Você está na página 1de 8

Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática

Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

PROJETO PILOTO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA EMPREGANDO LEDS EM SUBSTITUIÇÃO A


LÂMPADAS DE VAPOR DE SÓDIO EM ALTA PRESSÃO

FERNANDO J. NOGUEIRA, EDMAR S. SILVA, MARCOS F. C. CAMPOS, THIAGO R. A. CARREIRA, LUIZ H. GOUVEIA,
CRISTIANO G. CASAGRANDE E HENRIQUE A. C. BRAGA

NIMO - Núcleo de Iluminação Moderna, Universidade Federal de Juiz de Fora


36036-900, Juiz de Fora, MG, Brasil
E-mails: fernando.nogueira@engenharia.ufjf.br, henrique.braga@ufjf.edu.br

Abstract This paper deals with the case study of the pilot project of street lighting using LED luminaires on the campus of
Federal University of Juiz de Fora. For nine months the monitoring of this system was done to evaluate the performance of this
technology that increasingly conquest space in the lighting industry. Photometric and electrical results obtained during this period
will be presented as well as a comparison with the old lighting system employing high pressure sodium lamps based on classical
photometry and mesopic photometry, which takes into account the dynamic visual response of the human eye. In addition, will be
done an simplified economic analysis aiming to show the savings generated by the new lighting system and the calculation of
payback of new luminaires

Keywords LEDs, LED Luminaires, Mesopic Vision, Pilot Project, Street Lighting.

Resumo Este trabalho trata do estudo de caso do projeto piloto de iluminação pública empregando luminárias LEDs no
campus da Universidade Federal de Juiz de Fora. Durante nove meses foi feito o acompanhamento desse sistema a fim de avaliar
o desempenho dessa tecnologia, que cada vez mais conquista espaço no setor de iluminação. Serão apresentados resultados
fotométricos e elétricos obtidos nesse período, bem como uma comparação com o antigo sistema de iluminação empregando lâm-
padas de vapor de sódio em alta pressão, tanto baseado na fotometria clássica, como na fotometria mesópica, que leva em consi-
deração a resposta dinâmica visual do olho humano. Além disso, será feita uma análise econômica simplificada buscando mostrar
a economia gerada pelo novo sistema de iluminação e o cálculo simplificado de payback das novas luminárias.

Palavras-chave Iluminação Pública, LEDs, Luminárias LED, Projeto Piloto, Visão Mesópica.

1 Introdução dendo chegar a até 100.000 horas (LAUBSCH,


2010), excelente resistência mecânica, elevado índice
Os sistemas de iluminação artificial representam de reprodução de cores, possibilidade de controle da
um grande potencial de economia de energia elétrica. intensidade luminosa (dimerização) e capacidade de
Estima-se que cerca de 30% de toda a energia emissão de luz branca são fatores que contribuem
elétrica gerada no mundo seja utilizada para a para a aplicação dessa tecnologia em iluminação
produção de iluminação artificial (POLONSKII, pública. Além disso, são dispositivos que causam
2008). Portanto, alternativas para a redução do con- menos danos ao meio ambiente, por não apresenta-
sumo de energia elétrica em sistemas de iluminação rem gases tóxicos em seu interior como os encontra-
podem produzir significativos impactos econômicos dos em alguns modelos de lâmpadas de descarga em
e ambientais. alta pressão.
É evidente para aplicações em iluminação Neste contexto, portanto, o estudo dos LEDs em
pública uma preocupação com soluções tecnológicas iluminação pública, tanto no desenvolvimento quan-
que, além de proporcionar uma iluminação de to na avaliação do seu desempenho comparado à
qualidade, sejam eficientes na conversão de energia lâmpada de vapor de sódio em alta pressão é um
elétrica em luz e tenham vida útil satisfatória, a fim campo fértil de pesquisa, com inúmeras questões a
de se reduzir gastos com a manutenção do sistema serem discutidas.
(SÍNCERO, 2007). No caso da iluminação pública Inicialmente este trabalho apresenta uma dis-
no Brasil, tradicionalmente tem-se utilizado lâmpa- cussão sobre a resposta dinâmica visual do olho hu-
das de descarga em alta pressão, sendo a lâmpada de mano de acordo com o nível de iluminamento do
vapor de sódio em alta pressão a mais utilizada atu- ambiente e as considerações que devem ser feitas
almente, ocupando cerca de 63% dos pontos de ilu- para adaptação de resultados obtidos em ambientes
minação (ELETROBRAS, 2008). com baixo nível de luminância. Posteriormente, é
O uso da iluminação em estado sólido empre- apresentado o estudo de caso do projeto piloto de
gando os diodos emissores de luz (ou LEDs, do in- iluminação pública empregando LEDs realizado na
glês, lighting-emitting diodes) na iluminação tem Universidade Federal de Juiz de Fora. Durante nove
representado um grande avanço tecnológico nos úl- meses foram coletados dados de características elé-
timos anos. Diversos estudos recentes apontam para tricas e fotométricas a fim de se averiguar o desem-
a utilização dos LEDs também na iluminação pública penho dessas luminárias em campo. Por fim, é feito
(MAGGI, 2013; RODRIGUES, 2012; SCHUCH, um estudo comparativo entre o antigo sistema de
2011). A elevada eficácia luminosa, podendo chegar iluminação com lâmpadas de vapor de sódio em alta
a 150 lm/W (DUPUIS, 2008), longa vida útil, po- pressão e o atual, empregando luminárias LED.

