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Juazeiro do Norte - CE
Fevereiro de 2017
i
Ensinando Física Moderna Através de
Experimentos com Materiais Alternativos
Orientador:
Prof. Dr. Célio Rodrigues Muniz
Juazeiro do Norte - CE
Fevereiro de 2017
ii
Ensinando Física Moderna Através de Experimentos com Materiais Alternativos
Orientador:
Prof. Dr. Célio Rodrigues Muniz
Juazeiro do Norte- CE
Fevereiro de 2017
iii
FICHA CATALOGRÁFICA
iv
DEDICO:
A minha amada esposa AlZENI, pelo incentivo, compreensão aos longo desses
anos juntos.
A minha filha LETÍCIA JOANNE, “SER” de luz, que ilumina e enche nossas
vidas de amor e carinho a cada dia.
Aos meus tios: RITA, DAMIANA e NETO, pelo apoio em todos os momentos da
minha vida.
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao grande mentor do universo, o meu bom DEUS pelo dom da vida,
por tudo que tem feito de maravilhoso em minha vida, por me da as armas
necessárias para vencer na vida.
Ao meu orientador prof. Dr. CÉLIO MUNIZ, por não desistir de mim e não deixar
eu desistir ao longo desse caminho, sendo que foram vários os desencontros de
opiniões, mas sempre procurou o melhor caminho para que eu seguisse.
A EEEP Maria Célia Pinheiro Falcão e todos que fazem parte daquela bela
instituição de ensino, por me acolher tão bem, por me da subsídios para crescer
profissionalmente.
vi
A professora MARIA JOSÉ, pela força desde o início dessa caminhada, fazendo
a correção e me orientando na conclusão do projeto e do memorial.
vii
O ser humano vivencia a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do
resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa
ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais,
conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de
nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que
ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém
conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua
realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa
segurança interior.
Albert Einstein
viii
RESUMO
Ensinando Física Moderna Através de Experimentos com Materiais
Alternativos
Orientador:
Prof. Dr. Célio Rodrigues Muniz
ix
ABSTRACT
Advisor:
Prof. Dr. Célio Rodrigues Muniz
x
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1.................................................................................................................. 1
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................1
CAPÍTULO 2.................................................................................................................. 7
2. FÍSICA MODERNA....................................................................................................7
CAPÍTULO 3................................................................................................................ 18
CAPÍTULO 4.................................................................................................................24
4. METODOLOGIA......................................................................................................24
CAPÍTULO 5.................................................................................................................38
5. RESULTADOS ......................................................................................................... 38
xi
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................58
xii
CAPÍTULO 1
A Física é um conhecimento
organizado que permite
elaborar modelos de evolução
cósmica, investigar os mistérios
do mundo submicroscópico,
isto é, das partículas que
compõem todas as formas da
matéria e suas interações, ao
mesmo tempo em que permite
desenvolver novas fontes de
energia e criar novos materiais,
produtos e tecnologias.
(BRASIL, 2000, p. 22).
1 Introdução
1
A Mecânica Quântica surgiu inicialmente dos trabalhos de Max Planck e
de Einstein. Um dos mais importantes problemas da Física não resolvidos no
final do séc. XIX era o da radiação do corpo negro. Planck resolve este problema
em 1900, utilizando como hipótese ad hoc que a energia deste sistema (na
verdade, as trocas de energia entre a radiação e as paredes da cavidade que
forma o corpo) não tem um espectro contínuo, mas, pelo contrário, é discreta,
ou, em outras palavras, quantizada, um aspecto que inexiste na Física Clássica.
Einstein utiliza esta mesma hipótese para resolver o problema do efeito
fotoelétrico em 1905. Mas vai mais longe ao propor que esta é na realidade a
verdadeira natureza da luz. A essa quantidade discreta de energia
eletromagnética se chamou quantum de luz ou, simplesmente, fóton. Nasce
assim a Mecânica Quântica que será posteriormente desenvolvida pelo trabalho
de muitos outros cientistas como Niels Bohr, Erwin Schrödinger, Werner
Heisenberg, Albert Einstein, Louis de Broglie, Max Born, Wolfgang Pauli e Paul
Dirac (CARUSO e OGURI, 2006).
Diante desse ramo da Física, já não tão novo e que abrange essas duas
vertentes (e seus desdobramentos), os quais revolucionaram a maneira do
2
homem entender a Natureza, surge a questão de como passar esse tipo de
conhecimento, já não tão intuitivo como o representado pela Física Clássica, ao
aluno do Ensino Médio, considerando que a carga horária da disciplina de Física
é bem reduzida, principalmente na educação pública, e que aspectos financeiros
e estruturais das escolas são muitas vezes precários, o que contribui para uma
forma pouco eficiente de se ministrar a disciplina. Entre outros fatores podemos
citar (DANTAS, 2011, p. 16) quando descreve algumas características do
ambiente escolar no Estado do Ceará, fato esse que ocorre também de maneira
preocupante no Estado do Rio Grande do Norte:
1
David Paul Ausubel, psicólogo norte-americano.
3
aquilo que o aluno já sabe; descubra isso e ensine-o de acordo" (AUSUBEL,
1968, p. 78).
2
Material alternativo, não necessariamente de baixo custo, mas presentes no cotidiano dos professores e
alunos.
4
ressaltando a interdisciplinaridade. Esses objetivos compreendem o pensamento
de que
5
encontre interesse e motivação suficiente para que aprofunde esses
conhecimentos por meio de investigação pessoal.
No capítulo 2 (dois) faz-se uma breve história da evolução da Física
Moderna, qual sua importância no mundo contemporâneo, principalmente na
vida dos jovens. No capítulo 3 (três) trabalharemos os aspectos fundamentais da
teoria da aprendizagem significativa. No capítulo 4 (quatro) descreve-se como
foram realizadas os levantamentos junto aos alunos e professores, a elaboração
do produto educacional e as aulas de intervenção, visando aplicação do referido
produto. No capítulo 5 (cinco) faz-se as análises sobre os resultados encontrados
antes e após a execução do projeto. E no capítulo 6 (seis) as considerações
finais sobre a importância do professor buscar novas alternativas para
implementar e acrescentar nas suas aulas, buscando quebrar a maneira clássica
e metódica de ensino.
6
CAPÍTULO 2
2 Física Moderna
No final do século XIX a Física era dada como uma ciência que não tinha
mais nada a descobrir com o paradigma newtoniano - conjunto de leis que
regiam a mecânica e os movimentos dos planetas, formuladas por Isaac Newton
(1643 – 1727), das quais faziam parte a cinemática, a relatividade do movimento
e as transformações de Galileu Galilei (1564 – 1642). No campo da
Termodinâmica temos as grandes contribuições dos trabalhos de Sadi Carnot,
Rudolf Clausius e Ludwig Boltzmann, Lord Kelvin, dentre outros. No campo da
Eletricidade e do Magnetismo, temos os trabalhos desenvolvidos por Alessandro
Volta (1745 – 1827), André Marie Ampère (1775 – 1836), Heinrich Rudolf Hertz
(1857 – 1894), Michael Faraday (1791 – 1867) dentre outros. No
Eletromagnetismo temos os trabalhos desenvolvidos por James Clerk Maxwell
(1831 – 1879) com suas equações que unificam a Eletricidade, o Magnetismo e
a Óptica. Todo esse conhecimento sistematizado ficou conhecido como Física
Clássica. Mas existiam alguns experimentos que não condiziam com a teoria
clássica, como o experimento para detecção do éter realizado por Michelson-
Morley, o experimento do efeito fotoelétrico feito por Heinrich Rudolf Hertz e o
experimento da radiação de corpo negro, cujos resultado simplesmente não
eram explicados pela Física Clássica. Eis que surgem no início do século XX a
teoria quântica e a teoria da relatividade, desenvolvidas com os trabalhos de Max
7
Karl Ernst Ludwig Planck (1858 – 1947) e Albert Einstein (1879 – 1955) criando
uma nova Física, a chamada Física Moderna.
