Arquidiocese de

São Sebastião
do Rio de Janeiro
Ministério Atos de Comunicação
Boletim Informativo Católico l Ano VII Nº 59 l maio/junho 2019

Apologética
É correto pedir a intercessão dos santos?
Pág. 7

Reflexão Pág. 7

Catequese do Papa
“Das Chagas de Jesus Brota a Misericórdia”
Pág. 4

A M E D I DA Igreja Doméstica
Saúde emocional

DO AMOR
Pág. 6

Caderno Infantil
Chiquinho Pág. 8
Pág. 3
2 | BOAS NOVAS maio | junho 2019

EDITORIAL

Vinde, Espírito Santo!

"De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
Apareceu-lhes, então, uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos
cheios do Espírito Santo.” (At 2, 2-4a)
Com o Espírito Santo o Senhor nos fez família. Temos o Espírito de Cristo e formamos com Ele um só corpo. O Espírito
Santo funda a Igreja e nos torna um com o Senhor. Peça o Dom do Espírito Santo. Ele é o coroamento da Páscoa de nosso
Senhor. É a vida do Ressuscitado que nos invade e nos impulsiona para a missão.
Pentecostes é o mover de Deus em nós. A iniciativa é de Deus. Veja que estando reunidos, sem que esperassem, ouviram um
ruído do céu e um vento intenso tomou conta do lugar. Deus inclina-se para nos elevar. É o Senhor o impulsionador da
missão. Precisamos de barco forte e velas grandes para que o vento impetuoso do Espírito nos leve a águas mais profundas.
Lembre-se: o vento que nos lança para frente é a força de Deus, mas somos nós que devemos erguer as velas para que o
Espírito mova o barco mais além. Há pessoas que constroem velas pequenas e barcos acanhados. Assim, não aproveitam
nada do sopro de Deus. Movem-se lentamente, pois construíram velas muito encurtadas e barco fraco e apequenado.
Precisamos levantar grandes embarcações, com velas poderosas para que a generosidade do mover do Espírito nos
impulsione mar adentro. Quem mais der para Deus, mais terá de Deus.
Não tenha medo! Depois que todos ficaram repletos do Espírito Santo, saíram e anunciaram Jesus Cristo, vivo e ressuscitado. Hoje, o Senhor nos convida a reviver
Pentecostes todos os dias. Deixe que o fogo do Espírito transforme você. Peça o Espírito Santo. Deixe-se levar por esse vento impetuoso. Somos família de Deus. Nosso Pai
cuida de nós e nos estimula a sermos corajosos e destemidos. O Espírito Santo é nossa força. Creia: Deus quer encher você do Espírito de Cristo para incendiar o mundo.
Deixe-se mover. Não se canse de pedir: Vinde, Espírito Santo!!!
Diác. Luciano Rocha

EXPEDIENTE
O Jornal Boas Novas é um boletim informativo,
cuja publicação é de responsabilidade do
Ministério Atos de Comunicação. Uma associação
católica que tem como objetivo a evangelização
através dos meios de comunicação.
Equipe:
Redatores: Antônio Machado, Célia Regina
Fernandes, Fernanda de Oliveira, Luciano
Rocha, Nilza Rodrigues, Sonia Oliveira,
Veronica Tapajós, Yolanda Abreu
Revisoras: Lúcia Cunha, Rochelle Lassarot
Diagramadora: Fernanda de Oliveira
Arte Caderno infantil (Chiquinho): Ana Paula
Lima
Jornalista Responsável: Sonia Oliveira 16311-RJ
Fotos e Ilustrações: arquivo e internet
Tiragem: 2 mil exemplares
Circulação: Paróquias e comercio que integram
a região da Zona Norte do Rio de Janeiro
Distribuição Gratuita
E-mail: bnboasnovas@gmail.com

Informações das Paróquias

E-mail: nsconceicaoesaojose@veloxmail.com.

