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Por que a estrutura sindical sai de cena naquele contexto? Porque oferece ao
governo mecanismos para conter a ação sindical. A unicidade aprofunda a divisão
sindical, contribuindo para o enfraquecimento dos sindicatos. O estado pode inibir a
ação mediante controle sobre as contribuições compulsórias. 288 Pode-se
estabelecer regulamentação restritiva ao direito de greve, à negociação coletiva,
limites ao número de dirigentes sindicais com estabilidade. O fim da unicidade e das
contribuições compulsórias representam uma incógnita, um risco desnecessário.
Nos três primeiros anos de governo, pouco foi feito para implementar novas formas
de contratação. Prioridade: reformas da previdência e administrativa. As
modificações mais importantes se deram no âmbito da fiscalização.
O governo deu início a uma série de medidas voltadas para criação de contratos
atípicos. Os bancos foram as instituições que mais lucraram no período (rentabilidade
média 8,5% x 5,6% do setor industrial).
Pacote trabalhista:
Lei 9.601/98 – estende o contrato de trabalho por prazo determinado para qualquer
setor e institui o banco de horas. (reduz o depósito do FGTS para 2% e as alíquotas
para o sistema S em 50%.
Como se o critério fosse meramente técnico, qual o projeto mais eficiente? Critérios
políticos e ideológicos não são sequer aventados. Inexorabilidade das reformas,
discurso do moderno contra o atrás. 239
Trouxe novos problemas para a atividade industrial, devido ao aumento dos custos
dos insumos importados.
Esse quadro fez com que novas desregulamentações não fossem necessárias, já
que o desemprego se encarregava de manter reduzido o nível de contratação.
243
Após o refluxo, a reforma trabalhista seria reativada nos anos seguintes. Retomada:
ministro Dorneles propõe a desregulamentação dos artigos 7º e 8º da Constituição,
que prescrevem seguro desemprego, FGTS, salário mínimo, 13º, emenda: “salvo
disposto em acordo ou convenção coletiva. A introdução da ressalva esbarrou em
dificuldades no Legislativo – necessidade de 3/5. 244
O poder normativo da JT foi esvaziado. TST baixou instrução normativa (4) exigindo
provas de tentativa de negociação frustrada para ajuizamento de dissídio coletivo em
nome de categorias. 251
Para Vicentinho, a JT estava parada no tempo. Se no passado foi decisiva para dar
a proteção mínima ao trabalhador, hoje serve de entrave ao avanço das conquistas
no mundo trabalho. A arbitragem pode tomar deliberações muito mais adequadas
que a atual JT.
1995 – Grito dos excluídos CNBB; 1997 – Marcha Nacional pela Reforma Agrária,
Emprego e Justiça; Fórum Nacional de Lutas. 1999 – Marcha dos 100 mil. 257
Greve conjunta dos metalúrgicos em 2000. FS faz acordo e CUT vence na JT.
A estratégia adotada pela central foi alvo de críticas internas e defecções. 263
CUT E CGT – Favoráveis a negociação que não abram mão de direitos legislados. A
favor da redução do poder normativo do TJ, através da adoção da arbitragem
voluntária e não obrigatória. FS aprovou a criação das Comissões de Conciliação
Prévia em nome da redução do papel da JT. 265
A Força, dentre as centrais brasileiras, foi a que mais encampou as teses neoliberais,
e a CUT, por sua tradição de luta, a que mais resiste a elas. Todavia, essa central
também sucumbe à flexibilização de direitos – recusa a redução de jornada com
redução salarial, mas defende o banco de horas. 266