8
Figura 2.1 Esquema do interferômetro de Michelson-Morley3.
1
𝛾= 2
√1−𝑢2
𝑐
3
Fonte: http://adagadeoccam.blogspot.com.br/2012/08/ciencia-elegante-o-
experimento-de.html
9
estacionário, algo que Einstein refutou em 1905 com sua teoria da Relatividade
Restrita. (GAZINELLI, 2009).
3º Para cada material existe uma frequência de corte, abaixo da qual não há
emissão de fotoelétrons;
Outro experimento que não era explicado pela Física Clássica era o da
radiação do corpo negro. Um corpo negro é um sistema aquecido que absorve
idealmente toda a radiação eletromagnética incidente sobre ele, emitindo essa
radiação em forma de calor, a qual pode ser decomposta espectralmente . De
10
acordo com a lei de Stefan-Boltzmann, quando um corpo negro é aquecido a
uma temperatura T a intensidade da energia irradiada por ele é proporcional à
quarta potência da temperatura:
𝐈 = 𝛔 𝐓𝟒 ,
Equação 2.2 Lei de Stefan-Boltzmann para radiação do corpo negro
4
Fonte: http://ensinoadistancia.pro.br/ead/fisica-4/aulas/Aula-18/aula-18.html
11
comprimentos de ondas; quando se aproximava do ultravioleta os resultados
eram altamente discrepantes, tendo a radiação intensidade que tendia para o
infinito, ficando conhecida como catástrofe do ultravioleta. Max Planck
utilizando uma teoria corpuscular consegue explicar essa curva em 1900.
E = hν
Cinco anos mais tarde, em 1905, Einstein vai mais longe e interpreta a
quantização não só da radiação em contato com a matéria, como também a
própria radiação eletromagnética, a qual teria um caráter corpuscular
(quantizada).
12
com que o elétron consegue sair da placa metálica depende da frequência da
radiação incidida e do tipo de material, e não da intensidade; aumentando-se
esta consegue-se apenas, aumentar o número que elétrons arrancados e
consequentemente, aumenta-se a corrente elétrica entre dois eletrodos.
(OSTERMANN e RICCI, p. 22, 2003). Temos que a energia cinética máxima de
um elétron arrancado é dada por:
E = hν – W
13
não parecem ser inerentes aos fenômenos.
Consideremos, por exemplo, as ações
eletrodinâmicas recíprocas entre um ímã e um
condutor. O fenômeno observável depende apenas
do movimento relativo entre o condutor e ímã,
enquanto o entendimento habitual faz uma distinção
perfeita entre os casos em que um ou outro desses
corpos se movem. Se o ímã se movimenta e o
condutor fica em repouso, será criado em torno do
ímã um campo elétrico, com certa energia definida,
que criará uma corrente elétrica nas regiões onde
estiverem partes do condutor. Mas, se for o ímã que
está em repouso e o condutor em movimento, não
surgirá um campo elétrico na vizinhança do ímã.
Encontraremos no entanto, uma força eletromotriz
no condutor a qual, em si mesma, não corresponde
nenhuma energia, mas que dá origem a correntes
elétricas com trajetórias e grandezas iguais as
produzidas por forças elétricas no primeiro caso,
desde que os movimentos relativos sejam iguais nos
dois casos considerados.
Exemplos desse gênero, assim como o
insucesso das experiências feitas para detectar
qualquer movimento da terra em relação ao éter,
surgem os fenômenos da eletrodinâmica, tal como
os da mecânica, não apresentam nenhuma
propriedade que correspondia a ideia de repouso
absoluto. Ao contrário, eles sugerem que em todos
os sistemas de coordenadas em que são válidas as
equações da mecânica também são validas as leis
opticas e eletrodinâmicas, o que até a primeira
ordem de grandeza já está demonstrado. Vamos
elevar a categoria de postulado essa conjectura;
vamos além disso, introduzir o postulado só
aparentemente incompatível com o primeiro de que
a luz, no vácuo, se propaga com velocidade
determinada, independentemente do estado de
movimento do feixe de luz. Esses dois postulados
são suficientes para construir uma eletrodinâmica
dos corpos em movimento, simples e livre de
contradições, baseada na teoria de Maxwell para
corpos em repouso. A introdução de um éter se
revelará supérflua, uma vez que na teoria que vamos
desenvolver não necessitamos introduzir um ‘espaço
em repouso absoluto’, nem atribuir um vetor
velocidade a um ponto qualquer do espaço vazio que
ocorra um processo eletromagnético”.
14
2 – A velocidade da Luz c no vácuo tem o mesmo valor em todos os referenciais
inerciais, e é independente do movimento relativo entre a fonte e o observador.
Com o primeiro postulado, Einstein consegue resolver o problema entre a
relatividade de Galileu e as leis de Maxwell, pois as leis Físicas não podem
depender dos referenciais. Ou seja, se é uma lei da natureza, essa tem que
existir, independentemente de se o referencial adotado esteja em repouso ou em
movimento; logo as equações de Maxwell são invariantes. Esse postulado não
exclui a relatividade de Galileu, pois para pequenas velocidades a mesma ainda
é válida.
Os postulados da relatividade restrita têm como consequência imediata a
relatividade da simultaneidade, a dilatação temporal e a contração do
comprimento, ou seja, o tempo e o espaço são relativos - à medida que o primeiro
se dilata o outro se contrai quando se vai de um referencial a outro em movimento
com relação ao primeiro.
Observe a figura 2.3. Temos um observador na origem do referencial xyz.
Suponhamos que no início, ou seja, em t = t’ = 0 temos uma emissão de um pulso
luminoso, com x≡x’.
Depois de um tempo t para o observador em xyz ou t’ para um observador
em x’y’z’ e deslocamento da terna x’y’z’ com velocidade u constante
15
Se imaginarmos uma régua na em x’y’z’ somente no eixo x’ teremos que
seu comprimento será dado por:
1
∆𝑥 = ∆𝑥′
𝑢2
√1 −
𝑐2
16
𝑬𝟎 = 𝒎. 𝒄𝟐
Equação 2.7 Energia de repouso de corpo
Aqui aparece mais uma vez o fator de Lorentz, ficando claro que se
aumentamos a velocidade de um corpo de modo que ele chegue próximo à
velocidade da luz, o fator tende ao infinito, e isso implica uma inércia infinita do
corpo. Assim este jamais chegará a velocidade da luz; vale ressaltar que apenas
partículas que não têm massa, têm a mesma velocidade da luz, como os fótons.