A P R O PA G A N D A É A A L M A D O N E G Ó C I O
maio|junho 2019
CAPA
Conhecer a vida dos santos é mergulhar
profundamente no mistério de amor
que une o coração humano ao coração
divino. O se doar não é uma opção de
vida, mas um chamado à vida de
santidade, na qual todos são convidados
a se configurar com o Cristo.
"...o Filho do Homem veio, não para ser
servido, mas para servir e dar sua vida
em resgate por uma multidão”. (Mt
20,28) Vejam, Jesus não aponta a
quantidade de pessoas que serão
beneficiadas com o seu sacrifício de
Redenção, mas diz: “em resgate por uma
multidão”. Ele somente se entrega e nos
ensina a praticar o mesmo gesto quando
no Sermão da Montanha declara as Bem-
Aventuranças: “Bem-Aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia.” (Mt 5, 1-12).
O despojar-se do seu “eu” para viver à
A medida do Amor
semelhança de Cristo não é uma tarefa
fácil, entretanto deve ser a característica
da vida de todo cristão. São Paulo
afirma: "Na realidade, pela fé eu morri
para a Lei, a fim de viver para Deus.
Estou pregado à cruz de Cristo. Eu vivo,
mas já não sou eu; é Cristo que vive em
mim. A minha vida presente, na carne,
eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me
amou e se entregou por mim." (Gl 2, 19-
20) O Apóstolo Paulo recebeu a missão
de sair pelo mundo e pregar o
Evangelho, de fazer conhecido àquele
que se despojou de sua Realeza divina
para ensinar que devemos amar uns aos
outros com um amor fraternal.
São Francisco de Assis entendeu a que
foi chamado e se despojou de seu eu
p a r a s e r v i r. D a v a e s m o l a s a o s
necessitados, mas isso não era
suficiente; ele queria passar pela própria
experiência existencial daquelas
BOAS NOVAS | 3
pessoas. Foi quando, ao se deparar com Hoje também nós somos chamados a
uma “multidão de mendigos a pedir viver esse amor de Cristo, um amor
esmola... pousou seus olhos de caridoso que se doa, se entrega não em
misericórdia no mais esfarrapado deles. partes mas por inteiro.
Chamou-o ... e em tom de súplica
"Mesmo que eu tivesse o dom da
propôs que trocassem de roupa, porque
o rapaz elegante queria experimentar o profecia, e conhecesse todos os
papel de mendigo...” (O Irmão de Assis, mistérios e toda a ciência; mesmo que
tivesse toda a fé, a ponto de transportar
Inácio Larrañaga). Ao olhar a miséria
montanhas, se não tiver caridade, não
daquelas pobres criaturas, São Francisco
projetava a imagem de Jesus naqueles sou nada." (I Cor 13, 2)
“farrapos humanos”. “Este é o meu
Que sentimento tem movido seu
mandamento: amai-vos uns aos outros, coração?
como eu vos amo.” ( Jo 15, 12)
Era o amor que movia o coração do
irmão de Assis. Um amor
misericordioso. Embora enfrentando
grandes obstáculos, não desistiu, levou
até o fim o propósito de Deus para sua
vida. Tamanho amor, tamanha entrega
que, configurado ao próprio Cristo,
recebeu os estigmas. Sonia Oliveira
4 | BOAS NOVAS

