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RESENHA CRÍTICA
Introdução
Realidade esta que ainda apresenta-se de forma sui gêneres entre a facticidade
objetiva e o significado subjetivo.
Essa questão é de dupla mão, pois tanto os indivíduos como os grupos constróem
e influenciam na sociedade quanto a sociedade influencia nos grupos e nos
indivíduos.
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O estudo proposto parte da análise da consciência desse Homem comum,
considerando principalmente que é na realidade da vida cotidiana que a sua
consciência é exigida ao máximo, daí a necessidade de abordar alguns
fundamentos do conhecimento dessa vida cotidiana.
A forma mais básica de interação social é a interação face a face. Nesta situação
um indivíduo é apreendido pelo outro. Um é plenamente real para o outro,
convivendo num mesmo local e num mesmo momento histórico, podendo um
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observar as reações do outro em relação às suas atitudes. Porém nunca irá
compreendê-lo por completo, mesmo que o outro conte todo o seu passado, toda
a sua história.
A linguagem da interação face a face é a mais efetiva, nenhum outro modelo pode
reproduzi-la. Entretanto se faz necessário o estabelecimento de pontes entre as
diferentes zonas dentro da realidade da vida cotidiana, em função, principalmente
do tempo, do espaço e dos aspectos sociais, assim a linguagem transcende o
hiato do tempo, do espaço e dos fatores sociais, tornando presente coisas
separadas por estes fatores.
E esta análise do papel da linguagem é válido não só com relação aos fatos
associados aos outros mas também ao associado “comigo”. É a linguagem um
elemento fundamental para “falar de si mesmo até conhecer a si mesmo”.
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complemento do seu desenvolvimento orgânico, vai também sendo socialmente
formado. Os mesmos processos sociais que determinam a constituição do
organismo, produzem também o EU em sua forma particular. Assim esse EU não
pode ser compreendido fora do contexto social onde foi formado.
As origens da institucionalização.
Sedimentação e tradição
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Partes das experiências humanas são consideradas de relevantes para um grupo
ou indivíduo, sendo mantidas nas memórias e discutidas nos grupos
(sedimentação). A linguagem é novamente a forma de transmissão das
sedimentações objetivadas, de forma que quem não passou pela experiência
possa ter possibilidade de entendê-la.
Papéis
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O oposto é verificado quando existem um pequeno conjunto de problemas em
comum, havendo a institucionalização apenas deste pequeno conjunto de
problema, não existindo, em decorrência, um acervo de conhecimento.
Legitimação
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Estes são os principais mecanismos de legitimação que somam-se aos
institucionalização na formação da sociedade como realidade objetiva.
A interiorização da realidade.
A socialização primária
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A socialização secundária
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A sociedade é interiorizada pelo indivíduo e influencia-o em seus interesses, na
sua capacidade de vocabulário, nos seus interesses político partidários, nos seus
interesses econômicos, etc. Assim, o indivíduo somente interioriza aquilo que é de
seu interesse. O que ele necessita tornar subjetivo para ele. E o seu interesse é
socialmente condicionado.
Não existe socialização perfeitamente bem sucedida onde tudo o que está
objetivado pela sociedade se torna subjetivo para um indivíduo qualquer. E
também não há possibilidade de que toda a identidade e todo o universo simbólico
de um indivíduo ser totalmente objetivado. Então a proposta de interação total a
sociedade é impossível.
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Organismo e identidade
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Conclusões:
Coexistem diversas realidades, mas a que atua como com maior intensidade na
dialética comentada é a realidade da vida cotidiana, que apresenta
comportamentos diferentes entre o homem simples e o filósofo.
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Críticas:
Não cabem aqui críticas, mas alguns comentários e questões que foram se
apresentando de forma relevante ao longo da leitura e análise da obra citada:
Um dos foco deste conflito deve residir nas organizações onde os indivíduos
trabalham. Este conflito deve/pode ser suportável enquanto estiver gerando
algum resultado que, de alguma forma, alimenta a realidade individualmente
predominante.
O mesmo ocorrendo com alguns indivíduos, que passam por processos quase
radicais de mudança, decorrente muitas vezes de reflexões pessoais que
fogem totalmente do padrão vigente na sociedade (tanto a mudança, quanto o
ato e a forma da reflexão, bem como a própria essência da reflexão).
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exemplo, parece existir um entendimento comum (construído socialmente ??)
que a cada tempo uma nova abordagem surge, uma nova visão de algum
aspecto significativo do mundo aparece. Parece existir um ciclo maior que
ordena esta mudança de paradigmas, ciclo este que é impossível ser
vivenciado e construído socialmente de forma direta, mas que para alguns
parece claro e elementar, enquanto para outros parece absurdos e
aberrações.
Bibliografia
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