Em 1915, Einstein aprimora sua teoria que antes era apenas para
referenciais inerciais, analisando as leis da Física também para referenciais
acelerados, desenvolvendo assim a Teoria da Relatividade Geral. Nesta
introduz-se a noção de espaço-tempo curvo, ou seja, os corpos produzem em
torno de si uma curvatura do espaço-tempo – que é a própria gravidade, sendo
que quanto maior a massa do corpo, maior será a curvatura (GAZINELLI, 2009).
A obra Astronomia e Astrofísica de (FILHO e SARAIVA, 2014, p.642),
retrata de forma simples e clara a diferença entre a obra de Newton e a obra de
Einstein:
“A teoria da relatividade geral ´e universal no sentido
de ser válida mesmo nos casos em que os campos
gravitacionais não são desprezíveis. Trata-se, na
verdade, da teoria da gravidade, descrevendo a
gravitação como a ação das massas nas
propriedades do espaço e do tempo, que afetam, por
sua vez, o movimento dos corpos e outras
propriedades físicas. Enquanto na teoria de Newton
o espaço é rígido, descrito pela geometria Euclidiana
[Euclides de Alexandria (c.365-300 a.C.)], na
relatividade geral o espaço-tempo é distorcido pela
presença da matéria que ele contém”.
17
A teoria da relatividade geral foi comprovada no ano de 1919, na cidade
de Sobral, no Ceará e na Ilha de Príncipe, na África; equipes de cientistas
conseguiram observar o desvio da luz causado pelo campo gravitacional do Sol,
durante um eclipse total. Vale a pena dizer também que essa teoria tornou a
Cosmologia uma disciplina científica, pois ela também é capaz de descrever o
universo em larga escala. Com efeito, o astrônomo Edwin Huble demonstrou em
1929 que as galáxias distantes estavam se afastando da Terra, e isso é
totalmente compatível com a ideia de um universo em expansão, que a teoria de
Einstein é capaz de prever.
18
CAPÍTULO 3
19
estrutura cognitiva dos alunos, o que o autor chama de conhecimentos prévios
“subsunçores”, de modo que precisamos partir daquilo que o aprendiz já sabe,
para desenvolver novas ideias. Daremos um exemplo relacionado de perto ao
tema trabalhado em nosso produto educacional: normalmente os alunos já
apresentam subsuncores em relações aos Estados Físicos da Matéria (Sólido,
Líquido e Gasoso); assim podemos partir desses conhecimentos já existentes
na sua estrutura cognitiva, para trabalharmos o conceito moderno de Plasma. Se
houver, a interação entre o subsunçor e a nova informação trabalhada acontece
a aprendizagem significativa, e podemos afirmar que os conceitos iniciais
presentes sofrerão uma reelaboração e um crescimento. Corroborando do
pensamento de (COSTA, 2012, p.28), temos que
5
MOREIRA, Marco Antônio. Teoria de Aprendizagem. São Paulo: Ed. E.P.U, 1999.
20
Plasma, são assimilados pelos conceitos subsunçores existentes na estrutura
cognitiva do aprendiz A’, nesse caso os Estados Físicos da Matéria (Sólido,
Líquido e Gasoso), formando o subsunçor modificado A’ a’, que seria o 4º
(quarto) Estado Físico da Matéria. Notamos que quando a assimilação ocorre há
uma modificação não somente no subsunçor, como também na nova
informação. Por exemplo, se os conceitos de Estados Físicos da Matéria já
estiverem bem definidos na estrutura cognitiva do aluno, o conceito específico
de Plasma, será assimilado de forma inclusiva pelo conceito presente antes na
estrutura cognitiva, como sendo também um estado onde ocorre a dissociação
atômica devido a um alto grau de aquecimento.
21
“Aprendizagem de novas informações com pouca ou
nenhuma interação com conceitos relevantes
existentes na estrutura cognitiva. Nesse caso, a
nova informação é armazenada de maneira
arbitrária. Não há interação entre a nova informação
e aquela já armazenada. O conhecimento assim
adquirido fica arbitrariamente distribuído na estrutura
cognitiva, sem ligar-se a conceitos subsunçores
específicos”.
6
TORRES, Carlos Magno.[et al] Ciência e Tecnologia. 3 ed. São Paulo: Ed. Moderna, 2013.
22
significativos, mas tem que partir do aluno a vontade de aprender, caso contrário
toda a aprendizagem torna-se mecânica. (3) os fatores externos a
aprendizagem significativa - aqui estão relacionadas as condições externas a
que os alunos são submetidos, como: o ambiente escolar, a sala de aula, o
contexto econômico-social no qual o aluno está inserido.
23
CAPÍTULO 4
4 METODOLOGIA
24
formação em Física. Estes aspectos, entre outros, contribuem de forma negativa
para uma melhoria no ensino de Física e principalmente de Física Moderna.
25
4.2 O produto educacional
4.3 Os Experimentos
26
Os experimentos estão divididos em duas categorias: Os experimentos
por analogia e os experimentos diretos. Os primeiros usam fenômenos que não
pertencem ao âmbito da Física Moderna para demonstrar, por analogia, outros
que o sejam. Como, por exemplo, o das ratoeiras com bolas de pingue-pongue
para ilustrar o processo de reação nuclear em cadeia. Já os diretos, usam (ou
produzem) os próprios fenômenos em si com vistas à sua elucidação, como o da
bola de plasma. Os temas abordados seguem, uma sequência lógica que
obedece mais ou menos a ordem histórica de seu desenvolvimento, a mesma
em que estão expostos na maior parte dos livros didáticos, a saber: Teoria da
Relatividade Restrita, Teoria Atômica da Matéria, Modelos e Espectros
Atômicos, Dualidade Onda-Partícula, Física do Estado Sólido. Conexões com
outras áreas do conhecimento são estabelecidas de modo a se ressaltar a
interdisciplinaridade. É interessante observar que estão contemplados,
experimentos que realizam medidas das duas constantes fundamentais da
Natureza e que são a “marca registrada” da Física Moderna: A velocidade da luz
no vácuo e a constante de Planck. Ressalte-se também que os experimentos
propostos destacam aspectos qualitativos e quantitativos dos eventos físicos, ou
seja, alguns apenas demonstram os fenômenos em si, enquanto outros o fazem
realizando medidas com certo grau de precisão, e esse último aspecto é
importante por chamar a atenção dos alunos para o fato de que a Física é,
essencialmente, uma "ciência da medida".
27
pesquisa, responderam a uma série de 10 perguntas. que variavam desde a
formação acadêmica, tempo em sala de aula, ensino de Física e Física moderna.
28
aprovado, mediante a utilização de uma avalição quantitativa ao final do
processo, para que os mesmos obtivessem a nota bimestral. O cronograma, os
planos de aulas e o pré/pós teste (questionário) serão apresentados nos
apêndices.
29
software de computador. Logo após foi realizada a execução dos experimentos,
onde os alunos eram convidados a participarem da execução dos mesmos.
1º Encontro
Apresentação do projeto.