CATEQUESE DO PAPA DOGMAS DA IGREJA CATÓLICA

“Das Chagas de Jesus Brota a
Misericórdia”
Tocar as chagas de Jesus em nossos irmãos sofredores.
Este foi o convite do Papa Francisco aos inúmeros fiéis
reunidos na Praça São Pedro no segundo domingo da
Páscoa - o domingo da Divina Misericórdia. Nesse dia,
somos chamados a nos aproximar de Cristo com fé,
abrindo nossos corações à paz, à alegria e à missão que
brotam das chagas de Jesus.
A reflexão do pontífice foi inspirada na passagem do
Evangelho de São João ( Jo 20, 19-31), que narra a
incredulidade de Tomé após a aparição de Jesus aos
discípulos. As chagas de Jesus são marcas visíveis do
amor profundo e da misericórdia de Deus conosco.
Assim como os discípulos, desorientados e com medo
após a morte de seu Mestre, também nós e nossos
irmãos muitas vezes nos encontramos perdidos diante
de nossos problemas e dificuldades, doenças e
sofrimentos. É nesse momento que recebemos a paz do
Senhor, que nos encoraja a seguir em frente, pois
sabemos que Jesus intercede por nós.
A misericórdia de Deus, concretizada nas chagas de Seu
Filho, é fonte também de alegria e missão. XXIII - Artigo 9.º: Creio “na santa Igreja Católica, na
Alegria de encontrar Cristo resuscitado, de saber que comunhão dos santos”
Seu amor é tão grande que se entregou na cruz para nos
livrar do pecado, de sentir que Ele está sempre ao nosso
lado, nos fortalecendo a cada dificuldade vencida.
Por fim, Jesus também nos envia à missão de anunciar a
misericórdia de Deus a todos os que n'Ele creem e
apresentá-Lo àqueles que O desconhecem.
“Mas não esqueçamos as chagas de Jesus, que dali
brotam a paz, a alegria e a força para a missão.”
Fonte:www.arqrio/formacao/detalhes/2574/meu-senhor-e-meu-deus e
www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-04/papa-francisco-regina-coeli
Nilza Rodrigues
Essas duas realidades estão juntas no nono artigo do
Credo, porque, na verdade, uma é a explicação da
outra. A Comunhão dos Santos é precisamente a
Igreja. A comunhão das Igrejas triunfante (que está no
céu), padecente (purgatório) e militante (aqui na
terra) forma um único corpo místico em que Cristo é a
cabeça. Assim, como a Igreja é governada por um
mesmo Espírito, todos os bens provenientes de Cristo
são comunicados a todos os membros da Igreja que, se
estão em comunhão com Ele, estão em comunhão
entre si. Da mesma forma, os méritos de cada fiel, que
já esteve ou que está aqui na terra, é comunicado a
todo o “Corpo”.
Esse termo “comunhão dos santos” nos traz duas
realidades bem próximas: comunhão nas coisas santas
e comunhão entre as pessoas santas. Logo, ao
participarmos da Eucaristia, sendo “um” com o
próprio Cristo, estamos em comunhão com todos os
santos do céu e com todos os que estão, aqui na terra,
sintonizados com Deus. O sangue de todos os mártires,
o fruto de todos os sacramentos, a prática da caridade,
as orações de interseção de uns pelos outros
fortalecem sobremaneira a Comunhão dos Santos. O
que nos afasta da Comunhão dos Santos,
enfraquecendo toda a Igreja, é o pecado.
Antonio Machado

