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CRT TECNICAS DE ANALISE DE CIRCUITOS INTRODUCAG™ E necessdério um esquema elétrico para descrever o funcionamento e construgao de um equipamento eletrénico. Um esquema contém tudo o que se requer para analisar, explicar e reparar um circuito elétrico ou eletrénico. Os aparelhos eletrénicos sao constituidos de dispositivos, pegas, fios, etc., que sao representados por intermédio de simbolos universalmente convencionados. Os desenhos constituidos somente de simbolos denominam-se dese- nhos esquematicos e aqueles em que os elementos aparecem em sua forma natural, sAo os desenhos chapeados. Um simbolo, para ser escolhido, deve indicar de maneira absoluta a condigao do valor nominal atribuido e apresen- tar uma concepgao entre a fungao e a constituigao fisica do acessdrio e 0 seu desenho representativo. Se nao tivéssemos os simbolos e 0 esquema elétrico para poder expli- car o funcionamento de um aparelho eletrénico — um radio, por exemplo — provavelmente terfiamos um livro como este para explicd-lo, enquanto o es- quema cabe facilmente em uma pagina (exemplo disto esta na figura 1, onde temos um radio AM/FM completo). Ha varias normas técnicas usadas ao redor do mundo, algumas muito e outras pouco utilizadas. De qualquer forma, estas normas sao semelhantes € elas ditam as regras para representar componentes eletrénicos, esquemas, simbolos, abreviagdes, unidades de medida, etc. Cada fabricante de componente eletrénico adota um simbolo de acordo com uma destas normas. Na realidade, os simbolos mais utilizados atualmen- te sao baseados nas seguintes normas: - IEEE: Instituto de Eletricidade e Engenharia Eletrénica - ANSI: Instituto Nacional Americano de Normas Técnicas - IEC: Comissao Internacional de Eletrénica No Brasil temos a ABNT — Associagao Brasileira de Normas Técnicas. COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS, naae cae = ‘A €) eezlse ful 3 fase Aovoot, ceo} Haus COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS A ABNT é uma sociedade civil para fins nao lucrativos, fundada em setembro de 1940, considerada de utilidade publica pela Lei 4150, de 21/11/62, e tem por objetivos: - elaboragao de normas técnicas nos campos cientifico, tecnico, industri- al, comercial e agricola; - adogao e difusao de normas técnicas; - representagao do Brasil nas entidades internacionais de normalizagao; - intercAmbio e colaboragao com organizagées similares estrangeiras e internacionais. Através desta entidade adota-se as simbologias para uso no Brasil. Con- tudo, alguns fabricantes, por terem matrizes no exterior, acabam adotando normas do seu pais que diferem um pouco das nossas. O técnico eletrénico deve saber interpretar todas estas diferengas de simbolos. Em eletrénica, utilizamos muito os diagramas em blocos. A principal fun- ¢ao do diagrama em blocos é mostrar o funcionamento total do circuito com a inter-relagado das varias partes. No diagrama em blocos (figura 2), considera- mos cada bloco como uma “caixa preta” no que diz respeito ao funcionamen- to elétrico. Por outro lado, analisamos a fun¢gao de cada estagio. Um diagrama em blocos mostra o transcurso do sinal através do circuito e a fungao de cada parte. Por esta raz4o, algumas vezes ele 6 chamado de diagrama de blocos funcional. ona 455KHz BOBINA FERRITE 1 |» aie DETETOR a0) FONTE topos fosciapor ALIMENT estos Ptocal CAO O diagrama em blocos nao apresenta nenhuma informag&o sobre os tipos de conexdes utilizadas, nem diz se tem transistor, valvula ou circuito integrado no circuito correspondente. A sua principal vantagem é facilitar a analise operacional e funcional de cada estagio e do aparelho como um todo. Nas’ técnicas de reparagao de aparelhos eletrénicos, recorremos tanto ao esquema elétrico como ao diagrama em blocos. O diagrama em blocos mostra a relagdo funcional dos estagios e por isso 6 uma fonte importante de informagao para se localizar um defeito. O esquema elétrico é utilizado apés determinar 0 estagio que esta defei- tuoso. Deste modo, aquela “caixa preta” passa a ser “visivel” no esquema elétrico. 6 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS Em resumo, é preferivel usar um diagrama em blocos ao invés de um diagrama esquemético quando se esta diagnosticando defeitos num aparelho. O uso do diagrama em blocos permite usar a técnica do diagnéstico de “entra- da boa/saida ruim”. Se o diagrama em blocos incluir os principais pontos de medigdes, o bloco também Ihe permitira usar instrumentos de medigées como auxiliares na pesquisa do defeito. Quanto mais complexo for o aparelho, mais. importante se tornara o dia- grama em blocos. Nem o esquema, nem o diagrama em blocos nos mostra a localizagao fisica e individual de cada componente. O lay-out é um grafico de componen- tes, mostrando a localizagao fisica dos componentes no chassi ou na PCI (Placa de Circuito Impresso). A figura 3 ilustra um lay-out. 3 Alguns manuais de servigo mostram fotos do chassi ou da PCI, como ilustra a figura 4. O numero de cada componente esta representado no lay-out e@ no esquema elétrico. Através de setas, o fabricante pode destacar alguns componentes, faci- litando sua localizagao. Os diagramas mecanicos destinam-se a dar informagdes sobre as cone- xées mecanicas que o aparelho tem (corda do dial, mecanismo, teclas, etc.). A figura 5 ilustra um destes diagramas mecAnicos. A vista explodida é muito util, pois mostra cada um dos componentes que COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS formam uma pega ou mecanismo. Ela detalha todos os pormenores de um dis- positivo, permitindo ao técnico monta-lo ou desmonta-lo para uma manutengao. A figura 6 ilustra uma destas vis- tas explodidas. Quem fornece este ma- terial 6 o fabricante do aparelho, atra- vés dos manuais de servigo. Um diagrama de fluxo consiste em uma série de simbolos que grafica- mente representam a solugao de um problema. Um diagrama de fluxo é um diagrama de blocos, porém com formas diferentes de representagao. No diagrama de fluxo (veja a figura 7), s40 determinados os passos requeri- dos para uma determinada tarefa técnica (pode ser uma montagem, uma repara- ao, um ajuste ou alinhamento, etc.). Em informatica o diagrama de fluxo (também chamado de fluxograma) é muito utilizado. Um dicionario de eletrénica define troubleshooting como “procurar, loca- lizar, e eliminar defeitos em equipamentos eletrénicos”. O principal propdésito de uma arvore de defeitos é minimizar os testes e adotar um critério logico nas medigées para verificagao dos sinais naquele circuito. Uma 4rvore de defeitos é feita especificamente para cada tipo de defei- to, partindo-se de algum sintoma. Um exemplo de arvore de defeitos ou troubleshooting esta na figura 8. 8 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS Com Nos manuais de servigo encontramos uma lista que relaciona todos os componentes utilizados naquele aparelho ou circuito. E a lista de componentés. Quando combinamos mais de um componente de tal forma que juntos realizem uma fungao, chamamos essa combinacao de circuito elétrico. Um circuito elétrico 6, portanto, uma combinagao de componentes conectados de tal forma que realizem uma fungao especifica. Ele pode ser dividido em duas partes: - circuito elétrico passivo - circuito elétrico ativo COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS Liar cine Lear PROTEG AO EQUIPAMENTO + VERIFICAR FUNCIONAM. MEDIR TENSAO EM 0301,0302 € 0303 SUBSTITUIR DIO. DO DEFEITUOSO Um circuito € passivo quando é uma combinagao de resistores, capacitores e indutores. 10 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS Um circuito 6 ativo quando acrescentamos uma ou mais valvulas, tran- sistores ou circuitos integrados. Toda vez que combinamos componentes distintos (capacitores com resistores, com indutores, etc.), criamos um circuito que vai executar uma fun- ao especifica. As fungées mais comuns sao: - filtros - amplificadores - osciladores - inversores - retificadores - reguladores de tensao - detetores ou demoduladores - outras E preciso conhecer: 1° - o funcionamento de cada componente eletrénico (resistor, diodo, transistor, etc.); 2° - os fendmenos que ocorrem na eletronica (ressonancia, impedancia, frequéncia, etc.); ~~3® ="saber interpreta-los no esquema elétrico. Os dois primeiros itens nao s4o do propésito deste livro. Por isso, caso 0 leitor tenha falta destes conhecimentos, recomendamos obter literaturas que tratem disso. Passaremos a abordar o terceiro item, que é a interpretagao dos esquemas. EEITURA“EINTERPRETACAO DE ESQUEMAS”™ A maioria dos esquemas segue 0 mesmo padrao: a entrada de sinal esta na esquerda superior. A trajetdria do sinal segue sempre em linha, mais ou menos da mesma forma que lemos uma pagina de um livro (da esquerda para a direita e de cima para baixo). A forma mais eficaz de se ler um esquema € analisando cada parte, analisando como o sinal entra, o que acontece la dentro e como ele sai. Evidentemente, para saber o que acontece lA dentro vocé devera conhecer o funcionamento dos componentes eletrénicos que fazem parte do circuito. A saida de cada parte do esquema é a entrada do estagio seguinte. A analise deve prosseguir através de todas as partes, até se chegar na saida final. Se o aparelho for um radio, a entrada para andlise sera a antena e a saida 0 alto falante. Se 0 circuito for de uma TV, a entrada sera a antena e a saida sera o tubo de imagem. Se o aparelho for um tape deck, a entrada sera AUDIO-IN e a saida sera © cabegote de gravagao. COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS CAPITULO IDENTIFICAGAO DE COMPONENTES E LOGIA DE ANALISE Este esquema um transistor e um circuito integrado. Na leitura de um esquema consideramos cada transistor como sendo um estagio (a menos que vocé ja esteja familiarizado com o circuito a ponto de distinguir os estagios sem o auxilio deste macete). 