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INTRODUÇÃO

No seguinte trabalho foram desenvolvidos conceitos relacionados ao


Sistema de Informação Geográfico (SIG). Um conjunto poderoso e amplo de

ferramentas para tomada de decisões, que se baseia em dados espaciais. Foram

comentados alguns conceitos auxiliares para o melhor entendimento do SIG, tais


como coordenadas geográfica e UTF.

Também foi comentado brevemente sobre o SIRGAS 2000, do Sistema de


Referência Geocêntrico para a América do Sul, desenvolvido com técnicas modernas

de posicionamento e baseado no ITRS (Sistema de Referência Terrestre


Internacional)visando uma integração consistente com as redes dos demais

continentes, contribuindo para o desenvolvimento de uma Geodésia global.


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PARA QUE SERVE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)?

Quase todas as decisões que nós tomamos são contidas, influenciadas ou


ditadas por algum fato da geografia. Um SIG é um poderoso conjunto de

ferramentas, que incluem o planejamento de observação, coleta de dados,


armazenamento, análise dos dados, relacionadas a consultas espaciais(uma certa

posição sobre a superfície da terra), que fornece informações uteis para tomada de
decisão. (MCCORNAC, 2007)

“Com um SIG, é possível processar todas as consultas que podem ser realizadas com
um sistemas de informação regular e também realizar consultas espaciais.”

(MCCORNAC, 2007)

SIG’s podem ajudar na tomada de decisão de importantes infraestruturas, sendo que

estas poder ser de uso público ou privado.No público podemos citar:

 localização do melhor lugar para construção de infraestruturas tais como:

estradas, oleodutos, linhas de transmissão, ferrovias, aeroportos, hospitais,


escolas etc...

 Também ajudano planejamento de uma cidade, definindo subdivisões, lugar


para estabelecimento de área de comércio, área industrial, para resíduos

perigosos;
 Atendimento de emergências, levando em conta qual é a rota mais rápida;

 Estudo de acidentes naturais (terremotos, furações, enchentes);


 Distribuição de verba para os governos locais é baseado na população;

 Estudo sobre doenças, para medidas de ação e proteção. Muitas delas são

relativaas áreas;
 Onde prevalece da doença e as taxas de propagação. Um exemplo disso são

as ações de prevenção a dengue no Brasil, onde, os esforços são concentrados


nas regiões mais quentes, que tem maior incidência.

 Análise geográfica de crimes e acidentes;


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 Impacto ambiental de projetos

O setor privado também pode obter muitos benefícios a partir do uso


inteligente de um SIG, já que boa parte das informações de negócio estão ligadas a

geografia. O uso do SIG pode gerar redução de gastos e aumento de vendas.

As empresas usam o SIG para:

1. Analise de mercado(hábitos de consumo mudar conforma região );

2. Analise de clientes(densidade demográfica, desenvolvimento econômico);


3. Analise dos concorrentes;

4. Seleção de locais(escoamento de produto, acesso e proximidade dos


fornecedores, infraestrutura local);

5. Estudo para movimentação de mercadorias dos centro de distribuição;


6. Transporte

7. Para traçar perfil de possíveis clientes

Fornece dados pra um gerenciamento eficiente de infraestruturas, tais

como agua, gás, eletricidade, linhas telefônicas e rede de esgoto.


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2-FAÇA ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE A EVOLUÇÃO DO SIG?

As primeiras tentativas mais eficientes sugiram no Século XIII, quando os

primeiros mapas exatos começaram a ser produzidos. A partir disso os mapas


começaram a ser melhorados com a adição de informações mais especificas, tais

como curvas de nível, localização de rios, prédios e estradas. Abrindo assim a


possibilidades de uso em campanhas militares, agricultura, silvicultura e medicina.

Com o desenvolvimento das ciências físicas, sociais, técnicas de


estatísticas, teorias dos números, matemática avançada, tambémfoi possível

desenvolver-se as técnicas necessárias para analises espaciais. Foram desenvolvidos


oso mapa geológico de Paris (1811), o de Londres (1815). O primeiro censo

britânico(1825), e o desenvolvimento da ciência demográfica. Em 1854, foram


encontrados e fechado poços de água contaminados, graças aos estudos com

superposição de mapas do Dr.JhonSnow. Com processamentos como esses,


começou-se a registar diferentes tipos de dados em mapas diferentes da mesma

área.

O SIG moderno só começou a se desenvolver com o chegada dos


computadores eletrônicos nos anos 1940, antes disso existira tentativas menos

eficientes, limitadas pelas falta de tecnologia. O censo de Londres de 1950,


processado em 1952 com “cálculos eletrônicos, abriu novas possibilidades de

pesquisa baseadas na manipulação maciça de grandes arquivos de dados. Modelos e


alternativas intrincados podiam ser gerados par simular eventos

futuros”.(MCCORNAC, 2007)

Em 1960, nos Estados Unidos bancos de dados foram desenvolvidos para

processar dados para governos municiais e estaduais. Em 1955, foi desenvolvido em


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Detroit um estudo espacial e estatístico pra o prever o volume de trafego que foi
considerado o primeiro SIG baseado em computadores.

