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IM. í. ©omingo 7 òt ©otubro of \f\V\. VI. I.

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0 AMOR-PERFEITO
JORNAL CRITICO JOCOSO E NSTRIJCTO.

mos mister para o nosso assnmpto.


E quando mesmo appareoesse algum
is-nos trilhando a sonda, do indivíduo que nos compellissc a exhi-
jornalismo!.... Eis-nos fazen- bir faetos, cora ;i sua própria teima
do gemer os prelos, e já sup- provaríamos exuberantemente o que
pondo (jti • temos uma repu- acabamos de referir.
taçào eollossal, uni nonieillustre nos Ora, bom conhecemos o risco que
annaes dasLetlrasI.... Eis que ence- temos tle correr n'esta aventurosa em-
tamos a viagem n'essa vereda tào se- preza, e as inmimcros difíiculdadcs,
meada de espinhos, tào cheia de ro- que nos cumpre superar: mas o que
deios c precipícios, e tào diílicil de é quç se faz, sem traballto, nYsk —
caminhar!.... Villle de lagrimas?.... —Labor omnia
A imprensa periódica é um rafir vincit—jfimos diante dos ellms; e
perigoso, em o qual a cada momento, Vúnscios de que o traballio tudo ven-
se encontram mil syrtcs, e innume ce, trabalha remos constantes.... e
níveis cachopos naufragosos, onde o bem pagos ficaremos, se algum fruc-
palinuro, por mais experiente, que lo, poslo que immaturo, colher o
seja, vc-se muitas xezes em risco de publico, de nossas penosas fadigas.
naufragar!.... E quantas outras, mau Demais, não sulcam igualmente o
grado prezo a \ida sempre citara . temível pclago da Imprensa, pussan-
encontra a morte n'esso pclago in- les naus, o liumildes chacecos ? I
sondavel ?!.... Mas, que valem refle- Não temos \isto tantas \o/cs ira-
xões, quando um ente racional inten- qtiissimos ôateis navegar empaveza-
ta uma cm prezo, o jura le\al-a ao dos e ufanos chegar ao almejado por-
cabo, por mais arriscada, e difficul- to?!... Seremos nós somente os in-
tosa que soja?!.... felizes náufragos?!....— Deus o nào
O homem éo peior animal e o mais permittira por certo.
teimoso, que conhecemos, e nem Demos ao nosso pequeno esquife...
para proval-o seria mister ir muito (nào se assustem que não e fle condu-
lonçc. Poderíamos citar milhares de zir mortos) o engraçado nome de—
exemplos em nosso apoio; o quenàolAMOR-PEiiKErro—. iSein s'espantem;
fazemos agora, porque o nào julga- porque,segundo a grammatica,àqua],
(D 2u>or-ílfrfcito.
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os nào enganamos, deve serco- e prowitosas lições, que sempre se-


t>Ctf nhecida dos nossos leitores,*—o nome rão unidas ao mais delicioso recreio.
XÈyj v uma voz com que se dào a conhecer Em conclusão:—se para alguns
fe=5 as cousas —; isto é: — boas o más,— formos—silva espinhosa, — para a
nào podendo influir, por conseqüên- maior parte contamos que havemos
cia, nas qualidades ou atlributos das de ser sempre —
pessoas ou cousas. K para prova AMOU-PEHFEITO.

