Você está na página 1de 22

RESOLUÇÃO LISTA GEOLOGIA- P2

1) O Ciclo da Água

É o fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfície

terrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia solar

associada à gravidade e à rotação terrestre.

O conceito de ciclo hidrológico (Figura 4) está ligado ao movimento e à troca de

água nos seus diferentes estados físicos, que ocorre na Hidrosfera, entre os oceanos,

as calotes de gelo, as águas superficiais, as águas subterrâneas e a atmosfera. Este

movimento permanente deve-se ao Sol, que fornece a energia para elevar a água da

superfície terrestre para a atmosfera (evaporação), e à gravidade, que faz com que a

água condensada se caia (precipitação) e que, uma vez na superfície, circule através

de linhas de água que se reúnem em rios até atingir os oceanos (escoamento

superficial) ou se infiltre nos solos e nas rochas, através dos seus poros, fissuras e

fraturas (escoamento subterrâneo). Nem toda a água precipitada alcança a superfície

terrestre, já que uma parte, na sua queda, pode ser interceptada pela vegetação e volta

a evaporar-se.

A água que se infiltra no solo é sujeita a evaporação direta para a atmosfera e é

absorvida pela vegetação, que através da transpiração, a devolve à atmosfera. Este

processo chamado evapotranspiração ocorre no topo da zona não saturada, ou seja,

na zona onde os espaços entre as partículas de solo contêm tanto ar como água.

A água que continua a infiltrar-se e atinge a zona saturada, entra na circulação

subterrânea e contribui para um aumento da água armazenada (recarga dos

aquíferos). Na Figura 5 observa-se que, na zona saturada (aquífero), os poros ou

fraturas das formações rochosas estão completamente preenchidos por água

(saturados). O topo da zona saturada corresponde ao nível freático. No entanto, a água

subterrânea pode ressurgir à superfície (nascentes) e alimentar as linhas de água ou


ser descarregada diretamente no oceano.

A quantidade de água e a velocidade com que ela circula nas diferentes fases do

ciclo hidrológico são influenciadas por diversos fatores como, por exemplo, a cobertura

vegetal, altitude, topografia, temperatura, tipo de solo e geologia.

2) Os principais fatores que influem no processo de infiltração no solo são:

 umidade do solo - quanto mais saturado estiver o solo, menor será a infiltração.
 geologia - a granulometria do solo condiciona a sua permeabilidade. Quanto mais fino for o
solo menor será a infiltração.
 ocupação do solo - os processos de urbanização e devastação da vegetação diminuem
drasticamente a quantidade de água infiltrada ocorrendo o contrário com a aplicação de
técnicas adequadas de terraceamento e manejo do solo.
 topografia - declives acentuados favorecem o escoamento superficial direto diminuindo a
oportunidade de infiltração.
 depressões - a existência de depressões provoca a retenção da água diminuindo a
quantidade de escoamento superficial direto. A água retida infiltra no solo ou evapora.

3) Efluentes: rios que recebem contribuição de água do subsolo e aumentam sua vazão em
direção à jusante. São característicos de regiões úmidas.

Influentes: rios que perdem água para o subsolo (infiltração), além da perda por evaporação.
Eles diminuem sua vazão em direção à jusante e podem secar antes de atingir o mar. São
típicos de climas áridos.

4)
5)

OU
– Aquífero Livre:Também chamado de freático ou não confinado, é aquele cujo limite superior
é a superfície de saturação ou freático na qual todos os pontos se encontram à pressão
atmosférica.

– Aquífero confinado:Também chamado de aquífero sob pressão, é aquele onde a pressão


da água em seu topo é maior do que a pressão atmosférica. Em função das camadas limítrofes
pode ser definido como: Confinado não drenante e confinado drenante.

- Aquífero confinado não drenante


É aquele em que as camadas limítrofes, inferior e superior, são impermeáveis.Captação por
sondagem nesse tipo de aqüífero, a água jorra naturalmente sem necessidade de
bombeamento e, são os poços denominados “jorrantes” ou “artesianos”.

- Aquífero confinado drenante


E aquele que pelo menos uma das camadas limítrofes é semi-permeável, permitindo a
entrada ou saída de fluxos.

- Aquífero suspenso:É um caso especial de aqüífero livre formado sobre uma camada
impermeável ou semi-permeável que nem armazena nem transmite água.