Acredita-se que foi da década de 1960 que foi cunhado o termo SIG, os

primeiros SIG’s eram utilizados somente por agências governamentais por seu custo
elevado. Porém, nos anos de 1980, devido ao avanço e barateamento tecnológico

(hardware e software) o uso do SIG se tornou atrativo também para empresas, com
isso muitas funcionalidades foram adicionadas ao software de SIG, abrindo

possibilidades de aplicações em muitas disciplinas (MCCORNAC, 2007)


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3-QUAIS OS NÍVEIS DE USO DE UM SIG?

De acordo com Mccornac (2007), um SIG pode ser usado em três níveis:

 Gerenciamento de dados: nível mais baixo de aplicações, usado

para armazenar os dados. Nele os dados podem ser incluídos e consultados.


As consultas podem ser espaciais e condicionais. Nesse caso o SIG é usado

apenas como um sistema de inventário com finalidade de armazenar o

mostrar informações acerca das características espaciais.


 Análise: segundo nível do SIG, aqui o usuário faz uso das

capacidades de análise espacial do sistema.


 Previsão: nível mais alto de um SIG, onde a capacidade de analise

e operação de modelagem são combinados. Por exemplo, a previsão do efeito


do tráfego sobre uma determinada estrada.
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4-QUAIS OS OBJETIVOS DE UM SIG?

Um dos objetivos mais importantes do SIG é reduzir o tempo e dinheiro

gastos em atividades de processar, registrar e pesquisar a enorme quantidade de


dados espaciais. Isso acontece, pois, o SIG toma os dados brutos e transforma, por

meio de suposições, vários dados analíticos em novas informações, que podem


ajudar a tomar decisões. O SIG é uma ferramenta para resolver problemas,

oferecendo a uma organização a capacidade de aplicar métodos de analises


cartográficas e geográficas para áreas geográficas afim de resolver

problemas.(MCCORNAC, 2007)
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5-CITE AS VANTAGENS DE UM SIG.

Um Sistema de Informação Geográfico nos permite fazer consultas

espaciais, visualizando a informação desejada com a ajuda de mapas.Os SIG’s, mais


genérico são compartilhados, pois a maioria dos seus dados são de domínio público.

Seu banco de dados vem de arquivos TIGER (TopographicallyIntegrate na


GeographicEncodingandReference), dados de censos, registros meteorológicos, dados

de USGS etc. Porém um SIG mais específicos, onde foram adicionados outros dados,
provavelmente será pago.

Outra vantagem do SIG, é que ele pode se desenvolver de forma


colaborativa, onde diversas pessoas de diversos grupos ou organizações colocam

suas informações em uma base de dados comum. Quando esses dados são
colocados juntos na forma de um SIG isso aumenta a eficiência em recuperar essas

informações e o aprendizado de novas coisas, diminuindo a superposição de


informações.(MCCORNAC, 2007)
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6- SIRGAS 2000, O SISTEMA DE REFERÊNCIA UTILIZADO NO BRASIL

O SIRGAS é o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas. Com

definição igual ao Sistema de Referência Terrestre Internacional (ITRS:


InternationalTerrestrialReference System). Além do sistema de referência geométrico,

o SIRGAS se ocupa com a definição e realização de um sistema de referência vertical,


o qual está baseado em altitudes geodésicas como componente geométrica e em

números geopotenciais. (SIRGAS, 2018)

Foi criado na Conferência Internacional para definição de um Datum

Geocêntrico pra a América do Sul, em 1993. Contando com a participação das


entidades patrocinadoras de quase todos os países sul-americanos. Foram de

estabelecidos os seguinte objetivos: Definir um sistema de referência o para a


América do Sul; Estabelecer e manter uma rede de referência; e definir e estabelecer

um Datumgeocêntrico.(Fortes)

Um dos motivos para a criação do SIRGAS é adoção no continente de uma


rede de referências de precisão compatível com as técnicas modernas de

posicionamento, principalmente as associadas ao sistema GPS, aproveitando a


melhora de precisão de até 10 vezes oferecidas pelos novos recursos em comparação

aos métodos clássicos(triangulação, poligonação, trilateração, etc).

Outro motivo era unificar o sistema geodésico adotadas pelos países sul-
americanos, garantindo a homogeneização de resultados internamente ao continente

e permitindo uma integração consistente com as redes dos demais continentes,

contribuindo pra o desenvolvimento de uma Geodésia global. (Fortes)

Caracterização do SIRGAS 2000 (Nunes,2005):

 Sistema Geodésico de Referência: Sistema de Referência


Terrestre Internacional - ITRS (InternationalTerrestrialReference System)
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 Figura geométrica para a Terra:Elipsóide do Sistema Geodésico


de Referência de 1980 (GeodeticReference System 1980 – GRS80)

 Semi-eixo maior a = 6.378.137 m


 Achatamento f = 1/298,257222101

 Origem: Centro de massa da Terra


 Orientação:Pólos e meridiano de referência consistentes em

±0,005” com as direções definidas pelo BIH (BureauInternational de l´Heure),


em 1984,0.

