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Revisão 00 – 09/11/2011
GUIA DE ORIENTAÇÃO BÁSICA PARA USO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE
PRODUTOS QUÍMICOS
Carga a granel – Produto que é transportado sem nenhuma embalagem, sendo contido apenas pelo
equipamento de transporte (tanque).
Conteúdo efetivo – É a quantidade do produto contida na embalagem.
Conteúdo nominal ou conteúdo líquido – È a quantidade do produto declarada na rotulagem da
embalagem, excluindo a mesma e qualquer outro objeto acondicionado com esse produto.
Destinação final ambientalmente adequada – destinação de resíduos que inclui a reutilização, a
reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas
pelos órgãos competentes, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de
modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos.
Disposição final ambientalmente adequada – distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando
normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a
minimizar os impactos ambientais adversos.
Embalagem – Invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, destinada a
conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter produtos destinados à expedição, embarque,
transporte, armazenagem e manuseio.
Embalagem primária – Acondicionamento que está em contato direto com o produto e que pode se
constituir em recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de proteção, removível ou não, destinado a
envasar ou manter, cobrir ou empacotar matérias-primas, produtos semi-elaborados ou produtos acabados.
Embalagem secundária – É o envoltório destinado a conter a ou as embalagens primárias.
Empresa – Pessoa jurídica que, segundo as leis vigentes de comércio, explore atividade econômica ou
industrialize produto.
Estabelecimento – Unidade da empresa onde se processa a atividade.
Fabricação – Todas as operações que se fizerem necessárias à obtenção do produto.
Fabricante – Aquele que manufatura ou formula o produto.
Folheto de impressão – Texto impresso que acompanha o produto, contendo informações
complementares.
Geradores de resíduos sólidos – pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram
resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo.
Logística reversa – instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de
ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor
empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada.
Nome Comercial – Designação do produto, para distinguí-lo de outros, ainda que do mesmo fabricante ou
da mesma espécie, qualidade ou natureza.
Nome do Produto - Designação do produto, para distinguí-lo de outros, ainda que da mesma empresa ou
fabricante, da mesma espécie, qualidade ou natureza.
Nome apropriado para embarque – Parte de designação que descreve mais precisamente o produto
dentre as designações constantes da Relação de Produtos Perigosos (Resolução 420 da ANTT).
Nome técnico – Nome químico reconhecido ou outro nome corretamente utilizado em manuais, periódicos
ou compêndios técnicos ou científicos. Nomes comerciais não devem ser empregados com este propósito.
Resíduos sólidos – material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em
sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos
estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta
de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
A FISPQ é o documento mais completo para que possa ter uma rápida informação sobre qualquer produto
químico. Todo fabricante e/ou o distribuidor / revendedor deve disponibilizá-la obrigatoriamente aos seus
Clientes, que por sua vez devem disponibilizá-las para os consumidores finais ou colaboradores diretos nos
seus respectivos locais de trabalho, para consulta e informação imediata, se necessário.
A FISPQ deve conter as seguintes informações básicas sobre o produto a que se refere:
Leia a FISPQ de cada produto químico que armazena e/ou manuseia, antes de trabalhar com ele. Quanto
mais você souber a respeito do produto, menores são as chances de sofrer um acidente ou causar dano a
sua saúde ou ao meio ambiente.
Rotulagem
A correta rotulagem das embalagens de produtos químicos é um dos meios utilizados para uma boa
comunicação entre o fabricante / distribuidor e o consumidor final. É a forma usual de assegurar pronta
identificação dos perigos de cada produto, fornecer informações de segurança essenciais e de transferir ao
público em geral informações importantes para a correta execução das operações de transporte, manuseio,
armazenagem e ações de emergência, quando necessário.
A correta identificação dos produtos químicos perigosos comercializados pela GR CRUZEIRO é feita
através de rótulos afixados nas embalagens, com informações sobre os riscos à segurança, à saúde e ao
meio ambiente de cada produto. As informações contidas nos rótulos são atualizadas conforme definido nas
FISPQs de cada produto e estão descritas de maneira clara e legível.
A identificação das embalagens produtos químicos devem estar em conformidade com a legislação vigente
e com as normas específicas de cada produto comercializado.
Assim como a FISPQ, a FE e o Envelope para Transporte contém informações importantes sobre o
produto químico transportado.
A Ficha de Emergência e o Envelope de Emergência devem ser apresentados na Portaria da empresa,
para descarregamento. Essa ficha deve ficar com o Motorista, durante o carregamento, transporte e
descarregamento, no destino final.
NOTA 1: As Fichas de Emergência e Envelopes para o Transporte de produtos que não estão sendo
transportados NÃO devem permanecer no veículo, pois, em caso de acidente, os Bombeiros ou pessoal da
Equipe de Socorro não conseguirão identificar prontamente o produto transportado interferindo, assim, no
resgate e / ou eliminação do vazamento ou fogo.