6) -Sistema Cárstico: é um tipo de relevo geológico caracterizado pela dissolução química


(corrosão) das rochas, que leva ao aparecimento de uma série de características físicas, tais
como cavernas, dolinas, vales secos, vales cegos, cones cársticos, rios subterrâneos, canhões
fluviocársicos, paredões rochosos expostos e lapiás. O relevo cárstico ocorre
predominantemente em terrenos constituídos de rocha calcária, mas também pode ocorrer em
outros tipos de rochas carbonáticas, como o mármore e rochas dolomíticas.
-Problemas: Os principais tipos de rochas susceptíveis aos processos de dissolução são

as rochas calcárias ou carbonáticas (calcários, mármores e dolomitos), além de

evaporitos (halita, gipsita e anidrita), embora sejam menos difundidos na superfície

terrestre. Nos terrenos de rochas carbonáticas os afundamentos cársticos se manifestam na


forma de colapsos de solo e subsidências e podem se desenvolver de maneira natural ou ser
defl agrados ou acelerados por ações próprias do uso inadequado do solo, principalmente
aquelas que resultem em alterações na dinâmica e nas características de circulação das águas
subterrâneas. A presença de cobertura de materiais inconsolidados (aluviões, colúvios e

solos de alteração) sobre as rochas carbonáticas em dissolução tende a aumentar o signifi


cado geotécnico desse processo, quer seja pela ampliação física das áreas de afundamento,
quer pelo próprio mascaramento de corpos carbonáticos, produzindo até mesmo terrenos de
topografi a mais suave em relação ao entorno e, consequentemente, podendo atrair usos mais
intensos.

Os colapsos de solo se caracterizam por desabamentos bruscos, circulares em forma de


cratera, com seção lateral de tronco invertido. Podem ocorrer mesmo sem sinais prévios
denunciadores e são apontados como os principais causadores de acidentes graves em áreas
de carste. Um dos principais acidentes relacionados a colapsos de solo no Brasil foi verifi cado
em 1986, na cidade de Cajamar (SP). Outros de menores proporções foram verifi cados nas
cidades de Sete Lagoas (MG), Colombo e Almirante Tamandaré (PR).
As subsidências de terreno se distinguem por processos de adensamento ou rebaixamento do
solo, em função de modifi cações nas condições de saturação das camadas superfi ciais.
Consistem de movimentos mais lentos em relação aos colapsos, podendo provocar recalques
nas fundações e ruína parcial de edifi cações (trincas, rachaduras e desabamentos de
pequenas proporções).
7) Já a super-exploração ocorre quando a extração de água subterrânea ultrapassa os limites
de produção do aqüífero, provocando danos ao meio ambiente ou para o próprio recurso, como
aumento nos custos de bombeamento, escassez de água, indução de água contaminada e
problemas geotécnicos de subsidência (compactação diferenciada do terreno, causando o
colapso de construções civis).
A superexploração de um aqüífero normalmente está associada aos seguintes problemas:
aumento dos custos de bombeamento pela diminuição do rendimento de poços;
infiltração de água subterrânea de baixa qualidade, ou até contaminada, advinda de outras
unidades aqüíferas mais superficiais;
drenagem de rios e outros corpos de água superficial, pelo rebaixamento do nível hidráulico
do aqüífero;
indução de fluxos laterais de água salina da costa marítima;
subsidência do terreno, resultando em problemas de estabilidade e danos de edificações e
redes de esgoto.

8) Solos transportados:

Proveniente de erosões, transporte e decomposição de solos pré existentes.

Solos Aluviais(agua):
Solos resultantes do carregamento pela água são os aluviões , ou solos aluvionares
.Sua composição depende da velocidade das águas no momento de deposição. Existem
aluviões essencialmente arenosos, bem como aluviões muito argilosos, comuns nas várzeas
quaternárias dos córregos e rios. Registra-se também a ocorrência de camadas sobrepostas de
granulometrias distintas, devidas a diversas épocas e regimes de deposição.

Solos Eólicos:
O transporte pelo vento dá origem aos depósitos eólicos . O transporte eólico provoca o
arredondamento das partículas, em virtude do seu atrito constante. As areias constituintes dos
arenitos brasileiros são arredondadas, por ser esta uma rocha sedimentar com partículas
previamente transportadas pelo vento.

Solos Coluviais (Gravitacional):

Solos formados por ação da gravidade dão origem a solos coluvionares . Entre eles estão os
escorregamentos das escarpas da Serra do Mar, formando os tálus nos pés do talude, massas
de materiais muito diversos e sujeitos a movimentações de rastejo. Têm sido também
classificados como coluviões , solos superficiais do planalto brasileiro depositados sobre solos
residuais.
9) Solos residuais

são aqueles resultantes da decomposição das rochas que se encontram no próprio local em
que formaram. Para que eles ocorram, é necessário que a velocidade de decomposição da
rocha seja maior do que a velocidade de decomposição por agentes externos. A velocidade de
decomposição depende de vários fatores, entre os quais a temperatura, o regime de chuva e a
vegetação. As condições existentes nas regiões tropicais são favoráveis a degradações mais
rápidas da rocha ,razão pela qual as maiores ocorrências de solos residuais ocorrem nestas
regiões, entre elas o Brasil.