3075
Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática
Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

2 Resposta Dinâmica Visual do Olho Humano Embora as grandezas físicas utilizadas na foto-
metria clássica sejam ponderadas pela resposta visual
Todo sistema de iluminação deve ser projetado humana na condição fotópica, é comum se deparar
para atender a requisitos estabelecidos em normas, com situações em que a condição mesópica é predo-
que visam adequar a iluminação artificial de forma a minante, como é o caso da iluminação pública
se obter uma iluminação satisfatória em determinado (MAGGI, 2013). Isso exige a conversão de grande-
ambiente. Portanto, a percepção do indivíduo sobre o zas fotométricas convencionais em grandezas foto-
ambiente é fundamental na concepção de um projeto métricas adaptadas, ponderadas pela resposta do olho
de iluminação. Sendo assim, é importante no estudo humano na condição mesópica.
da área de iluminação entender que o olho humano
responde de forma diferente a determinados níveis de
luminância. 3 Adaptação das Grandezas Fotométricas na
O olho possui dois tipos diferentes de células Condição de Visão Mesópica
sensíveis à luz: os cones e os bastonetes. Os cones
são menos sensíveis à luz e estão localizados em Diversos modelos buscam traduzir a resposta do
maior densidade na região central da retina e se divi- olho humano para a região mesópica. Por exemplo,
dem em cones sensíveis a faixa espectral verde, azul (REA, 2004) propõe um sistema unificado de foto-
e vermelho. Já os bastonetes têm sensibilidade muito metria, baseado na relação entre os fluxos escotópico
maior do que os cones, porém, não são sensíveis às e fotópico de cada fonte luminosa. Apesar deste sis-
cores. Essas células apresentam maior concentração tema unificado de fotometria ser um dos melhores já
na região periférica da retina e são adaptadas para apresentados, ele é pouco prático devido a sua com-
ambientes com nível de luminosidade reduzido (lu- plexidade. Outros modelos mais simples também são
minância menor que 0,003 cd/m2). Os bastonetes são propostos, como o visto em (CASAGRANDE,
responsáveis basicamente pela percepção de claro e 2013), que propõe aproximações para as grandezas
escuro (RODRIGUES, 2012). fotópicas ou escotópicas dependendo do nível de
De acordo com o nível de iluminamento do am- luminância do ambiente. Apesar da simplicidade,
biente, um dos dois tipos de célula sensitiva é pre- esse tipo de aproximação não é a ideal quando o ob-
dominantemente responsável pela dinâmica de res- jetivo é comparar o desempenho de diferentes tipos
posta do olho humano. Em um ambiente com alto de fonte luminosa.
nível de luminosidade (luminância maior que O sistema de fotometria mesópica recomendado
3cd/m2) os cones são predominantes e permitem que pela CIE (Comissão internacional de iluminação, do
as cores sejam diferenciadas com maior clareza. francês, Commision Internationale de l’Eclairage) é
Neste caso, tem-se a visão chamada de fotópica ou o documento CIE 191:2010 – Technical Report: Re-
V(). Para ambientes nos quais a luminância é infe- commended System for Mesopic Photometry Based
rior a 0,003 cd/m2, os bastonetes são maioria e tem- on Visual Performance. Este documento procura
se a visão chamada de escotópica ou V’(). Dessa fazer a correção do fluxo luminoso fotópico (lúmens)
forma, é possível determinar curvas de sensibilidade para o fluxo luminoso efetivo (lúmens efetivos), ba-
espectral relativa para os regimes de operação fotó- seando-se no nível de luminância fotópico e no cál-
pico V() e escotópico V’(), como mostrado na culo da relação S/P (Escotópico/Fotópico, do inglês
Figura 1. Scotopic/Photopic), que é a relação entre o fluxo
A faixa intermediária entre os regimes fotópico e luminoso escotópico e o fluxo luminoso fotópico da
escotópico é chamada de regime mesópico. Nessa fonte luminosa em questão. Os fatores de correção
faixa de operação considera-se que tanto os cones para os diversos níveis de luminância e taxas S/P são
como bastonetes estão em atividade. mostrados na Tabela 1.