12 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS O circuito integrado pode conter um ou mais estagios — por isso 0 seu nome, indicando que um ou mais circuitos foram integrados neste dispositivo. Todo esquema de um aparelho eletrénico deve ser lido e analisado sob dois pontos de vista: - sinais elétricos AC (alternado) - tensdes e correntes DC (continuas) Para analisar o transcurso dos sinais elétricos (AC), 6 preciso conhecer o diagrama em blocos do aparelho a que 0 esquema se refere. Por exemplo: se vocé esta analisando 0 esquema de um radio AM/FM, podera reportar-se ao diagrama em blocos da figura 10. Este e outros diagra- mas em blocos que mostramos aqui sao genéricos, ou seja, valem para todos os aparelhos, independente de marca ou modelo 10 AMPL. RF 10,7MH2 AMPL DEMoDULA| DE FI yoon Fw ENFASE SADA -M ae (Ao AMPL) BOBINA AMPL. CONV. AMPL. SAIDA ANTENA me Re OE Ft DETETOR |B an a (0 AMPL.) osc. LocaL AM topes ESTAGIOS No entanto, foram elaborados sob o ponto de vista didatico. A medida que vocé for progredindo em seus estudos, recomendamos que passe a tra- balhar com os diagramas em blocos dos proprios aparelhos, obtidos nos ma- nuais de servigo. Se vocé for analisar um esquema elétrico de um TV _preto e branco, oriente-se pelo diagrama em blocos da figura 11. Para analisar as tensées e correntes DC devemos partir da fonte de alimentagao e seguir a trajetéria, “lendo” os pontos de alimentagao (geralmen- te estes pontos sao feitos em um dos terminais dos transistores e em alguns pinos dos circuitos integrados). COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 13 11 ote | ete VHF) SELETOR AMPLIFICA- o be Ft DETETOR i CANAIS So me eu acc wremcn| of ose 1} salva v v SEPARADOR SINCRON ose comPananon}—*] salon 4 DE FASE 4 tH AUTA TENSAO Um conceito importante é saber interpretar as conexdes de alimentagao DC e o terra. Conforme ja é de nosso conhecimento, os fios condutores e as trilhas do circuito impresso s&o usados para interligar os diversos componentes de um aparelho eletrénico. As ligagdes est&o indicadas nos esquemas elétricos com um simples trago, e devido as complexas dificuldades técnicas do desenho, sempre acon- tece de duas ou mais linhas, cada qual representando uma dentre varias ligagdes independentes, cruzarem-se em um ou varios pontos. Outras vezes, uma ligagao divide-se em ramais e 0 cruzamento de duas linhas indica deriva- goes feitas nas ligagdes. Portanto, para facilitar a compreensao dos desenhos e para distinguir as derivagdes dos simpies cruzamentos de fios, utilizam-se os simbolos. Para indicar que existe contato elétrico entre as trilhas, no cruzamento ou derivagao utilizamos uma “bolinha cheia’, tal como esta indicado na figura 12. Quando nao existir contato elétrico nos cruzamentos, utilizamos o sim- bolo mostrado na figura 13. HERERO AO TERAA™ O chassi usado para a montagem dos aparelhos eletrénicos é metalico (aluminio ou ferro galvanizado) e, portanto, conduz facilmente a corrente elé- trica. Por isso, 0 chassi é utilizado como ponto comum de diversas ligagdes. Uma conexao feita diretamente no chassi, com o auxilio de terminais apropri- ados, recebe 0 nome de ligacgdo a massa (ligagao ao terra). 14 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 12 13 Na bancada, é importante ter uma conexao real ao terra. A maneira de executa-la esta indicada na figura 14: uma barra de cobre é enterrada a uma profundidade de um metro num local onde a terra seja umida. Um fio condutor isolado tem uma das suas pontas soldada na barra de cobre. Pode-se acres- centar uma certa quantidade de sal grosso de cozinha para diminuir a resis- téncia elétrica de contato a terra. 14 FIO TERRA TERRA UMIDA Para compreender um esquema completo de um televisor ou de um videocassete, todo de uma vez, certamente é impossivel. Deve-se aprender dividir 0 esquema mentalmente, e fixar 0 olhar so- mente em uma segao; um estagio de cada vez. Eis a razao da necessidade de conhecer o diagrama em blocos do aparelho. Durante a analise, sua mente deve ignorar cada linha e cada simbolo que nao pertenga diretamente ao estdgio ou circuito que necessitamos analisar. E importante que vocé se acostume a gravar circuitos mentalmente, pois sera Util nas reparagdes. COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 15 Em um esquema elétrico, 0 trabalho de localizar os estagios é apenas um aperfeigoamento depois de conhecer os blocos. Em seguida, 0 técnico deve estudar e interpretar onde comega e onde termina cada estagio nos esquemas. O motivo disto se deve ao fato de que a técnica de reparagao consiste em diagnosticar o defeito, isolar 0 estagio defeituoso e, por fim, isolar 0 com- ponente defeituoso. Aprender a isolar 0 estagio defeituoso 6 0 motivo pelo qual interessa saber onde comega e onde termina cada estagio. Imaginando um estagio como se estivesse separado do restante do cir- cuito faz com que a localizagao de defeitos se torne um trabalho eficaz. Normalmente, um estagio é separado do outro por acopladores, confor- me ilustra a figura 15. O componente mais comum utilizado nos acoplamentos entre estagios € © capacitor. Como ja sabemos, os capacitores podem deixar passar os sinais alter- nados (sinais de audio ou RF). Porém, a maior ou menor possibilidade de um sinal CA passar por-um capacitor depende muito da frequéncia do sinal e do valor da capacitancia. Quanto mais baixa for a frequéncia do sinal, maior deve ser a capacitancia do capacitor para que este sinal passe. O inverso também € verdadeiro. Por exemplo, o capacitor de acoplamento C107 deste esquema é de valor baixo (cerca de 100 pF). Logo, passara por ele uma alta frequéncia. Ja o capacitor do tipo eletrolitico, 6 de alta capacitancia (cerca de 220 1F) e por isso deixar passar somente baixas frequéncias. Um indutor, quando utilizado como acoplamento, indica, na maioria das vezes, que se trata de um circuito ressonante. Nos préximos paragrafos, estudaremos como extrapolar do esquema a PCI, ou seja, como localizar os componentes do esquema fisicamente na pla- ca de circuito impresso e no chassi. 16 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS A primeira regra para facilitar na localizagdo dos componentes é con- centrar a atengao no componente principal do estagio. Em ordem hierarquia de importancia, temos: - circuito integrado - transistor - transformador - componentes especiais O circuito integrado localizamos pelo proprio dispositivo, que é de um formato todo diferente dos demais componentes, e todos os componentes que estiverem ao seu redor poderao fazer parte do estagio. No caso de transistores, por ser um elemento de trés terminais, também € facil localiza-lo. Localizando o transistor basta seguir as pistas da PCI para localizar os demais componentes que completam o estagio. No caso de trans- formadores, sendo de poténcia nao estarao na PCI e sim no chassi. Mas se forem do tipo para RF estarao na PCI e terao localizagao imediata. Os componentes especiais sao ainda mais faceis de localizar, devido as suas caracteristicas fisicas. Alguns exemplos: - fly-back - display - potencidmetro - cabegote de video - motor solendides - modulador de RF ou tuner: estes vém encapsulados em material de aluminio, a fim de evitar interferéncias de RF. - alto-falante - conectores DE ESQUEMAS Apresentaremos agora uma metodologia (um conjunto de técnicas) que facilitara a analise e interpretagao de esquemas elétricos. Dividiremos esta metodologia em quatro partes: A - Definigao dos estagios B - Acompanhamento da linha de alimentacao C - Acompanhamento do sinais principal D - Acompanhamento dos sinais secundadios A - Definigao de Estagios Este passo consiste em isolar mentalmente os componentes do esque- ma que pertencem a um determinado estagio. Para isto, é imprescindivel o dominio do diagrama em blocos do aparelho. A analise deve ser sempre na COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 17 mesma diregao do sinal. Na reparagao, utilizando um