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Primeira Parte - A Profissão de Fé
Segunda Seção - A Profissão da Fé Cristã
Capítulo III - Creio no Espírito Santo
Artigo 9 - Creio na Santa Igreja Católica
Parágrafo 3 - A Igreja é Una, Santa, Católica
e Apostólica
III. A Igreja é católica - continuação
A Igreja e os não cristãos
A relação da Igreja com o Povo Hebreu. Os que ainda
não receberam o santo Evangelho também se ordenam,
por diversos modos, ao Povo de Deus. O povo hebreu
da Antiga Aliança teve a revelação de Deus que lhe deu a
Lei, o culto e fez grandes promessas aos patriarcas, dos
quais Cristo descendeu segundo a carne (839).
Tanto o povo de Deus da Antiga quanto o da Nova há de bom e de verdadeiro nas outras religiões como
Aliança esperam o mesmo acontecimento no final dos uma preparação dada por Deus para que um dia,
tempos: a vinda do Messias, para os hebreus, e a volta do finalmente, tenhamos “um só rebanho e um só pastor”
Messias, o Filho de Deus morto e ressuscitado, para os ( Jo 10,16) (843).
cristãos. Eles, porém, esperam no desconhecimento de Muitas vezes, os homens, na sua religiosidade, foram
Jesus como Filho único do Deus vivo (840). enganados pelo maligno e trocaram a verdade de Deus
As relações da Igreja com os muçulmanos. Mas na pela mentira, servindo mais à criatura que ao Criador;
economia da salvação estão também aqueles que ou então vivendo neste mundo simplesmente sem
professam a fé de Abraão e adoram, como nós, o Deus Deus. Esses erros desfiguram neles a imagem de Deus e
único e misericordioso que julgará a todos no último os expõem ao extremo desespero (844).
dia (841). Com a inserção do pecado no mundo, os homens se
O vínculo da Igreja com as religiões não cristãs. dispersaram e se afastaram do Deus único e verdadeiro.
Primordialmente é a crença na origem - que foi Deus Deus, que preparou cuidadosamente o povo da Antiga
quem criou todos os homens - e no fim comum de todo Aliança, quis então congregar toda a humanidade na
o gênero humano, que é Deus, que na Sua bondade Igreja de Seu Filho, Jesus Cristo. – “Ide por todo o
quer a salvação de todos os homens (842). mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc
A Igreja reconhece que as outras religiões buscam, 16,15). A Igreja de Jesus, segundo a vontade de Deus, é
ainda que nas sombras, um Deus desconhecido, mas o lugar onde toda a humanidade deve encontrar a
próximo, que mantém a todos vivos e que quer a unidade e a salvação. Ela é, segundo Santo Agostinho,
salvação de todos. Assim, a Igreja considera tudo o que “o mundo reconciliado” (845).
Antonio Machado
maio|junho 2019
DEVOÇÃO
Pentecostes
Pentecostes é uma das festas bíblicas do
Antigo Testamento. Shavuôt, que significa
“semanas” em hebraico, ou “pentecostes”,
em grego, também recebe o nome de Festa
da Colheita ou Sega (cf. Ex 23,14-16); Festa
das Semanas, devido à duração de sete
semanas, celebrada cinquenta dias depois
da Páscoa com a colheita da cevada e do
trigo (cf. Dt 34,22; Nm 28,26; Dt 16,10); e
ainda Dia das Primícias dos Frutos (cf. Nm
28,26). Era uma festa alegre e solene (cf. Dt
16,11) dedicada exclusivamente a Javé (Dt
16,10), por repartir com eles seus dons.
Para nós, cristãos, Pentecostes é a festa do
derramamento do grande Dom de Deus: o
Espírito Santo.
Pentecostes está no livro dos Atos dos
Apóstolos (2, 1-13). Os discípulos,