Tabela 1. Fatores de Correção para métricas mesópicas


(CIE-191,2010).

Figura 1. Curvas de sensibilidade espectral relativa do olho


humano para a condição fotópica e escotópica (Harrold, 2003).

3076
Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática
Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

Como os luxímetros convencionais são calibra- Tabela 2. Requisitos mínimos de iluminância média, uniformidade
dos de acordo com a resposta fotópica do olho hu- e luminância média para a classe de iluminação V5 (ABNT, 2012).
mano, torna-se necessário efetuar uma adaptação Emed, Lmed,mín
Classe Uo = Emín/Emed
lux cd/m²
para que se obtenham os níveis de iluminância no
regime mesópico. A conversão das iluminâncias fo- V5 5 0,2 0,50
tópicas medidas por luxímetros convencionais (lux)
em iluminâncias mesópicas (lux”) é feita segundo
(1).
lux "  lux  FC (1)

Onde Fc é o fator de correção que leva a esta


conversão. Ele é obtido na Tabela 1, através do cru-
zamento da relação S/P da fonte luminosa avaliada
com o nível de luminância do ambiente. A relação
S/P de determinada fonte luminosa pode ser facil-
mente obtida através de uma esfera integradora de
Ulbrich, que é um equipamento utilizado para medi-
ção de fluxo luminoso. Já o nível de luminância de Figura 2. Malha de inspeção da via em estudo.
determinado ambiente pode ser obtido através de um
luminancímetro.
5 Estudo de Caso

4 Características, Classificação e Malha de No ano de 2009, foi firmado entre o


Inspeção Segundo a NBR 5101 da Via Avaliada PROCEL/Eletrobras e a Universidade Federal de
Juiz de Fora o convênio ECV-312/2009 intitulado
A via em estudo esta localizada na Faculdade de “Novas Tecnologias em Iluminação Pública”. Esse
Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora. convênio tinha como objetivo a implantação de um
Ela possui 7 m de largura, sendo composta por duas sistema piloto de iluminação externa empregando
pistas de rolamento (3,5 m cada). O posteamento ao luminárias LED, contemplando também a análise do
longo da via tem disposição unilateral e distância desempenho elétrico e luminotécnico do sistema im-
média (vão) entre os postes de 35 m. A distância do plantado. Esse sistema veio substituir o antigo com-
poste em relação à via é de 45 cm e a altura de posto por luminárias da marca INDALUX, que pos-
instalação da luminária é de 10 m. Para a instalação suíam reatores eletromagnéticos incorporados ao
das luminárias LED, os antigos braços com avanço corpo da luminária para acionamento de lâmpadas de
de 2,3 m foram substituídos por núcleos adaptados vapor de sódio em alta pressão de 250 W.
com avanço de 45 cm a fim de se garantir melhor O processo de implantação foi finalizado em
distribuição da luminosidade na via. março de 2012. No total foram substituídas 44
A norma de iluminação pública NBR 5101 luminárias com lâmpadas de vapor de sódio em alta
(ABNT, 2012) preconiza que as vias públicas sejam pressão por 44 luminárias LED nos pontos descritos
iluminadas de acordo com a classificação do tipo de na Figura 3.
via e fluxo de veículos. Por ser uma via local A Figura 4 mostra a luminária implantada, a GE
caracterizada por tráfego leve, ela pertence à classe Evolve Cobrahead ERMC - Asymmetric Wide A3, de
de iluminação V5, que tem os requisitos mínimos de 157 W e fluxo luminoso inicial de 9600 lúmens.
luminosidade descritos na Tabela 2.
O ambiente definido para avaliação deve ser
avaliado do ponto de vista da iluminância média
(Emed), uniformidade (Uo) e luminância média (Lmed).
A Figura 2 mostra a malha de inspeção desses parâ-
metros para a via em questão construída a partir da
norma de iluminação pública NBR 5101. Nota-se
que o posicionamento da malha foi adaptado de for-
ma a se obter os resultados em um trecho com três
luminárias, sendo uma luminária posicionada no cen-
tro da malha de inspeção e duas luminárias adjacen-
tes. A iluminância média e luminância média são
calculadas através da média aritmética das medições
efetuadas em todos os pontos da malha de inspeção,
enquanto a uniformidade é a relação entre a ilumi- Figura 3. Pontos de instalação das Luminárias LED.
nância mínima e a iluminância média.

