anquilose da coluna vertebral com especificacio dos segmentos comprometidos. 12.3 = A Pericia Médica, além dos elementos clinicos de que disponha e dos pareceres da Medicina especializada, devera considerar os seguintes exames subsididrios elucidativos: a) comprovagao radiolégica de sacroileite; 'b) complexo de histocompatibildadeHLA-B27. SECAO 5 ESTADOS AVANGADOS DA DOENCA DE PAGET (OSTE(TE DEFORMANTE) 13. CONCEITUACAO: 7 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- 13.1 - A Doenga de Paget ¢ um distirbio localizado da remodelago dssea, que atinge tanto homens como mulheres e cujo diagnéstico quase sempre ¢ feito apés os 50 anos. A doenca pode ser monostética, quando apenas um osso ou uma parte de um osso é afetado, ou poliostética, quando dois ou mais ossos esttio envolvidos. As areas dsseas acometidas sdo assimétricas e os locais mais freqiientes incluem a pelve, as vértebras, 0 crénio a tibia, A evolucao € lenta e progressiva, caracterizada por deformagdes sseas. 13.2 - A evolucao da doenga, que pode acompanhar-se de sintomatologia dolorosa e fraturas espontaneas, se processam em duas fases: a) fase ativa ou osteoporstica, caracterizada pela formagdo de tecido dsseo ricamente vascularizado, onde sio comuns fraturas com consolidaco répida; }) fase de relativa inatividade, com formacao de tecido dsseo denso e menos vascularizado, onde as fraturas tém retardo de consolidacao. 13.3 - Os Estados Avangados da Doenga de Paget apresentam as seguintes caracteristicas: a) lesdes dsseas generalizadas, deformidades dsseas, dsteo-artrites. secundarias, fraturas espontineas e degeneracdo maligna (sarcoma osteogénico, fibrossarcoma e sarcoma de células redondas); ) complicagdes neurolégicas e sensoriais: surde7, perturbaces olfativas e neuralgias; ¢) complicagdes cardiovasculares: insuficiéncia cardiaca de alto débito, arteriosclerose periférica e hipertensao arterial, 14, NORMAS DE PROCEDIMENTO: 14.1 - As formas localizadas da Doenga de Paget, assintométicas, detectadas em exames radiologicos de rotina, ou oligossintomaticas, ndo serao isentas de caréncia. 14.2 - A Pericia Médica isentara de caréncia e enquadrara em incapacidade definitiva por Estados Avaneados da Doenca de Paget (Osteite Deformante) os portadores de formas extensas da doenga de acordo com o item 13.3 deste Manual. 14.2.1 - Também serio isentas de caréneia as formas monostéticas com deformidades acentuadas e dolorosas e aquelas que apresentarem dificuldade para marcha, caracteristica da coxopatia Pagética. 14.3 - Ao firmar o diagnéstico, a Pericia Médica deverd registrar a extensio das deformidades e partes dsseas atingidas, o tipo de complicacio que determinou a incapacidade e os exames subsididrios que comprovem o diagnéstico. 14.3.1 - Exames subsididrios elucidativos e indispensaveis: a) exame radiolégico: aumento do volume ésseo, espessamento da cortical, trabeculado grosseiro ¢ lesdes liticas e esclersticas; b) dosagem da fosfatase alcalina sérica: valores de FA dez vezes acima do normal geralmente indicam comprometimento do cranio ou doenca poliostética extensa, enquanto que valores inferiores a tés vezes o limite superior podem indicar comprometimento monostético ou a forma esclerética da doenca. SECAO 6 HANSENIASE 18 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- 15, CONCEITUACAO; 15.1 - A Hanseniase & uma doenca infecto-contagiosa de notificagdo compulséria, causada pelo Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen), de curso cronico, com predilecdo pela pele ¢ nervos periféricos, podendo apresentar surtos reacionais intercorrentes. 15.2 - O Ministério da Saiide define como caso de hanseniase para tratamento, quando um ou mais dos seguintes achados encontram-se presentes: lesio de pele com alteracdo de sensibilidade, espessamento de tronco nervoso ou baciloscopia positiva na pele. 16, CLASSIFICACAO: rT) Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: 16.1 - A Hanseniase pode set classificada nas seguintes formas clinicas: a) Paucibacilares (PB) - Baciloscopia negativa: 1 - Tuberculdide (1); 2 - Indeterminada (1) - Mitsuda positiva. b) Multibacilares (MB) ~ Baciloscopia positiva 1 - Virchowiana (V); 2- Dimorfa (D); 3 - Indeterminada (I) - Mitsuda negativa. 16.1.1 - O teste de Mitsuda é recomendado para agrupar as formas clinicas [em PB ou MB. A forma clinica I com Mitsuda negativa é potencialmente MB. 16.2 - Principais caracteristicas das formas clinicas de Hanseniase: 16.2.1 ~ Hanseniase Tuberculdide (T) - nesta forma clinica se encontram lesées bem delimitadas, em mimero reduzido, anestésicas e de distribuigao assimétrica. Descreven-se eses em placas ou anulares com bordas papulosas e areas da pele eritematosas ou hipocrémicas. Seu crescimento centrifugo lento leva a atrofia no interior da lesdo, Em sua forma neural pura nao se observam lesdes cuténeas: ha espessamento do tronco nervoso e dano neural precoce € grave, em especial quando atinge nervos sensitivo-motores. A baciloscopia resulta negativa. O exame histologico evidencia a presenga de granuloma tipo tuberculdide de células epitelidides, linfécitos e células gigantes tipo Langhans, A Hanseniase Tuberculdide,juntamente com a Hanseniase Indeterminada constituem as formas paucibacilares da hanseniase. 