10) Enquanto as altas temperaturas criam ambientes mais favoráveis às reacções químicas
envolvidas na alteração das rochas, a abundância de água, particularmente em percolação
subsuperficial, facilita os processos de lixiviação dos minerais que se vão desenvolvendo
criando novas matrizes texturais e estruturais além disso a abundante vegetação defende os
maciços da erosão.

11)
Intemperismo físico
É o processo de fragmentação das rochas a partir de agentes físicos como as variações da
temperatura, a ação do gelo e dos ventos. Já o intemperismo químico é o progresso de
decomposição das rochas, que ocorre principalmente pela ação da água e da chuva.
Termal: ocorre devido à variação de temperatura nas rochas, sendo mais típico em climas
secos, sejam eles quentes ou frios. Tende-se a expandir quando aquecidos e se contraem
quando resfriados. Desta forma as rochas tendem a se fragmentar pelo enfraquecimento de
suas estruturas. Além de tudo os minerais que compõe as rochas, têm diferentes coeficientes
de dilatação, ampliando assim a fragmentação das rochas. A cor e a granulometria da rocha,
influênciam na sua fragmentação, assim rochas mais escuras tendem a aquecer com mais
facilidade, e as rochas mais grosseiras tendem a se desintegrar mais facilmente do que as de
grãos pequenos.
Mecânico: ocorre devido a vários fatores como a dissolução de água em geleiras e sua
cristalização em fraturas que provoca o esfacelamento em blocos de rocha pelo aumento de
volume da água ao formar o gelo, de forma semelhante ao que pode ocorrer com a
cristalização de sais devido a evaporação da água, fazendo com que os sais se precipitem
aumentando de volume em fissuras de rochas e de minerais.

12) Intemperismo químico


Destaca-se da ação da água da chuva carregada de elementos atmosféricos, como o CO2: que
ataca os minerais da rocha em sua superfície exposta e em suas fraturas e os decompõem
dando origem a novos minerais, estáveis às condições da superfície terrestre, e a solutos que
migram pelas fraturas da rocha ou nas águas superficiais em direção ao mar. O intemperismo
químico compreende a decomposição dos minerais primários das rochas que resulta da ação
separada ou simultânea de várias reações químicas: oxidação, hidratação, dissolução, hidrólise
e acidólise.
Oxidação: consiste na mudança do estado de oxidação de um elemento, através de reação
com o oxigênio. Essa reação destrói a estrutura cristalina do mineral.
Hidratação: consiste na incorporação de água à estrutura mineral, formando um novo mineral.
Dissolução: consiste da sulubilização completa de alguns minerais por ácidos.
Hidrólise: Sendo as rochas constituídas basicamente por silicatos, quando elas entram em
contato com a água, os silicatos sofrem hidrólise e dessa reação resulta uma solução alcalina.
Acidólise: é a reação de decomposição de minerais que ocorre em ambientes de clima frio,
onde a decomposição da matéria orgânica é incompleta, formando ácidos orgânicos que
diminuem muito o pH das águas, complexando e sulubilizando o Fe e o Al.

13) Igual a questão 8.

14) O rastejo é um movimento gravitacional de massa muito lento, da ordem de centímetros por
ano. As velocidades de escoamento são mais rápidas em superfície e decrescentes com a
profundidade. O rastejo movimenta solo e rocha, e esse deslocamento pode ser constante,
sazonal ou intermitente. O reconhecimento de encostas sob ação de rastejo se dá pela
observação de algumas feições características, como árvores tortas no sentido da vertente,
tombamento de muros, trincas no solo. É comum o truncamento e o dobramento de camadas
de rocha no sentido da vertente. Os processos de rastejo formam na base das vertentes
depósitos de materiais incoerentes e pobremente selecionados, os colúvios. A ocorrência de
rastejo numa vertente é uma clara indicação de sua instabilidade, com maior probabilidade de
ocorrer outros tipos de movimentos de massa. A identificação do rastejo é importante na
prevenção de movimentos de massa mais rápidos e potencialmente mais perigosos.
exemplo?...
15) ESCORREGAMENTO SOLO

Basicamente os deslizamentos de terra ocorrem quando o solo que está sobre uma camada
rochosa sofre desagregação devido a alguns dos fatores citados acima e literalmente escorrega sobre
essa camada. O que faz com que o solo permaneça coeso, dentre outras forças, é o atrito existente
entre as partículas que o compõem e o leito de rocha. O deslizamento ocorrerá quando a força da
gravidade atuando sobre a encosta for maior que o atrito existente entre as partículas.