8) tlYsla asserção, bastara dizer — que

g C ^ " 1 mi
i cousas, c pessoas tào parecidas
H H I S H I ? " , i; como
ju> a luz com as tre- REVISTA THEATRAL.
í ^ v í l com os nomes coi tso presente, tratare-
M dia d'estes que pertencem aind"
($&}i | vas.—
mus de Mas.empregar
no oas todos os meios a —par droit de conquéte, et par droit
nosso alcance, para que possamos de naissance — á semana de que
desempenhar, se fòr possível, o lindo hoje é o uliiino dia—andava eu passeando
nome, que adoptamos. no salão do thealro de S. Pedro, com o maior
O AMOU-PEBFEITO.SO apresentará ás conquistador do bellosexo, que por ahi
vezes alegre o prazenteiro,—se o tem campêa, O TAMERLAO, é um manceho
po estiver bom, e a estação fòr pro- elegante, jauola pur sang, physionoinia ára-
picia; murcho, e sentimental,—se o be, olhos vivos e penetrantes, bigodes po-
voados, e graciosamente retorcidos, talhe
stidueste o quizer desarraigar, e 050/ esbello, e traje simples, mas bem composto.
do verão reduzil-o a misett) pó; cri Se trouxera uuias bolas á Frederico, uma
tico e picante, porem com decên- farda branca de largos canhões vermelhos,
cia,— se o cireumdaremhcrvas agres um chapéo de trois cornes e uma d'eslas es-
três, e o quizerem, por força , aca- padas que carregavam denodadamcnle em
[1 nhar, e fazel-o fenecer antes tio tem- Nerwende, ou em Fontenay, seria o mais
Mj po; espinhoso, e eriçado,—quando aprimorado capitão dedragõesdeLuiz XIV.
' se lhe approxime alguma serpe vene- Então, finalmente, sahiu-se com uma des-
cripção apaixonada ; disse-me elle iníerpel-
nosa, com o intuito de feril-o. lando-me, como se eu tivesse professado, e
Mas, em qualquer d'estes casos, cíngido o cilicio de TRAPPA.
será sempre modesto c attencioso
— Como? interrompi eu.
para cora o— Bello-Sexo, pois que é — O baile do Cassino inspirou-o.
flòrzinha sempre apreciada das Bel- — Nem lá estive....
las, e nào quer perder, por motivo ai — Mas a sua Ella, que sahiu em certo jor-
gum, o bom conceito, de que goza. nal, como a borboleta surgindo do estado de
Aceitará, para fazer incluir em suas chrysalida.
Nj columnas, tudo quanto lhe quizerem — Está enganado. Nunca me servi do jor
™ offertar, sendo escripto em estilo de- nal para namoros typographicos. E' umaco-
cente e correcto. bardia. E' peior do que metter cartas de í
amores pela greta da porta, ou deixar o co-
Esforçar-sc-ha por tornar-se va-i ração ás furiadellas, esmagado entre duas fo-
riado e interessante, juntando a uma lhas de um álbum.
critica razoável, e bem dirigida, úteis Enlão não era o seu retrato? EVCT
<D 2tmor-í)rrfftto.
í»YA(X/YYfVYrYY\A\VXi\AIVVYiXiXJVVXY\Y\X\X\Xi\\\XiXX\"» YYVYVWXYXXXrYXVVVXXWeXXWVVWIXVXXVXVXXXX*

