Em 1839, morreu o pai de Dostoiévski. As causas são controvertidas, e uma das versões é que
o pai – que tinha fama de avaro e de violento – foi assassinado pelos servos enfurecidos com
os maus tratos. Dostoiévski culpou-se durante toda a vida pelo fato de, em várias ocasiões, ter
desejado a morte do pai. Essa questão da culpa, que acabou transparecendo em sua obra, foi
estudada por Sigmund Freud no famoso artigo "Dostoiévski e o parricídio", de 1928.