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APLICAÇÃO DA DRENAGEM LINFATICA EM ESTÉTICA FACIAL

Patrícia Carlino Alves

Orientadora: Profª. Drª. Cristiane Soncino Silva

Pós-Graduação Lato Sensu em Estética

Ribeirão Preto
2018
APLICAÇÃO DA DRENAGEM LINFATICA EM ESTÉTICA FACIAL

Patrícia Carlino Alves


e-mail: paty.carlino@hotmail.com

ORIENTADORA: Profª. Drª. Cristiane Soncino Silva

Trabalho realizado e defendido para


obtenção do título de Pós-Graduação Lato
Sensu em Estética.

Ribeirão Preto
2018
RESUMO

No âmbito estético, é cada vez mais precoce a procura pela melhora da aparência
física, aumentando o desenvolvimento de técnicas e tratamentos estéticos, seja
fisioterapêuticos, invasivos ou cosméticos. É notório que o envelhecimento é um
processo natural e contínuo que afeta a função da pele, e consequentemente, da
aparência, em especial, de partes do corpo mais expostas, como a face. Uma das
principais razões apontadas pelos pesquisadores como responsável pelo processo
de envelhecimento é o desequilíbrio do mecanismo de defesa antioxidante do
organismo humano. Objetivo: Analisar a drenagem linfática em estética facial
mediante levantamento de informações de casos que possibilitem o tratamento
através da aplicação da drenagem linfática na face, e identificar fatores que
contribuam na prevenção e/ou melhora facial, em âmbito estético, com o referido
tratamento. Metodologia: Os estudos foram obtidos a partir de acessos de domínio
público: portal BIREME, incluindo busca nas bases e portais:
LILACS, MEDLINE, SciELO; PubMed; e AskMedline. Publicações citadas como
referências nos artigos selecionados foram incluídas nesta revisão. Conclusão: Em
razão do processo de envelhecimento cutâneo, esteticamente bastante significativo,
associado a um tratamento relaxante, não invasivo e natural, a drenagem linfática
em estética facial demonstra ser uma alternativa eficiente, em especial, se realizado
conjuntamente a cuidados diários básicos com a pele, como higienização e
fotoproteção, e outrossim, a uma boa alimentação, frise-se, essencial ao corpo todo.

Palavras-chave: Drenagem. Sistema linfático. Estética. Envelhecimento da pele.


ABSTRACT

In the aesthetic field, the search for the improvement of the physical appearance,
increasing the development of esthetic techniques and treatments, whether
physiotherapeutic, invasive or cosmetic, is becoming more precocious. It is well
known that aging is a natural and continuous process that affects the function of the
skin, and hence the appearance, in particular, of more exposed body parts, such as
the face. One of the main reasons pointed out by researchers as responsible for the
aging process is the imbalance of the antioxidant defense mechanism of the human
organism. Objective: To analyze lymphatic drainage in facial aesthetics through the
collection of information on cases that allow treatment through the application of
lymphatic drainage on the face, and to identify factors that contribute to facial
prevention and / or improvement, in the aesthetic context, with this treatment.
Methodology: The studies were obtained from accesses of public domain: BIREME
portal, including search in the bases and portals: LILACS, MEDLINE, SciELO;
PubMed; and AskMedline. Publications cited as references in the selected articles
were included in this review. Conclusion: Because of the aesthetically significant
skin aging process associated with a relaxing, non-invasive and natural treatment,
lymphatic drainage in facial aesthetics proves to be an efficient alternative, especially
if carried out in conjunction with basic daily skin care, such as hygiene and
photoprotection, and also to a good diet, frize, essential to the whole body.

Keywords: Drainage. Lymphatic system. Aesthetics. Aging of the skin.