osciloscopio ou um pesquisador de sinais, a falha do sinal em um determinado ponto inutiliza todos os demais blocos, como se pode observar na figura 16. Por isso, para diagnosticar um defeito é preciso definir com exatidao cada estagio. B - Acompanhamento da Linha 1 6 de+B A linha de +B (alimentacao) deve ser analisada a partir da fonte de alimentag4o, logo apés o retificador, até os estagios do circuito. Deve-se observar as polarizagoes dos circuitos integrados e dos transistores. No exemplo da figura 17, a ana- lise da alimentagéo comegaria pelos pontos +B1 (24 V), entrando nos resistores R49, R46, R47, R45, R42, emissor de T43 via resistor, coletor de T11 e coletor de T12 via resistor. Exatamente nos pontos analisa- dos no esquema elétrico é que deve- mos efetuar os testes de medicdes com 0 voltimetro (escala de volts/DC). C — Acompanhamento do Sinal Principal O acompanhamento do sinal principal deve ser um trajeto, tal qual faria- mos com 0 osciloscépio, acompanhando o percurso do sinal desde a entrada até a saida. No exemplo anterior teriamos a seguinte seqiiéncia: o sinal passa pelo diodo, indutor, L1/C1, base de T41, LR, base de T42, R41, D41, base de 143, resistor R5, base de T11, base de T12, capacitor CX até a saida do conector R. D— Acompanhamento dos Sinais Secundarios Devemos encarar os sinais e componentes secundarios como ruas transversais de uma avenida principal . Utilizando 0 mesmo esquema anterior, os sinais secundarios sao os que seguem por: R59, R48, R44, R43, R51, R53, R54, R55, DS51, etc. Normalmente, um destes componentes defeituoso provoca a falha do sinal principal. Portanto, estes componentes devem ser aferidos com o multitester. Conclusées Queremos fazer uma ultima consideragao teérica antes da andlise prati- ca real. Refere-se as situagdes onde o sinal principal pode seguir por mais de um caminho. Quando isto ocorre, devemos lembrar das associagées série, paralela e mista de resistores ou circuitos. 18 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 1 5 & JUL Si 0G Ose OO (| _ 26+! (Ab2) 18+ 17 Eo) one (ave) 184 19 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS No circuito paralelo, a tensao aplicada sopre todos os componentes e a mesma. A corrente total 6 igual 4 soma das correntes sobre os componentes do circuito. No exemplo apresentado, apds o emissor de T43, o sinal é distri- buido por um circuito paralelo de trés segées: base de T11, bloco do amplifi- cador G e bloco do amplificador B. Toda vez que se deparar com uma bifurcagao do sinal e tiver que fazer © acompanhamento da trajetéria principal, lembre-se que “a corrente elétrica (sinal) sempre procurara preferencialmente 0 caminho que represente menor dificuldade — portanto, menor resisténcia, menor reatancia capacitiva e menor reatancia indutiva". E lembre-se sempre: "o sinal AC nunca sai pelo mesmo ponto que entra a alimentagao DC.” ’ Alguns esquemarios apresentam réguas Jura 18) contendo os niime- ros de posigdes dos componentes, a fim de facilitar a rapida localizacao dos componentes nos circuitos elétricos ou no chapeado. 18 MISC 401 453 454 R 632 634 785 633 c 500 504 595 As letras colocadas nos extremos da régua indicam 0 componente (R - Resistor, C - Capacitor, T - Transistor, etc.). Assim, para se localizar um componente no esquema, bastara partir da letra correspondente e, ao encontrar o ntimero de posigao do componente desejado, bastara seguir no esquema em sentido perpendicular a régua e o componente sera rapidamente localizado. 20 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS ANALISE E INTERPRETACAO DE CIRCUITOS DE RADIO INTRODUCAO™ Para analisarmos um esquema elétrico de um radio, precisamos acom- panhar a trajetoria de sinal desde a antena, seguindo em diregao ao alto- falante. E necessario dividir mentalmente 0 esquema em partes para nao con- fundir os estagios. Vamos iniciar com o radio AM, nas segdes de RF do circuito da figura 19 19 c aay fers7 "ever O sinal de RF é captado pela bobina de antena de ferrite e é sintonizado por CV57 (capacitor varidvel). O sinal sintonizado sera injetado na base do transistor T102 via capacitor de acoplamento C80 de 10kpF. Este transistor 6 o amplificador de RF. O sinal, apés ter sido amplificado, sai pelo emissor e é acoplado pelo circuito ressonante série, formado por C101 e L79, até o center tap da bobina B6 — osciladora de AM. A segao do oscilador opera simultaneamente com a secdo de RF, ja que ao girarmos o variavel, por ser duplo, ele atua tanto no RF como no oscilador. Portanto, o oscilador comega a ser analisado a partir do capacitor 99 (150 pF) que acopla o sinal do trimer CT57 e varidvel CV57 até a bobina B6. B6 e B7 formam, em conjunto, o oscilador de AM, cuja fungao é produzir um sinal de 455kHz acima da frequéncia da estacao sintonizada. B7 esta sintonizada de tal forma que somente a parcela de 455 kHz pode passar, impedindo os demais valores de frequéncias. COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 21 Este sinal é induzido do primario ao secundario de B7, chegando a base do pr6ximo transistor, que é o primeiro amplificador de Fl. Acompanhe agora 0 esquema elétrico da figura 20. Ree pF 4948 Brac4e 220 16v 1) = +ievec Entretando pela base do transistor T105, o sinal sai amplificado pelo coletor e é aplicado ao transformador B8, sintonizado em 455kHz. Indutivamente o sinal prossegue até o secundario do B8 (por ele estar sintonizado em 455kHz, s6 passa este valor, que é a frequéncia intermedia- ria), indo até a base do segundo transistor de FI (T108). O sinal sai mais amplificado pelo coletor desse transistor e segue até o transformador B9, mo- dulado também em 455kHz. Novamente, pelo mesmo processo da indug&o, o sinal é acoplado ao secundario e 6 injetado no catodo do diodo BA 316 (D112), que é o detetor de AM. Este diodo elimina a portadora e deixa passar somente o sinal de audio. Do anodo deste diodo o sinal de audio é desenvolvido pelo resistor R93 e chega até o ponto 7 (este ponto corresponde a entrada do amplificador, cuja fungao 6 excitar a bobina mével do alto-falante e produzir 0 som). Vamos analisar a alimentagao DC deste circuito. Ele é alimentado com uma tensao de 12V proveniente do ponto 8 (liga- do a ponte de alimentagao). Esta tensdo passa pelo resistor R94 de 3k3 e alimenta os seguintes pontos do circuito: - base do transistor T102 via resistor 84; - base do transistor T108 via resistor 89; - anodo do diodo detetor via resistor 85 e resistor 88; - base do transistor T105 via resistor 85. 22 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS Os capacitores eletroliticos 86 e 91 filtram a tensdo, evitando alteragdes bruscas. Agora vamos analisar a etapa de FM, iniciando pela segao de RF do circuito da figura 21. 21 SE GAO 00 OSCIL ADOR ANTENA ; COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 23 O sinal de FM é captado pela antena de FM e passara por um balun cuja funcao é efetuar 0 casamento de impedancia de 300 ohms (cabo paralelo) para 75 ohms (cabo coaxial). Em seguida, o sinal atravessa o circuito ressonante da entrada, que s6 deixa passar uma determinada faixa de frequéncia, rejeitando as demais; este filtro 6 formado por B12, C97, B10 e C74. Apés passar por estes elementos (0 que estiver fora da frequéncia sintoni- zada vai ser desacoplado para o terra via C75 e B11), o sinal entra na base do transistor T71, que 6 0 amplificador de RF. O sinal sai do coletor, passa por B3 e chega na base do transistor T4, que é o misturador (passou pelo sintonizador formado pelo varidvel CV57 e trimer CT57, e foi acoplado por C24). Na base do transistor misturador temos também o sinal do oscilador local de FM. No coletor deste transistor teremos 0 batimento ou heterodinagao, produzindo a Fl de 10,7MHz. Vejamos como funciona o oscilador, observando o esquema elétrico da figura 22. O transistor T60 é 0 oscilador de FM. A bobina osciladora 6 B1 e 0 sintonizador 6 formado pela segao do varidvel e do trimer CT57. Este oscilador deve produzir uma frequéncia 10,7MHz acima da frequéncia sintoni- zada. O acoplamento até a base do misturador é feito por C26. C filtro de entrada do misturador (figura 21) é feito pelo TRAP 2, C20 e R22. Pela figura 23 notamos que o sinal que sai pelo coletor do transistor T4 passa por R6 e filtro de 10,7MHz formado por B4 e filtro ceramico FC10. Apés esse filtro, 0 sinal de FI é injetado no pino 1 do circuito integrado 3089. Ao se analisar esquemas que contenham circuitos integrados, é neces- sario conhecer a pinagem do Cl e, quando possivel, conhecer 0 seu diagra- ma em blocos interno. A pinagem e o diagrama em blocos do Cl raramente so fornecidos no esquema elétrico. Por isso, temos que recorrer aos data books, data sheets ou livros especializados em circuitos integrados. Vocé deve se acostumar tam- bém com o fato de que estas literaturas sao todas em idioma inglés. Vejamos agora a analise da segao da Fl e do demodulador estéreo de FM do esquema da figura 23. O sinal entra no pino 1 e sai amplificado pelo pino 8. Passa pelo indutor L47 e é novamente injetado no Cl pelo pino 9, que corresponde ao detetor de quadratura. Saira em forma de sinal de tensao DC pelo pino 7 e seguira até o resistor R46 e capacitor C41 até o oscilador. Este trajeto compde o AFC — Controle Automatico de Frequéncia. O sinal de audio saira pelo pino 6 (amplificador de audio) e seguira até © alto-falante, passando por R87, C64 e resistor de 6k8 (figura 24). O capacitor de 4k7 filtra algum ruido de alta frequéncia e C45 filtra a tensao de AFC do pino 7 do Cl. Os demais componentes que estdo adjacentes ao Cl tém fungdo de polarizacao. Alimentagao DC A alimentagdo do estagio FM 6 de 12 VDC. A tensao de 12V é distribuida ao circuito pelos seguintes resistores: - R50: pino 11 do Cl 3089 (figura 23). 