Se o deslizamento ocorrer na presença de chuva, em locais íngremes com transporte de


fragmentos de rocha e solo identificáveis, dizemos que ocorreu um “escorregamento” de terra.

O escorregamento de terra percorre um caminho mais curto e os detritos costumam ficar


depositados no sopé do morro ou montanha onde aconteceu o deslizamento.

ESCORREGAMENTO ROCHAS

16) CORRIDAS (Flow): movimentos gravitacionais na forma de escoamento rápido,


envolvendo grandes volumes de materiais. Caracterizados pelas dinâmicas da mecânica dos
sólidos e dos fluidos, pelo volume de material envolvido e pelo extenso raio de alcance que
possuem, chegando até alguns quilômetros, apresentando alto potencial destrutivo.

Os mecanismos de geração de corridas de massa podem ser classificados quanto a origem da


seguinte forma:
 Primária: corresponde as corridas de massa envolvendo somente os
materiais provenientes das encostas.
 Secundária: corridas de massa nas drenagens principais, formadas pela remobilização
de detritos acumulados no leito e por barramentos naturais, envolvendo ainda o material
de escorregamentos das encostas e grandes volumes de água das cheias das
drenagens.

Considerando as características do material mobilizado, as corridas podem ser classificadas


em 3 tipos básicos:

Corrida de Terra (earth flow): fluxo de solo com baixa quantidade de água, apresentando baixa
velocidade relativa.

Corrida de Lama (mud flow): fluxo de solo com alto teor de água, apresentando média
velocidade relativa e com alto poder destrutivo.

Corrida de Detritos (debris flow): material predominantemente grosseiro, constituído por blocos
de rocha de vários tamanhos, apresentando um maior poder destrutivo.

COMPARAÇÃO

Tipo de movimento Características do movimento

Rastejos:

Movimento lento, ocorre em declives acima de 35º, deslocando porção superior do solo,

atingindo baixa profundidade. Possui gradiente vertical de velocidade (maior próximo à

superfície, diminuindo com a profundidade).

Deslizamentos:

-Escorregamentos

Envolvem participação da água. Ocorre em relevos de elevada amplitude, com presença de

manto de regolito. Causado por elevada pluviosidade e antropismo. Envolve fragmentos de

rochas e solos

-Corridas de massa

Participação intensa de água, forte caráter hidrodinâmico. O transporte é feito por

suspensão ou saltação. A separação entre água e carga sólida é dificultada.

Queda de blocos:

Movimentos desenvolvidos em declives com ângulos próximos a 90º. Queda livre de


material (rochas, solos). Ação maior da gravidade, sem água como agente mobilizador.

17) Erosão é o desgaste do solo e das rochas e seu transporte, em geral feito
pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando expande o material no
qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e
húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos
e em geral vão assorear cursos d'água.

Causas naturais

No que se refere às ações da natureza, podemos citar as chuvas como principal causadora da
erosão. Ao atingir o solo, em grande quantidade, provoca deslizamentos, infiltrações e
mudanças na consistência do terreno. Desta forma, provoca o deslocamento de terra. O vento
e a mudança de temperatura também são causadores importantes da erosão.
Quando um vulcão entra em erupção quase sempre ocorre um processo de erosão, pois a
quantidade de terra e rochas deslocadas é grande.
A mudança na composição química do solo também pode provocar a erosão.

Causas humanas

O ser humano pode ser um importante agente provocador das erosões. Ao retirar a cobertura
vegetal de um solo, este perde sua consistência, pois a água, que antes era absorvida pelas
raízes das árvores e plantas, passa a infiltrar no solo. Esta infiltração pode causar a
instabilidade do solo e a erosão.
Atividades de mineração, de forma desordenada, também podem provocar erosão. Ao retirar
uma grande quantidade de terra de uma jazida de minério, os solos próximos podem perder
sua estrutura de sustentação.

18) A erosão em sulcos é formada a partir da concentração do escoamento superficial nas


depressões da superfície do terreno, evoluindo para a formação de canais ou ravinas, o que faz
aumentar a degradação dos solos pela erosão hídrica.

A desagregação e o transporte das partículas do solo na erosão em sulcos se dão pela ação
das forças hidráulicas provocadas pelo escoamento superficial concentrado nos sulcos,
originado pelas chuvas (Polyakov & Nearing, 2003). A erosão em sulcos constitui-se na
segunda fase evolutiva do processo físico da erosão hídrica do solo, que é marcada pela
mudança da forma do escoamento. De difuso sobre a superfície do solo, na fase inicial da
erosão em entressulcos, o mesmo concentra-se na segunda fase, em pequenas depressões da
superfície do solo, chamadas de sulcos de erosão (Cantalice, 2002). Quando isso ocorre, a
lâmina de escoamento desenvolve maior tensão de cisalhamento devido ao aumento da sua
espessura, elevando, portanto, a capacidade do escoamento em desagregar o solo.