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1. INTRODUÇÃO

O corpo humano é dividido em sistemas com características e funções


definidas e distintas a depender da formação e desenvolvimento específico de cada
um, cuja funcionalidade é possivelmente alterada, seja por fatores fisiológicos – má-
formação, comprometimento do sistema ou agravamento por possíveis males,
envelhecimento, gestação etc – seja por fatores psicológicos, notoriamente
influenciados pela qualidade de vida.
Dentre os principais sistemas, mencionados em razão da abordagem do
tema, temos o circulatório e o linfático. Segundo Guirro (2004), o sistema linfático
consiste de um sistema vascular que se assemelha ao sistema circulatório,
diferenciando-se desse pela ausência de um órgão bombeador central. Existem
recursos manuais na fisioterapia que possibilitam o estímulo ao sistema linfático,
como a Drenagem Linfática Manual (DLM).
A drenagem linfática é uma técnica que teve origem na década de 30,
desenvolvida pelo casal dinamarquês Emil e Estrid Vodder, inicialmente
experimental no tratamento de pacientes acometidos de gripes e sinusites. A partir
desse trabalho outros pesquisadores como Leduc, na Bélgica, desenvolveram a
base científica da técnica e criaram suas próprias linhas de trabalho. No Brasil, a
divulgação do método se deu por uma ex aluna do casal, Waldtraud R. Winter,
porém, somente para fins estéticos – contenção de obesidade e redução de medidas
corporais (WINTER, 1973).
Analisada pela literatura científica por auxiliar na remoção do excesso de
líquido e desintoxicação do tecido intersticial, melhorar a oxigenação e a nutrição
celular (AMARAL, 2004), a drenagem linfática manual é uma técnica de massagem
que trabalha o sistema linfático, frisa-se, desenvolvida inicialmente para massagem
na face, e posteriormente demais partes do corpo, por auxiliar a ativação da
circulação sanguínea, promover o relaxamento dos músculos da face, eliminando as
toxinas causadoras das linhas finas e marcas de expressão, sendo melhor analisado
oportunamente. Outrossim, além de revitalizar a pele do rosto, amenizando inclusive
olheiras, pode ser usada no tratamento de hematomas decorrentes de traumas,
doenças e cirurgias.
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No âmbito estético, é notória a procura, cada vez mais precoce, na melhora


da aparência física, aumentando o desenvolvimento de técnicas e tratamentos
estéticos, seja fisioterapêuticos, invasivos ou cosméticos. De mesma forma, é sabido
que o envelhecimento é um processo natural e contínuo que afeta a função da pele,
e consequentemente, da aparência, em especial, de partes do corpo mais expostas,
como a face. Neste processo, ocorre a modificação do material genético e a
proliferação celular diminui, resultando em perda da elasticidade, diminuição do
metabolismo e da replicação dos tecidos. Uma das principais razões apontadas
pelos pesquisadores como responsável pelo processo de envelhecimento é o
desequilíbrio do mecanismo de defesa antioxidante do organismo humano
(SHENEIDER, 2009).
Assim, resta evidente que a preocupação maior se dá na aparência da face
e portanto, a concentração de recursos ou tratamentos estéticos são intensificados
quando o assunto é envelhecimento cutâneo.
De fato, o envelhecimento não pode ser avaliado por rugas exclusivamente.
No entanto, não devem ser desprezadas, pois demonstram o início do processo.
Além deste fator podemos observar também a perda do viço e alteração da
tonalidade da pele, diminuição da elasticidade devido à redução do número de fibras
elásticas e de outros componentes do tecido conjuntivo (MONTEIRO, 2010).
Diante disso, a drenagem linfática manual na face tem demonstrado
satisfação além do aspecto estético, podendo ser utilizada também com objetivos
preventivos, terapêuticos e pós-operatórios, em razão de seus benefícios, tais como:
oxigenação dos tecidos, eliminação do excesso de líquidos, agindo também na
tonificação da pele e consequente retardamento do envelhecimento, bem como ativa
a circulação sanguínea ampliando a vascularização da região aplicada.
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2. DEFINIÇÃO E FORMALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS

Analisar a drenagem linfática em estética facial, cujos objetivos específicos


são: levantar informações de casos que possibilitem o tratamento através da
aplicação da drenagem linfática na face; identificar fatores que contribuem na
prevenção e/ou melhora facial, em âmbito estético, com o referido tratamento; e
descrever aspectos práticos, na realização da aplicação.
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3. METODOLOGIA

Os estudos foram obtidos a partir de acessos de domínio público: portal


BIREME (Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da
Saúde), que incluiu busca nas bases e portais da Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), National Library of Medicine/NLM
(MEDLINE), The Cochrane Librarye Scientific Eletronic Library
Online(SciELO); National Library of Medicine/ NLM (PubMed); e AskMedline. Foram
utilizados como descritores: drenagem, sistema linfático, estética e envelhecimento
da pele, sendo inclusos nos critérios de busca artigos publicados em português.
Como complemento de pesquisa foram utilizados revistas científicas especializadas
e livros relacionados ao tema. Publicações citadas como referências nos artigos
selecionados foram incluídas nesta revisão.
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4. DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÃO

4.1. Caracterização geral da drenagem linfática


A drenagem linfática, creditada como uma terapia complementar devido aos
seus benefícios e resultados, é uma técnica que teve origem na década de 30, como
anteriormente mencionado, desenvolvida pelo casal dinamarquês Emil e Estrid
Vodder, inicialmente experimental no tratamento de pacientes acometidos de gripes
e sinusites, na manipulação de seus gânglios linfáticos do pescoço através de
movimentos suaves e rotativos, cujos trabalhos práticos forneceram a prova da
viabilidade do método (WINTER, 1973). Repete-se, que a partir deste trabalho
outros pesquisadores como Leduc, na Bélgica, desenvolveram a base científica da
técnica e criaram suas próprias linhas de trabalho.
Assim, a drenagem linfática está representada basicamente pelas técnicas
de Vodder e Leduc, que se diferenciam no tipo de movimento utilizado – Vodder,
movimentos circulares, rotatórios e de bombeio; e Leduc, movimentos mais restritos.
Porém, ambas estão associadas a três categorias de manobras: captação,
reabsorção e evacuação da linfa, e todas realizadas com pressões suaves, lentas,
intermitentes e relaxantes (GUIRRO, 2004).
A drenagem linfática é uma técnica que drena os líquidos excedentes que
banham as células, mantendo assim, o equilíbrio hídrico dos espaços
intersticiais, sendo responsável também pela evacuação dos dejetos
provenientes do metabolismo, melhorando assim, a oxigenação e a nutrição
celular (LEDUC, 2000).

De acordo com Guirro (2004), o sistema linfático se assemelha ao


sanguíneo, porém, existem diferenças entre esses dois sistemas, como ausência de
um órgão bombeador no sistema linfático, além deste ser microvasculotissular. As
artérias e veias do sistema de vasos sanguíneos formam uma circulação completa
ou fechada, que é impulsionada pelo coração, diversamente do sistema de vasos
linfáticos que forma apenas uma meia circulação e se inicia cegamente no tecido
conjuntivo, desembocando pouco antes do coração, nas veias.
Vale dizer que o sistema linfático representa uma via auxiliar de drenagem
do sistema venoso e que os líquidos provenientes do interstício são devolvidos ao
sangue através da circulação linfática, a qual está intimamente ligada à circulação
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sanguínea e aos líquidos teciduais (RIBEIRO, 2004; GARRIDO, 2000). A linfa


representa um tecido imunológico circulante que conduz uma grande quantidade de
leucócitos, predominando quase que exclusivamente os linfócitos, desempenhando
um importante papel no transporte de substâncias no organismo, assim como,
ajudando a eliminar o excesso de líquido e produtos que deixaram a corrente
sanguínea, tendo ação imunológica, sendo rica em anticorpos (RIBEIRO, 2004).
Sobre este assunto, Leduc e Leduc (2007) reiteram que a linfa é reabsorvida
por vasos linfáticos distribuídos em todo o corpo e denominados capilares linfáticos
ou vasos linfáticos iniciais. Esses, então, desembocam em vasos que transportam a
linfa e são denominados pré-coletores ou pós-capilares, que, por sua vez,
desembocam nos coletores. Os coletores transportam a linfa em direção às cadeias
ganglionares. O gânglio, assim, é formado por uma cápsula conjuntiva periférica que
se adere ao tecido adiposo. Quanto aos tecidos do corpo, pode-se afirmar que
quase todos eles têm canais linfáticos que drenam o excesso de líquido diretamente
dos espaços intersticiais. As exceções incluem as porções superficiais da pele, o
sistema nervoso central, o endomísio dos músculos e os ossos. Então, isso permite
afirmar que o sistema linfático pode transportar proteínas e material particulado
grande para fora dos espaços teciduais, função que os capilares sanguíneos não
teriam capacidade de realizar.
Assim, o sistema linfático possui várias funções importantes, como:
destruição de bactérias e substâncias estranhas, que são removidas da linfa,
mediante respostas imunes específicas à presença destas, com a produção de
anticorpos que as destroem.
Portanto, o sistema linfático, anteriormente considerado apenas um sistema
paralelo ao sistema circulatório sanguíneo, passou a ser valorizado e reconhecido
como auxiliar do sistema sanguíneo e imunológico.