3077
Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática
Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

A figura 5 mostra o gráfico contendo a variação


dos níveis de iluminância média na via durante este
período. A média aritmética obtida nos nove meses
de acompanhamento foi de 17,17 lux. A diferença
entre o maior e o menor nível de iluminância média
medidas na via no período foi de 7,3%.
As variações encontradas nos resultados de ilu-
Figura 4. Luminária LED implantada no projeto piloto. minância média podem ser creditadas a: erro do apa-
relho de medição, variações de posicionamento do
5.1 Acompanhamento do Desempenho Luminotécnico sensor do luxímetro a cada medição, influência da
luz refletida por determinada fase da lua, variações
De maio de 2012 a janeiro de 2013, foram reali- de umidade, efeito da deposição de detritos nos ele-
zadas medições periódicas de iluminância média e mentos ópticos da luminária, depreciação do fluxo
uniformidade na via em estudo, além de medições luminoso dos LEDs e variações de temperatura, onde
esporádicas de luminância média. Estas medições pode ser visto na Tabela 3, que na maioria das
tinham por objetivo avaliar a manutenção do nível de medições efetuadas, uma variação positiva no
luminosidade na via proporcionado pelas luminárias resultado de iluminância média vem acompanhada de
LED durante esse período. As medições de ilumi- uma variação negativa da temperatura ambiente e
nância foram feitas pelo luxímetro de alta precisão que uma variação negativa no resultado de iluminân-
Optronik Digilux 9500 e as medições de luminância cia média vem acompanhada de uma variação positi-
foram feitas pelo luminancímetro LS-100 da Konica va da temperatura ambiente.
Minolta. Outra possível causa que justifique as variações
A Tabela 3 mostra os resultados de iluminância de resultado entre as primeiras e últimas medições é
média e uniformidade medidas na via durante o perí- um interessante comportamento dos LEDs de terem
odo de avaliação. Os dados da temperatura ambiente um ligeiro aumento de fluxo luminoso nas primeiras
no momento da medição foram fornecidos pelo Insti- 1.000 horas de funcionamento. Isto pode ser
tuto Nacional de Meteorologia, e são referentes à constatado na Figura 6, que mostra a variação de
estação climática presente no campus da universida- fluxo luminoso ao longo do tempo de seis LEDs de
de. um mesmo modelo e fabricante ao longo do tempo.
A tabela 4 mostra o resultado de três medições
Tabela 3. Resultados de iluminância média, uniformidade e
de luminância efetuadas no período. A partir dos
temperatura ambiente no momento da medição.
resultados de iluminância média, uniformidade e
Temperatura luminância média é possível observar que as luminá-
Data Emed (lux) Uniformidade
ambiente °C
rias LED implantadas atendem os requisitos mínimos
12/05 17,58 0,48 15,8 exigidos pela norma brasileira de iluminação pública
26/05 17,61 0,49 14,6 para a via em questão.
04/06 17,63 0,48 14,2

09/06 17,54 0,48 15,4

24/06 17,57 0,48 14,1

09/07 17,56 0,48 13,8

24/07 17,68 0,49 13,1

08/08 17,54 0,48 14,0

22/08 17,70 0,48 12,4

05/09 17,13 0,48 20,0

19/09 16,68 0,48 26,7 Figura 5. Resultados das medições periódicas de iluminância.
03/10 17,17 0,48 21,0

17/10 17,22 0,48 19,8

01/11 16,93 0,49 20,4

17/11 17,21 0,48 18,2

01/12 16,72 0,49 20,0

07/12 16,44 0,49 21,8

15/12 16,53 0,48 20,6

04/01 16,40 0,48 21,3


Figura 6. Fluxo de seis LEDs de mesmo modelo e fabricante ao
12/01 16,54 0,48 20,2 longo do tempo (POPPE, et al., 2011).

3078
Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática
Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

Tabela 4. Resultados de luminância média.


Lmed(cd/m2) Lmax(cd/m2) Lmin(cd/m2)