16.2.2 = Hanseniase Virchowiana - HV - trata-se de forma multibacilar, reconhecida por comresponder ao pélo de baixa resisténcia, dentro do espectro imunolégico da doenca. Portanto, manifesta-se naqueles individuos que apresentam imunidade celular deprimida para 0 Mycobacterium leprae. Admite-se que a HV possa evoluir a partir da forma indeterminada ou se apresentar como tal desde 0 inicio. Sua evolugao crOnica caracteriza-se pela infiltracdo progressiva e difusa da pele, mucosas das vias aéreas superiores, olhos, testiculos, nervos, podendo afetar os linfonodos, o figado e o baco. Na pele descrevem-se papulas, nédulos € méculas. A infiltragdo € difusa e mais acentuada na face e nos membros. A pele toma-se luzidia, xerdtica, com aspecto apergaminhado e tonalidade semelhante ao cobre. Hi rarefagdo dos pelos nos membros, cilios e supercilios. A queda de pelos neste local chama-se madarose. A infiltrago da face, incluindo os pavilhdes auriculares, com madarose e manutengao da cabeleira, forma 0 quadro conhecido como facies leonina. comprometimento nervoso ocorre na pele, na inervacao vascular e nos troncos nervosos. rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez Estes tltimos vdo apresentar deficiéneias funcionais ¢ seqiielas tardias. Os nervos mais comumente atingidos sio: cubital, cidtico popliteo extemmo e auricular magno, No comprometimento das mucosas, € precoce o aparecimento de rinite posterior e destruigao do septo nasal. Podem ocorrer também lesdes viscerais principalmente no figado, baco ¢ testiculos. A HV apresenta baciloscopia fortemente positiva e representa, nos casos virgens de tratamento, importante foco infeccioso ou reservatorio da doenga. 16.2.3 - Hanseniase Indeterminada (HI) - considerada a primeira manifestacdo clinica da hanseniase e, aps periodo de tempo que varia de poucos meses até anos, ocorre evolugao para cura ou para outra forma clinica (tuberculdide ou virchowiana). As lesbes da HI surgem apés um periodo de incubagdo que varia, em média, de dois a cinco anos. Caracteriza-se pelo aparecimento de manchas hipocrémicas, com alteracdo de sensibilidade, ‘ou simplesmente por areas de hipoestesia na pele, As lesdes sio em pequeno niimero ¢ podem se localizar em qualquer area da pele. Freqiientemente, apenas a sensibilidade térmica encontra-se alterada. Nao hé comprometimento de troncos nervosos nesta forma clinica, apenas ramisculos nervosos cutdneos. A baciloscopia mostra-se negativa. 16.2.4 - Hanseniase Dimorfa (HD) - este grupo € caracterizado por sua instabilidade imunolégica, o que faz com que haja grande variagao em suas manifestagdes clinicas, seja na pele, nos nervos ou no comprometimento sistémico. As lesdes da pele revelam-se numerosas e a sua morfologia mescla aspectos de HV e HT, podendo haver predominancia ora de uma, ora de outra forma, Compreendem placas eritematosas, manchas hipocrémicas com bordas ferruginosas, manchas eritematosas ou acastanhadas com limite interno nitido e limites extemos imprecisos, placas eritemato-ferruginosas ou violaceas, com bordas internas nitidas e limites externos difusos. A infiltragao assimétrica da face, dos pavilhdes auriculares e a presenca de lesbes no pescoco ¢ nuca sio elementos sugestivos desta forma clinica, As lesdes neurais so precoces, assimétricas ecom freqiiéncialevam a incapacidades fisicas. A baciloscopia pode ser negativa ou positiva com indice bacilar varidvel. 17, SURTOS REACIONAIS: 20 17.1 - Os surtos reacionais representa episédios crdnico da hanseniase. As reagdes seguem-se a fatores desencadeantes, tais com: intercorrentes, vacinacdo, gravidez, puerpério, medicamentos iodados, estresse fisico e emocional. flamatérios que se intercalam no curso infeccoes 17.1.1 - Reagio tipo 1 (reagio reversa) tende a surgir mais precocemente no tratamento, caracteristicamente na hanseniase dimorfa; ha exacerbagao das lesGes pré-existentes, que se toram edemaciadas, eritematosas, podendo chegar A ulceracdo. As neurites sdo freqiientes, podendo ser a tinica manifestacao clinica, As vezes o dano funcional do nervo se instala sem quadro clinico de dor e espessamento do nervo. Os nervos mais comprometidos so: facial, grande auricular, ulnares, medianos, fibular comum e tibial posterior. 17.1.2 - Reago tipo 2 (eritema nodoso da hanseniase): observada nas formas virchowiana dimorfa, geralmente apés seis meses de tratamento, A lesio tipica é 0 eritema nodoso que caracteriza-se por lesdes eritematosas, dolorosas, de tamanhos variados incluindo pdpulas ¢ nédulos, localizadas em qualquer regido da pele. Em alguns casos, 0 quadro reacional evolui com neurite, orquite, irite, iridociclite, artrite, mo e pé reacionais, linfadenite, proteindria e dano hepético. Edema de membros inferiores, pré-tibialgia e febre acompanham esta reacao. SS Manual de avaliagio das doencas e afecgoes que excluem a exigencia de caréneia para a concessio de Auxilio- Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez 18, NORMAS DE PROCEDIMENTO: 18.1 - A Pericia Médica isentara de caréncia todos os examinados portadores de Hanseniase, independentemente da forma clinica. 