COMPARAÇAO

NATURAIS

 Chuvas (impacto, escoamento);


 Relevo (declividade, comprimento de rampa, forma da vertente);
 Solo (características morfológicas, físicas, químicas, biológicas e mineralógicas);
 Substrato rochoso;
 Cobertura vegetal.

ANTRÓPICOS

 Desmatamento;
 Movimento de terra;
 Concentração de água;
 Inadequado uso do solo agrícola e urbano.

19) formação de grandes buracos de erosão causados pela chuva e intempéries, em solos
onde a vegetação é escassa e não mais protege o solo, que fica cascalhento e suscetível de
carregamento por enxurradas

20)Boçoroca é um fenômeno geológico que consiste na formação de grandes buracos


de erosão, causados pela chuva e intempéries, em solos onde a vegetação é escassa e não
mais protege o solo, que fica cascalhento e suscetível de carregamento por enxurradas. Pobre,
seco e quimicamente morto, nada fecunda.
São causadas pelo intemperismo físico da ação pluvial e são considerados ações erosivas. Os
sedimentos decorrentes dessas ações climáticas são deslocados para as partes mais baixas e
ali depositados. Formam-se assim os colúvios e depósitos de encosta, caracterizando o
processo de sedimentação.
COMPARAÇÃO

Sulcos:

 Pequenas incisões na superfície (na forma de filetes muito rasos), perpendiculares às


curvas de nível;
 Podem ser eliminados por operações normais de preparo de solo;
 Desenvolvem-se em áreas nas quais a erosão laminar é mais intensa.
Ravinas:

 Ocorrem quando a água do escoamento superficial escava o solo atingindo seus


horizontes inferiores e, em seguida, a rocha;
 Apresentam profundidade maior que 0,5 metros, diferenciando-se dos sulcos por não
serem obliteradas pelas operações normais de preparo do solo;
 Também ocorrem movimentos de massa devido ao abatimento de seus taludes;
 Possuem forma retilínea, alongada e estreita. Raramente se ramificam e não chegam a
atingir o nível freático;
 Apresentam perfil transversal em "V" e geralmente ocorrem entre eixos de drenagens,
muitas vezes associadas a estradas, trilhas de gado e carreadores.

Boçorocas:

 Formas mais complexas e destrutivas do quadro evolutivo da erosão linear;


 Devem-se à ação combinada das águas do escoamento superficial e subterrâneo,
desenvolvendo processos como o "pipping" (erosão interna), liquefação de areias,
escorregamentos, corridas de areia, etc;
 Em geral são ramificadas, de grande profundidade apresentando paredes irregulares e
perfil transversal em "U";
 Quando se instalam ao longo dos cursos d'água, principalmente nas cabeceiras, são
denominadas boçorocas de drenagem. Também podem se formar pelo aprofundamento
de ravinas até o nível freático, sendo denominadas boçorocas de encosta;
 O inadequado uso do solo é considerado fator principal e decisivo no surgimento das
boçorocas;
 São formas erosivas de difícil controle.

21) Corrosão

Processo de desgaste físico das rochas através, principalmente, do impacto e/ou atrito de
partículas transportadas pelo vento (eólica), pela água (fluvial, de marés, correntes) ou pelo
gelo (de geleira).E o vento "esculpe" as rochas, dando as formas.
[editar]Abrasão

Processo erosivo ou de desgaste de rochas pelo impacto e/ou atrito/fricção de partículas ou


fragmentos carregados por correntes eólicas, glaciais, fluviais, marinhas, de turbidez, pelo vai e
vem de ondas.
[editar]Eólico

Processo, depósito sedimentar ou feição/estrutura que tem o vento como agente geológico.
Exemplos: dunas em desertos ou praias são depósitos eólicos; corrasão é o processo de
desgaste e deflação é o de erosão eólicas.
[editar]Deflação
Erosão pelo vento com a retirada superficial de fragmentos mais finos.
A deflação ocorre frequentemente em regiões de campos de dunas com a retirada preferencial
de material superficial mais fino (areia, silte), permanecendo, muitas vezes, uma camada de
pedregulhos e seixos atapetando a superfície erodida.
Pode ocorrer forte corrosão associada à deflação, esculpindo nas rochas formas ruiniformes e
outras feições típicas de regiões desérticas e outras assoladas por fortes ventos.
Em locais de forte e constante deflação podem se formar zonas rebaixadas, em meio a regiões
desérticas, e que com as escassas chuvas formam lagos rasos (playa), secos na maior parte
do tempo; lama endurecida ou camadas de sal atapetam, muitas vezes essas playas.