— Quero dar-lhe um prrt rito critico, r 'pie se esl.-nilt* desde as tnrrinhas ati as frizas
hermeui ulirii. Quando nas ehr&nicas da Be- para achar a minha pagina, a-rmleci a alma,
vista Theatral, como no mostratlur do Des- ee-itii as p.ilpebras com força para se nte
marais vir trouxas d'ovos e alcorcas, altn- a n mclhareiii os olhos, procurei convencer-
hua-as ao meu collega, que tem .1 desventu- me de que me encendia o peito uma paixão
ra tle ser solúvel como assucar na- agu.it de volcanica, arrebalei- me, torci-me, su-pirri.
Cythcra. e embriaguei-me num estado da alma que
— Não, solúvel não é. E' eslhetico, ama participava do enlevo do extasis e da prostra-
o bello, devora-o. ção do delirio, trazendo á memória lodus os
— Tome-o tomo qui/er. Fique aqui entre amores enlhusiasticos, c ardentes, que po-
nós. E' uma predisposição dalma. O bello voam ns l.istos do sentimentalisino desde *
niliiiiro-o, dest-ievel-o não posso. 0 vne-.-i- poetisa de Leshos, até ás ntgruras românti-
hularii) ou é muito curto ou muito si.fado: cas tle Wi-rii r, e d'ali ao ideal incomparavel
Não potlendo rasteol-o, ni-olho- me aos mo- da synipallna platônica, e infeliz de Julia e
nossylaho", ás iutt-i jeirües, etc. Raphael.
— Quer um conceito que eu já tinha for- Alargava-se-mr a alma cem vezes. O vol-
mado ? tãej rebentara para dar relevo á monolonia
— Qual ? In plaiiiei. Desele- então juLui i que entrara
— Cuslava-mc a crer que fosse sua aquel- i freqüentar a suavidade das |regiõfs bem-
la lamúria. aventuradas de Danle, dePelrarcha, de By-
— Porque? disse eu, já quasi arrependi- ron. Tinha na cabeça como delineada e promp-
do de lhe haver dudo as premissas para tal la a fábula inteira de uma epopéa tle amor.
conseqüência. Entrara a conversar com os mysterios do
— Essa c boa ! A sua physionomia não s. nliuicnlo. Tinha apreciado o patlccer de
mente. Lt5-se-lhes nos olhos o iiulilTeren lltloisn, provado i l.u a de fcl de Elernaui,
lisino. i-hegatlo a dt cifrara metaphysica do suicídio
tle W erlhcr.
Aqui ine puz eu a scismar, e achei que
n'esle oráculo estavam incluidos dois juízos I inlia-me submettido a uma metomorpho-
i-ontr.tiios. Um d'elles Ia/ia tio mim um lio se provocada, e como que artificial. Cin-
mem serio, grave, inflexivt-l, prudente, unia gium-mc agnra as roupagens vaptnusas dos
e-spreie* de Endymion, insensível às frechas apaixonados, sentia os pes despegai eiii-se da
de Diana. Era lisonjeiro; mas o outro era terra, e linha como umas velleidades de
pungente. Dava-me carta de sceptiro, vota voar. Mas as a/as ? — Esmoreci concebendo
va-me ao ostracismo, quehrava-me gratuita- que me faltava este órgão sobrenatural.
mente a corda do sentimento, e encanecia- As a/as dá-as a linguagem, o estilo, o co-
ine os cabcllos em um momento, como lorido, e a riqueza da elocução.
a perda de seis manusci iptos gregos os Era lastimoso este couvencimento da in-
tinham feito alvejar, d'um dia para outro, ao sufliciencia de todos os vocabulários. Dese-
philologo Guarini.—Consultei comigo a pon- jei realisar a unidade da arte na sua maior
deração do negocio; rellecti que ainda não plenitude. Suspirei porque a palbeta se iden-
linha completado os annos em que a pruden tificasse com o verbo,—que o buril se al-
cia e principalmente o senso, e as tranqui- uasse ao pincel,—que o rythmo se fundisse
bernias eleiloraes empurram a gente para as com as proporções da staluaria,—que o vo-
freguezias...., colligi reminiscencias, enlrei cábulo se absorvesse de novo na unidade
no theatro, — folhiei aqui lie livro sihylino panlheistica do templo. Eu não queria ser
', CD ^nior-Jjcrfctto.
JYX\XX\XXYlXX\YXYXXXVXXXYYY\VX\XXXXXXXYYYY»YXX(XYi\Y\XXVXXXVYYYYYYYYYXJYYYYYY)YYYYYY\\Y:

Raphael, poique as madonasdormem acor- rohuslecer. Não e-percii que desta, e se en-
dadas na leia. Rejeitava ser Canova, poi- curte gradualmente para se sumir de novo n
que as Venus são pallidas e frias, como se nas colyledones. Não : estala-se o vidro, a
dormissem ainda nas pedreiras de Cariara. temperatura torna-se-lhe insoleiiie, o eliina
Olhava ao Solaio a IM usa de Byron, ou de ha de lhe enregelar os tecidos e a planta
Lamartine, porque RS liaidées, e as Julias fi- morrerá.—Ahi tendes o amor.
cam invisíveis sob o véu cerrado dos perío- Quando virdes as águas rccrcsccr tumul- J
dos poéticos. Detestava Bellini e Verdi, poi- tuosas no lago, e banhar as eumiadas tia mar- fít
que a harmonia slringindo-me o sentimento, gem, tende o dilúvio por certo e fugi. A alma \
cegava-me para criar ás apalpadellas em lambem transborda. Quando o amor se es-
busca tias Normas, e tias Elviras, que me fu- praiar pelo infinito, não lhe esforceiso envol-
giam nas azas dos zephyros. Desejava ser tório deixai-o que estale. Perdestes o gozo no
mais do que isto. Queria uma palavra, uma presente ; vivereis no passado, A saudade
côr, uma linha, uma nota, que resumisse do que seperde punge, mas deleita. A sneie-
ntysteriosamente todas as manifestações do dade do que perdeu as premidas da novida-
bello n'um syncrelismo impossível; almejava de, enoja e marlyrisa. Escolhei entre a sua-
um talisman, um sopro, um conjuro, com vidade da alma e a desordem dos sentidos.
que reproduzisse n'um momento o que eu Era assim que eu dizia, quando ouvi a pa-
sonhava no fundo d'alma; porque o amor só lavra horrível... que horror! que horror! 0 (7.
dura um momento. Ai d'elle se chega a du Artista ja não lein dias destinados. dos. Vou á Efy
rar o que \ivem as folhas do arbusto! O imprensa! vou á imprensa Mas o .iKÍgt
amor só tem duas estações,— a primavera,
que.... o que é, redargui eu, •» pondo-mc
pon a fc~3j?t
eo estio—. A primaveia para abrir—o estio
abanar-lhe o rosto com um lenço ico de cam- iv^jn
paia morrer. A primavera para se refrescar
braia de linho, que não era meu..'... Nada.... i*>>sl
com o bafejo da virat ão, que embala o sen-
Nada... uma desfeita d'eslas : preferir o cor-
limento sem irrilal-o; o estio para lhe dar-
po.... á alma.... Que horror... Preferir o
dejar os raios do sol que o abrazem ; a pri-
perna torta ao elegante,ao dandy, ao tudo!...
mavera paia crer e esperar; o estio para
gozar e soíTier. O outono não o consenle Preferir a venta atulada de tabaco, que eu já
o amor, que não seja para as lagrimas; o in havia descripto com todas as forças da i-lo-
verno para as saudades. Deve a ílòr colher- cução!!... A mim!... a mim ! que morro ^
se de prompto para que se não mirre na ar- por ella?!!... Foi então que percebi que
vore. Mais vale haurir-lhe o perfume um só se representava o Barbeiro de Syviglia, com.
dia na jarra de Sevres, do que vel-a ir ce- posição d'este... poesia d'aquelle. — A Sr.»
dendo ao tempo no ramusculo da arvore. Ttla Idelvira—-este passarinho da primavera
Tudo tem principio, meio, e fim. O meio Irina, gorgeia e dá taes saltinhos nas cordas
suppõe a primasia fobre os seus extremos. d'a!ina que mais não pode ser!— Eu lam-
So principio cresce-se; no meio para-se ; no bem morro por ella!... Mas sempre o mes-
fim declina-se. Do nada ao nada passa-se mo?!. Isso não passarinho, trina n'um can-
por uma existência gradual: o amor é ex- to igual ludo quanto a poesia do autor der-
cepção. Ou não nasce, ou aborta, ou cresce ramou de dentro d'alma em cada nota...
sempre. Fechae um baobab gigante dos tró- segue assim, e olha... olha que harmonia se 3
picos nas estufas da Europa. Enlestou com lepercule em todos os ouvidos, em lodosos
as vidraças do teclo, roçou por ellas; mas a corações, e que accenlos lu tiras e fazes ou- I
seiva não parou, as fibras continuaram a vir em cada nota d'orqueslra que se mista "
ra com os jorros do teu sentimento: não fa-
CD 2lmor-tJfrfrito. «J
O YXVXYXY VXj\X\AaYlXJVXVXYM.\XM/VVXXXX\XXXXXX * YXYXXXXXYXYXXXYX V\YYYXXXXXXXYXYXXXYXYXYX?]