24 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 22 90 Zo 001) Ju2y we at + =_ =_-— ¥ ojor wl to, Ol yol al use v yoavUunLsiN ov plo wee vSy COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 25 - R8: para a segao de FM (figura 23), sendo redistribuida para os se- guintes pontos via resistores divisores de tensAo: - R21: base do transistor T4 (figura 21). - R100: coletor do transistor T71 (figura 21). - R27: coletor do transistor T60 (figura 22). - R43: base do transistor T60 (figura 22). O capacitor 36 (figura 23) filtra as interferéncias que eventualmente es- tejam na linha de alimentagao. 26 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS OUT Um dos problemas mais dificeis para o principiante é localizar fisica- mente em um chassi ou no circuito impresso um componente que esta inclui- do no esquema. Como se sabe, a placa de circuito impresso ou o chassi nao € nada parecido com o esquema. Na realidade, no esquema, um resistor se pode indicar proximo a um transistor, porém, na placa de circuito impresso este resistor pode estar fisica- mente distante do mesmo. Lembre-se que 0 esquema mostra somente as conexées elétricas. Para poder localizar 0 componente do esquema no chassi temos duas maneiras: 1) pelo chapeado ou lay-out; 2) buscando um ponto na placa de circuito impresso que nos seja familiar ou conveniente. Por exemplo, um transistor, um transformador ou um Cl. Entao, “mire” que componente esta conectado entre este ponto e o componente desejado. Inicie no ponto conhecido do esquema e siga qualquer fio ou pista cobreada do circuito impresso conectado a ele. Se encontrar um componente nao conectado entre o ponto desejado e o ponto de partida, retorne e inicie em outra rota diferente. COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 27 TECNICAS"PARA™ ANALISAR OS CIRCUITOS Por mais complexo que um circui- to eletrénico possa parecer, envolvendo muitas vezes centenas de pegas, tudo pode ser resumido em uma alimentagao e uma carga (RL) percorrida por uma corrente, como mostra a figura 25. RL (Resistence Load) significa re- sisténcia de carga e representa um aparelho eletrénico (um radio, ‘TV, etc.). Se a bateria for de 24V, na carga RL teremos uma queda de tensdo de 24V. Doravante, a queda de tensAo sera re- presentada por uma seta colocada em sentido contrario ao da corrente, como ilustra a figura 26. O leitor ja conhece as relagdes existentes entre voltagem, resistén- | OG cia e corrente. Pela Lei de Ohm, atra- vés de duas grandezas, podemos descobrir uma terceira. A Lei de Ohm exprime os se- , guintes raciocinios: 1 ‘quedo - A corrente elétrica é direta- mente proporcional a tensao aplica- da e inversamente proporcional a re- sisténcia do circuito. - Um aumento de resisténcia provoca uma diminuigao da corrente, e uma redugao da resisténcia um aumento da corrente - Um aumento da resisténcia faz com que aumente a queda de voltagem através do resistor. Para aplicar estes raciocinios, 0 técnico precisara ter um multimetro. O primeiro passo é medir as tensdes com o voltimetro. Observe a figura 27. Temos um circuito com transistores e varios com- ponentes. As tensdes fornecidas pelo esquema possuem como ponto de refe- réncia o terra. Vamos supor que ao medirmos o coletor deste transistor, em vez de ter 20,5V, 0 voltimetro indique somente 10V. Isto indica que a voltagem do coletor € muito baixa. Existem trés possibilidades que sdo: 1) a corrente que passa por R7 6 muito alta. 2) a resisténcia de R7 é alta (R7 esta aberto ou alterado). 3) 0 transformador T1 esta aberto. Qualquer uma destas trés causas pode provocar uma queda de volta- gem muito grande entre a fonte de alimentagao de 35 volts e o coletor. 28 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS | 27 20,5V GANHO AUTOM. DE VOLTAG. DE C.c A bobina primaria do T1 tem pequena resisténcia para a passagem da CC. Por isso, 0 efeito de R3 em paralelo com esta bobina é praticamente nulo. Por outro lado, quando esta bobina se queima, R3 apresenta uma resis- téncia em série com o circuito do coletor, produzindo queda de voltagem no coletor. Perguntamos entao: se T2 estiver bom, 0 que é que produz baixa volta- gem? Para diagnosticar isto, dessolde um dos terminais de R7 e mega a sua resisténcia com o ohmimetro. Pode-se também verificar se esta passando excesso de corrente, por- que o excesso de corrente que passa por R7 passa também pelo transistor, pois como vemos, R7 e 0 transistor estao em série. O excesso de corrente em um transistor pode ser devido a: - transistor defeituoso; - resistores de polarizagao de base e/ou emissor defeituosos. Lembre-se que, de acordo com a Lei de Ohm, o aumento da corrente pode aumentar a queda de voltagem através de uma resisténcia. Se nao tiver certeza de que o defeito esta na prdépria resisténcia ou no valor excessivo da corrente, 0 proximo passo é desligar o aparelho, dessoldar um terminal de cada resistor e medir com o ohmimetro. Observe também que o capacitor C5 com defeito ou em curto pode in- fluir muito sobre a voltagem do emissor. Um capacitor em bom estado nao deixa passar CC. Se estiver defeituoso, 0 capacitor se comportara como uma resisténcia que ficara em paralelo com R5. Estando este capacitor apresentando uma resistencia em paralelo com R5 tem o mesmo efeito de diminuir a resisténcia de R5, fazendo com que a COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 29 maior corrente passe por R6, provocando maior queda de voltagem em R6 e portanto, diminuindo a voltagem aplicada ao emissor. Com referéncia ainda a este circuito, temos mais algumas andalises Observe a linha que segue para a esquerda, a partir da jungao de R2 e R63. Esta linha indica que existe uma ligagao com outro circuito e a legenda indica que a partir deste outro estagio entra uma voltagem de CC na base do transistor. Em um esquema normal (este € um esquema didatico), esta linha iria direto ao outro estagio, em vez de existir a legenda escrita, e entao saberia- mos que seria ligada ao ponto CC pelo fato de nao existir nenhum capacitor e nenhum transformador para bloquear o circuito Naturalmente, se os componentes deste estagio estiverem (nokmals, pode-se supor que o defeito vem do estagio anterior. E muito importante observar os valores de CC entre os aatagios. Outra Andlise Suponhamos agora que a voltagem do coletor seja muito alta. Adotare- mos 0 mesmo raciocinio da Lei de Ohm. Trés so as causas mais provaveis para aumentar a voltagem do coletor: - pouca corrente no circuito; - diminuiu o valor de R7; - aumentou a tensao de 35V na fonte. Qualquer uma destas trés causas; pode ser analisada pela Lei de Ohm, sobre as relagdes que existem entre voltagem, corrente e resisténcia. Adote a seguinte regra: - sempre que a voltagem de CC em um componente tiver 0 seu valor muito diferente do normal, pode ser que o resistor em série esteja aberto ou alterado, ou ainda que haja algum capacitor defeituoso neste circuito. Ainda analisando o circuito da figura 27, podemos nos concentrar no transistor. Ele é um transistor NPN. Para o transistor NPN, uma tens&o levemente positiva na base provocara um aumento de corrente entre base/emissor. Temos uma polarizagao direta da jungao. Para o transistor PNP, uma tensao levemente negativa na base provoca- ra um aumento de corrente entre emissor e base. Sabemos que um transistor pode operar em trés pontos: - corte - saturagao - quiescente Ao analisar circuitos com transistores, lembre-se que: 1. aumentando a corrente de base e emissor, estaremos diminuindo a resisténcia equivalente de coletor/emissor; 30 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 2. diminuindo a corrente de base e emissor, estaremos aumentando a resisténcia equivalente de coletor/emissor; 3. um transistor pode operar como chave eletrénica, trabalhando na re- giao de corte/saturac4o. Veja a reta de carga na figura 28. 