Aplicação do pré-teste (questionário)
2º Encontro
Apresentação expositiva.
Conteúdo: Origem e Expansão do Universo.
Apresentação de vídeo sobre a Origem do Universo.
Apresentação do experimento: Cosmologia em um balão (bexiga).
3º Encontro
Apresentação expositiva utilizando tirinhas sobre Relatividade.
Conteúdo: Teoria da Relatividade Geral.
Apresentação do Experimento: A curvatura do espaço-tempo por
meio de um tecido de lycra, bolas de ferro e de gude.
30
4º Encontro
Apresentação expositiva utilizando uma Ilusão de Ótica.
Conteúdo: Dualidade onda Partícula.
Apresentação do experimento: Interferência e difração da luz versus
foto-eletricidade.
Interferência e difração da luz com um laser e fio de cabelo.
5º Encontro
Apresentação expositiva e leitura do texto A Velocidade da Luz.
Conteúdo: Propagação da Luz.
Apresentação do experimento: Medindo a velocidade da luz (com um
aparelho de micro-ondas e barra de chocolate).
6º Encontro
Apresentação expositiva.
Apresentação de vídeo sobre Max Planck.
Conteúdo: Física Quântica.
Apresentação do experimento: Determinando a constante de Planck
por meio de LED’s.
7º Encontro
Apresentação expositiva.
Conteúdo: Plasma.
Apresentação do experimento: Bola de Plasma
8º Encontro
Apresentação expositiva.
Conteúdo: Física Nuclear.
Apresentação do experimento: Reação em cadeia utilizando ratoeiras
e bolinhas de pula-pula.
Aplicação do pós-teste (questionário).
31
A seguir descreveremos como aconteceram o desenvolvimento das aulas.
No primeiro encontro, foi feita mais uma rápida apresentação do projeto,
explicando que o mesmo seria desenvolvido ao logo de 8 (oito) encontros.
Buscamos também ouvir os alunos sobre suas expectativas em relação ao
projeto Ensinando Física Moderna através de Materiais Alternativos.
A segunda parte do encontro foi destinado à aplicação do pré-teste,
contendo 11 (onze) questões de múltipla escolha, sobre tópicos de Física
Moderna, relevantes e corriqueiros no dia-a-dia dos alunos, tendo como objetivo
determinarmos os conhecimentos prévios (subsunçores) dos mesmos.
No segundo encontro, tratamos do assunto Origem e Expansão do
Universo, primeiramente através de uma explanação oral e logo depois
apresentação do vídeo “Big Bang: A Origem do Universo, com duração
aproximada de 5 minutos, surgindo assim alguns debates e questionamentos:
32
grupos de 3 (três), para fazer a leitura e análise das tirinhas para depois fazermos
um pequeno debate.
33
Mostramos que na verdade ninguém estava errado, que na imagem
poderiam se detectar duas faces de pessoas ou uma taça, simultaneamente.
Procuramos fazer, assim, uma relação com o que acontece com luz, que ora se
comporta como partícula, ora como onda.
c=f.λ
Equação 4.1 Velocidade de uma onda eletromagnética
35
sabendo que V é a tensão aplicada nos terminais dos led, λ o comprimento de
“Aluno H: TV de Plasma”
36
natureza, a energia nuclear e os processos de fissão e fusão, ressaltando
aspectos positivos e negativos desse ramo da Física.
37
CAPÍTULO 5
5 RESULTADOS
Outra
20%
Licenciatura em
Física
50%
Licenciatura em
Matemática
30%
38
Nesse primeiro questionamento, identificamos o primeiro aspecto que
contribui de forma negativa para a qualidade do ensino de Física nas escolas
pesquisadas. Apenas metade do grupo de professores participantes da pesquisa
têm formação em Física, seja ministrando permanentemente aulas dessa
disciplina ou apenas eventualmente completando a carga horária de professores
com formação na área. Este fato ocorre principalmente devido à falta desses
profissionais no mercado de trabalho. Fica evidenciado também algo mais grave,
que dos 50% restantes, 20% não são sequer formados em Matemática, muitas
vezes não desenvolvendo nenhuma habilidade com ciências da natureza ou com
os números.
2. Possui pós-graduação?
□ Especialização;
□ Mestrado;
□ Doutorado;
□ Não.
Quadro 5.2 Perguntas aos professores sobre pós-graduação.
30%
70%
39
com Mestrado ou Doutorado, sendo que a grande maioria tem apenas a
graduação, fato preocupante, pois por algum motivo os docentes não estão
buscando a formação continuada, algo imprescindível na vida de um docente.
Mas é preciso deixar claro, que o termo formação continuada não se restringe
apenas a cursos de nível superior, como destaca (GATTI, 2008, p.57) de modo
amplo:
“qualquer tipo de atividade que venha a contribuir para o
desempenho profissional – horas de trabalho coletivo na
escola, reuniões pedagógicas, trocas cotidianas com os
pares, participação na gestão escolar, congressos,
seminários, cursos de diversas naturezas e formatos,
oferecidos pelas Secretarias de Educação ou outras
instituições para pessoal em exercício nos sistemas de
ensino, relações profissionais virtuais, processos diversos
a distância (vídeo ou teleconferências, cursos via internet
etc.), grupos de sensibilização profissional, enfim, tudo que
possa oferecer ocasião de informação, reflexão, discussão
e trocas que favoreçam o aprimoramento profissional, em
qualquer de seus ângulos, em qualquer situação.”
De um a três
Mais de dez anos
anos 10%
20%
De três a cinco
De cinco a dez anos
anos 40%
30%
De um a três anos De três a cinco anos De cinco a dez anos Mais de dez anos
40
Outro fator importante a ser ressaltado é a experiência docente, como
mostra o gráfico 4.3; a metade atua em sala de aula há mais de 5 (cinco) anos.
Esse é um fator positivo, pois os docentes com essa fase de maturação
conseguem desenvolver caminhos estratégicos para elaboração e execução de
uma boa aula, levando em consideração aspectos como o perfil dos alunos e o
sistema de ensino (livro didático, material alternativo, utilização das tic’s).
As próximas questões referem-se à elaboração, execução das aulas de
Física e adequação do espaço físico das escolas pesquisadas.
4. Para você, como fica mais fácil ensinar Física?
□ Somente com aulas teóricas;
□ Somente com aulas práticas;
□ Com aulas teóricas e práticas.
70%
41
Quando perguntados quando é mais fácil e “agradável” ensinar Física,
100% dos entrevistados concordaram que o ensino é melhor e o rendimento dos
alunos aumenta quando as aulas são desenvolvidas fazendo-se a relação da
teoria com a prática, algo que chama atenção dos alunos. Tem-se um ganho
maior de rendimento quando as aulas são realizadas em ambiente externo à sala
de aula, algo que fica muito difícil de ocorrer; de acordo com os entrevistados a
grande maioria (70%) das escolas têm apenas um Laboratório de Ciências, ou
seja, um espaço comum destinado às aulas de Física, Química, Biologia e
também Matemática, sendo que os mesmos não dispõem de um laboratorista
que faça a manutenção do pouco material encontrado e ajude na preparação e
condução das aulas, de modo que a maioria se encontra desativada ou em
outros casos servindo de depósitos. Isso ajuda a compreender porque 80% dos
professores, quando trabalham com aulas práticas, utilizam quase sempre
materiais alternativos.
