Fórmula de Euclides
Euclides, em seu livro Elementos, demonstrou que
existe uma infinidade de ternos pitagóricos primitivos.
Além disso, encontrou uma fórmula que gera todos os
ternos pitagóricos primitivos. Dados dois números
naturais m>n, o terno (a,b,c), onde:
a = m² n²
b = 2mn
c = m² + n²
é pitagórico, e é primitivo se e só se m e n são primos
entre si e possuem paridades distintas.
3,4 e 5
O primeiro terno pitagórico é formado pelos números
3, 4 e 5, já que 3²+4²=5². Mas os números 3, 4 e 5
desempenham um papel importante em todos os ternos
pitagóricos. Pode provarse, pela definição ou pela
fórmula de Euclides, que num terno pitagórico primitivo:
∙ exatamente um dos números a ou b é múltiplo de 3;
∙ exatamente um dos números a ou b é múltiplo de 4;
∙ exatamente um dos números a, b ou c é múltiplo de
5.
Obtenção de trios (ternos) pitagóricos por fórmulas
de álgebra geométrica
Dado um triângulo retângulo seja a o cateto menor,
seja b o outro cateto, seja c a hipotenusa.
Dado t=2(cb) e m=(a+bc)/2(cb) ou m = b/(a+cb),
a álgebra geométrica permite a obtenção das equações.
a = t(2.m + 1),b = t(2.m^2 + 2.m), c = t(2.m^2 + 2.m
+1).
Quando fixamos um valor para t e variamos o valor
de m obtemos toda a série existente de triângulos
retângulos, todos diferentes entre si, pois o
parâmetro m define sempre a forma do triângulo, ou seja
fixa os seus ângulos agudos.Isto fica evidente, porque a
tangente dos ângulos agudos não possui o parâmetro t nas
suas expressões.
Quando fixamos um valor para m e variamos o valor
de t obtemos toda a série de triângulos daquela forma
definida pelo parâmetro m. Porém todos com diferentes
áreas entre si, pois o parâmetro t é um parâmetro de
escala, ou seja define a variação do tamanho ou área.
Ternos pitagóricos primitivos
Para obtermos ternos pitagóricos primitivos devemos
ter:
Valores inteiros para t,e valores fracionários para m tal
que m=p/q com p,q inteiros,primos entre si
e p>q(sqrt)2/2.
Tomando como base o cateto menor temos uma série
impar onde este cateto é sempre impar, e uma série par
onde o cateto menor é sempre par.
Na série impar façamos t=q^2 e m =
p/q sendo p>q(sqrt)2/2 e primos entre si, exceto q=1.
Logo :a = 2pq + q^2 , b = 2p^2 + 2pq , c = 2p^2 +
2pq +q^2 .
Neste caso temos q=1, p=1,2,3,4,5..., q=3,
p=4,5,7,8,10..., q=5, p=4,6,7,8,9....
Com q=1 temos a=3,5,7,9,11..., b=4,12,24,40,60...,
c=5,13,25,41,61... Com q=3 temos a=33,39,51,57,69...,
b=66,80,140,176,260..., c=75,89,149,185,269....
Na série par façamos t=
(q^2/2)e m=p/q sendo p>t;q(sqrt)2/2 e primos entre si.
Logo: a = pq + q^2/2 , b = p^2 + pq , c = p^2 + pq +
q^2/2
Neste caso temos q=2 , p=3,5,7,9,11..., q=4,
p=3,5,7,9,11..., q=6, p=5,7,11,13,15...
Com q=2 temos a=8,12,16,20,24... ,
b=15,35,63,99,143... ,
c=17,37,65,101,145... Com q=4 temos a=20,28,36,44,52.
.. , b=21,45,77,117,165... , c=29,53,85,125,173...
Obtenção dos outros ternos pitagóricos
Para obtenção dos outros ternos, basta tomarmos cada
um dos ternos Pitagóricos primitivos e multiplicar seus
valores por 2,3,4,5,6....