28 ee eee Eee REGIAO DE SATURAGAO CORRENTE Li REGIAO ATIVA LUT T//, REGIAO DE CORTE R77 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 31 ANALISE E INTERPRETACAO DE CIRCUITOS DE AUDIO INTRODUCAO™ A andlise de circuitos de audio, sobretudo dos amplificadores, requer que conhegamos a classe de amplificagao ou a configuragaéo empregada na etapa de poténcia. Pode-se configurar um amplificador de poténcia em varios modos: - Classe A - Classe B - Classe AB - Classe C - Com circuito integrado Classe A Neste caso, o transistor conduz durante todo 0 ciclo do sinal de entrada. O rendimento 6 de 50%, proporciona uma saida bem linear e com um minimo de distorgao. Como desvantagem, ha o alto consumo de corrente. Classe B Utiliza-se dois transistores perfeitamente complementares. A figura 29 ilustra um amplificador classe B. Um dos transistores amplifica a parte positiva do sinal de entrada e o outro a parte negativa. Esta classe apresenta como desvantagem a distorgao “crossover” que é a distorgao acentuada em sinais de pequena amplitude e que ocorre na tran- sig&o entre os semiciclos. O rendimento é de 70 a 75%. Classe AB Este amplificador opera entre dois extremos bem definidos, equivalentes a uma faixa entre as classes A e B. Os transistores irao trabalhar um pouco acima do corte, evitando a distorgao crossover. Veja um circuito deste tipo na figura 30. O rendimento é um pouco inferior ao que se tem no classe B, porém, nao ha distorgao. O rendimento é de 65%. 32 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS ee a a, ee ee ee te he 29 ALTO - FALANTE 30 z +Vcc — Classe C Sao amplificadores de poténcia destinados a transmissores de radiofrequéncia e, portanto, nao aplicaveis em audio. COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 33 Na figura 31 temos o diagrama em blocos de um amplificador. O primeiro estagio 6 o pré-amplificador, cuja fungao é preparar o sinal para o amplificador de poténcia. O proximo estagio 6 o driver. O driver é um excitador, cuja fungao 6 aumentar o ganho do sinal produzido pelo pré-amplificador para que este possa ser suficiente para excitar os estagios posteriores. Finalmente, temos a etapa de amplificagao de poténcia, também chamada de etapa de saida, cuja fungao € excitar a bobina mével do alto-falante; este por sua vez reproduzira os sons. A fonte de alimentacao tem por fungao fornecer as tensdes necessdrias para o funcionamento de todas as etapas. 31 SINAL SINAL - ALTO- FAL ANTE pre DRIVER salva FONTE Observando o esquema elétrico da figura 32 vemos a primeira etapa, que é o pré-amplificador. O sinal proveniente de um receptor de AM ou FM, ou ainda de um toca-disco ou gravador cassete, é acoplado até a base do tran- sistor T53 via capacitor C54 de 100kpF. Este transistor T53 é o primeiro pré- amplificador. O sinal sai pelo coletor, passa pelo capacitor de acoplamento C50 de 2,2 uF e é desenvolvido através de dois componentes: o resistor de 18k e o capacitor C49, de 3,3kpF. Através destes dois caminhos que o sinal pode percorrer sera feita a separagao entre graves e agudos. O potencidmetro R43 de 100k € o potenciémetro de graves e o potencidmetro R47, também de 100k, é o controle de agudos. Através dos capacitores C44, C42 e através do resistor R48, é feita a separa¢ao entre graves e agudos. Todos esses sinais desenvolvidos a partir do resistor R48 serao acoplados até a base do transistor T37 via capacitor C38. Este transistor T37 6 0 segundo pré-amplificador, e é através dele que efetua-se 0 controle de volume. O sinal entra pela base e sai pelo coletor, sendo acoplado através do capacitor eletrolitico C34 ao potencidmetro R40, que é o controle de volume. A partir dai o sinal 6 injetado ao amplificador de poténcia. Os componentes adjacentes a estes dois transistores tém as seguintes fungdes: resistores de polarizagdo R51, R41, R36 e R55; resistores de ali- mentagao R15, R26; capacitores de filtragem C16 e C46. A etapa de poténcia, ou amplificador de saida, esta esquematizada na figura 33. O sinal proveniente do pré-amplificador 6 injetado ao resistor R28 e capacitor C26, atingindo a base do transistor T22. Este transistor T22 tem a fungao de amplificador de corrente, ou seja, ele vai melhorar o ganho produzin- 34 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 33 + 26v0C FALANTES, COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 35 do uma corrente suficiente para ativar os estagios posteriores. O sinal sai pelo coletor desse transistor e é injetado na base do transistor T23, cuja fungao é de excitador da etapa de saida. Este sinal saira pelo coletor e sera injetado respec- tivamente nos transistores TIP 31 e TIP 32. O TIP 31 e o TIP 32 formam uma etapa de saida em classe B, de simetria complementar. Sao transistores de poténcia e cada um deles tem por fungao amplificar um semiciclo do sinal. Por serem transistores de poténcia, eles devem ser colocados em um dissipador térmico. Sao os transistores que podem gerar defeitos. A maxima poténcia que um transistor pode dissipar depende da maxima temperatura que ele pode alcangar sem se danificar e do seu encapsulamento. Os transis- tores de poténcia podem ter varios tipos de encapsulamento, sendo: que os mais comuns sao os tipos TO5, TO66 e TOS. Para melhor entendermos como funcionam os amplificadores classe B, vamos nos reportar ao esquema da figura 34. Na auséncia de sinal aplicado a entrada dos amplificadores classe B, a corrente de coletor (IC) sera nula, conseqiientemente estaremos operando no ponto de corte do transistor. Os amplificadores classe B utilizam dois transistores, sendo que um deles amplifica a parte positiva do sinal de entrada e o outro a parte negativa. Na auséncia de um dos dois, teremos na saida uma grande distorgao. Na figura 35 ilustramos um amplificador classe B. Para estabilizar a operagao de funcionamento a polaridade da base de Q2 esta 180° fora de fase em relagao a base de Q1. No primeiro semiciclo a base de Q1 6 positiva com relagdo ao terminal de emissor. Assim, o transistor T1 conduzira. No segundo semiciclo a jungao base-emissor do transistor estaré inver- samente polarizada (T1 nao ira conduzir, passando a conduzir T2). Desta forma, consegue-se um excelente ganho de amplificagao, Retornando ao circuito da figura 33, a inversao de fase foi feita através do diodo BA 316 colocado entre os transistores TIP 31 e TIP 32. Observe que 36 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS © anodo deste diodo esta colocado na base do TIP 31. Conseqiientemente, fara com que o TIP 32 receba somente os semiciclos positivos, enquanto que 0 TIP 31 recebera os negativos. A fungao dos componentes adjacentes sao: - 0 capacitor C4 tem a fungao de filtragem; - 0 capacitor C8 faz o acoplamento até o alto-falante; - 0 resistor R13 tem a fungdo de realiamentagao negativa; - Os resistores R9 e R10 fazem a polarizagdo do par de saida; - 0 capacitor C47 tem por fungao estabilizar o ganho do transistor T23; - 0 capacitor C20 junto com o resistor R19 faz a estabilizagao do ampli- ficador de corrente (transistor T22). Finalmente, para completar a etapa de amplificagao, temos a fonte de alimentagao esquematizada na figura 35. 35 IN4001 5 Zener} 12v 220 100 1000 )x 25 i ws ce7] °Y T Através de um transformador de forga sera produzida a tensao de 19 V AC. Com dois diodos retificadores (1N4001) temos a conversdo em tensao continua que, com a acao da segao estabilizadora, atinge o valor de 26 V CC. Temos uma retificagao em onda completa. O eletrolitico C7 fara a filtragem da fonte. O transistor BD 135, junto com um zener de 12 V, gera a tensdo de 12 V, que pode ser utilizada para alimentar 0 receptor AM/FM ou ainda um pré- amplificador. Esta tensao de 12 V é estabilizada. Os eletroliticos de 220 uF e 100 uF servem para filtrar a tensdo de 12 V. COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 37 CAPITULO Ss ANALISE E INTERPRETACAO DE CIRCUITOS DE TELEVISAO INFRODUCKO™ Conforme vimos no inicio deste livro, é impossivel analisar de uma sé vez um circuito de um televisor. O técnico deve dividi-lo mentalmente em blo- cos, delimitando os componentes apenas do estagio que se deseja analisar. Na figura 36 encontramos um diagrama em blocos simplificado do re- ceptor de TV em cores. Os blocos amplificados de RF, misturador e oscilador local, encontram- se montados em um chassi denominado seletor de canais ou tuner. O amplificador de RF recebe uma tensao produzida por indugao na an- tena. Uma vez feita a sintonizagao ou selegao da emissora, 0 sinal é aplicado &@ base de um transistor amplificador, elevando suficientemente seu ganho. Apés amplificado, o sinal é injetado no misturador, que tem a fungao de mistu- rar o sinal da emissora com o sinal proveniente do oscilador local. O batimento ou a diferenga destas duas frequéncias resulta na FI (frequéncia intermediaria) de 45,75 MHz. O préximo bloco é o amplificador de Fl, onde ocorre todo um processo de amplificagao e filtragens, obtendo-se respectivamente sensibilidade e seletividade do sinal. O estagio de FI amplifica tanto 0 video composto como o som. Através de um filtro de 4,5 MHz, o sinal de FM que contém o som é retirado, passando para seu respectivo estagio. Durante o processamento da FI, os amplificadores sofrem intervengao do AGC (controle automatico de ganho), cuja fungao é manter estavel o sinal de video composto. Ele controla o ganho de amplificagao, de acordo com a variagao da intensidade do sinal que chega na antena, conservando constan- te o nivel no detetor, evitando um problema chamado fading (empobrecimen- to da imagem). Apos a passagem pela FI, 0 sinal entra no detetor de video. Neste bloco o sinal composto de video perde a sua portadora, e ficamos apenas com 0 sinal de video em sua forma de AM (amplitude modulada) Apés a demodulagao, o sinal de video composto é aplicado ao bloco pré-amplificador de video. Entende-se por video composto ao sinal de video contendo 38 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS A vaiys H vais 39H 30 4WOD 7 soLINowIO .