As próximas questões estão relacionadas ao ensino de Física Moderna
no Ensino Médio.
7- Durante o ano letivo são trabalhados os conteúdos de Física Moderna?
□ Sim;
□ Sim apenas uma pequena parte do conteúdo;
□ Não, Pois as aulas são insuficientes.
42
Com essas questões foi possível determinar os aspectos que estão
influenciando no ensino da Física Moderna, no Ensino Médio. 20% dos
entrevistados afirmam que não trabalham esse conteúdo, pois as aulas de Física
são poucas; os demais (80%) afirmam que trabalham apenas alguns tópicos
relevantes, não seguindo a sequência do livro didático, buscando sempre outra
fonte de pesquisa.
As maiores dificuldades citadas por 100% dos entrevistados são: o
número de aulas da carga horária que é sempre insuficiente; a obrigação de
seguir uma proposta curricular que visa a preparação para o Exame Nacional do
Ensino Médio (ENEM); o equipamento para trabalhar (Data show, Televisão,
Laboratório de Informática) muitas vezes não são disponíveis ou de forma que
não satisfaz todas as necessidades dos professores.
30%
70%
Sim
As vezes, devido à falta de materiais para realização das mesmas
Não, pois a escola não tem espaço físico e materiais para realização das mesmas
Gráfico 5.5 Respostas dos professores sobre aulas práticas de Física Moderna.
43
5.2 Sondando os discentes
100%
100%
80%
60%
40%
20%
0% 0%
0%
somente com aulas somente com aulas com aulas teóricas e
teóricas práticas práticas
Estudar Física
Gráfico 5.6 Respostas dos alunos sobre a preferências das aulas de Física.
44
“Aluno J: Durante essas aulas aprendi bastante coisas sobre a Física
Moderna, as aulas foram muito importantes, ajudou absorver todo o conteúdo
que foi explicado em sala. Foi um excelente trabalho”.
“Aluno G: As aulas foram bastante proveitosas com a teoria e a prática;
deu pra absorver muito o conteúdo e o conteúdo ficou dinâmico”.
“Aluno E: Achei muito produtiva a aula prática e teórica também, mas a
aula prática dá mais interesse em aprender. Foi muito produtiva essa semana na
aula de Física”.
A seguir, mostraremos os resultados dos questionários sobre Física
Moderna antes e depois da aplicação dos experimentos, avaliando se realmente
aconteceu algum grau de aprendizagem. Cabe ressaltar que os alunos não
sabiam que iriam participar de um pós-teste.
2. Qual a idade aproximada do universo?
□ 14 bilhões de anos
□ 100 bilhões de anos
□ 1 milhão de anos
□ 2 mil anos
3. Para você, qual o item abaixo retrata a definição de ano-luz?
□ tempo por espaço
□ espaço por tempo
□ velocidade versus tempo
□ aceleração por tempo
45
Buscamos, nessa primeira parte, encontrar os subsunçores dos alunos
em relação a alguns temas. Assim, começamos com Cosmologia, utilizando a
Origem do Universo, definição de ano-luz, Relatividade Restrita e Geral, e Física
Nuclear. Os resultados iniciais foram relevantes, a grande maioria já tinha algum
conhecimento cognitivo sobre os temas.
Pré-teste I
100%
90%
80%
70% 86%
60% 71%
50% 57% 57%
40% 50% 50%
30% 43% 43%
20% 29%
10% 14%
0%
Qual a idade Para você, qual o Entre as teorias Processo Processo pelo qual
aproximada do item abaixo retrata abaixo, uma é responsável pela núcleos atômicos
universo? a definição de ano- teoria de Einstein. produção de luz e de elementos mais
luz? Qual? calor no sol e em pesados são
outras estrelas? convertidos a
núcleos atômicos
de elementos mais
leves?
Acerto Erro
Identificamos que uma grande parte tem noção de como e quando surgiu
o universo, sua composição, algo que já não acontece sobre a percepção de
ano-luz, sendo que apenas a metade tem conhecimento do seu significado.
Assim, fica prejudicada a noção acerca das reais dimensões do Universo, que
sabemos medirem-se em bilhões de anos-luz. Uma boa parcela tem algum
conhecimento sobre Relatividade, associando-a ao seu descobridor. Algo
interessante acontece com os processos nucleares, sendo que a maioria
conhece o processo de Fusão Nuclear, mas esse valor cai bastante quando se
pergunta sobre Fissão Nuclear.
Sobre esses temas trabalhamos com os seguintes experimentos:
Cosmologia em um balão (bexiga); A curvatura do espaço-tempo por meio de
um tecido de lycra, bolas de ferro e de gude; Reação em cadeia utilizando
ratoeiras e bolinhas de pula-pula; Medindo a velocidade da luz (com um aparelho
de micro-ondas e barra de chocolate). Foi uma experiência muito produtiva, com
os alunos participando ativamente das aulas.
46
Pós-teste I
120%
100%
100% 100%
80% 94% 94%
60%
40% 53%
47%
20%
6% 0% 0% 6%
0%
Qual a idade Para você, qual o Entre as teorias Processo Processo pelo qual
aproximada do item abaixo retrata abaixo, uma é responsável pela núcleos atômicos
universo? a definição de ano- teoria de Einstein. produção de luz e de elementos mais
luz? Qual? calor no sol e em pesados são
outras estrelas? convertidos a
núcleos atômicos
de elementos mais
leves?
Acerto Erro
47
“Aluno Q: Eu gostei muito das aulas, pois foram interessantes; aprendi
bastante quantos anos a Terra tem, que o Sol é uma bola de plasma. Também
gostei bastante dos experimentos em sala de aula, porque deixa a aula mais
divertida”.
No próximo quadro trabalhamos os conceitos referentes ao Plasma,
Ondas Eletromagnéticas, Comportamento Dual da Luz e as Forças
Fundamentais da Natureza.
7. Considerado o quarto estado da matéria?
□ sólido
□ líquido
□ plasma
□ gasoso
8. Das quatro forças naturais, qual atua entre prótons e nêutrons no interior
dos átomos?
□ força eletromagnética
□ força nuclear forte
□ força nuclear fraca
□ força gravitacional
□ comprimento de onda
□ frequência
□ velocidade
□ amplitude
48
Pré-teste II
100%
90%
80% 93% 93%
70% 86% 86%
60%
50% 64%
40%
30%
20% 36%
10% 14% 7% 7% 14%
0%
Considerado o Das quatro forças Qual princípio A radiação Ondas
quarto estado da naturais, qual atua explica o eletromagnética, é eletromagnéticas
matéria: entre prótons e comportamento constituída por como, raios x,
nêutrons no dual da luz? pacotes de energia micro-ondas, luz
interior dos chamados? ultra violeta, infra
átomos? vermelho tem em
comum o(a)
mesmo(a)?