18.2 - A avaliagio da fungo motora de grupos musculares especificos deve ser feita principalmente nos pacientes em tratamento, com a finalidade de detecgdo precoce de incapacidades. Seqiielas bem definidas podem ser encontradas ja no periodo do diagnéstico, tais como: paralisia facial do tipo periférico uni ou bilateral, paralisia do ramo orbicular do nervo zigomatico provocando lagoftalmo, epifora e exposi¢ao da cémea; mao em garra (garra do 4 ou 5 quirodactilos ou garra completa); mao caida; pé caido, garra de artelhos que pode ser acompanhada de mal perfurante plantar. 18.3 - A Pericia Médica concluiré pela incapacidade definitiva por Hanseniase dos examinados que: ) permanecerem com sinais de atividade clinica apés completarem o tratamento; ) tiverem a ocorréncia de atividade clinica apés a alta por cura, isto é, recidiva; c) manifestarem surtos reacionais freqiientes durante o tratamento ou apés a cura; 4) apresentarem seqitelas invalidantes. SEGAO7 MAL DE PARKINSON 19, CONCEITUAGAO: a Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: 19.1 - O Mal de Parkinson (Doenga de Parkinson), também chamado Paralisia Agitante, é um quadro mérbido de etiologia ainda nao estabelecida, resultante do comprometimento do Sistema Nervoso Extra-Piramidal e caracterizado pelos seguintes sinais: a) tremor - hipercinesia, predominantemente postural, ritmica endo intencional, que diminui com a execugo de movimentos voluntarios e pode cessar com o relaxamento total; b) tigidez muscular ~ sinal caracteristico e eventualmente dominante, acompanha-se do exagero dos reflexos t6nicos de postura e determina 0 aparecimento de movimentos em sucessdo fracionéria, conhecidos como "sinal da roda dentada" (Negro); ¢) bradicinesia - diminuicdo da atividade motora espontinea e conseqiiente lentidio de movimentos. 19.1.1 - A expressio Doenca de Parkinson, por sua maior abrangéncia e por melhor atender aos conceitos cientificos mais modemos sobre a enfermidade, é preferida a de Mal de Parkinson, embora esta denominagao se mantenha nestas Normas, de conformidade com a Lei. rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez 19.2 - O Parkinsonismo Secundario, também chamado Sindrome de Parkinson, é conseqiiente a lesdes degenerativas infecciosas, parasitirias, t6xicas (inclusive medicamentos), endécrinas ou produzidas por traumatismo, choque elétrico e tumores intracranianos. 20. NORMAS DE PROCEDIMENTOS: 20.1 - A Pericia Médica isentaré de caréncia os portadores de qualquer das formas clinicas do Mal de Parkinson ou do Parkinsonismo Secundério € concluira pela incapacidade definitiva quando determinarem impedimento do examinado ao desempenho das atividades normais e nao for possivel o controle terapéutico da doenca. 20.2 - A Pericia Médica nao concluiré pela incapacidade definitiva dos portadores de Parkinsonismo secundério ao uso de medicamentos quando, pela supressio destes, houver regressio e desaparecimento do quadto clinico. 20.3 - A Pericia Médica devera especificar a etiologia da Sindrome de Parkinson responsdvel pela incapacidade do examinado, sempre que possivel. SECAO 8 NEFROPATIA GRAVE 21. CONCEITUACAO: 21.1 - So consideradas Nefropatias Graves as patologias de evolugdo aguda, subaguda ou cronica que, de modo irreversivel, acarretam insuficiéncia renal, determinando incapacidade para 0 trabalho e/ou risco de vida. 21,2 - As Nefropatias Graves sio caracterizadas por manifestagdes clinicas ¢ alteragées nos exames complementares. 21.2.1 - Manifestagdes Clinicas: ‘a) ectoscépicas - palidez amarelada, edema, hemorragia cutiinea e sinais de prurido; b) cardiovasculares - pericardite sero-fibrinosa, hipertenso arterial e insuficiéncia cardiaca; ) gastrintestinais - soluco, lingua saburrosa, hélito amoniacal, néuseas, vomitos, hemorragias digestivas, diarréia ou obstipacao; d) neurolégicas ~ cefaléia, astenia, insonia, lassidao, tremor muscular, convulsdo e coma; e) oftamolégicas - retinopatia hipertensiva e retinopatia arteriosclerdtica; f) pulmonares - pulmao urémico e derrame pleural; ) urinarias - nictiria. 21.2.2 - Alteracdes nos Exames Complementares: a) Alteragées Laboratoriais: 1 - diminuigao da filtracdo glomerular; 2- aumento dos niveis sanguineos de uréia, creatinina e acido irico; 3 - distitbios dos niveis de sédio, potassio, calcio, fésforo, glicose e lipidios; 4- acidose metabilica; 22 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- 5 - diminuigdo da capacidade renal de diluigdo e concentragao (isosteniiia), 6 - anemia normocrémica e normocitica. ») Alteragdes nos exames por imagem: 1 = diminuicdo das areas renais nas patologias crdnicas ou nas isquemias agudas intensas; 2 = distorgdes da imagem normal conseqiiente a cicatrizes, cistos, hematomas, abscessos ou tumores; 3 - distensio do sistema coletor nos processos primariamente obstrutivos; 4- diminuigdo da eliminagao de contrastes, quando usados. 