Medição 1 1,02 1,51 0,70

Medição 2 1,00 1,50 0,67

Medição 3 0,99 1,48 0,66

5.2 Acompanhamento do Desempenho Elétrico Figura 7. Varistor danificado de uma luminária que sofreu surto de
tensão durante tempestade.
Durante o período de avaliação, foram feitas
medições elétricas para avaliar se as luminárias LED
estariam sofrendo degradação no fator de potência. 6 Comparação entre o sistema empregando
Nesse período, foi observado que as luminárias ava- Lâmpadas de Vapor de Sódio em alta pressão e o
liadas mantiveram seu fator de potência constante no empregando Luminárias LED
valor de 0,97 (maior que o 0,92 exigido pela resolu-
ção 414 da ANEEL), com o limite de emissão de 6.1 Comparação das Características Elétricas
conteúdo harmônico da corrente de entrada nos ní-
veis estabelecidos pela norma IEC 61000-2-3 Classe A Tabela 6 mostra as características elétricas das
C. Os níveis de potência de entrada também respeita- luminárias obtidas através de ensaios experimentais
ram a variação prevista na norma NBR 16026 para em laboratório. A luminária do antigo sistema de
drivers de módulos de LED. A tabela 5 mostra os iluminação é composta por uma lâmpada de vapor de
resultados obtidos. sódio em alta pressão de 250 W e um reator
No período de avaliação, quatro luminárias LED eletromagnético com consumo médio de 30 W, en-
apresentaram problemas de baixa luminosidade e quanto a luminária LED do novo sistema de ilumina-
duas deixaram de funcionar. As luminárias com bai- ção possui uma potência total de entrada de 157 W.
xa luminosidade, ou não tiveram um de seus conec- Todos os resultados de características elétricas foram
tores ligados corretamente entre o driver e os LEDs obtidos através do osciloscópio TEKTRONIX –
durante a instalação, ou os conectores não estavam DPO 3014.
suficientemente firmes para suportar o balanço das O fator de potência obtido no reator da luminária
luminárias devido às correntes de ar. Como a luminá- com lâmpada de vapor de sódio não esta de acordo
ria é construída com dois drivers que alimentam dois com o valor exigido (acima de 0,92) pela norma
módulos de LEDs distintos, a desconexão de um dos NBR 13593 – Reator e ignitor para lâmpadas de va-
drivers ocasiona o desligamento de metade dos por de sódio em alta pressão. Segundo (BRAGA,
LEDs da luminária, gerando a baixa luminosidade 2010), a degradação do fator de potência em reatores
observada. eletromagnéticos de lâmpadas de vapor de sódio
As luminárias que deixaram de funcionar foram ocorre devido à má qualidade dos capacitores utili-
devido à atuação do sistema de proteção, formado zados para a correção do fator de potência.
por um varistor em paralelo com o terminal de A Figura 8 mostra as formas de onda de tensão e
alimentação da luminária. Os varistores atuaram em corrente de entrada das luminárias analisadas. Já a
dias de tempestade, e consequentemente, de fortes Figura 9 mostra as amplitudes dos harmônicos da
descargas elétricas atmosféricas que causaram surtos corrente de entrada em comparação com os limites
de tensão na rede elétrica, fazendo com que a resis- estabelecidos pela norma IEC 61.000-3-2 (Classe C),
tência do varistor sofresse forte queda e praticamente onde é possível observar que ambas as luminárias
fechasse um curto-circuito com a rede elétrica, a atendem a norma, sendo que a luminária LED causa
ponto de romper o cabo de alimentação da luminária menor emissão de correntes harmônicas na rede elé-
e danificar o próprio varistor, como pode ser visto na trica.
Figura 7. Após a troca do dispositivo de proteção, as
luminárias voltaram a funcionar. Tabela 6. Características elétricas de funcionamento das luminárias
com lâmpadas de vapor de sódio e LED.
Luminária com Lâmpada De Luminária
Tabela 5. Resultados do acompanhamento elétrico.
Vapor de Sódio LED
FP Pin (W) THDi (%) Tensão de entrada 220 V 220 V
Luminária 1 Corrente de
0,97 158,4 9,47 entrada
1,40 A 0,714 A
Medição 1
Potência total de
Luminária 1 280 W (lâmpada + reator) 157 W
Medição 2
0,97 157,1 9,35 entrada

Fator de Potência 0,893 0,97


Luminária 2
Medição 1
0,97 155,5 9,60
THDi 21,88% 10,2%
Luminária 2 Potência instalada
Medição 2
0,97 154,5 10,40 12,39kW 6,9kW
(44 luminárias)

3079
Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática
Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

