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Terno pitagórico

Em matemática,   nomeadamente   em teoria   dos


números,   um terno   pitagórico (ou trio   pitagórico,   ou
ainda tripla   pitagórica)   é   formado   por   três números
naturais a, b e c tais   que a²+b²=c².   O   nome   vem
do teorema de Pitágoras que afirma que se as medidas dos
lados   de   um triângulo   retângulo são   números   inteiros,
então   são   um   terno   pitagórico.   Se   (a,b,c)   é   um   terno
pitagórico, então (ka,kb,kc) também é um terno pitagórico,
para   qualquer   número   natural k.   Um terno   pitagórico
primitivo é um terno pitagórico em que os três números
sãoprimos   entre   si.   Os   primeiros   ternos   pitagóricos
primitivos são (3, 4, 5), (5, 12, 13), (7, 24, 25), (8, 15, 17),
(9, 40, 41), (11, 60, 61), (12, 35, 37), (13, 84, 85), (16, 63,
65), (20, 21, 29)...
Em suma, chamam­se ternos pitagóricos aos conjuntos
de   três   números   inteiros   que   podem   representar   os
comprimentos dos catetos e da hipotenusa de um triângulo
retângulo.
São pitagóricos os ternos:            
3,4 e 5
5,12 e 13
7, 24 e 25
9, 40 e 41 etc.
Mas como gerar números pitagóricos?
Alguns   matemáticos   da   grécia   antiga   criaram
processos   para   gerar   números   pitagóricos.   Um   destes
processos, criado por Diofanto, afirma que , dados dois
qualquer números naturais, m e n, os naturais:
diferença dos quadrados de m e n
dobro do produto de m por n e
soma   dos   quadrados   de   m   e   n   formam   um   terno
pitagórico.
É
fácil de provar!
Também se pode provar que o raio da circunferência
inscrita num triângulo em que os comprimentos dos lados
são um terno pitagórico gerado pelo método de Diofanto é
igual a n(m­n)

Nesta   figura   estão   representados   todos   os   ternos   pitagóricos.   As   coordenadas


rectangulares são as medidas dos catetos de cada triângulo e a medida da hipotenusa é o
módulo do complexo a+bi (para módulos menores que 4500!)

Fórmula de Euclides
Euclides,   em   seu   livro Elementos,   demonstrou   que
existe   uma   infinidade   de   ternos   pitagóricos   primitivos.
Além   disso,   encontrou   uma   fórmula   que   gera   todos   os
ternos   pitagóricos   primitivos.   Dados   dois   números
naturais m>n,   o   terno   (a,b,c),   onde:
a   =   m²   ­   n²
b   =   2mn
c = m² + n²
é pitagórico, e é primitivo se e só se m e n são primos
entre si e possuem paridades distintas.
3,4 e 5
O primeiro terno pitagórico é formado pelos números
3,   4   e   5,   já   que   3²+4²=5².   Mas   os   números   3,   4   e   5
desempenham   um   papel   importante   em   todos   os   ternos
pitagóricos.   Pode   provar­se,   pela   definição   ou   pela
fórmula de Euclides, que num terno pitagórico primitivo:
∙ exatamente um dos números a ou b é múltiplo de 3;
∙ exatamente um dos números a ou b é múltiplo de 4;
∙ exatamente um dos números a, b ou c é múltiplo de
5.
Obtenção de trios (ternos) pitagóricos por fórmulas
de álgebra geométrica
Dado   um   triângulo   retângulo   seja a o   cateto   menor,
seja b o outro cateto, seja c a hipotenusa.
Dado t=2(c­b) e m=(a+b­c)/2(c­b) ou m   =   b/(a+c­b),
a álgebra geométrica permite a obtenção das equações.
a = t(2.m + 1),b = t(2.m^2 + 2.m),  c = t(2.m^2 + 2.m
+1).
Quando fixamos um valor para t e variamos o valor
de m obtemos   toda   a   série   existente   de   triângulos
retângulos,   todos   diferentes   entre   si,   pois   o
parâmetro m define sempre a forma do triângulo, ou seja
fixa os seus ângulos agudos.Isto fica evidente, porque a
tangente dos ângulos agudos não possui o parâmetro t nas
suas expressões.
Quando fixamos um valor para m e variamos o valor
de t obtemos   toda   a   série   de   triângulos   daquela   forma
definida   pelo   parâmetro m.   Porém   todos   com   diferentes
áreas   entre   si,   pois   o   parâmetro t é   um   parâmetro   de
escala, ou seja define a variação do tamanho ou área.
Ternos pitagóricos primitivos
Para obtermos ternos pitagóricos primitivos devemos
ter:
Valores inteiros para t,e valores fracionários para m tal
que m=p/q com p,q inteiros,primos   entre   si
e p>q(sqrt)2/2.
Tomando como base o cateto menor temos uma série
impar onde este cateto é sempre impar, e uma série par
onde o cateto menor é sempre par.
Na   série   impar   façamos t=q^2 e m   =
p/q sendo p>q(sqrt)2/2 e primos entre si, exceto q=1.
Logo :a = 2pq + q^2 , b = 2p^2 + 2pq , c = 2p^2 +
2pq +q^2 .
Neste   caso   temos q=1,   p=1,2,3,4,5...,   q=3,
p=4,5,7,8,10..., q=5, p=4,6,7,8,9....
Com q=1 temos a=3,5,7,9,11...,   b=4,12,24,40,60...,
c=5,13,25,41,61...   Com q=3 temos a=33,39,51,57,69...,
b=66,80,140,176,260..., c=75,89,149,185,269....
Na   série   par   façamos t=
(q^2/2)e m=p/q sendo p>t;q(sqrt)2/2 e primos entre si.
Logo: a = pq + q^2/2 , b = p^2 + pq , c = p^2 + pq +
q^2/2
Neste   caso   temos q=2   ,   p=3,5,7,9,11...,   q=4,
p=3,5,7,9,11..., q=6, p=5,7,11,13,15...
Com q=2 temos a=8,12,16,20,24...   ,
b=15,35,63,99,143...   ,
c=17,37,65,101,145... Com q=4 temos a=20,28,36,44,52.
.. , b=21,45,77,117,165... , c=29,53,85,125,173...
Obtenção dos outros ternos pitagóricos
Para obtenção dos outros ternos, basta tomarmos cada
um   dos   ternos   Pitagóricos   primitivos   e   multiplicar   seus
valores por 2,3,4,5,6....

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