requisito de avaliação da disciplina de Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações do curso de pós- graduação em Engenharia da Manutenção e Segurança do Instituto Brasileiro de Formação – IBF.
RECIFE, PE 2019 1. Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT
A Norma Regulamentadora n.º 04 trata do Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, SESMT, encontra-se previsto na Consolidação das Leis de Trabalho, CLT, em seu art. 162, e tem como objetivo a promoção da saúde e a incolumidade física do trabalhador no ambiente do trabalho. A extensão dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho está diretamente relacionado com o grau de periculosidade da atividade principal e da quantidade total de trabalhadores da empresa. Os profissionais que integram esses serviços deverão, em regra, ser funcionários do estabelecimento, formados por médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, técnico de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho e auxiliar de enfermagem do trabalho, chefiados por profissional qualificado de acordo com o previsto na NR 4. Para esses profissionais é vedado o acúmulo de cargo durante o horário de sua atuação. O estabelecimento que constituir o SESMT é obrigado a registrar por meio de requerimento ao órgão regional do MTb, com todos os dados exigidos pela NR 4. A Norma também estabelece normas específicas de constituição do SESMT (diferentes modalidades ou tipos) de acordo com a complexidade da estrutura da empresa. Caso a atividade apoio de uma empresa tenha grau de risco superior à atividade principal e possuir mais de 50% de seus funcionários nesta atividade, o SESMT deverá ser dimensionado em função do maior grau de risco. O SESMT pode ser centralizado quando uma empresa possua mais de um estabelecimento no mesmo Estado ou Distrito Federal quando, isoladamente, esses estabelecimentos não necessitar de um SESMT Individual e não forem distantes mais de 5.000 metros entre si. Canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos de mil empregados situados no mesmo Estado ou Distrito Federal são, para efeitos de dimensionamento, considerados como integrantes da empresa de engenharia principal, a qual caberá organizar o SESMT. Estabelecimentos de risco 1 podem integrar o SESMT a outros serviços de medicina e engenharia que possuir, constituindo o Serviço Único de Engenharia e Medicina. Diferentes empresas de um mesmo espaço geográfico podem se unir para formar o SESMT comum, organizados pelo sindicato, associação ou pelas próprias empresas, e deverá ser dimensionado de acordo com o somatório dos empregados das empresas integrantes. O SESMT dos estabelecimentos que operem sazonalmente deve ser dimensionado em função da média aritmética do número de funcionários do ano civil anterior.
2. Equipamento de Proteção Individual (EPI)
A Norma Regulamentadora n.º 06 trata dos equipamentos de proteção individual,
EPI, que devem ser fornecidos gratuitamente pela empresa a seus funcionários em perfeito estado de conservação e funcionamento, todas as vezes em que não há completa proteção contra os riscos de acidentes e à incolumidade física dos empregados. Conceitua-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) como dispositivo ou produto utilizado pelo funcionário que se destina à proteção dos riscos oriundos da atividade laboral que ameaçam a segurança e a saúde no ambiente de trabalho. Quando há uma composição desses equipamentos em função da pluralidade de riscos é utilizada a expressão Equipamento Conjugado de Proteção Individual, ECPI. Antes da adoção dos EPIs, é necessário adotar medidas de proteção coletiva e medidas administrativas, o que representa a Hierarquia das Medidas de Proteção. Os EPIs só podem ser vendidos ou utilizados se presente o Certificado de Aprovação, CA, o qual determina, por exemplo, o prazo de validade do EPI, independentemente do prazo de validade do equipamento. Nas empresas com SESMT, a ela compete recomendar ao empregador o EPI adequado para determinada atividade, ouvida, previamente, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, CIPA, e os trabalhadores. Enquanto que nas empresas sem SESMT, compete ao trabalhador selecionar o EPI adequado ao risco após a orientação de um profissional habilitado e ouvir a CIPA (ou designado na falta desta) e os trabalhadores. Quanto ao EPI, a NR 6 preveem responsabilidades do empregador, do empregado e do fabricante ou importador, as quais constituem obrigações a serem observadas por todos, como, por exemplo, a exigência da utilização, a previsão de substituição quando danificado ou extraviado, a responsabilização pela guarda e conservação, a solicitação do CA, etc. O NR 6 prevê, ainda, a competência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), bem como as responsabilidades das agências reguladoras que tratam da segurança e saúde no trabalho. Por fim, em seu Anexo I, a NR 6 classifica os EPIs de acordo com sua funcionalidade.