luminosa na conversão de energia elétrica em luz


(eficácia luminosa); a eficiência da luminária (rela-
ção entre o fluxo luminoso emitido pela fonte e o
fluxo dirigido para a superfície a ser iluminada); e o
espalhamento desse fluxo luminoso sobre a superfí-
cie em análise. Neste quesito (Emed/Pin), observa-se
que a luminária LED tem um melhor desempenho
que a luminária com lâmpada de vapor de sódio em
(a) (b)
Figura 8. Formas de onda de corrente (vermelho) e tensão (azul) na
alta pressão.
entrada das luminárias com (a) vapor de sódio e (b) LED. A Figura 10 mostra as curvas de iluminância
ponto a ponto, onde pode ser visto que a luminária
LED tem uma distribuição luminosa mais uniforme.
A Tabela 8 mostra os demais resultados
fotométricos obtidos com auxílio da esfera integra-
dora Labsphere LM-400. Nesta tabela é possível
observar o fluxo luminoso emitido por cada fonte
luminosa, a eficácia luminosa, o índice de
reprodução de cor (IRC) e a temperatura de cor
correlata. Nota-se que a lâmpada de vapor de sódio
(a) (b)
tem maior eficácia luminosa e temperatura de cor
Figura 9. Avaliação do conteúdo harmônico da corrente de entrada mais quente, enquanto a lúminaria LED tem elevado
segundo a norma IEC 61000-3- 2 Classe C das luminárias com
(a) lâmpada de vapor de sódio (HPS) e (b) LED.
IRC e temperatura de cor mais fria. Essas diferenças
podem ser evidenciadas na Figura 11, que mostra
Nota-se que para este caso, a implantação das ambas as luminárias funcionando em campo.
luminárias LED possui duas vantagens relevantes em Por fim, acrescenta-se a informação da vida útil
relação às luminárias com lâmpadas de vapor de só- de cada sistema. Enquanto as lâmpadas de vapor de
dio em alta pressão. A primeira delas, e mais eviden- sódio em alta pressão têm vida útil de 32.000 horas
te, é a diminuição da carga instalada e consequente- para uma deprecisação de 30% do fluxo luminoso
mente do consumo e gastos com energia elétrica. A inicial (SINCERO, 2007), a vida útil da luminária
segunda, a diminuição do conteúdo harmônico inje- LED segundo o fabricante é de 50.000 horas.
tado na rede elétrica, o que colabora para a qualidade
de energia do sistema. Tabela 7. Parâmetros fotométricos medidos em campo de trabalho
Lmed Emed/Pin
Luminária Emed (lux) U0
(cd/m2) (lux/W)
6.2 Comparação baseada na fotometria Clássica V. de Sódio 22,00 0,34 1,15 0,079
A partir de resultados experimentais obtidos em LED 17,58 0,48 1,02 0,112
campo e em laboratório, pode-se efetuar uma
comparação fotométrica entre o antigo sistema de
iluminação empregando lâmpadas de vapor de sódio
em alta pressão e o novo empregando luminárias
Iluminâcia (lux)

LED. Os resultados levam em consideração a foto- (a)


metria clássica, uma vez que os equipamentos de
medição estão calibrados para a condição fotópica.
A Tabela 7 mostra os resultados de iluminância
média, luminância média e uniformidade na via para
ambas as tecnologias avaliadas. Neste caso,
observa-se que o sistema empregando luminárias
com lâmpadas de vapor de sódio teve melhores resul-
tados de iluminância média e luminância média na
via, enquanto o sistema empregando luminárias LED
Iluminâcia (lux)

(b)
obteve melhor uniformidade. Ambos os casos aten-
dem os requisitos mínimos exigidos pela norma de
iluminação pública NBR 5101. Outro dado importan-
te que consta na Tabela 7 é a razão entre a iluminân-
cia média e a potência de entrada (Emed/Pin). Apesar
de não levar em conta a questão da uniformidade da
iluminação, a razão (Emed/Pin) ajuda a se ter melhor
noção da eficiência global de cada sistema, uma vez
que engloba características como a eficiência do dri- Figura 10. Curvas de iluminância ponto a ponto obtidas para as
ver ou reator utilizado (relação entre a potência de luminárias com (a) lâmpada de vapor de sódio e (b) LED.
Unidade no plano em metros.
entrada e a potência de saída); a eficiência da fonte

3080
Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática
Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

Tabela 8. Características fotométricas obtidas na esfera integradora. Tabela 9. Resultados fotométricos baseados na condição mesópica
Fluxo luminoso Eficácia IRC TCC Φ” E”med E”med/Pin Eficácia
Luminária Luminária Fc
Fotópico (lm) luminosa (lm) (%) (K) (lm”) (lux”) (lux”/W) (lm”/W)

Vapor de Vapor de
23.270 83,1 25 2.000 0,955 22.223 21,01 0,075 79,36
Sódio Sódio

LED 9.600 61,2 85 6.000 LED 1,100 10.560 19,34 0,123 67,26

6.4 Análise simplificada de Payback e Sensibilidade


das Luminárias LED
A economia anual obtida pela implantação da
iluminação empregando LEDs é calculada por (2).

EcAnual  12   Csodio  CLED   TI (2)