juntamente com Maria, mãe de Jesus,
estavam reunidos para a celebração do
Pentecostes judaico. Durante a celebração,
ouviu-se um ruído, “como se soprasse um
vento impetuoso”, e “Línguas de fogo”
pousaram sobre os apóstolos. Repletos do
Espírito Santo, começaram a falar línguas
estranhas, e grande foi a alegria em ver o
mover de Deus e o cumprimento da
promessa de Jesus: “E eu rogarei ao Pai, e
Ele vos dará outro Paráclito, para que fique
eternamente convosco. É o Espírito da
Verdade, que o mundo não pode
receber, porque não o vê nem o
conhece, mas vós o conhecereis,
porque permanecerá convosco e
estará em vós” ( Jo 14, 16-17).
Pentecostes é o desfecho da Páscoa
de Cristo. Nele, Jesus manifesta aos
discípulos a riqueza da vida nova do
Ressuscitado. A Igreja, assim, é
portadora do Espírito de Cristo e
continuadora de Sua missão no
mundo.
Os sinais externos (ruídos vindos do
céu, vento forte e chamas de fogo)
descritos no livro dos Atos dos
Apóstolos são a confirmação de que o
céu desceu sobre eles e de que o
Espírito Santo foi derramado.
Pentecostes é, pois, o nascimento da
Igreja. Peçamos todos os dias o
Espírito Santo. Ele é nosso
consolador, nossa fortaleza e auxílio.
Sem o Espírito Santo somos como
que árvores secas. Ele é a vida de
Deus movendo-se em nós. Peça com
fé: “Vinde Espírito Santo. Enche
minha vida com tua força. Por muito
tempo andei sozinho e não aguento.
Preciso do seu fogo que tudo
transforma. Move-te em mim e enche-
me da tua vida para que eu possa
renascer segundo a vontade de Deus.
Amém!”.
Diác. Luciano Rocha
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
Santo Antônio
“Quem está repleto do Espírito Santo
fala várias línguas. As várias línguas são
os vários testemunhos sobre Cristo, a
saber: a humildade, a pobreza, a
paciência e a obediência. Falamos estas
línguas quando os outros as veem em
nós mesmos. A palavra é viva quando
são as obras que falam. Cessem,
portanto, os discursos e falem as obras.
Estamos saturados de palavras, mas
vazios de obras. Por esse motivo o
Senhor nos amaldiçoa, como
amaldiçoou a figueira em que não
encontra frutos, mas apenas folhas[...]
Falemos, portanto, conforme a
linguagem que o Espírito Santo nos
conceder; e peçamos-lhe, humilde e
devotamente, que derrame sobre nós a
sua graça”.
Ele nasceu em Lisboa, em 1195. Foi
recebido entre os Cônegos Regulares de
Santo Agostinho, onde ficou um pouco
mais de dois anos. Depois de sua
ordenação sacerdotal, transferiu-se
para a Ordem dos Frades Menores, com
a intenção de dedicar-se à propagação
da fé entre os povos da África. Foi,
entretanto, na França e na Itália que ele
exerceu com excelentes frutos o
ministério da pregação.
Na Itália, em 1227, chegou a Pádua,
cidade à qual ficaria ligado e onde, após
mais quatro anos de incansáveis
pregações, foi enterrado, tendo
morrido a 13 de junho. A fama de seus
prodígios fez com que, onze meses
depois de sua morte, fosse canonizado
pelo papa Gregório IX.
Em 1263, quando seu corpo foi
exumado, sua língua estava intacta e, até
hoje, é venerada por milhares de
peregrinos. O fato de à sua intercessão
uma jovem ter conseguido fazer um
BOAS NOVAS | 5
ótimo casamento deu a Santo Antônio a
fama de casamenteiro.
Como Santo Antônio foi sepultado
numa terça-feira, esse dia da semana lhe
é consagrado. Uma senhora francesa,
após alcançar uma graça por intercessão
de Santo Antônio, resolveu distribuir