4.2. Drenagem linfática aplicada à estética facial


Esteticamente, o processo de envelhecimento cutâneo é bastante
significativo. As agressões externas danificam o manto hidrolipídico e o fator natural
de hidratação da pele e deixando por consequência a pele desprotegida,
acelerando o processo de envelhecimento, causando perda e reposicionamento da
gordura facial, e gerando o aparecimento de rugas (MONTEIRO, 2010).
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Ainda segundo o autor, podemos observar também algumas outras


alterações morfológicas no processo de senescência, tais como: a diminuição da
substância fundamental (proteínas); o engrossamento das fibras colágenas e uma
alteração nas fibras elásticas; a atrofia do tecido adiposo cutâneo; a atrofia
muscular; a diminuição das glândulas sebáceas em número e função; a camada
córnea fica mais permeável; e a atrofia dos melanócitos. Ademais, Monteiro (2010)
afirma que o rejuvenescimento facial mudou do simples apagamento de rugas e
estiramento cirúrgico para um enfoque em que se faz o relaxamento muscular facial.

4.2.1. Aspectos práticos da drenagem linfática facial


Para fazer a drenagem linfática facial, segundo Pinheiro (2015), deve-se
seguir um passo a passo que se inicia próximo à clavícula, subindo pouco a pouco
pelo pescoço, ao redor da boca, bochechas, canto dos olhos e finalmente, na testa,
para que as toxinas acumuladas em toda a face possam realmente ser eliminadas
através do sistema linfático.
Importante ressaltar que a drenagem linfática manual do pescoço antecede
a drenagem da cabeça e da face, pois essas se localizam em posição distal em
relação ao pescoço sobre as vias de evacuação da linfa (LEDUC e LEDUC, 2007).
Frisa Pinheiro (2015) que essa massagem é muito indicada para melhorar a
aparência da pele, deixando-a mais limpa e luminosa, bem como para eliminar o
inchaço do rosto após a depilação, para aliviar a dor e o incômodo após uma
consulta com o dentista e, especialmente, após a cirurgia plástica nas orelhas, boca,
olhos ou nariz, vez que atua na diminuição de hematomas, edemas e das bolsas
embaixo dos olhos que costumam ficar inchadas após a cirurgia, diminuindo o tempo
de recuperação e melhorando também o bem-estar do paciente.
A referida fisioterapeuta orienta que o profissional fique sentado de frente
para o espelho e posicione os cotovelos em uma mesinha, de modo a facilitar os
movimentos com as mãos. Abaixo, segue descrição do passo a passo para a
drenagem linfática facial:

1. Fazer movimentos circulares na região em cima das clavículas, lentos e


constantes, de 6 a 10 vezes, para estimular o ângulo venoso, que é responsável
por redirecionar a linfa – líquido do sistema linfático, para a corrente sanguínea,
próximo do coração.
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Foto 1: Movimentos na região acima das clavículas


Fonte: PINHEIRO, M. Drenagem linfática no rosto – Passo a passo. 2015. Disponível em:
<https://www.tuasaude.com>. Acesso em: 16 fevereiro 2018.

2. A seguir, deve-se estimular a região lateral do pescoço, com movimentos


circulares, que se iniciam na parte mais próxima do pescoço até a mandíbula,
como se estivesse “empurrando” a linfa do pescoço para a clavícula.

Figura 1: Estimulação do pescoço


Fonte: PINHEIRO, M. Drenagem linfática no rosto – Passo a passo. 2015. Disponível em:
<https://www.tuasaude.com>. Acesso em: 16 fevereiro 2018.

3. Após, segue a drenagem linfática na região do queixo e boca, da seguinte


maneira:
a) colocar as pontas dos dedos na parte central do queixo com movimentos de
meio-círculos de 6 a 10 vezes;
b) colocar as pontas dos dedos entre o lábio inferior, deslizando os dedos até a
base do queixo;
c) com movimentos circulares que se iniciam no canto da boca, levar a linfa até
o centro do queixo; e
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d) posicionar os dedos entre a base do nariz e o lábio superior, e com


movimentos circulares, direcionar a linfa para o centro do queixo,
contornando a boca.

4. Em seguida, a drenagem linfática na região das bochechas e nariz:


a) posicionar os dedos próximo das orelhas e, com movimentos circulares,
pressionar esta região de 6 a 10 vezes, suavemente;
b) posicionar as pontas dos dedos na parte lateral do nariz, e com movimentos
em forma de espiral, direcionar a linfa para o canto das orelhas; e
c) posicionar as pontas dos dedos no canto interno dos olhos e, com
movimentos circulares, deslizar até a proximidade das orelhas.