Acerto Erro
49
Pós-teste II
120%
100%
100%
80%
60% 70% 70%
65% 65%
40%
20% 30% 35% 35% 30%
0%
0%
Considerado o Das quatro forças Qual princípio A radiação Ondas
quarto estado da naturais, qual atua explica o eletromagnética, é eletromagnéticas
matéria: entre prótons e comportamento constituída por como, raios x,
nêutrons no dual da luz? pacotes de energia micro-ondas, luz
interior dos chamados? ultra violeta, infra
átomos? vermelho tem em
comum o(a)
mesmo(a)?
Acerto Erro
50
despertaram a curiosidade dos alunos, fazendo com que os mesmos
participassem das aulas; também demonstra que absorveu o novo conhecimento
e rapidamente relaciona com objetos e fenômenos encontrados no seu dia-a-dia.
Isso demonstra que o material é realmente significativo.
51
CAPÍTULO 6
Diante de tudo o que foi discutido aqui, acerca das questões levantadas
para a execução do Ensino de Física nas escolas Públicas, as quais não
acontecem só nos dias de hoje, mas estão expostas nos PCNs desde os anos
2000, em que se coloca que o ensino dessa disciplina
52
Precisamos, assim, encontrar maneiras para inserir novas metodologias,
novos conceitos da Física presentes no cotidiano do aluno e para além dele,
posto que não é possível nem aceito que em pleno século XXI, com todo o
desenvolvimento tecnológico onde a sociedade está inserida, incluindo os jovens
de nossas escolas, o ensino seja de mais de um século atrás.
Precisamos enfatizar, mais uma vez que entendemos que a culpa para
toda a problemática ligada ao ensino de Física, não é somente dos professores
como também do sistema arcaico de ensino, que não dá suporte físico, financeiro
e moral aos profissionais da educação. Mas, é necessário que se diga também
que temos por obrigação sair dessa inércia, buscando novas formas de abordar
o ensino de Física, e uma dessas maneiras é incluir os conceitos de Física
Moderna nas aulas por meio da utilização de materiais alternativos, algo que é
fácil de fazer e que influenciou positivamente a realização das aulas,
proporcionando a aprendizagem significativa dos alunos, pois vimos através dos
gráficos mostrados que os mesmos obtiveram um bom desempenho sinalizado
53
pelo resultado dos pré e pós-teste aplicados. Porém, mais importante do que
isso, foram os depoimentos dos alunos apoiando e participando ativamente das
aulas. Para fechar, destacamos abaixo mais alguns comentários dos discentes
em relação ao projeto aplicado:
54
“Aluno A: As aulas de Física com experimentações práticas foram
bastante produtivas e ricas de conteúdo teórico, com explicações bem
detalhadas e claras mostrando exemplos que acontecem em nosso dia-a-dia. O
professor soube administrar bem as aulas trazendo seu amplo conhecimento nos
estudos de Física Moderna, fazendo assim que as aulas se tornassem
interessantes e produtivas”.
“Aluno D: Com todos estes experimentos pude tirar muitas dúvidas que
tinha sobre Ondas Eletromagnéticas, comportamento dos átomos e pude
aprender mais sobre o quarto estado da matéria o Plasma. De todos os
experimentos o que me chamou mais atenção foi o da bola de Plasma”.
55
isto é, que o produto educacional elaborado tenha sido potencialmente
significativo.
56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
57
DANTAS, C. R. S. As TIC’s e a Teoria da Aprendizagem Significativa: Uma
Proposta de Intervenção no Ensino de Física. Dissertação de Mestrado.
Apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e
Matemática – UEPB, Campina Grande, 2011.
58
de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática – UEPB, Campina
Grande, 2013.
59
VALADARES, E.; MOREIRA, A. M. Ensinando Física Moderna no segundo
grau: Efeito Fotoelétrico, Laser e Emissão de Corpo Negro. Caderno
Brasileiro de Ensino de Física, v.15, n.2, p. 121-135, 1998.
SILVEIRA, F. L. Os resultados negativos dos experimentos de Michelson-
Morley refutaram a teoria do éter? A teoria da relatividade restrita se
originou dos experimentos de Michelson-Morley? Instituto de Física –
UFGRS.
60
APÊNDICE A
QUESTIONÁRIO DO PROFESSOR
61
7- Durante o ano letivo são trabalhados os conteúdos de Física Moderna?
□ sim
□ sim apenas uma pequena parte do conteúdo
□ não, Pois as aulas são insuficientes
62
APÊNDICE B
63
7. Considerado o quarto estado da matéria:
□ sólido
□ líquido
□ plasma
□ gasoso
8. Das quatro forças naturais, qual atua entre prótons e nêutrons no interior
dos átomos?
□ força eletromagnética
□ força nuclear forte
□ força nuclear fraca
□ força gravitacional
64
APÊNDICE C
PRODUTO EDUCACIONAL
65
GERLANIO NOGUEIRA CAVALCANTE
CÉLIO RODRIGUES MUNIZ
MANUAL
Ensinando Física Moderna Através de Experimentos com
Materiais Alternativos
JUAZEIRO DO NORTE – CE
2017
66
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................4
PROPOSTA EXPERIMENTAL 1.............................................................................8
Cosmologia em um balão (bexiga)....................................................................8
Link de acesso ao video...................................................................................8
PROPOSTA EXPERIMENTAL 2 .....................................................................9
A curvatura do espaço-tempo por meio de uma folha de borracha, bolas de
pula-pula e de ferro...........................................................................................9
Link de acesso ao video.................................................................................10
PROPOSTA EXPERIMENTAL 3...................................................................11
Comportamento ondulatório da luz interferência e difração utilizando um laser
e fio de cabelo.................................................................................................11
Link de acesso ao vídeo.................................................................................12
PROPOSTA EXPERIMENTAL 4 ...................................................................13
Comportamento corpuscular da luz efeito fotovoltaico com um carrinho elétrico
e uma placa solar............................................................................................13
Link de acesso ao vídeo ................................................................................14
PROPOSTA EXPERIMENTAL 5 ...................................................................15
Medindo a velocidade da luz (Onda Eletromagnética) com um aparelho de
micro-ondas e barra de chocolate...................................................................15
Link de acesso ao vídeo.................................................................................16
PROPOSTA EXPERIMENTAL 6 ...................................................................17
Determinando a constante de Planck por meios de LED’s..........................17
Link de acesso ao vídeo.................................................................................19
PROPOSTA EXPERIMENTAL 7 ...................................................................20
Bola de Plasma...............................................................................................20
Link de acesso ao vídeo.................................................................................22
PROPOSTA EXPERIMENTAL 8 ...................................................................23
Reação em cadeia utilizando ratoeiras e bolinhas de pula-pula....................23
67
Link de acesso ao vídeo....................... ........................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................25
68
INTRODUÇÃO
69
entendimento dos conceitos do espaço, tempo, medida, causalidade,
simultaneidade, trajetória e localidade, completamente distintos das noções
advindas da Física Clássica.
70
introduzindo a noção de espaço curvo, ou seja, os corpos produzem em
torno de si uma curvatura do espaço-tempo – que é a própria gravidade,
sendo que quanto maior a massa (e energia) do corpo, maior será a
curvatura (GAZINELLI, 2009).