22. CLASSIFICACAO: 22.1 - A estimativa da filtracdo glomerular (FG) representa a melhor medida da funcdo renal global em individuos sadios e doentes. O nivel normal de FG varia de acordo com a idade, sexo superficie corporal. A FG normal em adultos jovens 6 de aproximadamente 120 a 130 mi/min/1,73 e declina com a idade. Um nivel de FG abaixo de 60 ml/min representa perda de metade do nivel da funcdo renal normal. Uma queda na FG precede o aparecimento de sintomas de faléncia renal em todas as formas de doenca renal progressiva. 22.2 - O uso da creatinina sética é limitado na avaliagio da FG, pois é afetado pela idade, sexo, raga, superficie corporal, dieta, drogas e diferengas em métodos laboratoriais, Por isso, recomendamos que a creatinina sérica seja ajustada por meio da formula de Cockcroft-Gault, conforme abaixo: FG (ml/min) = 140-idade x peso x 0,85 se mulher 72 X creat.sérica 22.3 - Considerados 0s niveis de alterag&o da fungao renal ¢ 0 grau de insuficiéncia renal, as nefropatias podem ser divididas em cinco fases (estagios): ‘a) fase de lesdo com funcao renal normal (fase 1) - corresponde as fases iniciais de lesio renal com filtraco glomerular preservada,ou seja,FG acima de 90 ml/min; }) fase de insuficiéncia renal funcional ou leve (fase 2) - nesta fase os niveis plasmaticos de uréia ¢ creatinina ainda séo normais, ndo ha sinais ou sintomas clinicos importantes de insuficiéncia renal. Corresponde a uma FG entre 60 e 89 ml/ min; ) fase de insuficiéncia renal laboratorial ou moderada (fase 3) - nesta fase, embora os sinais ¢ sintomas da uremia possam estar presentes de maneira discreta, o paciente mantém-se clinicamente bem. Na maioria das vezes, apresenta sinais e sintomas ligados causa bdsica (hipertensio arterial, diabetes mellitus, lupus etitematoso, infecgGes urindrias). A avaliago laboratorial simples ja nos mostra, quase sempre, niveis elevados de uréia e de creatinina plasmaticas. Corresponde a uma FG entre 30 e 59 ml/min. 4) fase de insuficiéncia renal clinica ou severa (fase 4) - o paciente ja se ressente de disfuncao renal, Apresenta marcantes sinais e sintomas de uremia: anemia, hipertensio arterial, edema, adinamia, nduseas, vémitos, hiporexia. Corresponde a uma FG entre 15 ¢ 29 mi/min.; ) fase terminal de insuficiéncia renal (fase 5) - nesta fase os rins perderam o controle do meio intemo, tomnando-o bastante alterado, incompativel com a vida. O paciente encontra- se intensamente sintomatico. Suas opgées terapéuticas so a didlise ou o transplante renal. Corresponde a uma FG inferior a 15 ml/min, 23 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- 22.4 - Principais grupos de patologias que cursam com insuficiéncia renal e so capazes de produzir Nefropatia Grave: nefropatia diabética; nefropatia hipertensiva; glomerulonefrites cxénicas conseqiientes a depésitos de imunocomplexos glomerulonefrite crénica conseqiiente a anticorpo antimembrana basal; necrose cortical difusa; vasct nefropatia conseqiiente a obstrugdo do fluxo urindrio; necrose medular bilateral; pielonetrite crénica; amiloidose renal; nefropatia por irradiagdo neoplasias (hipemefroma, linfoma, infiltragao leueémica); obstrugao arterial e/ou venosa grave (aguda ou cronica); nefropatias hereditarias (rins policisticos, Alport € outras). 23. NORMAS DE PROCEDIMENTO: 23.1 - As nefropatias da fase 1 (lesGo renal com funcdo renal normal) nao so enquadradas como Nefropatia Grave, 23.2 - As nefropatias da fase 2 (insuficiéncia renal leve ou funcional) nao sdo enquadradas como Nefropatia Grave. 23.3 - As nefropatias da fase 3 (insuficiéncia renal moderada) s4o enquadradas como Nefropatia Grave quando acompanhadas de sinais e sintomas que determinem a incapacidade laborativa do examinado, 23.4 As nefropatias das fases 4 e 5 (insuficigncia severa ¢ insuficiéncia renal terminal) sao enquadradas como Nefropatia Grave. 23.4 - A Pericia Médica deveri, ao registrar 0 diagnéstico, identificar o tipo de nefropatia seguido da afirmativa ou negativa de Nefropatia Grave, para fim de enquadramento legal. SECAO 9 NEOPLASIA MALIGNA 24. CONCEITUACAO: 24.1 - £ um grupo de doengas caracterizadas pelo desenvolvimento incontrolado de células anormais que se disseminam a partir de um sitio anatémico primitivo, Sao consideradas Neoplasias Malignas as relacionadas na Classificacdo Internacional de Doengas (CID-10). 24.2 - PROGNOSTICO - é determinado pelo grau de malignidade da neoplasia influenciado pelos seguintes fatores: a) grau de proliferacao celular; b) grau de diferenciacdo celular; ¢) grau de invasio vascular e linfética; 4) estadiamento clinico e/ou cirurgico; ) resposta a terapeutica especifica; £) estatisticas de morbidade e mortalidade de cada tipo de neoplasia. 