Os locais onde ficam armazenados produtos químicos devem ser dotados de piso impermeável, com
caimento que favoreça o escoamento de líquidos para canaletas de controle ou dispositivos de contenção,
em caso de derramamento ou vazamento;
As canaletas de controle ou dispositivos de contenção não devem permitir o descarte do material resultante
de derramamento ou vazamento em galerias de águas pluviais ou esgotos, antes de serem adequadamente
tratados;
É recomendado que nas proximidades do local de armazenamento de produtos químicos exista ponto de
captação de água, chuveiro de emergência ou lava-olhos;
As edificações destinadas ao armazenamento de produtos que possam gerar gases, deverão ser dotadas
de aberturas superiores a fim de impedir a formação de bolsas de gases;
ILUMINAÇÃO
O local de armazenamento de produtos químicos deve estar adequadamente iluminado (200 Lux item
5.3.58 da NBR 5413) permitindo a leitura fácil e objetiva da identificação dos produtos e dos cuidados
necessários para a manipulação dos mesmos;
CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO
Os produtos químicos deverão ser armazenados tomando-se por base a família a qual pertença, evitando-
se composições de risco e a proximidade de produtos incompatíveis sem que haja barreiras físicas entre os
mesmos;
Devem ser respeitadas, as condições de empilhamento dos vasilhames, estabelecidas pelo fornecedor;
Se as embalagens dos produtos químicos a serem armazenados não forem compatíveis com as
especificações ou características do produto, o fabricante / fornecedor deve ser imediatamente acionado
para o pronto estabelecimento e execução das providências cabíveis;
Os produtos químicos armazenados devem estar devidamente rotulados nos locais previamente definidos e
sinalizados para sua armazenagem;
Os produtos químicos armazenados em prateleira deverão ter suas posições definidas e identificadas por
nome do produto, nome comercial quando de domínio público.
TREINAMENTO OBRIGATÓRIO
Todos os colaboradores das áreas de armazenamento de produtos químicos devem receber treinamento
específico de manuseio e primeiros socorros.
A NR-6 tem a sua existência jurídica assegurada, como de legislação ordinária e estabelece a
obrigatoriedade da empresa em entregar os EPI’s necessários a seus colaboradores.
Segundo o Art. 166 da CLT a empresa é obrigada a fornecer aos colaboradores, gratuitamente,
equipamentos de proteção individual adequados ao risco e em perfeito estado de conservação e
funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes e danos à saúde dos empregados.
A NR-1, no seu item 1.8 alínea “a” – menciona a obrigatoriedade do colaborador em “usar o EPI fornecido
pelo empregador” onde o seu descumprimento está sujeito à aplicação de penalidades previstas na
legislação vigente.
Os colaboradores devem conservar seus EPIs em boas condições de uso, guarda e higienização.
Com a preocupação de prevenir a poluição e minimizar impactos associados a disposição das embalagens
utilizadas pelos seus clientes a GR Cruzeiro disponibiliza um suporte por correio eletrônico, disponível no
site da empresa, para maiores informações sobre o processo de recebimento dessas embalagens
utilizadas.
Caso seja de interesse do cliente realizar a disposição adequada, reciclagem ou outro processo aprovado
pelo orgão ambiental, deve ser realizada de forma ambientalmete correta, deve-se analizar o processo
utilizado pela empresa, licenças obrigatórias ou outros requesitos legais pertinentes a cada processo.
Artigo 30 – “É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser
implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e
de manejo de resíduos sólidos, consoante as atribuições e procedimentos previstos...”.
Conforme o Artigo 33, § 1º e § 4º, os consumidores deverão efetuar a devolução após o uso, aos
comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens a que se referem aos produtos cuja
embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso.
A lei também fala sobre a proibição da forma de destinação, portanto, NÃO se deve:
INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA
Onde:
X = Incompatível.
A = Incompatível para produtos da subclasse 2.3 que apresentam toxicidade por inalação
LC50 < 100 ppm (partes por milhão).
B = Incompatível apenas para produtos da subclasse 4.1 com os seguintes números ONU: 3221 (líquido
auto-reagente, tipo B), 3222 (sólido auto-reagente, tipo B), 3231 (líquido auto-reagente, tipo B, temperatura
controlada) e 3232 (sólido auto-reagente, tipo B, temperatura controlada).
C = Incompatível apenas para produtos da subclasse 5.2 com os seguintes números ONU: 3101 (peróxido
orgânico, tipo B, líquido), 3102 (peróxido orgânico, tipo B, sólido), 3111 (peróxido orgânico, tipo B, líquido,
temperatura controlada), 3112 (peróxido orgânico, tipo B, sólido, temperatura controlada).
D = Incompatível apenas para produtos da subclasse 6.1 do grupo de embalagem 1 (tóxico de alto grau de
risco).
Notas:
o Cianetos ou misturas de cianetos não devem ser transportados com ácidos.
o No caso da subclasse 2.3, a toxicidade inalatória (LC50) deve ser indicada na Ficha de
Emergência do produto.
No site www.grcruzeiro.com.br você encontrará mais informações importantes para sua segurança no uso,
armazenamento e manuseio de produtos químicos.