22) consiste na remoção de blocos rochosos pelas flutuações de pressões durante a


dissipação de energia das quedas d´água, em cachoeiras, corredeiras e falésias.
Impactos diversos nos recursos hídricos: poluição, perda de volume armazenado.

23) Descreva os fatores condicionantes das erosões.

24) Assoreamento pode ser conceituado da seguinte forma: "processos de acumulação de


partículas sólidas (sedimentos) em meio aquoso ou aéreo, ocorrendo quando a força do agente
transportador natural (curso d´água, vento) é sobrepujada pela força da gravidade ou quando a
supersaturação das águas ou ar permite a deposição de partículas sólidas" (Infanti Jr &
Fornasari Filho, 1998).

Os sedimentos podem ser transportados em suspensão (partículas mais finas), por


tração/rolamento (partículas mais pesadas) ou saltação (partículas intermediárias), isso para
uma mesma velocidade. A deposição ocorre quando a energia de fluxo não suporta mais
transportar o sedimento, partícula ou fragmento de rocha.

A atuação antrópica vem intensificando e acelerando os processos de assoreamento, não só


pela modificação da velocidade dos cursos d´água devido à implantação de barramentos, como
também pelo aumento da erosão hídrica, em conseqüência de práticas agrícolas inadequadas,
de obras de infra-estrutura insuficientes, entre outros aspectos(Infanti Jr & Fornasari Filho,
1998).

Os processos de assoreamento acarretam nos seguintes problemas (Oliveira, 1995):

 perda de volume de reservatório;


 redução da profundidade de canais;
 perda de eficiência de obras hidráulicas;
 produção de cheias;
 deterioração da qualidade da água;
 alteração e morte da vida aquática;
 prejuízos ao lazer.

24) Conceitue assoreamento e descreva os possíveis problemas causados pelo mesmo.


Assoreamento é a obstrução, por sedimentos, areia ou detritos quaisquer, de um estuário, rio, ou canal.
Pode ser causador de redução da correnteza. O assoreamento não chega a estagnar um rio, mas pode
mudar drasticamente seu rumo. Pode acabar com lagos. Os possíveis problemas causados são :
Enchentes, poluição, mortandade da flora e fauna, não oxigeñação, advindo daí morte dos peixes e
outros animais

25) Descreva as etapas de um programa de investigações.


Uma investigação completa é realizada em diferentes etapas, sendo que cada etapa de
reconhecimento destaca os problemas que requerem investigação na etapa seguinte. São elas:

a) Investigações de reconhecimento, nas quais se determina a natureza das formações locais, as


características do subsolo e definem-se as áreas mais adequadas para as construções.

b) Explorações para o anteprojeto, realizadas nos locais indicados na etapa anterior, permitindo
a escolha de soluções e dimensionamento das fundações.

c) Explorações para o projeto executivo, destinadas a complementar as informações geotécnicas


disponíveis, visando a resolução de problemas específicos do projeto de execução.

d) Explorações durante a construção quando surgem problemas não previstos nas etapas
anteriores.
Dependendo do vulto da obra e de suas condições peculiares, algumas das etapas assinaladas
podem ser dispensadas.

26) Quanto às investigações superficiais, descreva os principais métodos.


Métodos diretos: permitem a observação direta do subsolo ou através de amostras coletadas
ao longo de uma perfuração ou a medição direta de propriedades in situ. Ex. escavações,
sondagens e ensaios de campo;

Métodos indiretos: as propriedades geotécnicas dos solos são estimadas indiretamente pela
observação a distância ou pela medida de outras grandezas do solo métodos tais como,
sensoriamento remoto e ensaios geofísicos.

27) Quanto aos métodos geofísicos (indiretos) mais comuns, elabore uma tabela associando cada
método quanto ao parâmetro que possa ser analisado pelo mesmo.

Refração sísmica - análise de interfaces poucos profundas, na investigação de maciços rochosos.

eletro-resistividade - A técnica de eletro-resistividade é bastante usada na prospecção de águas


subterrâneas devido a estreita relação existente entre resistividade e porosidade, exemplificada pela lei
de Archie para o caso de arenitos.

indução magnética - variável que se correlaciona com características do solo. Investigaram-se as


relações existentes entre a CE (corrente eletromagnética) medida com um sensor de indução
eletromagnética, a granulometria do solo, umidade e fatores da fertilidade, a topografia do terreno e a
produtividade

28) Quais as diferenças entre os ensaios crosshole, uphole e downhole?