24 ‘concessio de AUxil ual de avaliagao das doengas ¢ afecgbes que excluem a Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez cia de carencia pa 25. AVALIAGAO DIAGNOSTICA E ESTADIAMENTO: 25.1 - DIAGNOSTICO - 0 diagnéstico ¢ a extensio da neoplasia maligna podem ser determinados pelos seguintes meios propedéuticos: 2) bigpsia da lesao com estudo histopatologico; ) exames citolégicos; c) exames ultrassonograticos; d) exames endoscépicos; ) exames de tomografia computadorizada; 1 exames de ressondncia nuclear magnétic: g) exames cintilograficos; h) pesquisa de marcadores tumorais especificos; i) exames radiol6gicos. 26. NORMAS DE PROCEDIMENTO: 26.1 - A Pericia Médica isentard de caréncia os examinados que satisfizerem a uma das condigSes abaixo citadas: a) forem portadores de neoplasias malignas; b) manifestarem recidiva ou metastase de neoplasia maligna; ) tomarem-se invalidos em conseqiiéncia de seqiielas do tratamento, mesmo quando extirpada a lesdo neoplasica maligna, 26.2 - Serio considerados portadores de Neoplasia Maligna, durante os cinco primeiros anos de acompanhamento clinico, os examinados cuja doenca for susceptivel de tratamento cinirgico, radioterépico e/ou quimioterdpico, mesmo que 0 seu estadiamento clinico indicar bom prognéstico. 26.2.1 - Nao serio considerados portadores de Neoplasia Maligna, os examinados submetidos a tratamento cinirgico, radioterépico e/ou quimioterdpico, que, apés cinco anos de acompanhamento clinico ¢ laboratorial, nao apresentarem evidéncia de atividade da Neoplasia. 26.2.2 - A avaliagio da incapacidade do examinado portador de Neoplasia Maligna ‘enquadrada no item 26.2 serd procedida de acordo com as normas periciais vigentes, 26.3 - A Pericia Médica deverd, ao firmar 0 diagnéstico, citar 0 tipo anétomo-patolégico da neoplasia, sua localizagao, presenca ou nao de metistases, estadiamento clinico e acrescentar a expresso Neoplasia Maligna, para fim de enquadramento legal. 26.3.1 - Exemplo de laudo: adenocarcinoma do pulmao esquerdo, metastase cerebral, estadiamento Clinico IV, é Neoplasia Maligna. 26.4 A Pericia Médica ao firmar diagnéstico de examinados que tiverem sido submetidos a ressecgdio cinirgica de Neoplasia Maligna, deverd fazer mencdo dese procedimento, considerando 0 periodo de 5 (cinco) anos de acompanhamento clinico, citado no item 26.2.1. 26.4.1 ~ Exemplo de laudo: mastectomia total esquerda conseqiente a Carcinoma ductal, Estadiamento Clinico I, apés cinco anos de acompankamento clinico com o seu 25. Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- estadiamento indicando bom prognéstico, sem evidéncia de atividade do Carcinoma apos este periodo, ndo é Neoplasia Maligna. SECAO 10 PARALISIA IRREVERSIVEL E INCAPACITANTE 27. CONCEITUACAO: 27.1 ~ Entende-se por paralisia a incapacidade de contragdo voluntaria de um miisculo ou grupo de misculos, resultante de uma lesio organica de natureza destrutiva ou degenerativa, a qual implica na interrupcao de uma das vias motoras, em qualquer ponto, desde a cértex cerebral até a prOpria fibra muscular, pela lesdo do neurdnio motor central ou periférico, 27.2 - A abolig&o das fungdes sensoriais, na auséncia de lesdes organicas das vias nervosas, caracteriza a paralisia funcional, 27.3 - A paralisia seré considerada irreversivel e incapacitante quando, esgotados os recursos terapéuticos da Medicina especializada ¢ os prazos necessirios a recuperagio motora, permanecerem distirbios graves ¢ extensos que afetem a mobilidade, a sensibilidade ¢ a troficidade e que tomem o examinado total e permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho. 27.4 - Sao equiparadas as paralisias as lesdes dsteo-misculo-articulares, € vasculares graves cronicas, das quais resultem alteracdes extensas e definitivas das fungdes nervosas, da mobilidade € da troficidade, esgotados os recursos terapéuticos da Medicina especializada e os prazos necessérios a recuperacao. 27.4.1 - Nao se equiparam as paralisias, as lesdes ésteo-miisculo-articulares envolvendo a coluna vertebral. 27.5 - So equiparadas as paralisias as paresias das quais resultem alteragdes extensas das fungGes nervosas da motilidade, esgotados os recursos terapéuticos da medicina especializada os prazos necessarios a recuperacao. 28. CLASSIFICACAO DAS PARALISIAS: 28.1 - Considerando-se a localizacéo e a extensao das lesdes, as paralisias classificamr-se em: a) paralisia isolada ou periférica- quando é atingido um misculo ou um grupo de misculos; +b) monoplegia - quando sao atingidos todos os masculos de um s6 membro; c) hemiplegia - quando sao atingidos os membros superiores e inferiores do mesmo lado, ‘com ou sem paralisia facial homolateral; 4) paraplegia ou diplegia - quando sao atingidos os membros inferiores ou superiores simultaneamente; ¢) triplegia - quando resulta da paralisia de trés membros; £) tetraplegia - quando sao atingidos os membros superiores e os inferiores. 26 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- 29. NORMAS DE PROCEDIMENTO: 29.1 ~ Os portadores de paralisias irreversiveis e incapacitantes de um dos tipos descritos nas alineas "a" a "f", satisfeitas as condigdes conceituais especificadas no item 27.3 deste Manual, serdo isentos de caréncia podendo ser considerados total e permanentemente impossibilitados para qualquer trabalho. 