3. Profissionais de Segurança e Saúde do Trabalho
O técnico de segurança do trabalho é o profissional especializado em técnico de
segurança do trabalho cujas atribuições estão enumeradas de forma taxativa na Portaria nº 3.275, de 21 de setembro de 1989, em seu artigo 1º, entre elas a de analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de risco de acidentes do trabalho, doenças profissionais e a presença de agentes ambientais agressivos ao trabalhador, propondo sua eliminação ou seu controle. O engenheiro de segurança do trabalho é o profissional bacharel em engenharia ou arquitetura pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, com regulamentação dada pela Lei nº 7.410/85. A principal lei que dispõe sobre as atribuições desse profissional é a Resolução nª 325/87, entre elas, pode-se destacar a vistoria, avaliação, realização e perícias, emissão de parecer, laudos técnicos e indicação de medidas de controle sobre o grau de exposição e agentes agressivos de riscos físicos, químicos e biológicos, tais como: poluentes atmosféricos, ruídos, calor, radiação em geral e pressões anormais, caracterizando as atividades, operações e locais insalubres e perigosos. O técnico de enfermagem do trabalho é o profissional com formação em técnico de enfermagem com especialização em auxiliar de enfermagem do trabalho. Trata- se de um profissional exigido nas empresas por meio da NR 4. O técnico de enfermagem de trabalho tem como objetivo a promoção da saúde do trabalhador no local do trabalho e auxilia os integrantes do SESMT. Atua sempre sob supervisão de um enfermeiro do trabalho no ambiente ambulatorial. O enfermeiro do trabalho é o profissional formado em enfermagem com pós- graduação em enfermagem do trabalho, e, no ambiente do trabalho, integra o SESMT, além de ser o coordenador responsável por liderar os técnicos e auxiliares de enfermagem do trabalho, prestando atendimento aos trabalhadores no ambulatório do estabelecimento e atividades relacionadas com a higiene ocupacional, medicina e segurança do trabalho. O médico do trabalho é o profissional formado em medicina integrante do SESMT e de presença obrigatória nas empresas, responsável pela elaboração do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) e pela realização exames médicos com a finalidade de melhorar as condições no local de trabalho e a saúde dos empregados.
4. Equipamentos de Proteção
Os instrumentos e equipamentos empregados para a proteção de um grupo de
trabalhadores sob riscos originários da atividade laboral ou para a proteção dos transeuntes próximos ao local de trabalho são chamados de equipamentos de proteção coletiva, EPC. A depender do tipo de serviço e do grau de risco em que se está submetido os colaboradores e terceiros os EPCs são classificados como: de sinalização (cones, por exemplo); agentes extintores; chuveiros e lava-olhos; capelas de exaustão; manta ou cobertor antichama, entre outros. Quando o equipamento é destinado à proteção individual é chamado de equipamento de proteção individual, EPI. Este grupo de equipamentos é de responsabilidade tanto do SESMT quanto da CIPA (a não ser que a empresa esteja desobrigada a instituir o SESMT). Faz-se necessário o conhecimento técnico para melhor selecionar o EPI de acordo com a proteção requerida pelo serviço, levando em conta, também, o conforto do operador. Entre os EPIs destacam-se os capacetes, os óculos de segurança, os sapatos de segurança, perneiras, luvas, protetores auriculares, proteções respiratórias (com ou sem filtro a depender da exposição a que o usuário está submetido), cintos de segurança, etc.