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°), 655-671
3
Embora viabilizada pela redução da factura petrolífera e pela desinflação nos nossos prin-
cipais parceiros comerciais, a desinflação portuguesa só foi possível, com o ritmo e amplitude
656 que atingiu, em função de uma clara reorientação da política económica, onde o objectivo redução
A economia portuguesa depois da adesão às Comunidades
da inflação se tornou prioritário, e de uma evolução positiva da concertação social, que, com
a alteração de comportamentos sindicais, permitiu quebrar uma boa parte da «inflação de inér-
cia» (transmissão para o futuro de tensões e expectativas inflacionistas do passado). (JJ7
Augusto Mateus
A) Taxa de inflação
Portugal 11,7 9,4 9,7 12,6 13,4 11,4
Comunidade Europeia 3,2 3,4 3,6 5,1 5,7 5,0
Diferencial (Portugal/CEE) . 3,66 2,76 2,69 2,47 2,35 2,28
Taxa
B) Critérios de convergência da UEM (1991) Défice Dívida
de juro
Como se pode verificar, Portugal, tal como muitas outras economias euro-
peias, ainda não respeita os chamados «critérios de convergência» defini-
dos para a entrada na 3. a fase da UEM.
Ao contrário dos casos em que os problemas se situam especificamente
no terreno do controle do défice orçamental e do nível de endividamento
(Itália, Bélgica, Holanda e Irlanda), ou se apresentam com forte intensidade
em todos os domínios (Grécia), o caso português parece mostrar que as suas
limitações se situam principalmente no terreno da inflação e da taxa nomi-
nal de juro.
Com efeito, apesar de a redução do diferencial face à média comunitária
ter sido sistemática desde 1985, a sua lentidão e modéstia revela uma nítida
resistência da inflação para se situar com clareza em valores bem abaixo
658 dos lO %.
A economia portuguesa depois da adesão às Comunidades
Paridade de poder
Taxa de câmbio de compra
1990 1990
Fonte: OCDE.
Portugal (1986-1991)
Quadro macroeconómico global
Taxa média de
crescimento anual
(em percentagem)
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
Portugal (1986-1991)
Investimento directo estrangeiro (milhões de dólares)
0.9-
0.8- X/(VBP+M-X)
0.7-
0.6-
0.5-
0.3
0.2-
0.1
[GRÁFICO N.° 3]
Penetração das importações no mercado interno
1980 1986
[GRÁFICO N.° 4]
Balança comercial: sectores com saldo positivo 10 A 6 contos
400 X-M
200
tdi pf\
-200
INDUSTRIA \
-400
-600
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990
[GRÁFICO N.° 5]
Balança comercial: sectores com saldo negativo 10 A 6 contos
200-r
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990
4
Portugal: X/M 80 =0,8, X/M 90 =0,8, e X/VBP 80 =0,22, X/VBP 90 =0,39.
666 CEE: X/M8O = 1,5, X/M 89 = l,2, e X/VBP 80 =0,16, X/VBP 89 =0,15.
A economia portuguesa depois da adesão às Comunidades
[GRÁFICO N.° 6]
Abertura e especialização
FLORESTA
1980
5-
4-
TÊXTIL
•
3-
0
AUMENTARMAt , C 0 N S T R U C
1-
INDUSTRI/
MAT.TÍÍANS
QUÍMICA I^ETALURGI/
0-
0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
[ X/VBP
[GRÁFICO N.° 7]
Abertura e especialização
b-
1990
5-
4-
3- FLORESTA
•
TEg-.L
MAT. CONSTRUÇÃO
2- n
1- INDUSTRIA
ALIMENTAR
MAT.TRANSPORTE ^T.ELECTR.CO
° QUIM( CA METALURGIA
MECÂNICAS •
3
° d
0-
0.6
X/VBP
667
Augusto Mateus
3.5-
MAT.CONSTRUCAO
1980
MECANIIIC^S
3- a METALURGIA
a
2.5-
QUÍMICA
a
MAT.TRA JSPORTE
INDlUSTRIA
1.5-
AUMENTAR MAT.ELECTRICP
n •_
TDT1L
0.5- FLORESTA
a
0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
[ X/VBP ]
[GRÁFICO N.° 9]
Abertura e especialização
4-r
MAT.CONSTRiJCAO
3.5- 1989
3-
2.5-
METALURGIA MpCANICA:
• LJ
QUÍMICA
MA
•
1.5- T.TRANSPORTE
AUMENTAR NDU^TRIA
n
MAT.ELECTRI CO
•
0.5-
FLORESTA
a
0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
668 [X/VBP ]
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