Onde Csodio e CLED são os consumos mensais dos


sistemas de iluminação e TI o valor da tarifa de
iluminação. O antigo sistema de iluminação com
lâmpadas de vapor de sódio de 250 W tem consumo
Figura 11. Foto comparando a iluminação com LED e vapor de sódio.
mensal de 4.435 kWh, considerando 30 W de perdas
no reator e funcionamento diário de 12 horas. Já o
6.3 Comparação baseada na resposta dinâmica novo sistema empregando luminárias LED de 157 W
visual do olho humano tem consumo de 2.487 kWh. O valor da tarifa pago
pela Universidade Federal de Juiz de Fora é de
Os resultados da seção anterior foram obtidos R$ 0,552 (referente a 06/12/2013 e obtido a partir da
considerando a resposta fotópica do olho humano. média ponderada da tarifa horo-sazonal verde). Lo-
Porém, para aplicações em iluminação pública, onde go, a economia anual obtida é de R$ 12.903,55.
os níveis de luminância são menores, a resposta me- O payback do sistema pode ser expresso por (3):
sópica representa mais adequadamente a percepção
de iluminamento obtida pelo olho humano. Assim, as Custo de implantação
Payback ( anos)  (3)
grandezas fotométricas avaliadas devem ser adapta- EcAnual
das de forma a gerar resultados mais fidedignos à
real condição de iluminação. O custo de cada uma das 44 luminárias LED im-
A Tabela 9 mostra a comparação das principais plantadas no do projeto piloto foi de R$ 1960,00. Já
grandezas fotométricas das fontes luminosas avalia- o custo da mão de obra para instalação foi de R$
das, levando-se em consideração a condição mesópi- 80,00 por luminária, totalizando um custo de implan-
ca. Os resultados foram gerados a partir dos fatores tação de R$ 89.760,00. Assim, estima-se que o
de correção obtidos na Tabela 1. A relação S/P da payback do sistema de iluminação empregando lu-
lâmpada de vapor de sódio é 0,577, enquanto a da minárias LED se dê em aproximadamente 7 anos.
luminária LED é 1,95. A relação S/P foi obtida com Nota-se que o novo sistema de iluminação com
auxílio da esfera integradora, que gerou os dados de LEDs só passa a ter um retorno financeiro após 7
fluxo luminoso fotópico e escotópico. A luminância anos de funcionamento, ou seja, um tempo além da
média foi medida no campo de trabalho de acordo garantia de 5 anos oferecida pelo fabricante, mas
com a norma NBR 5101. Para os valores intermediá- dentro da vida útil do sistema, que é de 11 anos e 5
rios de S/P e luminância média, o fator de correção meses ou 50 mil horas.
foi obtido através de interpolação linear. Se for considerado que o retorno financeiro de-
Na condição mesópica descrita nesse trabalho, vido ao investimento na tecnologia empregando
há um acréscimo no fluxo luminoso efetivo (Φ”) da LEDs deve ocorrer dentro do tempo de garantia da
luminária LED, enquanto há um decréscimo para a luminária (5 anos), o preço da luminária LED
luminária com lâmpada de vapor de sódio. Nessas implantada no projeto piloto deveria ser (4):
condições, a luminária com lâmpada de vapor de
sódio apresentou maior eficácia luminosa e ilumi-  t garantia x EcAnual 
nância média na via. A luminária LED obteve um PreçoLED     R$1466, 31 (4)
resultado de iluminância média 8% menor do que o  44 
da luminária com lâmpada de vapor de sódio, porém
emitindo menos da metade de fluxo luminoso e con- A Figura 12 mostra um gráfico contendo as pro-
sumindo 44% menos energia. Isso ocorre, pois o jeções de queda de preço de uma luminária LED,
LED tem melhor direcionamento do fluxo luminoso, segundo o documento Solid State Lighting Research
obtendo uma distribuição no campo de trabalho mais and Development: Manufaturing Roadmap (U.S.
eficiente, como comprova a relação Emed/Pin. DEPARTMENT OF ENERGY, 2012).

3081
Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática
Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

Referências Bibliográficas

ABNT NBR 5101 (2012). Iluminação Pública.