 Estações de Referência:As 21 estações da rede continental


SIRGAS2000, estabelecidas em vários estados brasileiros. Constituem a

estrutura de referência a partir da qual o sistema SIRGAS2000 é materializado


emterritório nacional.

 Época de Referência das coordenadas: 2000,4


 Materialização:Estabelecida por intermédio de todas as estações

que compõem a Rede Geodésica Brasileiraimplantadas a partir das estações


de referência.

Buscou-se dotar o continente com uma infra-estrutura geodésica


moderna, compatível com as técnicas mais precisas disponíveis atualmente. Optou-se

por adotar um sistema geocêntrico baseado no ITRF é a garantia de que o SIRGAS


continuará sempre atual, em consonância com os requisitos de geoprocessamento

do novo milênio. (Fortes)


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7-SISTEMAS DE COORDENADAS -COORDENADAS ESFÉRICAS OU GEOGRÁFICAS


E COORDENADAS PLANAS UTM

Posições e localização em sistema de informações geográficas muitas

vezes são armazenadas com o sistema de coordenadas x e y. Formulas de projeção


convertem os dados do sistema geodésico (latitude e longitude) sobre um elipsoide,

para uma posição representativa sobre uma superfície plana.

Porém, ao projetar a superfície curva da terra em um mapa plano alguma


informação precisa ser distorcida, podem ser escalas, forma, área, distância ou

direção, dependendo a intenção e uso que se fara do mapa.(MCCORNAC, 2007)

1. Projeções conformes: preservam a forma, local e ângulos. (Uso

em mapas de navegação)
2. Projeções equivalente: Mantem as áreas na mesma escala (Uso

em mapas temáticos e de distribuição)


3. Projeções equidistantes: Preservam as distância (Mapas de

distancias aéreas)

Segundo Fitz (2008) os dois sistemas de coordenadas mais utilizados são o


Sistemas de coordenadas geográficas e o Sistema Universal Tranversal de Mercato.

O Sistemas de coordenadas geográficas é o mais utilizado para

representação de coordenadas em um mapa. Onde, os valores dos pontos


localizados na superfície terrestre são expressos por latitude e longitude, contendo

unidades de medidas angular (grausº ; minuto’; segundo”). Essas coordenadas

localizam, qualquer ponto sobre a superfície terrestre de forma direta. O valor da


coordenadas deve vir acompanhado da indicação de hemisfério correspondente: N
ou S para a coordenada norte ou sul (latitude), e E(do inglês East) ou W (West) para
coordenada leste ou oeste (longitude), respectivamente, podendo-se utilizar L e O
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pra leste e oeste. Foi convencionada ,também, a utilização dos sinais + ou - para
indicação de coordenadas N e E(sinal positivo) e S e W(sinal negativo). Assim, quando

o ponto estiver localizado ao sul do equador. Da mesma forma, quando o ponto


estiver situado a oeste de Greenwich, a longitude terá valor negativo, e a leste, valor

positivo.

O Sistema Universal Tranversal de Mercato (UTM), é mais utilizado em

trabalhos que envolvam SIG’s, pois é o sistema utilizado na maioria dos mapas
topográficos da USGS.

“Nesse sistema, A terra é dividida em 60 fusos, casa um com 6º de largura


ao longo do equador, e vai de 84º norte até 80º sul. Os fusos são numerados de 1 a

60, começando na longitude 180º oeste. Os fusos 10 até 20 cobrem os estados da


costa oeste à costa leste dos Estados Unidos. Os fusos 18 a 25 cobrem o Brasil, de

oeste a leste. A projeção transversa do Marcator é centrada em cada um do 6º de


largura dos fusos. O meridiano central do fuso 1, que vai de 180º oeste até 174º

oeste, está na longitude 177º oeste. Para as regiões polares da terra(acima de 84º
norte e abaixo de 80º sul) as distorções da projeção plana são tão grandes em

relação a Terra real que outra projeção é usada. É o sistema de coordenadas


estereográfico polar universal.(MCCORNAC, 2007)
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CONCLUSÃO

Um SIG é uma ferramenta poderosa, capaz de auxiliar na tomada de

decisões, tanto de órgão públicos (decisões de implantação de infraestrutura e


investimentos, analise e prevenção de focos de doenças...). Como de empresas

privadas, (análise de marcado, local de implantação de controle de distribuição...)


podendo gerar economia, tornando-se uma vantagem competitiva.

Tendo isso em vista, todos podem se beneficiar com o aperfeiçoamento e


uso dos SIG's.
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REFERÊNCIAS

MCCORNAC, Jack C.. Topografia. 5. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2007.

FITZ, Paulo Roberto. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: Oficina de


Textos, 2008.

SIRGAS. SIRGAS: Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas. Disponível em:


<http://www.sirgas.org/pt/>. Acesso em: 14 Abril 2018.

Fortes, Luiz Paulo Souto. SIRGAS: O Sistema de Referência Para o Novo Milênio: IBGE

Nunes, Eduardo Pereira. Altera a caracterização do Sistema Geodésico Brasileiro:


IBGE, 2015

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