$0 SOdOL BLNOS Wd 3100934) ZIMLVW fe} WORD” dow30 rie eal seaofel 290” 1v907 yoavi19s0 O3gjA 30 ;OGINGIMLSIG poanprsisa 39 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS a imagem e o seu sincronismo. Em se tratando de receptor colorido, ele inciul também os sinais de croma e burst. A figura 37 ilustra a forma de onda (oscilograma) do video composto apresentada pelo osciloscépio apds o detetor de video. 37 Portadora de video em 45,75 MHz Apés a pré-amplificagao, o sinal de video é injetado no amplificador de video (valido para o TV preto e branco), onde sera amplificado até o ponto que seja suficiente para excitar 0 cinescépio. Também fazem parte deste bloco os controles de brilho e de contraste, cujas funcdes sao de controlar o brilho na tela do cinescépio e a intensidade de preto e branco da imagem. No caso do televisor colorido, o bloco saida de video é substituido por um distribuidor de video, pois no TV em cores temos trés canhdes dentro do cinescopio, necessitando de trés amplificadores distintos, sendo um para cada cor. Lembramos que nao é do propésito deste livro abordar temas tedricos de funcionamento, teoria esta que pode ser encontrada em literaturas especi- ficas. Estamos apenas introduzindo conceitos basicos para iniciarmos a anali- se de esquemas. O sinal de som é retirado do detetor de video e aplicado ao amplificador de Fl de som, na forma de FM, e posteriormente ao demodulador de FM. O demodulador de FM (detetor de relacao) recebe o sinal em FI de 4,5 MHz, que é resultante do batimento da portadora de video com a portadora de som, ou seja, 45,75 MHz menos 41,25 MHz = 4,5 MHz. Os estagios apds 0 demodulador FM iraéo amplificar o sinal de audio a niveis apropriados para excitar o alto-falante. A partir do bloco distribuidor de video, retira-se além do sinal de ima- gem, o sinal de sincronismo, que € aplicado ao separador de sincronismo. 40 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS O separador de sincronismo recebe tambem o sinal composto de video, porém, esta ajustado de tal forma que permanega em corte durante a presenca do sinal de video, conduzindo somente na presenga dos pulsos de sincronismo provenientes da emissora, separando-os assim do sinal de video. Apés esta separagao, o sinal sera entregue aos seus osciladores corres- pondentes. O comparador de fase ou AFC (controle automatico de frequéncia) rece- be os pulsos do sincronismo horizontal e os compara com um pulso de amostragem proveniente do oscilador horizontal. Ele compara os pulsos e corrige a fase, produzindo em sua saida uma tensao positiva ou negativa. O oscilador horizontal tem por fungao produzir uma corrente dente-de- serra na frequéncia de 15.750 Hz (TV P&B) ou 15.734 Hz (TV em Cores), para defletir 0 feixe eletrénico no cinescépio em sentido horizontal. O amplificador horizontal recebe a dente-de-serra proveniente do oscilador horizontal e a amplifica. A saida horizontal, além de produzir a tensao elevada para a bobina defletora horizontal (Yoke), também produz a alta tensao. A alta tensao, que pode chegar até 40 kv, é proveniente-da saida hori- zontal, constituindo-se uma fonte chaveada na frequéncia de 15.750 Hz. Atra- vés do fly back — transformador de saida horizontal, produz-se a A.T. que sera retificada e, posteriormente, aplicada ao segundo anodo do tubo, localizado nas imediagdes da tela (chupeta do tubo). VERTICAL CO circuito vertical € um oscilador do tipo multivibrador. Sua frequéncia de 60 Hz tem a finalidade de produzir a corrente dente- de-serra para as bobinas defletoras verticais, também no Yoke (localizado no pescogo do tubo). O oscilador vertical nao depende de nenhuma excitagao externa para oscilar, apenas necessita dos pulsos proveniente do separador de sincronismo. O bloco amplificador de saida vertical amplifica o sinal de saida do oscilador vertical até um valor suficiente para excitar a bobina na defletora vertical. VviDEO™ A segao de video é formada pela luminancia (imagem em preto e bran- co) e crominancia (cores). A crominancia tem por finalidade processar e ampli- ficar todos os sinais que contenham informagées das cores. Este estagio inclul também o Burst (sincronismo das cores). Iniciaremos pelo circuito da Fl mostrado na figura 38. O sinal de FI passa por um conjunto de filtros cuja fung¢ao é melhorar a curva de resposta (as caracteristicas devem ser: 85 dB de ganho e faixa de 7 MHz). COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 41 38 wot 42 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS Este filtro € composto por C101, C102, L101, L102, C103, C104, C106, € L103. T101 tem a finalidade de compensar as perdas do sinal (é um pré- amplificador de Fl). L106 prové a largura adequada a curva de resposta. L107 é um acoplamento indutivo. O IC 101, dentre suas fungdes neste estagio, atua como amplificador de FI e demodulador sincrono. Os demais componentes sao de polarizagao (R109, R111, R112) desacoplamentos (C111, C112, C113 e C117) e temos o C120 para estabili- zar a tensao de alimentagao. Os pontos M (M101, M102, etc.) sao os pontos corretos para medicdes com o osciloscépio e testes em geral. Sempre que analisar esquemas que possuam Cls, é necessario conhe- cer a pinagem dos mesmos para saber onde entra e onde sai 0 sinal. Outro estagio, em continuagao, esta ilustrado na figura 39 (detetor de video). O sinal de video é demodulado no IC101 e é injetado no T102. Este T102 6 casador de impedancia entre 0 IC101 e os estagios de sincronismo e croma. L114 € um choque de RF. L111 6 uma armadilha de 4,5 MHz. R126 faz alimentagao de +B . C130, C136 e C137 sao capacitores de desacoplamento. R124 e R127 sao resistores de polarizagao do transistor. R115 é um resistor de amortecimento. Etapa de Audio Na figura 40 temos o esquema elétrico da etapa de saida de som. E importante relembrar que durante a analise temos que desconsiderar os com- ponentes que nao fazem parte do estagio, tal qual ilustramos em nossas figuras. O controle de volume é feito por R22, que atua no nivel de sinal para o primeiro pré-amplificador (pino 8). R201 é o resistor de alimentagao de +B . C201 faz a estabilizagao de tensao (filtro de +B). C212 e C209 desacoplam ruidos na linha de alimentacgao. R202: Polarizagao do IC. R203, R204, R206, R207 e C203, C204, C207 e C208 compéem o cir- cuito de realimentagdo, cuja fungao é eliminar a distorgao, reduzindo o ganho do amplificador. C211 € um compensador para freqiiéncias médias. Sincronismo Na figura 41 vemos 0 circuito do separador de sincronismo. A separacao é feita por T502, que trabalha no corte. Do coletor‘obtém-se os pulsos verticais e do emissor, os pulsos horizontais. T102 6 um seguidor de emissor, pelo qual passa o sinal de video composto. C511, R514, R513, R401 e C401 formam o circuito integrador para os pulsos verticais. COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 43 39 AOR SIT A 1306 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 44 40 Ach4o AroL 2 8 ° < Oscilador Vertical Na figura 42 vemos 0 circuito do oscilador vertical (60 Hz). O sinal de sincronismo vertical entra por R401 e 6 acoplado ao oscilador por C402. COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 45 A Rize C401 desacopla os pulsos horizontais. O oscilador 6 composto por T401 e 1402 (multivibrador astavel assimétrico). 1401 conduz durante o tempo de retrago e T402 conduz durante o trago. R407 e C404 formam a constante de tempo de T401. Quando aparecer em C403 uma tensao positiva acima de 0,6 Volts, C404 e descarrega através de T401, fazendo com que este conduza (tempo do retrago vertical). Como um multivibrador consiste no corte e na saturagao dos transistores, a tensao dos coletores tem a forma de pulsos retangulares. R402 ajusta a freqiiéncia horizontal. R411 é o controle de altura. R413, R414 e D401 constituem um circuito de descarga para o multivibrador, e desenvolvem a corrente dente-de-serra. Esta corrente é aplicada ao T403 através de R413 e C207. R413: linearidade do topo. R426: linearidade geral. R418: centralizagao (varia o ponto de trabalho C.C.). T 03 é um seguidor de emissor, efetuando um casamento de impedancia neste circuito. Saida Vertical Trata-se de um amplificador de tensao de poténcia (figura 43). Mediante o inversor de fase (T404), é fornecido ao estagio duas tensdes dente-de-serra. Os transistores T406 e 7412 excitam em contra fase os transistores de saida (T407, T408, T409 e T411). Uma particularidade deste circuito € que T407 e T409 trabalham em regime de coletor comum enquanto que T408 e 1411 trabalham em emissor comum com amplificagao de tensdo. O diodo D404 limita os picos dos pulsos de retrago e ao mesmo tempo protege T406 e 1407 contra tensées inversas. 