BRAGA, H. A. C.; ROSEMBACK, R. H.; ABREU, R. A.;
RODRIGUES, M. C. B. P.; VICENTE, F. T.;
FRACETTI, P. (2010), “Degradação da Qualidade de
Reatores Eletromagnéticos de Lâmpadas de
Descarga.” IEEE International Conference on
Industry Applications.
CASAGRANDE, C. G.; RODRIGUES, C. R. B. S.;
NOGUEIRA, F. J..; CAMPOS, M. F. C.; BRAGA, H.
Figura 12. Projeção de queda de preço de uma luminária LED
(U.S. DEPARTMENT OF ENERGY, 2012).
A. C. (2013), “Evaluation of Lighting Systems
Through Adaptation of Photometric Quantities.” 39th
Conference of the IEEE Industrial Electronics Society.
Aplicando-se as projeções mostradas no gráfico
CIE-191 (2010). Technical Report: Recommended System
da Figura 12 na luminária LED instalada no projeto for Mesopic Photometry Based on Visual Performance.
piloto, e sabendo que o preço da luminária é de DUPUIS, R.D.; KRAMES, M.R. (2008), "History,
R$ 1.960,00 (cotação efetuada em 06/05/2013), é Development, and Applications of High-Brightness
possível estimar que no ano de 2015, esta mesma Visible Light-Emitting Diodes." Journal of Lightwave
luminária tenha custo aproximado de R$ 1.214,15, Technology, vol.26, no.9, pp.1154-1171.
valor que garantiria o retorno do investimento dentro ELETROBRAS (2008). Dados da iluminação Pública
do tempo de garantia da luminária. 2008. Disponível em http://www.eletrobras.gov.br,
Por fim, deve ser ressaltado que esses cálculos acesso em 15 de dezembro de 2013.
HARROLD, R; MANNIE, D. (2003). IESNA Lighting
dizem respeito ao caso da Universidade Federal de
Ready Reaference (RR-03): A compendium of
Juiz de Fora, que paga uma tarifa de iluminação mais materials from the IESNA lighting handbook, 9th
elevada (devido ao tipo de tarifa contratada), que edition. New York.
ocasiona um payback mais acelerado do que sistemas LAUBSH, A.; SABATHIL, M.; BAUR, J.; PETER, M.;
de iluminação pública convencionais, que pagam a HAHN, B. (2010), “High-Power and High-Efficiency
tarifa típica de R$ 0,234/kWh (SIQUEIRA, 2012). InGaN-Based Light Emitters”. IEEE Transactions on
Nessas condições, o payback das luminárias LED do Electronic Devices. Vol. 57, no. 1, pp. 79-87.
projeto piloto se daria em dezesseis anos e meio, ou MAGGI, T. (2013). Estudo e Implementação de uma
seja, muito além da vida útil da luminária LED. Luminárias de Iluminação Pública à Base de LEDs.
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de
Santa Maria. Santa Maria.
7 Conclusões POLONSKII, M. (2008). Reatores Eletrônicos para
Iluminação Fluorescente. Editora Unijuí 1. ed. Ijuí.
POPPE, A.; MOLNÁR, G.; CSUTI, P.; SZABÓ, F.;
Este trabalho apresentou um estudo de caso SCHANDA, J. (2011). “Ageing of LEDs: A
referente à implantação de um projeto piloto de ilu- Comprehensive Study Based on the LM80 Standard
minação pública empregando luminárias LED. and Thermal Transient Measurements.” Hungarian
As avaliações de características elétricas mos- National Technology Research and Development
tram que as luminárias LED atendem às normas vi- Office / Budapest University of [S.l.].
gentes, que regulam a emissão de harmônicos na REA, M. S.; BULLOUGH, J D.; FREYSSINIER-NOVA,
rede elétrica e o mínimo fator de potência permitido. J. P;. BIERMAN, M. S. (2004). “A Proposed Unified
System of Photometry”. Light Research Techonology
No ponto de vista fotométrico, foi possível observar
Center. Vol 36. pp. 85 – 111.
que as luminárias atendem às exigências previstas na RODRIGUES, C. R. B. S. (2012). Contribuições ao Uso de
norma de iluminação pública para a via analisada. Diodos Emissores de Luz em Iluminação Pública.
Comparações com o antigo sistema empregando Tese de Doutorado. Universidade Federal de Juiz de
lâmpadas de vapor de sódio em alta pressão também Fora. Juiz de For a.
foram efetuadas. No ponto de vista elétrico, pode-se SCHUCH, L.; COSTA, M .A .D.; RECH, C.; MICHELS,
observar uma brusca queda na potência instalada no L.; COSTA, G. H.; SANTOS A.S. (2011). “Sistema
sistema de iluminação, o que impactou diretamente Autônomo de Iluminação Pública de Alta Eficiência
no consumo de energia elétrica. No ponto de vista Baseado em Energia Solar e LEDs”. Eletrônica de
fotométrico, as comparações baseadas na fotometria Potência – SOBRAEP , vol. 16, no. 1, pp. 17–27.
SINCERO, G.C.R.; PERIN, A.J. (2007) "High Pressure
mesópica mostram que a luminária LED de 157 W
Sodium Lamp High Power Factor Electronic Ballasts
pode substituir uma luminária com lâmpada de vapor Using AC–AC Converters". Power Electronics, IEEE
de sódio de 250 W obtendo uma redução de apenas Transactions on , vol.22, no.3, pp.804-814.
8% no nível de iluminância na via, com a vantagem SIQUEIRA, M. C. (2012). PROCEL RELUZ – Programa
de se ter maior uniformidade, IRC e vida útil. Nacional de Iluminação Pública e Iluminação
Por fim foi feita a avaliação econômica do novo Semofórica Eficientes. II Seminário de Iluminação
sistema empregando luminárias LED, onde foi visto Pública Eficiente UFJF-PROCEL. Juiz de Fora.
que a partir da economia anual gerada no valor de U.S. DEPARTMENT OF ENERGY (2012). Solid-State
R$12.903,55, é possível ter um tempo de payback de Lighting Research and Development: Multi Year
Program Plan.
aproximadamente 7 anos.

3082

Você também pode gostar