Diante desse ramo da Física, já não tão novo e que abrange essas
duas vertentes (e seus desdobramentos), os quais revolucionaram a
maneira do homem entender a Natureza, surge a questão de como passar
esse tipo de conhecimento, já não tão intuitivo como o representado pela
Física Clássica, ao aluno, considerando que a carga horária da disciplina é
bem reduzida, principalmente na educação pública, e que aspectos
financeiros e estruturais das escolas são muitas vezes precários, o que
contribui para uma forma pouco eficiente de se ministrar a disciplina.
Um aspecto positivo a ser ressaltado é que, atualmente, após os
notáveis avanços científicos e tecnológicos observados na
contemporaneidade, a Física Moderna tem despertado a curiosidade dos
jovens. Com base nesse contexto, desenvolvemos este Manual intitulado
Ensinando Física Moderna com Experimentos de Materiais Alternativos,
buscando desmistificar o ensino de Física Moderna, e subsidiar os
professores em suas aulas de Física Moderna. O mesmo foi desenvolvido
como Produto Educacional, no programa do Mestrado Profissional no
Ensino de Física (MPNEF), aplicado junto a uma turma de 3º ano do Ensino
Médio do município de Pereiro-CE, onde constatamos uma melhora
significativa na aprendizagem dos alunos, tanto em valores quantitativos
como nos qualitativos, alunos participando ativamente das aulas.
Ressaltamos que não é uma sequência de Ensino que o professor só
poderá utilizar no 3º ano, mas poderá fazer adaptações e utilizar no decorrer
de todo Ensino Médio. Cabe ao professor independente do ano/série que o
aluno se encontra, ensinar de acordo com os conhecimentos prévios
existentes na estrutura cognitiva do aprendiz, pois, segundo Ausubel "...o
fator, isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o
aluno já sabe; descubra isso e ensine-o de acordo" (AUSUBEL, 1968, p.
78).
71
Este manual contém a descrição de 8 experimentos realizados com
materiais alternativos que podem ser trabalhados em sala despertando a
curiosidade dos alunos. Os experimentos são divididos em duas categorias:
Os experimentos por analogia e os experimentos diretos. Os primeiros
usam fenômenos que não pertencem ao âmbito da Física Moderna para
demonstrar, por analogia, outros que o sejam. Já os diretos usam (ou
produzem) os próprios fenômenos em si com vistas à sua elucidação. Os
experimentos abordam os seguintes temas, a saber: Teoria da Relatividade
Restrita, Teoria Atômica da Matéria, Modelos e Espectros Atômicos,
Dualidade Onda-Partícula, Física do Estado Sólido.
Sequência dos experimentos utilizados:
Cosmologia em um balão (bexiga);
A curvatura do espaço-tempo por meio de uma folha de
borracha, bolas de gude e de ferro;
Interferência e difração utilizando um laser e fio de cabelo;
Efeito fotovoltaico com um carrinho elétrico e uma placa solar;
Medindo a velocidade da luz (Onda Eletromagnética) com um
aparelho de micro-ondas e barra de chocolate;
Determinando a constante de Planck por meios de LED’s;
Bola de Plasma;
Reação em cadeia utilizando ratoeiras e bolinhas de pula-pula.
72
Proposta Experimental 1
Cosmologia em um balão (bexiga)
Material necessário:
Balão (bexiga) com desenhos de bolinhas.
Fotos do Experimento
Fig. 1.1. (A) Balão inicialmente vazio. (B) e (C) Balão enchendo e as
bolinhas distanciando-se umas das outras.
Dica:
Repasse o maior número possível de balões para os alunos, pois
com sua participação a aula fica mais interessante e divertida.
https://www.youtube.com/watch?v=doBsaLeZMGg
73
Proposta Experimental 2
A curvatura do espaço-tempo por meio de uma folha de borracha,
bolas de pula-pula e de ferro
Materiais necessários:
Tela de borracha, as dimensões a critério do professor. (Utilizamos
um tecido de Lycra);
Ímãs de pesos diferentes;
Bolas de ferro e de borracha.
Fotos do Experimento
(D) (E)
Fig. 2.1. (A), (B), (C), (D). Desenvolvimento do experimento com os alunos,
mostrando a curvatura que acontece no tecidos nos diferentes casos em
que utilizamos massas diferentes. (E) corpos de menores massas orbitando
uma região do espaço ocupada por um corpo de maior massa.
74
bolinhas de vários pesos diferentes, como bolinhas de Sinuca, Tênis, Ping
Pong, Pula-Pula, ímãs, entre outros objetos que contenham massas
diferentes. Fazendo os alunos participarem do desenvolvimento da
experiência pede-se que os mesmos segurem e puxem a tela e que fiquem
colocando as bolinhas com pesos diferentes e observem o que acontecem,
depois coloquem pequenas bolinhas de gude - “bilas” - em movimento
entorno das bolas de massa maior. Logo abaixo segue o link do vídeo de
acesso a realização do experimento.
Dica:
O interessante deixar os alunos participarem e eles escolherem as
bolinhas e irem formando suas próprias conclusões.
https://www.youtube.com/watch?v=_sNiVo3rfTk&t=4s
75
Proposta Experimental 3
Comportamento ondulatório da luz, Interferência e difração utilizando
um laser e fio de cabelo
Materiais necessários:
Laser;
Fio de Cabelo;
Pedaço de Papelão retangular (Largura 20cm x Altura 15cm);
Fita Gomada;
Folha de Papel A4.
Tesoura;
Estilete.
Fotos do Experimento
Fig. 3.1 (A) e (B) Montagem da base de papelão com o fio de cabelo. (C)
Montagem do experimento com o laser incidindo sobre o cabelo e criando
e espectro na folha colada na parede.
76
horizontal. Incide-se então a luz do laser sobre o fio de cabelo de modo que
a imagem apareça na folha de papel o os alunos possam ver os dois
fenômenos ocorrendo. Podemos com esse experimento mostrar aos alunos
o fenômeno da interferência construtiva nos pontos de luminosidade
máxima formados na imagem e a interferência destrutiva nos pontos de
mínimo. Mostra-se também o fenômeno da difração ocorrendo quando a luz
consegue contornar o obstáculo (fio de cabelo). Logo abaixo segue o link
do vídeo de acesso a realização do experimento.
Dica:
Para esse tipo de experimento ter um bom aproveitamento e
necessário um local com pouca luminosidade (sala escura).
https://www.youtube.com/watch?v=HMI779PZ8EU&t=15s
77
Proposta Experimental 4
Comportamento corpuscular da luz, efeito fotovoltaico com um
carrinho elétrico e uma placa solar
Materiais necessários:
Carrinho Elétrico;
Placa Fotovoltaica.