29.2 - A Pericia Médica devera especificar em seus laudos os diagnésticos etiolégico e anatémico, caractetizando como condicao indispensavel para o enquadramento legal de que trata este Manual, o caréter definitivo e permanente da lesio, 29.3 - A Pericia Médica deverd declarar entre parénteses, apos enunciar o diagnéstico, a expresso "equivalente @ Paralisia Irreversivel e Incapacitante", quando concluir pela invalidez dos examinados portadores das lesbes citadas nos itens 27.4 ¢ 27.5 deste Manual, satisfeitas todas as condigdes constantes desses itens. . SECAO IL SINDROME DA IMUNODEFICIENCIA ADQUIRIDA (SIDA/AIDS) 30. CONCEITUACAO: 30.1 - Ser considerado como caso de AIDS todo individuo com treze anos de idade ou mais que apresentar evidéncia laboratorial da infeccdo pelo HIV (dois testes de triagem para deteccio de anticorpos anti-HIV ou um confirmatério reagente) no qual seja diagnosticada imunodeficiéncia (pelo menos uma doenga indicativa de AIDS e/ou contagem de linfécitos T CD4 + abaixo de 350 células/mrm®), independentemente da presenga de outras causas de imunodeficiéncia - Critério CDC adaptado. 30,2 - Serd considerado como caso de AIDS todo individuo com treze anos de idade ou mais que apresentar evidéncia laboratorial da infeccdo pelo HIV (dois testes de triagem de deteccao de anticorpos ou um confirmatério reagente) e, além disso, um somatério de pelo menos dez pontos numa escala de sinais, sintomas ou doengas, independentemente da presenga de outras causas de imunodeficiéncia - Critério Rio de Janeiro/Caracas. 30.3 - Serd considerado como caso de AIDS todo individuo com treze anos de idade ou mais em cuja Declaragao de Obito: a) haja mengéo a AIDS/SIDA ou termos equivalentes (por exemplo: Sindrome da Imunodeficiéncia Adquirida, Imunodeficiéncia Adquirida) em algum dos campos de preenchimento, ¢ que, apds investigagdo epidemiologica, nao possa ser descartado ou ‘enquadrado em nenhum dos critérios principais de definico de caso de AIDS vigentes, ou 'b) haja mencdo A infecc3o pelo HIV ou termos equivalentes em algum dos campos de preenchimento, além de doenga(s) associada(s) a infeccdo pelo HIV, e que, apés investigagao epidemiolégica, nao possa ser descartado ou enquadrado em nenhum dos ctitérios principais de definicdo de caso de AIDS vigentes - Critério excepcional dbito. 30.4 - Como evidéncia de imunodeficiéncia faz-se necesséria uma contagem de linfécitos CD4+ menor do que 350 células/mm’ e/ou 0 diagnéstico de pelo menos uma das doencas indicativas de 27 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que excluem a Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez cia de carencia para a concessio de AUNIIO- AIDS: cancer cervical invasivo, candidose de esofago, candidose de traquéia, bronquios ou pulmées; citomegalovirose em qualquer outro lugar que nao seja figado, baco e linfonodos (Exemplo: retinite por citomegalovirose); criptococose extrapulmonar; criptosporidiose intestinal cxénica (~um més); herpes simples mucocutaneo por periodo superior a um més; histoplasmose disseminada (localizada em quaisquer érgdos que nao exclusivamente em pulmao ou linfonodos cervicais/hilares); isosporidiose intestinal crénica (>um més); leucoencefalopatia multifocal progressiva; linfoma nao-Hodgkin de células B e linfoma maligno imunobléstico; linfoma primétio do cérebro; pneumonia por Pneumocystis Carini; qualquer micobacteriose disseminada em Srgéos outros que nao sejam o pulmio, pele ou linfonodos cervicais/hilares (exceto tuberculose ou hanseniase); reativagao de doenga de Chagas (meningoencefalite e/ou miocardite; sepse recorrente por bactérias do género Salmonella (nao tifoide); toxoplasmose cerebral 30.5 - Escala de sinais, sintomas ou doengas, com a respectiva pontuagdo, utilizada no critério de definigdo Rio de Janeiro/Caracas: a) anemia/ou linfopenia e/ou trombocitopenia; astenia>um més; caquexia; dermatite persistente; diarréia>um més; febre>um més; linfadenopatia>um més; tosse_persistente associada ou nao a qualquer pneumonia (exceto tuberculose ou pneumonite, determinada radiologicamente-dois pontos); ) candidose oral ou leucoplasia pilosa; disfuncao do sistema nervoso central; herpes zoster em individuo com até sessenta anos de idade; tuberculose pulmonar, pleural ou de Jinfonodos localizados numa tinica regido-cineo pontos; c) outras formas de tuberculose; sarcoma de Kaposi-dezpontos. 31. NORMAS DE PROCEDIMENTO: 31.1 - A Pericia Médica isentard de caréncia os examinados que se enquadrem em um dos critérios de definigdo de caso de AIDS estabelecidos nos itens 30.1 e/ou 30.2 e/ou 30.3. 31.2 - A condigao de portador assintomdtico do HIV nao acarreta isengao de caréncia. 31.3 - A avaliagdo da incapacidade laborativa dos examinados enquadrados como caso de AIDS, seguiré a Norma Técnica especitica. SEGAO 12 TUBERCULOSE ATIVA. 