46 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 42 200 8 £0%d ove ovsvz * FWHLNO 90bi-bObl OV WOW 3A wiONgnoa ua O} uO “eeyy OF Lzpy OW 47 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS C413 desacopla a freqiiéncia horizontal e estabiliza a tensao de T408. C411 € 0 filtro de +B (+B neste caso é a tensao V4). Os demais resistores sao para polarizarem o ponto de trabalho de cada transistor. Oscilador Horizontal No esquema da figura 44 vemos 0 circuito do oscilador horizontal for- mado pelo IC501. No pino 13 consegue-se a forma de onda dente-de-serra, produzida pela carga e descarga do C509. C502 acopla os sinais que estao presentes no Separador de Sincronismo. : C501 e R502 polarizam este bloco do integrado. C507 é um capacitor de desacoplamento que estabiliza a tensao do circuito. C506 atua como fator de corregao de fase no circuito. C501 forma a constante de tempo do CAF. R509 é€ 0 ajuste da freqiiéncia horizontal e R512 ajusta a fase horizon- tal. Ambos os controles variam a polarizagao do IC501. 48 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS AO PINO 10 DOT.S.H {R519} 2 3 AO PINO 9 DO TRSO¢ Ao 1502 512. R SE HORIZONTAL R509 1 FREQUENCIA HORIZONTAL TRIGGER AO PINO 8 Do TRSO2 M501 a > e502 <4! cso1—= O sinal que sai do oscilador 6 entregue ao emissor do T 501 (PNP). Este transistor é polarizado através de R503, R504, C513, C514 e R525. Devido a esta polarizagao, somente os picos negativos da forma de onda que sai do oscilador o fazem conduzir. Na base de T501 ocorre uma alteragao de fase corrigindo-se o erro de COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 49 fase provocado pelo estagio nas condigdes normais de trabalho, compensando também distorgdes de linearidade nas linhas verticais da parte superior da tela. 7 Saida Horizontal O circuito de saida horizontal é indutivo e trabalha com elevados valores de tensao. Acompanhe pela figura 45. 1503 € 0 transistor excitador e 1504 é o transistor de saida. Quando T503 conduz, T504 fica no corte e vice-versa. T 504, além de sua fungao de saida, assume também a fungao de diodo booster, quando ele conduz em sentido inverso (lembre-se que os Puleos que saem deste dispositivo sao alternados). C517 e R518 acoplam o sinal proveniente do oscilador horizontal. R523 e C519 atenuam os picos de tensdo que se originam no chavea- mento de T503, isto é, quando ele entra em corte. C519 e TR501 formam um circuito ressonante. R522 é 0 resistor de alimentagao e, junto com C521, protege o transfor- mador e o transistor T503 contra falhas de funcionamento. =“ C528 e C529 formam uma rede capacitiva de sintonia, que é responsa- vel pelo ciclo de oscilagdo dente-de-serra para as bobinas defletoras, via L502, L6, L7 e filtros C533 e C534, L502 e R533 corrigem a linearidade da corrente dente de serra para a deflexao horizontal. L6 e L7 ajustam a corrente da bobina defletora para que os feixes possam convergirem corretamente na tela. C533 e C534 corrigem a corrente de retorno. Os terminais 5 e 6 do TR502, mais os retificadores D501 e D502, formam uma variagdo de C.C., que ajusta a centragem da imagem em sentido horizontal. Através da CH530 é possivel controlar a centralizagao horizontal. A medida que aumentamos a tensao C.C. aplicada, elevamos 0 nivel de corrente. Na figura 46 apresentamos o circuito da fonte de alimentagao de um televisor. Primeiro, precisamos identificar os principais valores de tensoes. Neste caso s4o: 188 V e 12 V. As tensdes sao distribuidas da seguinte maneira: U1 (188V, 400 mA): circuito de deflexdo horizontal e saidas R-G-B. U2 (19,8 V, nao estabilizada): saida de audio. U3 (12 V, 170 mA): todos os estagios transistorizados e circuitos inte- grados, com excegao dos circuitos de deflexao horizontal e saidas R-G-B. U4: circuito de deflexdo vertical. Esta tensao é retirada do estagio de saida horizontal. Funcionamento da Fonte de Alimentagao CH701: efetua a mudanga da voltagem de entrada. D709: funciona como um diodo para a tensao de 110 VCA. 50 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS WLNOZINOH OVSVZITVULNID besa Losa 206 Hi go ul = a . lzsu 05.1 Shia Ga I i+ 61s9 as Gist us L tzso COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 51 52 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS, D714: funciona como retificador de meia onda para a tensao de 220 VCA. E um tiristor. LO1: bobina desmagnetizadora. R703: 6 um PTC. Mediante este é aplicada a corrente para a bobina desmagnetizadora. L701: choque. Evita a irradiagao dos picos de tensao durante o gatilhamento do tiristor. TR701: transformador de entrada. R704: resistor de controle do PTC. Quando o.PTC se aquece, diminui a corrente que passa pela bobina desmagnetizadora. Fonte de 12 V D701: retificador em ponte (tensao U2). R709: protege o transistor de saida (T701). D704: diodo zener regulador e estabilizador. D702 e D703: diodos compensadores de temperatura. R711, R712 e R713: divisor de tensao. O ajuste dos 12 Volts é feito por R712. ‘ Qualquer variagado de tensao devido as variagédes na corrente consumida pelo aparelho, percebida pelo divisor de tensao na base T703. Analisando 0 esquema, observamos que o zener D704 esta ligado entre o emissor de e a saida da fonte. Qualquer variagao de tensao sera percebida pelo zener. T701, T702 e T703 formam um circuito amplificador de corrente com a seguinte particularidade: a variagao de corrente pode ser positiva ou negativa devido ao fato de T703 ser NPN e T702 ser PNP. Estes transistores possuem um alto ganho de amplificagao de corrente, sendo que se a rede estiver com uma tensao entre 100 VCA e 120 VCA, havera na saida da fonte uma tensao com o maximo de 10 mV de variacao. FU703: fusivel de 1,25 A contra curto e sobrecarga. Fonte de 188 V O circuito refificador de U1 funciona como um dobrador de tensao, com- posto por D709, D714, C708 e C712. D714 é um tiristor (retificador controlado de silicio). Este dispositivo é disparado por pulsos de C.A.. R714 resistor limitador. D711 e D712: sao retificadores com a fungao de eliminar os semiciclos negativos da C.A.. C704, R724 e R726: - filtro passa alta. 1704: transistor estabilizador de tensao. D708: regulador zener. D706 e D707: diodos compensadores de temperatura. R721, R722, R723, R724 e R726: divisor de tensao. C707: filtro. R716: desenvolve uma corrente de corregao para a fonte. C713: filtro. Impede que retorne C.A. pela fonte. R724: ajuste dos 188 Volts. R718 e D 713: protegao de T704 contra tensées inversas. D716: protege o coletor contra tensdes negativas. COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 53 R 717: limita picos de tensao. 1706 e T707: seguidores de emissor, para filtragem eletrénica. 1708: transistor de saida. R731, R732: resistores de protecdo. R728, R729 e C714: filtro RC. CIRCUITO" APAGADOR™ O circuito apagador (figura 47) é aquele que alimenta o cinescdpio, pelos 3 catodos do tubo. 24.3 Kv ngs 3. © R637 ven 20 R64) % REae L671 é R671 atuam para corregao da resposta em altas freqténcias, desenvolvendo o sinal amplificador B (azul). R674 e R678: sao polarizadores do catodo azul. A analise é a mesma para os circuitos G e R. R682: polarizagado de grade. R683 e R684: polarizagao de G2. C671: desacopla os pulsos horizontais. 