Fotos do Experimento
78
Dicas:
Se sua escola não tem esse kit eletroeletrônico, poderá realizar um
experimento semelhante com calculadoras que contenham
pequenas placas fotovoltaicas;
Poderá usar esse mesmo experimento para trabalhar conceitos
sobre semicondutores;
Pode-se também conduzir uma discussão sobre a importância das
energias renováveis no mundo contemporâneo, como a solar.
https://www.youtube.com/watch?v=kPicTaEY7hU&t=17s
79
Proposta Experimental 5
Medindo a velocidade da luz (Onda Eletromagnética) com um aparelho
de micro-ondas e barra de chocolate
Materiais necessários:
1 Forno de Micro-ondas;
1 Barra de Chocolate;
1 Régua
Fotos do Experimento
80
c = 𝑓. 𝛌
Dica:
Esse experimento serve para chamar a atenção dos alunos, para o fato
de que a Física é também uma ciência da medida, e que não basta
apenas observar os fenômenos - deve-se medi-los de modo a se utilizar
os modelos matemáticos que os descrevem e testar as teorias vigentes.
www.youtube.com/watch?v=EwTISfpVOOw&t=34s
81
Proposta Experimental 6
Determinando a constante de Planck por meios de LED’s
Materiais necessários:
1 Placa Protoboard;
Led Verde;
Led Vermelho;
Bateria de 9 V;
Multímetro;
Potenciômetro 10 K;
2 Jumps;
1 Plug conector de bateria;
2 Pontas de provas.
Fotos do Experimento
82
verdade podemos pensar que o efeito aqui explorado é o inverso do daquela
proposta.
Experimento baseado no Livro Física Moderna e Experimental de
Cavalcante e Tavolaro (2003, p.72), que descreve detalhadamente o
experimento com alguns materiais diferentes.
Para a montagem do experimento colocamos a placa protoboard em
uma superfície plana, conectando-se o potenciômetro na placa e verificando
os polos positivos e negativos os quais devem ficar ligados em paralelo com
a bateria que será conectada à placa através do Plug. Em outros pontos da
placa conectamos os led’s, verificando que os mesmos estejam em paralelo
entre si; agora utilizamos os jumps, conectando-se uma ponta de um dos
jump no polo central do potenciômetro e a outra ponta no positivo dos leds.
O outro jump é conectado no polo negativo do potenciômetro, de modo que
a outra ponta esteja conectada no polo negativo dos led’s. Em seguida,
conecta-se as pontas de provas do multímetro nos polos dos led’s para
obter a medida de tensão necessária para o exato momento em que os led’s
começam a acender. Montado o circuito na placa, deve-se verificar se todos
os pontos estão ligados em paralelo.
83
1º) Adotamos que a frequência de radiação máxima, da luz emitida pelo
led, pode ser descrita em termos do limiar de tensão (valor para o qual o led
começa conduzir corrente). Temos que a energia de um fóton é dada por:
E=ℎ𝑓
eV = ℎ 𝑓
ℎ = 𝒆𝑽 . 𝝀/ 𝑐
http://www.youtube.com/watch?v=iK6uwi7qRm0
84
Proposta Experimental 7
Bola de Plasma
Materiais necessários:
Uma lâmpada incandescente (queimada ou não) de 25 W, 40 W, 60
W,100 W.
Um suporte com bocal para lâmpada.
Fita isolante.
Um suporte de madeira.
Uma chave comutadora.
Fios de cobre encapados.
Uma lâmpada fluorescente.
Um ignitron – acendedor automático de fogão, facilmente
encontrado
em lojas de consertos de fogão e ferros-velhos.
Fotos do Experimento
85
A montagem do experimento baseou-se no trabalho desenvolvido por
Erthal, J. P. C. et al. (2013). Com o título Globo de plasma: uma montagem
simples com amplo potencial para discussões em sala de aula. Maiores
detalhes sobre o experimento consulte o artigo publicado no Caderno
Brasileiro de Ensino de Física, v. 31, n. 3, p. 666-676, dez. 2014. Abaixo
segue a montagem de acordo com os autores.
Para a montagem da base de madeira, precisamos de duas tábuas
cortadas com 12 cm por 24 cm, que servirão de tampos laterais do caixote;
duas tábuas de 12 cm por 21 cm, que servirão de tampos frontal e traseiro
do caixote; uma tábua de 21 cm por 24 cm para tampo superior do caixote;
e uma tábua de 30 cm por 50 cm para servir de base inferior para o aparato.
A espessura das tábuas pode variar de acordo com o material que se tenha
disponível, porém é aconselhável utilizar algo entre 0,5 cm e 2,0 cm para
que o aparato não fique frágil ou robusto em demasia.
No tampo superior do caixote devem ser feitos dois furos, sendo um no
centro e outro próximo a algum dos vértices, para passagem de fiação
elétrica. Na parte inferior dos dois tampos laterais deve-se fazer um sulco,
no qual se encaixará o tampo traseiro, de modo que este possa ser
facilmente removido para demonstrações e reparos. O tampo traseiro
também deve ter um pequeno rebaixo para passagem de fiação.
Após a preparação das madeiras, deve-se proceder à montagem do
caixote sobre a base inferior, podendo ser pregado, parafusado ou colado.
Na sequência deve-se fixar o suporte para lâmpada sobre o caixote.
.
Um dos fios que saem deve ser ligado à lâmpada; o outro servirá como
fio intensificador. Podemos utilizar qualquer uma das lâmpadas citadas
acima, mas se quiser um melhor desempenho utilize uma de 100 W.
86
Podemos utilizar uma lâmpada fluorescente durante o experimento para
mostrar a excitação dos átomos do gás na presença de um campo elétrico.
Na realização da montagem do experimento fizemos pequenas
modificações do projeto inicial; assim, ao invés de uma tomada para a
entrada, utilizamos um plug de tomada, nada que modifique ou atrapalhe o
andamento do experimento. Logo abaixo segue o link do vídeo de acesso
a realização do experimento.
Dica:
Para esse tipo de experimento ter um bom aproveitamento e
necessário um local com pouca luminosidade (sala escura).
www.youtube.com/watch?v=YW1rtlyoNr8&t=31s
87
Proposta Experimental 8
Reação em cadeia utilizando ratoeiras e bolinhas de pula-pula.
Materiais necessários:
25 Ratoeiras;
1 Recipiente de vidro (Altura 50cm x Largura 50cm x
Comprimento 70cm), com tampa.
26 Bolinhas de Pula-Pula.
Fotos do Experimento
88
fissionarão mais núcleos e assim por diante, liberando uma vasta
quantidade de energia em muito pouco tempo.
As ratoeiras são armadas com uma bolinha de pingue-pongue no lugar
do queijo. Quando todas estiverem armadas, joga-se uma bolinha
simulando o nêutron inicial, a reação em cadeia começa e a energia
armazenada nas ratoeiras é liberada. Experimento bem simples que
podemos relacionar ao princípio da fissão nuclear que liberam uma grande
quantidade de energia em um pequeno intervalo de tempo. Para que a
fissão ocorra um nêutron é acelerado contra um átomo de urânio. Quando
o nêutron colide contra o urânio o átomo se quebra em outros dois novos
elementos, o bário e o criptônio, liberando energia e mais nêutrons que, por
sua vez, irão colidir com outros átomos de urânio e dar sequência ao
processo de fissão nuclear.
Logo abaixo segue o link do vídeo de acesso a realização do
experimento.
Dica:
Pode-se fazer o experimento também com poucas ratoeiras, de
modo a se explorar o conceito de massa crítica - aquela
quantidade mínima presente no material físsil necessária para que
a reação em cadeia de fato ocorra, fissionando todos os átomos
presentes na amostra.
http://www.youtube.com/watch?v=TvB5eXfJxFM&t=24s
89
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
90
91