ias talar d'outin 501 le e tão barbaramente a ponlapé, que ferve, e a menos de real. R e -
melodia pina d'ahna onde existe toda a ex- commeiidamos quem compelir que man-
pressão tia vida! O Sr. Brunacci continua de essa gente | ara Petropolis, afim t e 11.as se
com os seus patlerimentos de larynge, e nas abastei -cr a colouis.it ao lão necessária como
articulações da perna esquerda, e já agora proveitosa n este santo paiz
uma vez tpie o folhelenista do Mercantil nos Por he.je não podemos mais, não só por
declarou que e»te Sr. era mesmo de facto e (alta de rspaço, comei porque são hoias de
tle direito — et par droit de conquéte, et par almoço, e eu depois nào trabalho.,. \té do-
droitdt naissance—coxo—pode-se declarar mingo... Adeus., seminais... Ora enlão .'...
— porque longe de haver pronunciamento— Adeus !..,.
haverá o respeito e a compaixão que o seu O MOSTA>"HFZ
pouco mêiüoartista reclama. Obaixocons-
« ta-nos que lodosos dias faz preces com mui- ÍS-f-s-V
tos padres nossos e ave Ma rias—para que a
pnrterre não caia uma noite em si O
barítono é uni homem tpie canta como mui- VARIEDADE.
tos que por ahi se ouvem... esforça-se por

U
nos agradar é verdade; mas a sua larynge 111 homem de espúrio, e simulta-
precisa muito descanço e reforma— Vá para neamente muito instruído, e bas-
o Murro Queimado, com vencimento por tante desgraçado, cuiilou que preen-
inteiro, provada e justificada, com aulhenli- chei ia um pequeno logar, uni lanlo lucra-
cas certidões, a moléstia— c isto tudo bem tivo, lão bem como qualquer Unha de
reconhecido— porque não quero vcl-o ir parvos convenientemente pagos, e que só
3 despolicanicnle entre dois pretos!... Olhe cura-ii de sua felicidade. Requerei) um em-
jg o bichinho tia Caixa!.... Olhe essa cai i prego ; porem não tinha .patronos, c é cor-
calma que por ahi anda— que mesmo as leule que o mérito só, nao pôde protegei :
sim pareceria spectro, ou múmia; se lhe gastou em balde Ires ou quatro requerimen-
não ealiissc de vez cm quando o fedorento tos que, segundo velha usança, não foram
pingo do rape!..—Basta meu amiguinho!- presentes ao monarcha.
Não preciza fazer acto de contradicção Cativado, impaciente e ca
mas creia que vamos no numero seguinte bre, lembrou-se de um esl cada vez mais po- '/foge^
ES
chamar á nulhoria os accionislas, para que seria indigno tle uni corlezralagema, que não \\Ê5fy
Ym. anda tle ás ve/cs é mãe de idéasão. A necessiila-
e elle es- ' w ^ s ^ ' ,

R
lhe tomem estreitas contas felizes,
muito arredio — Deixe-se de jornaes, c creveu com todo o cuidado uni pequeno bi-
muito mais de um tal qual tem.— E* de fôr- lhete, que dirigiu a — S. 51, o rei de Roma.
ma!.... Mas como o teilactor cahiu na es- — Pedia um emprego tle seis mil francos, o
parrell.a, é que eu não sei, actinselhaiuo- que era muito modesto.
Ihes que se segure, senão leva codilho, e se Com o coração palpitando de esperam as,
quizer pedir resposta á tal criança, não ac foi em busca de um official geneial, familiar
coita, porque abafa sempre os azes! á pessoa do imperador; confessou-lhe o apu-
O Lago tias Fatias foi perfeitamente em 10 em que se achava, mostrou-lhe o bilhete,
tudo. A i." dançarina enloqueceu-nos mos- e disse lhe: « Senhor, Carieis ainda unia ac-
trou-seexiinia e encarladura aintla, nas mais « cão generosa, e grangearieis direito á mi-
subidas thflieuldudes: o corpo de baile ei nha eterna gratul.io, te me facililasseis o
vergonha do theatro, peruada , cabeçada e « meio de entregar este papel ao inipera-
6 (D3mor-fJerfrito.
OYXXXXXXXXXYXXXYXXXYYYYYYYYYXYXVXYXYXYXXXXX SY(VY)XYIXYXV\VYVXVYX\Y)XYXYÍYVXVYYAYX YX Y\Y\ I