32, CONCEITUACAO: 32.1 - A tuberculose é uma doenca infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium Tuberculosis, de evolucao aguda ou crénica, de notificagio compulséria. Pode acometer qualquer érgio, tendo, no entanto, nitida predilecdo pelo pulmao. 33. CLASSIFICACAO: 28 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- 33.1 - As lesdes tuberculosas sao classificadas em: a) ativas; ») inativas; ) de atividade indeterminada (potencial evolutivo incerto); 4) curadas. 33.2 - Os pacientes sio distribuidos em classes, com as seguintes caracteristicas a) Classe 0 - Pacientes sem exposigao a tuberculose e sem infecgdo tuberculosa; b) Classe I - Pacientes com historia de exposicao a tuberculose, porém sem evidéncia de infec tuberculosa (teste cutaneo tuberculinico negativo); ) Classe II - Pacientes com infeccao tuberculosa caracterizada pela positi cutinea tuberculinica, porém sem tuberculose; 4) Classe I - Pacientes com tuberculose doenga, Apresentam quadros clinico, bacteriol6gico, radiolégico e imunolégico que evidenciam e definem as lesdes tuberculosas. idade da prova 34. AVALIAGAO DO POTENCIAL EVOLUTIVO DAS LESOES TUBERCULOSAS: 34.1 - Avaliagdo clinica: presenga de sinais e/ou sintomas relacionados com a doenga. 34,2 - Avaliaco imunolégica: prova tuberculinica (PPD), 34.3 - Avaliagdo bacteriolégica: pesquisa do Mycobacterium tuberculosis nos diferentes materiais, ao exame direto, cultura e inoculacdo em animais sensiveis. 34.4 Avaliagao radiolégica: estudo radiol6gico, com destaque dos aspectos infiltrativo, cavitatio, nodular, ¢ linear, entre outros, e da caracteristica de estabilidade ou instabilidade das lesdes, estudadas por meio de séries de radiografias, obtidas ao longo da evolugao da doenga, 34.5 - Avaliagio andtomo-patolégica: das pecas de ressecco ou bidpsia, com pesquisa bacteriolégica. 35. AVALIAGAO DO ESTADO EVOLUTIVO DAS LESOES TUBERCULOSAS: 35.1 - As lesGes ativas apresentam as seguintes caracteristicas: a) bacteriolégicas: presenca do Mycobacterium tuberculosis ao exame direto e/ou cultura de qualquer secrecéo ou material colhidos para exame em amostras diferentes; b) radiolégicas: 1 - carater infiltrativo-inflamatorio das lesdes, (evidenciado pela reagao perifocal); 2 - instabilidade das lesées infiltrativas, (observadas nas séries de radiografias); 3 - presenca de cavidades com paredes espessas, com ou sem nivel liquido e reago petifocal); 4 derrame pleural associado; 5 - complexo ganglio-pulmonar recente; ¢) imunolégicas: evidéncia de viragem tuberculinica recente, na auséncia de vacinagio BCG (PPD - Reator Forte); ¢) clinicas: presenca de sinais clinicos sintomas compativeis com a doenga tuberculosa. 29 Manual de avaliagao das doengas e afecgoes que ex: Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez rem exigencia de carencia para a concessio de AUMIIO- 35.2 - As lesdes inativas apresentam as seguintes caracteristicas: a) bacteriol6gicas: auséncia de Mycobacterium tuberculosis no exame direto e/ou cultura do material colhido, com negatividade nos resultados dos exames mensais durante pelo menos trés meses, inclusive em material obtido por bronco-aspiragio e negatividade dos exames das pecas de ressecgio; b) radiol6gicas: “limpeza" radiologica completa ou muito acentuada, onde os residuos de lesio deverdo apresentar-se estaveis em séries de radiografias. Se permanecerem cavidades, estas devem apresentar saneamento, paredes finas com nivel liquido ou reagdo perifocal, aspectos cisticos ou bulhoso; ) elinicas 1 auséncia de sinais ¢ sintomas relacionados a tuberculose; 2 - existéncia eventual de manifestagdes de entidades méorbidas ndo tuberculosas conseqiientes doenga e a cura (residuos sintométicos com lesdes tuberculosas inativas); 3 = persisténcia das condigdes clinicas favoraveis com duragéo de, pelo menos, t1és meses. 35.3 - As lesdes de atividade indeterminada sao aquelas que, por faltarem elementos elucidativos para caracterizar seu estado evolutivo, sio temporariamente assim classificadas, até que a obtengdo de dados possibilite sua inclusdo no grupo das lesdes ativas ou no das inativas ow curadas. 35.4 - As lesdes tuberculosas sio ditas curadas quando apés o tratamento regular com esquema triplice, durante seis meses, apresentem caracteristicas de inatividade descritas no item 35.2 deste Manual. 