pães aos pobres em sua homenagem,
daí a bênção do pão de Santo Antônio,
lembrando a caridade que se deve ter
para com os mais necessitados.
Grande era a devoção de Santo Antônio
a Jesus Menino, que o fez repetir
sempre: “Menino Jesus por nós
encarnado, livrai-nos da mancha de
todo pecado”.
Em 1946 o papa Pio XII proclamou
Santo Antônio Confessor e Doutor da
Igreja.
Oremos
Deus eterno e todo poderoso, que deste
Santo Antônio ao vosso povo como
insigne pregador e intercessor em todas
as necessidades, fazei-nos, por seu
auxílio, seguir os ensinamentos da vida
cristã, e sentir a vossa ajuda em todas as
provações. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém.
Fonte: Adaptado da Liturgia das Horas e de escrito do
Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho.
Célia Regina
6 | BOAS NOVAS
REFLEXÃO PADRE PIO
Com o Rosário
vencemos batalhas
Padre Pio nos ensina a amar a Mãe de Deus com profundo
amor filial. Ela é nossa mãe e por intercessora e protetora.
Nossas mães são assim, não são? Elas nos protegem dos
riscos, nos apontam o caminho e, quando as coisas estão
muito ruins, sempre intercedem por nós. Agora você
imagine o seguinte: se nossas mães são assim, como não
será nossa mãe do céu? Ele se interessa por tudo em nossas
vidas e intercede a Jesus por nós.
São Pio de Pietrelcina nos recorda, no entanto, que é
preciso manter um vivo relacionamento com nossa
mãezinha do céu. Assim, nos ensina: “com o Rosário
vencemos batalhas”. É verdade! Na oração nos conectamos
ao divino e ao eterno. Quando oramos Deus se inclina a nós
enquanto nos elevamos a Ele. Quando fazemos isso com o
auxílio de Nossa Senhora ganhamos um auxílio poderoso
em nossa vida interior. A mãe de Jesus sempre nos aponta
seu Filho e deseja nossa santificação.
Certa vez disse Padre Pio: “Que Maria sempre enfeite sua
alma com as flores e o perfume de novas virtudes e coloque
a mão materna sobre sua cabeça. Fique sempre e cada vez
mais perto de nossa Mãe celeste, pois ela é o mar que deve
ser atravessado para se atingir as praias do esplendor eterno
no reino do amanhecer”. Apegue-se a Maria. Reze seu
rosário todos os dias. Confie a ela suas preocupações. Ela é
nossa mãe e não vai deixar que você tropece. Convido você,
querido(a) irmão (ã) a rezar comigo a oração mais antiga
dedicada a Mãe do Senhor:
“À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não
desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas
livrai-nos sempre de todos os perigos, ó virgem gloriosa e
bendita. Amém!” PAZ E BEM!
Diác. Luciano Rocha
MISERICÓRDIA DIVINA
Queimam-me as Chamas da
Misericórdia
À noite, vi Nosso Senhor vestido de branco. Uma das
mãos erguida para abençoar, enquanto a outra tocava-
Lhe a túnica sobre o peito. Da túnica entreaberta sobre
o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o
outro pálido. Em silêncio, eu contemplava o Senhor. A
minha alma estava cheia de temor, mas também de
grande alegria. Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma
imagem de acordo com o modelo que estás vendo,
com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós. Desejo
que essa imagem seja venerada primeiramente na
vossa capela e depois no mundo inteiro.
Prometo que a alma que venerar essa imagem não
perecerá. Prometo também, já aqui na terra, a
vitória sobre os inimigos, e especialmente na hora
da morte. Eu mesmo a defenderei com Minha