Figura 2: Drenagem das bochechas


Fonte: PINHEIRO, M. Drenagem linfática no rosto – Passo a passo. 2015. Disponível em:
<https://www.tuasaude.com>. Acesso em: 16 fevereiro 2018.

5. Depois, é feita a drenagem linfática na região dos olhos e testa, conforme segue:
a) posicionar os dedos na região lateral do rosto e, em círculos, deslizar do
canto externo do olho até a parte de trás das orelhas;
b) posicionar as pontas dos dedos no canto interno dos olhos, na parte superior
da pálpebra e, com movimentos circulares, direcionar a linfa para a
proximidade das orelhas; e
c) estimular novamente a proximidade das orelhas (gânglios auriculares) e a
parte superior das clavículas (ângulo venoso).

6. Posteriormente, a drenagem linfática na região da testa, posicionando as pontas


dos dedos no centro, próximo às sobrancelhas e, com movimentos em espiral,
direcionar a linfa para a proximidade das orelhas.
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Figura 3: Drenagem na testa


Fonte: PINHEIRO, M. Drenagem linfática no rosto – Passo a passo. 2015. Disponível em:
<https://www.tuasaude.com>. Acesso em: 16 fevereiro 2018.

7. Para finalizar, estimular novamente a parte próxima das orelhas, do pescoço e a


parte superior das clavículas.

Cumpre salientar que, além dos demais benefícios da drenagem linfática


facial, mencionados anteriormente nas situações de inchaço, é muito indicada a
massagem comumente nos seguintes casos: durante o período menstrual, após
tratamento dental, quando se toma medicamentos como cortisona ou pílula
anticoncepcional, em caso de retenção de líquidos, lesões ou traumas no rosto e
consumo excessivo de sal. Ainda, o rosto também pode ficar inchado, mais sensível
e avermelhado, após a depilação no buço ou sobrancelha, e esta massagem ajuda a
diminuir estes efeitos.
Ademais, a drenagem linfática facial também traz benéficos para pacientes
adolescentes com problemas de acne, pois promove a diminuição e o controle das
espinhas, mantendo a aparência de uma pele limpa e jovem por mais tempo.
A drenagem linfática manual é uma alternativa relevante e eficiente, pois,
uma vez que drena os líquidos excedentes que banham as células, mantém o
equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Ela é também responsável pela
evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular, através da captação
realizada pela rede de capilares linfáticos, ou seja, quanto maior a pressão tissular
maior é a receptação pelos capilares linfáticos, e a evacuação, longe da região
infiltrada, transporta a linfa dos vasos pré-coletores em direção aos coletores. Estes
dois processos devem naturalmente ser facilitados por técnicas adequadas de
drenagem linfática manual (LEDUC e LEDUC, 2007), o que reitera a importância da
técnica.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em razão do processo de envelhecimento cutâneo, esteticamente bastante


significativo, associado a um tratamento relaxante, não invasivo e natural, a
drenagem linfática em estética facial demonstra ser uma alternativa eficiente, em
especial, se realizado conjuntamente a cuidados diários básicos com a pele, como
higienização e fotoproteção, e a uma boa alimentação, essa essencial ao corpo
todo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, G.M.G.; SATO, G. A.; SIMÕES, N. P. Drenagem linfática: uma revisão


bibliográfica. IBRATE –Instituto Brasileiro de Therapias e Ensino. 2004.

GARRIDO, M. Sistema linfático: Embriologia e Anatomia. 2 ed. Rio de Janeiro:


Editora Revinter, 2000.

GUIRRO, E.C.O.; GUIRRO, R.R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos,


recursos e patologias. 3 ed. São Paulo: Manole, 2002.

LEDUC, A,; LEDUC, O. Drenagem linfática: teoria e prática. 3 ed. Barueri: Editora
Manole, 2007.

PINHEIRO, M. Drenagem linfática no rosto – Passo a passo. 2015. Disponível em:


<https://www.tuasaude.com/como-fazer-drenagem-linfatica-no-rosto/>. Acesso
em: 16 fev. 2018.

RIBEIRO, D.R. Drenagem linfática manual da face. 6 ed. São Paulo: Editora
Senac, 2004.

SHENEIDER, A.P. Nutrição Estética. São Paulo: Atheneu, 2009.

WINTER, W.R. Drenagem Linfática Manual. Rio de Janeiro: Editora Vida Estética,
1973.

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