dor. » O general tpie era tão tralavel como Suppunha amor esse eanlo,

m . J valente, levou o pelicionario á presença de Que em sua alma se cmbebia,


Napoleão. Tão terno, que arrebatava
O imperador tomou o bilhete, reparou no Sua tenra plianlasia.
mente surpreso,
( j ^ ^ t i endereço, e ficou agradavelr ma petição a S. Mas as margens d'um ribeiro,
fyÇÈjX —Senhor, disseram-lhe, é ubem! respondeu Vendo fugir-lhe a corrente
M = ^ £ ^ M. o rei de Roma.
o imperador; — Muito
levem b
a petição a seu desti- Por sobre os alvos seixinhos
no.... O lei de Roma tinha então seis me- Pouco a pouco e brandamente,
zes. Quatro camarislas tiveram ordem de
conduzir o requerente á presença da peque Logo mudava de idéa,
na mageslade. O solieitador não se acanhou; Esquecia-lhe o cantor,
via soriii-Ihe a fortuna. Chegando-se ao E todo só no ribeiro
berço do principe, desenrolou o papel, e deu Concentrava o seu ardor.
d'elle leitura em alto, e bom som, depois dos
mais respeitosos cumprimentos. 0 menino- Quando a leda primavera
rei balbuciou alguns sons durante a leitura, Bordava o campo de flores,
e não respondeu á súpplica. O cortejo sau- E o campo se embalsamava,
dou o pequeno monarcha, e o imperador Resplendendo mil odores:
perguntou que resposta tinha havido.
Senhor, S. M. nada respondeu.
Quem cala consente, respondeu Napo- Elle era amigo das flores,
leão : está despachado como requer. Do campo, que se esmaltava,
Do grato aroma orvalhado,
Que alegre ali respirava.

Mas ah ! não durava muito


POESIA. Do novo aflfecto a firmeza,
Tocando o zenith a lua,
Namorava-o com a belleza !

Mal que os seus primeiros vôos E a aurora cândida e pura,


Tremendo, a razão tentou, Que banha as faces no mar,
Amor invadiu-lhe o peito Vinha breve entre perfumes
Seu coração suspirou. Sua memória apagar,

E sede ardente o devora, Até de angélica nympha


Que elle não sabe matar; A extremada formosura
Que a doce causa do incêndio Não tinha asylo em seu peito
INão pôde o triste encontrar ! Contra o olvido segura !....

Se ouvia trir-arsaudade-
Da roseira n'um raminho, Mas oh! porque assim elle era,
Pousado o cantor plumoso, Como o beija-flor ligeiro?
O innocente passarinho: Porque pelo amor recente
Suffocava o amor primeiro ?!
Porque errava A abelha, que de continuo
Da borboleta ao jasmiui, Passeia de flor em flor,
Da rosa ao cravo elegante E' pelo cheiro attrahida,
Sem á escolha pôr um fim ? ! Que rompe d'almo licor.

Não te assuste, ingênuo vale, Olha-a, e vê a historia lua ;


Tenivel accusação: Como ella incerto vagaste:
Acaso, seria um crime, S'ella ama o neclarde Flora,
Scguires o coração? 1 A belleza sempre ama-te.