própria glória.
[...] Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia [...]
no primeiro domingo depois da Páscoa. [...] Que o
pecador não tenha medo de se aproximar de Mim.
Queimam-Me as chamas da misericórdia; quero
derramá-las sobre as almas.
(Diário 47, 48, 49 e 50)
Jesus revelou a Santa Faustina que o maior de seus
atributos é a Sua Misericórdia. Sabemos que o Senhor
possui vários: é Rei, Mestre, Bom Pastor, Compassivo,
Manso, Humilde... Várias são as características que
podemos dar a Jesus. Contudo, a maior de todas é a Sua
Misericórdia.
Em outra passagem do diário, Jesus afirma claramente
que nada fere mais o Seu Coração que a falta de
confiança das almas na Sua Misericórdia. Por isso, Ele
mandou escrever na imagem revelada a Faustina a
inscrição: Jesus, eu confio em Vós.
As promessas de Jesus para as almas que confiarem em
Sua Misericórdia são grandiosas: Ele as defenderá. Elas
não serão desamparadas. E quanto mais pecadora a
alma, quando convertida, maior a Misericórdia do
Senhor.
Senhor Jesus, quero sempre confiar em Sua
Misericórdia! Sei que sou pecadora. Em minha alma
habita a miséria e meu pecado está sempre a minha
frente. Mas sei também que maior que minha miséria é a
Sua Misericórdia e que ela me ampara em todos os
momentos da vida, especialmente nos mais difíceis.
Jesus, eu confio em Vós!
Verônica Tapajós
A PROPAGANDA É A ALMA DO NEGÓCIO
maio | junho 2019
IGREJA DOMÉSTICA
A saúde emocional, como vai?
Desde que nasce, a criança não tem fome apenas
de leite materno (alimento para o corpo), mas é
faminta de afeto e de alimento espiritual. Se um
bebê precisa ser amamentado de 3 em 3 horas,
quanto mais ele precisa ser alimentado de colo,
de olhar atento, de tom de voz macio, de calor
humano.
Quanto mais bem nutrida afetivamente, maiores
as chances de a criança crescer com uma boa dose
de saúde emocional. E quanto mais ensinamos os
pequenos a lidar com as frustrações do dia a dia
com carinho e respeito, mais "anticorpos" e
"defesas naturais" psicológicas eles agregam para
enfrentar os desafios que o mundo um dia irá
lançar.
Assim como nós precisamos estar atentos ao
desenvolvimento físico e intelectual dos filhos, é
necessário um olhar sensível para as emoções e a
saúde mental. Muitos jovens têm uma
inteligência incrível, excelente desempenho nos
esportes e na escola, mas grandes dificuldades
em lidar com aquilo que se passa dentro de si!
Não sabem dar nome ao que sentem, nem como
expressar o sofrimento: acabam agredindo os
outros ou a eles mesmos no processo.
É importante passar por uma "alfabetização
emocional", fazer a leitura das emoções que os
outros transmitem e expressar de modo
respeitoso o que se sentem. É urgente que
cultivemos nas casas e na igreja espaços onde as
emoções e o sofrimento possam ser falados
abertamente, e ser acolhidos sem julgamentos.
Os primeiros educadores emocionais somos nós
através do nosso exemplo, do jeito como
conseguimos dar voz às emoções. Muitas vezes, a
mudança na nossa casa precisa começar em nós
mesmos! Estar atento para perceber de que
maneira temos conseguido demonstrar afetos
positivos (nutrir emocionalmente) e falar com os
filhos sobre os sentimentos que trazem mal-estar,
a nós e a eles. Esse é um aprendizado diário, a ser
feito em família, para criar gerações mais fortes
por fora e por dentro.
Yolanda Tapajós
maio|junho 2019 BOAS NOVAS | 7

