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INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS DE FLUXO

HID 0204 - prof. Sergio da Silva Kucera

1 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS FUNDAMENTAIS

1.1. Rotor – constituído por diversas pás, sua presença caracteriza as máquinas de
fluxo e tem a função de promover a troca de energia entre ela e o fluido;

1.2. Sistema diretor – pode ou não estar presente. Se estiver pode estar antes e/ou
após o rotor, e tem a função de direcionar o fluxo de forma adequada. Pode
também atuar na conversão de pressão estática em dinâmica ou vice-versa.

2 CLASSIFICAÇÕES GERAIS

2.1. Quanto à direção da conversão de energia:


a) geradora – gera fluxo a partir do fornecimento de energia ao fluido;
b) motora – retira energia do fluido, transformando-a em mecânica;
c) reversível – atua tanto como máquina geradora como motora.

2.2. Quanto à trajetória preponderante do fluido ao passar pelo rotor:


a) axial – o fluido atravessa o rotor alinhado ao eixo;
b) radial – o fluido atravessa o rotor no sentido perpendicular ao eixo. Se for do
centro para a periferia, refere-se como máquina centrífuga, se for o contrário,
centrípeta;
c) diagonal, mista ou semiaxial – condição intermediária às anteriores, onde o
fluido passa pelo rotor fazendo um ângulo com o eixo;
d) tangencial – o fluido tem trajetória tangencial ao diâmetro do rotor.

2.3. Quanto às paredes do rotor (apenas para máquinas geradoras radiais)


a) aberto - as pás são unidas ao cubo só por uma parede reduzida. Máquinas
com este tipo de rotor têm baixos rendimento e resistência estrutural e por
isto geralmente tem aplicação em bombas de pequenas dimensões e baixo
custo. Por outro lado este tipo de rotor dificulta a obstrução, mesmo no
bombeamento de líquidos com impurezas;
b) semiaberto - há apenas um disco no qual as pás do rotor são unidas,
proporcionando maior resistência estrutural quanto comparado ao rotor
aberto. Também são utilizados no bombeamento de líquidos com impurezas;
c) fechado – há discos anterior e posterior fechando os canais entre as pás do
rotor. Assim evitam a recirculação do fluido e permitem maior rendimento,
desde que o fluido utilizado seja livre de impurezas. É o tipo mais comum.
rotor aberto rotor semiaberto rotor fechado

Fonte: adaptado de MOTA, R. Bombas. Simões Filho: Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia,
2012

2.4. Quanto à forma dos canais entre as pás do rotor (quanto à variação de
pressão estática do fluido ao passar por ele):
a) de ação ou impulsão – o rotor está aberto ao ambiente onde se encontra (e
portanto à pressão local), e atua como um desviador de jato. A variação da
quantidade de movimento do fluido gera a reação que impulsiona o rotor.
Este conceito só tem aplicação em máquinas motoras;
b) de reação – os canais entre as pás do rotor desviam o fluxo, mas também
fazem com que haja variação da pressão estática do fluido ao passar por ele.

2.5. Quanto ao número de entradas de aspiração (apenas máquinas geradoras):


a) simples – só há aspiração por um dos lados do rotor;
b) dupla – há aspiração em ambos os lados do rotor.

2.6. Quanto ao modo como o rotor é alimentado (apenas máquinas motoras):


a) De alimentação ou injeção total – o fluxo incide sobre toda a área do rotor;
b) De alimentação ou injeção parcial – o fluxo incide de forma localizada
sobre o rotor, em um ou múltiplos locais.

2.7. Quanto ao número de rotores (em paralelo – apenas máquinas geradoras):


a) de rotor simples ou único – há um único rotor;
b) de rotor duplo – o motor aciona dois rotores através do mesmo eixo.

2.8. Quanto ao número de estágios (rotores em série):


a) de simples estágio – quanto a troca de energia ocorre em um único rotor;
b) de n estágios ou multiestágios – quanto a energia total é dividida em vários
rotores (estágios) sucessivos.

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