54 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS, A atual tendéncia da eletrénica é reunir todos os estagios das secdes de luminancia e crominancia em um Unico chip, denominado de Cl dedicado LSI (larga escala de integragao). Deste modo, a analise destes estdgios limita-se a identificagao da pinagem e a interpretagao da entrada e saida de sinais é feita pelo diagrama em blocos interno do Cl. A figura 48 ilustra um exemplo destes Cls dedicados para TV. 48 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS. 55 ANALISE E INTERPRETACAO DE CIRCUITOS DE VIDEOCASSETE INTRODUGCKO™ Os esquemarios de videocassete sao bastante extensos, reunindo uma grande quantidade de componentes, mas nao se assuste: se vocé ja apren- deu a analisar esquema de TV, nao tera dificuldades. A técnica para ler e interpretar esquemas de videocassete 6 a mesma da usada TV: primeiro, dividimos o aparelho em blocos e delimitamos os com- ponentes de cada estagio. Em seguida, analisamos as entradas e saidas dos sinais. Na figura 49 temos o diagrama em blocos, didatico de um videocassete. Basicamente, um circuito de VCR 6 formada por circuitos integrados, sendo que os demais componentes (resistores, capacitores, transistores, etc.) sao usados para funcdes secundarias tais como polarizagao, desacopla- mento, acoplamento, filtragem, etc. O técnico devera observar a pinagem e o diagrama em blocos de cada Cl. O técnico deve se reportar ao diagrama em blocos interno para saber distingiiir as fungdes executadas pelo Cl e, quando for realizar medigées, sera importante conhecer as pinagens para saber 0 que estd medindo, principal- mente para distingiiir se o sinal esta entrando ou saindo do Cl para poder aplicar 0 raciocinio técnico: ENTRADA BOA/SAIDA RUIM. Se a entrada do sinal esta perfeito e a saida esta ruim ou até mesmo nem tem o sinal, conclu- imos que 0 Cl esta defeituoso. Esta técnica é muito eficaz em reparos de TV e videocassete. Geralmente os fabricantes acrescentam no Cl os circuitos auxiliares para minimizar componentes externos. Por exemplo, num mesmo Cl cuja fun- Go principal ‘seja oscilador vertical, sera comum encontrarmos blocos de pré- amplificador vertical, integrador/diferenciador, regulador de tensao, etc Observe o esquema da figura 50. E um circuito do estagio de croma de um VCR. A primeira coisa a fazer 6 observar os blocos internos e delinear as fungdes; em seguida comecamos a analisar. A grande maioria dos circuitos de video 6 implementada com circuitos integrados, ficando os transistores com fungdes secundarias. Isto torna 0 processo de analise dos esquemas mais 56 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS Audio OUT -——fe LEGENDA: 1 - Sintonizador 2- Fle detetores de video e dudio ‘ 3 - Processador de gravagdo de luminéncia 4 - Processador de gravagdo de croma 5 - Amplificador REC 6- Amplificador E-E 7- AFC e Rotagdo de Fase 8-APC e VXO 9 - Conversor de RF 10- Amplificador PLAY 11 - Processamento de reprodugdo de lumindncia 12 - Processamento de reprodugdo de croma 13 - Servo sistema 4 - Sistema de controle (microprocessador) 15 - Segaio de audio 16 - Fonte de alimentagao COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 57 42M PHASE ROTATION SIGNAL) a “MAIN BALANCE] foofo] aes! “apmne ‘SePSLP arr (O0sERvor —{ v care| Fe Pease FREQUENCY OerecTon Cowranarios L__o5 Heao sw i302) (oosenvat critico, pois se nao tivermos a pinagem dos circuitos integrados e os blocos internos dos mesmos, nao poderemos efetuar uma boa interpretagao. Os circuitos integrados sao unidades funcionais completas. Todos os componentes do circuito e suas conexdes sao fabricados na mesma pastilha. O grau de integragdo é dado pelo ntimero de fungdes que o Cl realiza, indo do SSI, que é o de menor escala de integragado até o ULSI (ultra escala de integragao), que pode incorporar mais de um 40 de transistores, realizan- do mais de cem mil fungdes em uma Unica pastilha de 7 cm? de silicio. Atualmente, os circuitos integrados usados em videocassetes sao do 58 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS tipo MSI e LSI, respectivamente, média escala e larga escala. Isto significa que a quantidade de componentes foi reduzida a uns poucos circuitos integra- dos que, internamente, realizam inumeras fungdes. Se por um lado a tecnologia dos semicondutores foi benevolente com os fabricantes de aparelhos, em outro ela nao foi condescendente com o técnico de reparagao. Pelo fato de alguns tipos de Cls realizarem inumeras fungdes internamente, ficou complexa a analise ou o diagndstico de defeitos. Nao adian- ta apenas saber que o sinal entrou pelo pino “X” e saiu pelo pino “Y”. Precisa- mos também saber 0 que aconteceu com o sinal entre os pinos “X” e “Y”. Ao ler um esquema de video, imagine-se com um osciloscépio, acompa- nhando todas as entradas e saidas de cada estagio do circuito. Vocé percebe- ra que alguns integrados possuem um chaveamento interno do tipo Rec/Play. Isto significa que 0 mesmo Cl atua em ambos os modos. Neste ‘caso, vocé devera fazer duas andlises distintas. Outra questao importante é verificar as interligagdes entre os Cls, confor- me ilustra a figura 51. Neste caso, devemos seguir a saida do sinal em um Cl até a entrada do sinal no outro Cl. Fazemos isto sucessivamente. CHAVEAMENTO NTSC ENTRADA DEMODULADOR NTSC NTSC MODULADOR safoA PAL-M PAL-M PAL-M IN ouT ATRASO Sugerimos a utilizagao de canetas coloridas para acompanhar a trajet6- ria dos sinais durante a andlise e interpretagao dos esquemas. Utilize canetas do tipo “marca-texto” ou do tipo “Lumicolor’. Estas nao danificam o esquema. Faga vocé mesmo as sub-divisbes do esquema, dividindo os tipos de sinais, usando uma cor para cada tipo. COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 59 Os seguintes sinais sao importantes para se destacar e analisar: Se¢ao de Video 1 - Gravagao de luminancia 2 - Gravagao de crominancia 3 - Reprodugao de luminancia 4 - Reprodugao de crominancia Segdo de Audio 1 - Gravagao de audio > 2 - Reprodugao de audio 3 - Bias de audio e apagamento total Segao de Servo 1 - FG do servo cilindro 2 - PG do servo cilindro 3 - FG do servo capstan 4 - PG do servo capstan 5 - Pulso de chaveamento das cabecas 6 - Sinal do cabegote CTL 7 - Sinais de comando do microprocessador 8 - Sinais provenientes dos sensores 60 COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS indice Capitulo 1 Técnicas de AnAlise de Circuitos Introdugao .. Normas Técnicas Diagrama em Blocos Lay-Out Fotos Diagramas MecAnicos . Vista Explodida ... Diagrama de Fluxo ......... Arvore de Defeitos ou Troubleshooting Lista de Componentes... Combinagdes de Componentes Leitura e Interpretagado de Esquemas ... SB oeonmoarwnvnosaea Capitulo 2 Identificagaéo de Componentes e Metodologia de Andlise Acompanhando a Trajetéria do Sinal .... Ligagaio ao Terra .... Do Esquema a PCI Localizagao dos Componentes Metodologia Para Andlise e Interpretagao de Esquemas Régua Numerada .. ase Capitulo 3 Analise e Interpretagao de Circuitos de Radio . Introdugao .... Analise DC... Extrapolando do Esquema ao CHassi . Técnicas Para Analisar os Circuitos Circuitos com Transistores . Capitulo 4 Anilise e Interpretagao de Circuitos de Audio 32 Introdugao Analise de Circuitos Amplificadores Capitulo 5 Analise e Interpretagao de Circuitos de Televisao 38 Introdugao ... 38 Diagrama em Blocos do TV em Cores .. .. 38 Som 40 Sincronismo COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS 61 Capitulo 6 . Anilise e Interpretagao de Circuitos de Videocassete .. 62 Vertical Video Andlise dos Principais Estagios Fonte de Alimentagao Circuito Apagador-.... Luminancia e Crominancia Introdugao .... Diagrama em Blocos ..... Técnica das Canetas Coloridas COMO LER E INTERPRETAR ESQUEMAS ELETRONICOS Multimetros WAVvETEK Fungoes multiplicadas a pregos reduzidos MODELO DM-15XL - Medidas até: 1000VCC, 750VCA, 10ACC/CA, 2000 ohms. Testes: audivel de continuidade, légico e diodos. Acessorios: manual de operagées em portugués, 1 par de pontas de prova e bateria. MODELO DM-23XT - Medidas até: 1000VCC, 750VCA, 10A CC/CA, 2000M ohms. Teste: audivel de cotinuidade, 16- gico, diodos e hfe. "Safety Tester’. Me- didor de temperatura até 750°C. Aces- sérios: manual de operagdes em portu- gués, 1 par de pontas de prova, termopar tipo K e bateria . MODELO DM-25XT - Medi- das até: 1000VCC, DM - 23 XT DM -15 XL 570VCA, 20A CC/CA, 2000M ohms Testes: audivel de continuidade, logico diodos ¢ hfe. Capacimetro até 2000uF Frequencimetro até 2kHz. Acessdrios: manual de operagdes em portugués, 1 par de pontas de prova com garras ja- caré e bateria. MODELO DM-27XT - Medidas até 1000VCC, 750VCA, 20A CC/CA, 2000M ohms. Testes audivel de. continuidade, légico, diodos, hfe. Capacimetro até 2000uF, Frequencimetro até 20 MHz. Medidor de indutancia até 20H Acessérios: manual de operagées em portugués, 1 par de pontas de prova com garras jacaré e bateria. DM - 27 XT €CCEL ELETRONICA - FONE/FAX: (011) 911-3738 CX. POSTAL 16.114 - CEP 03499-970 SAO PAULO - SP DESPACHAMOS PARA TODO O BRASIL ; Beer es ee melee cel) Dele CMe Coulter ET: let R=] celerer ai NOL ha ol Cold pee eter Talc ies) (oreo RC le Ur Rel Ma Col Arvore de Defeitos ou Troubleshooting « Lista de Componentes * Combinacées de Componentes * RC mee eT ere e Re aC R melee me MULL Acompanhando a Trajetéria do Sinal + Ligagao ao Terra * Do Esquema a PCI * Localizagag dos Componentes * Metodologia Para Anilise e Interpretagao de Esquemas ¢ Régua Numerada ise e Interpretagdo de Circuitos de Radio elem y= ctrl) lem: (oe elt lok es Beer ae me Meg ce o eel cel el) ele t Ty Andlise e Interpretacao de Circuitos de PNT. te) Analise de Circuitos Amplificadores PVR MCU icici tRe Mel icatieses MULL Le) yet ER Mlle (MN ole ecu el AV a ttre la Melee git le ite le ea fel Matta ecler- (ome col em Ves-lel- lolol ai Luminancia e Crominancia PEE a Multi (o Rs Mec Ce MAC lelt Diagrama em Blocos « Técnica das Canetas Coloridas Fi LDI IDADE EM CULTURA E LAZER —

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