Ah! nunca foste inconstante, Oh ! d'esse amor sacro-santo


Teu segredo alfim roubei; O fogo não se extinguiu ;
Vigiei, segui teus passos, Por caslas mãos avivado,
Té que o abysmo penetrei. Perenne clarão luziu!

IVinexperlo não sabias Cada instante n'elle queimas


Ver leu engano singelo ; D'arabio incenso mil bagas,
Um só ser pôde agradar-te, Que em fumo no ar s'enrolam,
Prender te assíduo o desvelo. Como no oceano as vagas.

Vem do réu, como um reflexo, Sobe o aroma, como um anjo


Que o sol tlardeja, o teu bem ; Até aos pés do Senhor,
Como o sol tudo abrilhanta, Que no seu throno o acolhe
Elle abrilhanta lambem. Cum sorriso approvador.

ANTÔNIO CEZYT. DE BERREDO.


Do passarinho o gorgeio,
O serpear da corrente, 4-4-
A lua, o prado florido,
Como a aurora alvi-nilenle. RECORCAÇÕES.
Se tua attenção roubavam O' premier promenadede 1'amour!
Por seus mimos, seu primor, il faut que votre souvenir soit bien
E' que bcllos procederam puissant, puis qu'après tant d'années
Do pincel do grande- autor. (Tinfortune, vous remuez encore le
coeur du v ieux Chatas.
Nos lindos olhos da virgem, ATALA — CHATEAUBRIAND.
Cheios de graça e pureza, Por este prado
Tu não amavas os olhos, Com os meus amores
Adoravas a belleza. Brincando andava
Por entre as flores.
Assim, na pompa da noite,
Nos resplendoies do dia,
Já mais tratavrl
No som queixoso das vagas,
O sol luzenle
D'univcrso na harmonia.
Sumia ao mundo
Seu rosto ardente.
Fldr.
8 CD 2lmor-|íerfcito.
!W\\\\\\\\YYV\\VY\\\\\X\XXXXXX\\X\V\\\XAieV\^^

Subtil favonio As mudas provas


Ledo adejava, Do meu amor
E á Flora beijos Cessou a ingrata
Brincão furtava. Com o seu rigor.

Límpido arroio Sósinho agora


Ao chão verdoso Aqui vagando,
A f.ir-e amena Saudoso d'ella
Regava airosa. M'estou lembrando:

Fraga nte lyrio D'Eusina a ausência


Com seu candòr Cor(ou-ms o ser.
Lindo avivava Meus dias finda
Da rosa a còr. Cruel viver!

O alado bando FREDERICO JOSÉ CORRÊA.


D'entre os raminhos
*•'*
Cantava em coros
Ao pé dos ninhos. i&U ..-D

Canções sonoras, A charada seguinte obtivemos de um


Do verde oileiro, nosso amigo pharmaceulico, na occasião cm
Soltar se ouvia que a ia embrulhar em uma porção de cam-
O pegureiro. phora, (droga que está agora nogalariin!) p
por achal-a muito mal feita, o que tivemos
I5'Eusina ao lado occasião de verificar; porém como consagra-
Com taes delicias mos particular estima aos médicos e boticá-
Fazer soía-lhe rios, (perdoem-nos a sua ausência) aqui a
Eutão caricias. consignamos, para prazer seu, e trabalho de
quem a quizer desenrolar.
De mil boninas Na cintura das mulheres,
Que amor juntava, Dos homens, e em Portugal;— i
Mimoso ramo O meu trabalho ao vivente,
Lhe olTertava. Dá sustento, e não faz mal. — i
No tronco mais elevado,
Ora enlevado E no mais pequeno arbusto ;
Em seus beicinhes Nas pennas de qualquer ave
Libava ardentes Me haveis de encontrar sem custo.— 2
1" ieis beijinhos: Formo palácios, cidades,
Longos mares, férteis prados;
Ora em seus olhos Mas, que sina ! sou composto
Os meus fitava De frágeis papeis pintados !
E n'elies lia
Que m'ella amava. Typ. CLÁSSICA de F. A. de Almeida
rua da Valia, 141.






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