O ensaio crosshole permite determinar os módulos de elasticidade de maciços "in situ".
Este ensaio consiste na geração de ondas sísmicas P e S em um furo de sondagem (Fonte) e seu
registro em um ou mais furos adjacentes (Sensores), devendo, fonte e sensores estarem em um
mesmo nível de investigação.
O objetivo deste procedimento é captar as ondas que se propagam em subsuperfície sem que elas
sofram os fenômenos de refração e reflexão, pois os mesmos podem mascarar os sinais de
interesse.
Os ensaios sísmicos entre furos e a superfície consistem em colocar igualmente a fonte de energia
sísmica a profundidades sucessivas num determinado furo de sondagem, e receber as ondas geradas ao
longo de um alinhamento de receptores colocados na superfície (up-hole method), geralmente na
vizinhança do furo. Também poderá proceder-se de forma inversa, com a fonte emissora de energia
sísmica à superfície e dispondo os receptores ao longo do furo de sondagem (down-hole method).

(então, o up-hole method é colocar a fonte de energia sísmica em um determinado furo e o down-hole
method é colocar a fonte de energia sísmica na superfície)

29) Descreva uma sondagem de simples reconhecimento com SPT, focando nos principais
parâmetros fornecidos pelo ensaio.
Sondagem SPT tambem conhecido como sondagem à percussão ou sondagem de simples
reconhecimento, é um processo de exploração e reconhecimento do subsolo, largamente
utilizado na engenharia civil para se obter subsídios que irão definir o tipo e
o dimensionamento das fundações que servirão de base para uma edificação. A sigla SPT tem
origem no inglês (standard penetration test) e significa ensaio de penetração padrão.
As principais informações obtidas com esse tipo de ensaio são:

1. A identificação das diferentes camadas de solo que compõem o subsolo;


2. A classificação dos solos de cada camada;
3. O nível do Lençol freático; e
4. A capacidade de carga do solo em várias profundidades.

30) Após a abertura de um poço de inspeção decidiu-se retirar uma amostra indeformada
do local. Qual seria o objetivo de se retirar este tipo de amostra? E qual o procedimento
para retirada da amostra?
Uma amostra indeformada é o solo que se corta, retira-se e acondiciona-se com as menores alterações
possíveis. Essas amostras utilizam-se para, entre outros fins, verificar em laboratório a densidade (peso
unitário) e a resistência do solo indeformado, seja pelo ensaio CBR ou pelo ensaio de compressão não-
confinada.

A coleta de amostras de grande volume e amostras indeformadas retiradas diretamente das


paredes do poço, muitas vezes, são aproveitadas para a realização de ensaios de permeabilidade.

Para se obter um pedaço-amostra de subleito ou de outra superfície plana, como o fundo de uma
jazida em exploração, (1) alisa-se a superfície do terreno e marca-se o contorno da amostra a
extrair, (2) escava-se uma vala em volta dela, (3) afunda-se a escavação e cortam-se os lados
com a faca de açougueiro, (4) separa-se a amostra cortando-a com a faca, com uma pá ou com
uma folha de serra e, por fim, (5) retira-se a amostra cuidadosamente.
Já para o caso de um pedaço-amostra da superfície vertical de jazida ou de corte de escavação,
(1) alisa-se cuidadosamente a superfície e se marca o contorno da amostra e, em seguida, (2)
escava-se ao redor e por trás da amostra dando-lhe forma grosseiramente com a faca de
açougueiro. Então, (3) corta-se o pedaço e retira-se do local cuidadosamente.
31) Quando é recomendável o uso de sondagem rotativa? Baseado nos testemunhos de
sondagem, como se calcula a porcentagem de recuperação e o RQD?
A sondagem mista e rotativa é utilizada basicamente para a identificação e amostragem de material
terroso (solo, quando presente sobre o maciço rochoso), perfuração de maciços rochosos com
recuperação e preservação de testemunhos de rocha para definição de sua qualidade, e ensaios
diversos. Utilizada quando há uma cobertura de material terroso (solo) sobre o maciço rochoso no local
onde será executada a sondagem rotativa.

porcentagem de recuperação a qual se obtém pela relação entre o comprimento total dos vários
testemunhos de uma mesma manobra e o comprimento dessa manobra, expressa em porcentagem.

O RQD se baseia numa recuperação modificada, pois na determinação da porcentagem de


recuperação entram no cálculo os fragmentos de testemunhos com comprimento igual ou
superior a 10 cm. Assim, a porcentagem obtém-se, da manobra, somando-se os comprimentos
dos testemunhos com mais de 10 cm e dividindo se pelo comprimento da manobra.