36. NORMAS DE PROCEDIMENTO: 36.1 - A Pericia Médica isentara de caréncia os examinados portadores de Tuberculose Ativa ou em estigio evolutivo incerto, 36,2 - A Pericia Médica concederd Auxilio-Doenga aos portadores de Tuberculose Ativa até que a baciloscopia no escarro seja negativa e que ocorra recuperacdo clinica do paciente,quando poderdo ser julgados aptos,a despeito da necessidade de continuarem o tratamento especifico pelo tempo previsto, 36.3 ~ Os examinados que apresentarem "Corpulmonale” crOnico, acompanhado de sinais de insuficiéneia cardiaca congestiva, em conseqiiéncia da gravidade ou extensio das lesdes pulmonares tuberculosas, serio julgados de acordo com o previsto na Seco 2 (Cardiopatia Grave) deste Manual, 36.4 - Os examinados portadores de lesdes tuberculosas extrapulmonares serdo isentos de caréncia ¢ terdo a incapacidade laborativa avaliada a luz. dos critérios gerais da Pericia Médica daqueles pertinentes a cada caso. 30 CR al Manual de avaliagio das doencas e afecgoes que excluem a exigencia de caréneia para a concessio de Auxilio- Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez 36.5 - As seqiielas das lesdes tuberculosas, quando itreversiveis, graves e determinantes de invalidez definitiva do examinado, terdo enquadramento legal andlogo ao dispensado a Tuberculose Ativa, pois que dela diretamente decorrem. SECAO 13 HEPATOPATIA GRAVE 37. CONCEITUACAO: 37.1 - Sao consideradas Hepatopatias Graves: a) as hepatopatias de evolucao aguda, subaguda ou crénica que, de modo irreversivel, acarretam insuficiéncia hepatica, determinando incapacidade para 0 trabalho e/ou risco de vida; +b) as hepatopatias agudas que evoluirem para o 6bito. 38. CLASSIFICAGAO: 38.1 - A funcao hepética e o grau de insuficiéncia hepatica serio avaliados pelos seguintes parametros: a) albumina sérica; b) bilirrubina sérica total; ) atividade de protrombina; 4d) presenca ou auséncia de ascites €) presenga ou auséncia de encefalopatia, 38.2 - Para 0 estabelecimento do grau de insuficiéncia hepatica serdo utilizados os parametros referidos no item 38.1, atribuindo-se a seguinte pontuacao: q PARAMETROS VARIACA | PO! o Ausente Grau de Encefalopatia Tell MeIV ‘Ausente Ascite Disereta Tensa <2 Bilirubina (mg/dl) 2a3 >3 335 Albumina (g/dl) PETER <28 ‘Atividade de Protrombina >50 (%) 30 50 Nale|rale)s)aloja)aiel ala Z| 3 mnicia de caréncia para a concessio de Auxili ual de avaliagao das doengas ¢ afecgbes que excluem a Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez [ =30 3 39. NORMAS DE PROCEDIMENTO: 39.1 ~ As hepatopatias do grupo A (5 A 6 PONTOS) nio serdo enquadradas como Hepatopatia Grave. 39.2 - As hepatopatias do grupo B (7 A 9 PONTOS) sero enquadradas como Hepatopatia Grave quando determinarem a incapacidade laborativa do examinado. 39.3 - As hepatopatias do grupo C (10 OU MAIS PONTOS) serio enquadradas como Hepatopatia Grave e consideradas determinantes de aposentadoria por invalidez. 39.4 - Nao serdo enquadrados como Hepatopatia Grave os portadores assintométicos dos virus HIVB (virus da hepatite B) e HVC (virus da hepatite C). SECGAO 14 . CONTAMINAGAO POR RADIACAO 40, CONCEITUACAO: 40.1 - Para efeitos de isengio de caréncia, considera-se contaminacio por radiacdo ionisante o contato indesejado com uma fonte radioativa. 40.2 - Segundo a Comissdo Nacional de Energia Nuclear-CNEN, a contaminagao caracteriza-se pela presenca indesejavel de um material radioativo em local onde nao deveria estar e implica em contato com este material. 40.3 - Inradiagao & a exposi¢o de um objeto ou um corpo 4 radiacdo, 0 que pode ocorrer a distancia, sem necessidade de contato. Irradiagio, portanto, nao significa contaminacdo. Exemplo: utilizagao de Bomba de Cobalto para tratamento de neoplasias malignas. SECAO 15 ACIDENTE DE QUALQUER NATUREZA OU CAUSA 41, CONCEITUACAO: 41.1 - Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa é aquele de origem traumética ou por exposicao a agentes exégenos (fisicos, quimicos ou biolégicos) que acarrete leso corporal ou perturbacdo funcional que cause a morte, a perda ou reduco permanente ou tempordtia da capacidade laborativa. 41.2 - Os acidentes de qualquer natureza, conforme acima conceituados, esto isentos de caréncia. 32 Manual io das doencas e afeagdes que excluem a Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez micia de carencia para a concessio de AUNII 42.3 - Nos casos de acidente de qualquer natureza a avaliagdo da incapacidade laborativa seguira as normas gerais de Pericia Médica. SECAO 16 ACIDENTE DO TRABALHO 42. CONCEITUACAO: 42.1 - Considera-se Acidente do Trabalho 0 que ocorre pelo exercicio da atividade a servigo da empresa ou pelo exercicio do trabalho, provocando lesio corporal ou perturbacdo funcional que cause a morte ow a perda ou a reducdo, permanente ou temporiria, da capacidade para o trabalho. 42.2 - Também sao consideradas como Acidente do Trabalho as seguintes entidades morbidas: a) doenga profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercicio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da relacao elaborada pelo Ministério do Trabalho; b) doenga do trabalho, assim considerada a adquirida ou desencadeada em funcdo de condigdes especiais em que 0 trabalho € realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relagao elaborada pelo Ministério do Trabalho. 42.3 - Os acidentes do trabalho, conforme definidos nos itens 42.1 e 42.2, esto isentos de caréncia, 42.4 - Nos casos de acidente do trabalho a avaliagdo da incapacidade laborativa seguir as normas gerais da Pericia Médica. 3B ual de avaliagao das doengas ¢ afecgbes que excluem a Doenga ou de Aposentadoria por Invalidez mnicia de caréncia para a concessio de Auxili

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