REFLEXÃO APOLOGÉTICA
mesmo dia de sua morte (cf. Lc 23,43). No livro comentário ao Magnificat, pediu a
É correto pedir a livro do Apocalipse, vemos a corte celeste intercessão de Maria: “Que Cristo nos
intercessão dos com muitos justos, homens e mulheres,
que viveram santamente, sofreram o
conceda por intercessão e por causa de
sua amada mãe Maria. Amém.” (O
santos? martírio e estavam diante do trono do
Cordeiro, plenamente conscientes (cf. Ap
Magnificat, 1521. In: Martinho Lutero:
obras selecionadas. São Leopoldo, RS:
Os santos são nossos amigos do céu. São 6,9ss; 7,9-15). Veja que todas essas Editora Sinodal; Porto Alegre: Concórdia
a Igreja Triunfante. Diante de Deus estão passagens bíblicas afirmam a vida após a Editora, 1996, p. 76). E ainda, “A mesma
conscientes e intercedem por nós, morte e nossa lucidez diante de Deus. O amantíssima Mãe de Deus queira obter a
conforme veremos na Sagrada Escritura. próprio apóstolo Paulo, consciente dessa graça para mim, a fim de que possa expor
realidade, desejava fazer sua páscoa para o seu cântico com proveito e
Em primeiro lugar, deve ficar claro que a
estar em Cristo (cf. Fl 1, 21-23). profundidade” ( Weimar, tomo 7, pg.
O Amanhecer vida não se encerra com a morte corporal.
A vida não nos é tirada, mas A consciência de que os justos no céu 545).
transformada. A morte é uma passagem. intercedem pelos seus irmãos militantes Que o Senhor abra nosso entendimento
Mais um dia se anuncia,
Jesus ensinou com a parábola de Lázaro e na Terra, contudo, já estava viva e para essa realidade espiritual e nos encha
dissabor ou alegria,
do rico que, quando morremos, nos presente no povo judaico anterior a de esperança e de vida, amém.
não sabemos;
destinamos à eternidade e Cristo. É o que nos ensina o segundo livro
temos que ter Diác. Luciano Rocha
permanecemos conscientes e lúcidos (cf. dos Macabeus, datado do século II a.C.,
paciência e sabedoria.
Lc 16, 19-31). Na transfiguração, em que o Sumo Sacerdote Onias e o
O necessitado, desesperado
apareceram Moisés e Elias para Jesus e os Profeta Jeremias, ambos falecidos,
em busca de algo
apóstolos no monte (cf. Mt 17, 1-8). O apareceram para Judas Macabeu como
para se alimentar.
mesmo vemos no exemplo do Bom grandes intercessores em favor do povo
Crianças indo para a escola,
Ladrão que, crucificado ao lado do de Deus peregrino na Terra (Cf. 2 Mac 15,
muitas de barriga vazia,
Senhor, clamou por misericórdia. Jesus 12-16). O próprio reformador
esperando a hora
prometeu que ele estaria junto a Deus no protestante, Martinho Lutero, em seu
de a merenda chegar.
E no compasso
de cada passo,
sonhos, dor e fé, ATOS DE AMOR
a desigualdade imperando,
a vida como ela é. Lançamento do livro Maria Mãe de todos os cristãos
Sinal abre, sinal fecha, Conhecer a Virgem Maria é conhecer a “mulher" escolhida e preparada por Deus para fazer
a solidão, parte do seu plano de Salvação. Significa, portanto, conhecer as raízes da nossa fé. O livro
pessoas sujas de tristeza, “Maria, mãe de todos os cristãos” apresenta já no Antigo Testamento (Gn 3,15) a
no meio da multidão. prefiguração dessa mulher. Deus faz uma promessa de salvação ao homem caído no pecado,
Medo, insegurança, onde a descendência da mulher esmagaria a cabeça do autor do pecado.
coração bate forte, No Novo Testamento o sim de Maria inaugura a nova criação. A primeira mulher (Eva) foi
qual o seu nome? desobediente e infiel. A mulher prometida (Maria) foi em tudo obediente e fiel.
Esperança. A Mãe do Redentor nos ensina o caminho da obediência que nossos primeiros pais abandonaram. Segundo o Diácono Luciano
O sol está se pondo, Rocha (autor do livro) Maria, a nova Eva, enquanto Mãe de Cristo é Mãe de todos os cristãos: “Todos aqueles que olham para a
é hora de retornar. cruz e veem nela o Senhor e Salvador devem fazer como o Apóstolo João: levar Maria para sua casa como mãe.
Amanhã é um novo dia, Essa foi a vontade de Jesus para conosco. Ele nos redimiu do pecado e nos agraciou com uma Mãe, como podemos ver em João
um novo recomeçar. 19, versículos de 25 a 27”. Maria é, pois, a mãe de todos os cristãos.
Somos eternos
E sim responsabilidade
mendigos do amor.
Precisamos sempre Maio, mês das Noivas Tanto tempo espera-se por isso
da palavra do senhor. É nobre e muito bonito É o caminho para a felicidade
Nossa vida reluz, Véspera de um casamento Deus abençoa quem Nele confia
reluz como ouro. É coisa muito séria, acredito Agora é só caminhar em frente
Deus, Muitas coisas invadem nossos Entregar muito amor no dia-a-dia
nosso maior tesouro. pensamentos. É preciso ter isso sempre em mente.
Não é um simples compromisso
Leoci José Cruz Maria Thereza J. Machado
8 | BOAS NOVAS maio | junho 2019

O Pentecostes era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas.
Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que
voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos. Era também chamada festa das
sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no quinquagésimo
dia. Daí o nome Pentecostes, que significa “quinquagésimo dia".
No primeiro Pentecostes, depois da morte de Jesus, cinquenta dias depois da páscoa, o
Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de
fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-
4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se
converteram e foram recolhidos para o Reino.

Quem é o Espírito Santo?

O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que
esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João
batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos
dias" (At 1,4-5).
Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte
do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também
dareis testemunho..." ( Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua
presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em
comunhão com o Pai.