A determinação do RQD é feita apenas em sondagens que utilizem barriletes duplos de diâmetro
NX (76 m) ou superior.

32) Quando é recomendado o uso do Vane Test (ensaio de palheta)?


O ensaio de Palheta (Vane Test) é tradicionalmente empregado na determinação da resistência ao
cisalhamento de argilas moles saturadas, submetidas à condição de carregamento não drenado (Su).

33) Quais são as finalidades de uma barragem?


As barragens são feitas para armazenar a maior quantidade de água possível, seja pluvial ou até mesmo
fluvial. As duas principais finalidades de uma barragem são para abastecimento de água em áreas
residenciais, industriais, agrícolas, e para geração de energia elétrica ( nas chamadas usinas
hidroelétricas – ex.: Itaipu, Paulo Afonso, Tucuruí). Atualmente há também a concepção para aproveitar
o potencial da região alagada para desenvolver a pesca (piscicultura) nas comunidades ribeirinhas e até
mesmo como turismo e esporte.

Ta completo neste site http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe6qMAB/geologia-barragens


34) Descreva as etapas para elaboração de um projeto de barragem.
A construção de uma barragem precisa sempre passar por etapas que devem ser respeitadas para o
êxito, e quatro etapas são fundamentais: o projeto, a construção, a exploração e a observação.

(aqui só ta as etapas, não achei exatamente uma descrição de cada uma delas)

35) Quando é recomendável a construção de barragens em arco?


Barragens em arco: estes podem ser construídos todo num só arco grande, medindo os lados do vale e
confiando neles para carregar as pressões muito grandes causadas pela pressão da água do reservatório.
Este tipo é o mais sofisticado de barragens.

Portanto, é recomendável a construção de barragens em arco quando a pressão da água é muito


grande.

36) Quais tipos de barragem de terra existem?

37) Descreva os fatores determinantes na escolha do local para implantação de uma


barragem.
A escolha do local para implantação de uma barragem é feita segundo um planejamento

geral em que interferem as condições geológicas e geotécnica da região e ainda fatores

hidráulicos, hidrelétricos e político-econômicos

O estudo de uma barragem e, em particular, da sua fundação, requer preliminarmente as

seguintes investigações:

Topográficas: Cumpre, previamente, um levantamento topográfico da região onde

deverá ser construída a barragem, delineando-se assim a sua bacia de acumulação.

Hidrológicas: Tais investigações, de grande importância, visam a conhecer o regime de

águas da região.

Geológicas: O conhecimento das condições geológicas da região é de importância


fundamental. Basta observar que das causas de acidentes de barragens nos Estados Unidos, pelo

menos 40% são, direta ou indiretamente, de ordem geológica. O trabalho do engenheiro deve,

portanto, ser secundado pelo de um experiente geólogo de barragens. A prospecção geológica

refere-se em particular ao estudo das rochas, com especial atenção quanto aos seus eventuais

fendilhamentos.

38) Quais métodos de investigação são recomendados para elaboração do projeto de uma
barragem?
Para fundações de barragens ou outras obras que exijam estudos especiais usam-se todos

os métodos de investigação geológica.

Investigação de superfície

-levantamento geológico de campo(direto)

-aero-foto (indireto)

Investigação de sub-superfície

*metodos diretos:

-soldagem a traro

-soldagem a percussão

-SPT

-sondagem rotativa

-poços e galerias.

*metodos indiretos

-refração sísmica

-eletro-resistividade

-indução magnética
39) Qual a finalidade de se construir aterros experimentais?

40) Descreva os principais elementos que compõem uma barragem

Paramentos ou Barramentos – as superfícies mais ou menos verticais que limitam o corpo da barragem:
o paramento de montante, em contacto com a água, e o paramento de jusante.

Coroamento – a superfície que delimita superiormente o corpo da barragem.

Encontros – as superfícies laterais de contacto com as margens do rio.

Fundação – a superfície inferior de contacto com o fundo do rio.

Descarregador de cheia ou Vertedouro – o órgão hidráulico para descarga da água em excesso na


albufeira em período de cheia, em caso de atingir a cota máxima do reservatório

Tomadas de água – os órgãos hidráulicos de extração de água da albufeira para utilização.

Descarregador de fundo – o órgão hidráulico para esvaziamento da albufeira ou manutenção do caudal


ecológico a jusante da barragem.

Eclusas ou Comportas – órgão hidráulico que a entrada e saída de água entre a montante e a jusante da
barragem e permite à navegação fluvial vencer o desnível imposto pela barragem.

Escada de peixes – órgão hidráulico que permite aos peixes vencer o desnível imposto pela barragem.

Você também pode gostar