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Redes de transporte

Sistemas de transporte existem para mover o tráfego de um ponto para outro, transportar os
desejos de viagens de um lugar particular, de uma origem, para um outro destino; tanto para
passageiros quanto para cargas.
Os sistemas de transportes não são ubíquos e não possuem forma e tipo uniforme, desta forma
é essencial que características locacionais fixas do sistema – terminais, interseções etc. – devam
ser consideradas na análise. Isto é feito basicamente através do uso de conceito da rede. A
representação da rede também serve como um meio conveniente de arranjo das informações
sobre características de vários tipos de facilidades fixas e seus fluxos, e são úteis para descrever
as características gerais do sistema tais como custos e desempenhos.

Elementos da rede
A rede é um conceito matemático que pode ser aplicado para descrever características
quantitativas de sistemas de transportes e outros sistemas que possuam características
espaciais. Embora o termo rede possua outros significados, aqui é tratado como um conceito
matemático e seu uso na análise de sistemas de transportes.
Redes consistem basicamente de dois elementos; links e nós. Nós representam pontos
particulares no espaço. Na representação gráfica, os nós são literalmente pontos e os links são
linhas conectando estes pontos. Os links não especificam direções. Em situações onde é
importante especificar as direções (como na representação de sentido de via) é usado o arco.
Um arco é um link simples com uma direção associada a ele. No gráfico o arco é indicado por
uma flecha associado com uma linha. Freqüentemente arcos são denominados como “links
diretos”. O nó no qual o arco se direciona é denominado nó-A e o nó no qual é direcionado é
denominado nó-B
O uso de uma rede para representar as características espaciais de sistemas de transporte é
ilustrado na figura 1 onde um sistema de vias é mostrado na forma de um mapa gráfico, na parte
inferior é representado por nós e links com representação das direções (freqüentemente
denominados links simples) e links diretos (freqüentemente denominados arcos) indicado por
linhas e flechas. As figuras ilustram as várias maneiras de representar nós e links. Nos mapas,
os nomes geralmente estão associados aos links (nomes de ruas) ou nós (nome de cidades), o
uso de nomes na análise matemática seria por demais trabalhoso, portanto, os números são
usualmente usados para representar os nós e, também, links e arcos. Números também podem
designar links e arcos


1 2 3 4 5 6
1 0 0 0 0 0 1
2 0 0 1 0 0 1
nó 3 0 0 0 1 1 0
4 0 0 1 0 1 0
5 0 0 -1 1 0 1
6 1 1 0 0 1 0
Figura 1 – Exemplo de um sistema de rodovias e sua representação como rede de
transportes

Nota: freqüentemente as células com zeros são deixados em branco por facilidade de escrita

Arco ou link

Entretanto, na maioria das aplicações em transporte somente um link (ou dois arcos, um em
cada direção) conectam quaisquer pares de nós, neste caso os dois números designam os nós
que podem ser usados para especificar a associação dos links ou arcos. Na figura acima, por
exemplo, há um arco que conecta os nós 3 e 4 (por exemplo, 3 é o nó-A e 4 é o nó-B) que será
o arco (3, 4) e o arco na outra direção será designado com arco (4, 3). Se links são usados,
como na figura, o link será designado como link (3, 4) ou link (4, 3) pois a ordem dos números
não é importante para o link.

Além da organização gráfica, há outras maneiras de representar a rede. Uma delas é a matriz de
conexão e a matriz de incidência de nós-arcos ou nós-links. A matriz de conexão para
representar a rede apresenta nós tanto nas linhas quanto nas colunas. O zero é colocado no
local correspondente a dois nós onde não haja conexão direta na forma de um link ou arco entre
os dois nós. Por convenção, um zero é colocado nas células com o mesmo nó na coluna e na
linha, estas células são as células diagonais da matriz. Se existe um link conectando dois nós,
então +1 é colocado na célula. Se um arco conecta dois nós, então +1 é colocado na célula
correspondente a linha do nó-A e na coluna correspondente do nó-B. Na grande maioria das
aplicações em transporte , -1 é colocado na célula no qual a linha é o nó-B e a coluna o nó-A,
embora outras convenções existam dependendo da aplicação a ser dada.

A figura acima mostra a incidência de um nó-arco ou nó-link na matriz para uma mesma rede. As
colunas são as designações de arcos ou links, e a linhas são as designações dos nós. Se um
link sem direção conecta um nó, então +1 é colocado na célula correspondente. Para arcos, +1 é
colocado na célula correspondente ao nó-A e -1 na célula correspondente ao nó-B.

Além disso, para descrever uma característica espacial de um sistema de transporte, o conceito
de rede é amplamente utilizado para descrever características tais como : capacidade, tempos
de viagem, volumes dos vários elementos do sistema. Assim, os nós especificam tão somente os
arcos e links que chegam até estes. A figura abaixo mostra o sistema viário da figura 1 com as
características associadas aos links, incluindo tempos de viagem (numa direção), volume de
tráfego diário (volume), capacidades (máxima capacidade possível) e as distâncias associadas a
cada link.
Figura 2 – rede representando o sistema de rodovias

A associação de todas estas características somente com arcos e links e sem os nós pode
parecer estranho, mas isto é feito primeiramente por razões matemáticas e facilidade de análise,
e também por simplificar a rede. Por exemplo, tempo é, obviamente, consumido entre viagens
entre intersecções. Para representar este tempo na rede, há duas possibilidades. Uma é incluir o
tempo de viagem no tempo gasto na viagem pelos arcos ou links de ou para uma interseção.
Outra abordagem é a divisão da interseção em dois arcos ou links. O tempo de viagem então
estaria associado com cada um dos links ou arcos, e assim o tempo na interseção seria
representado. De fato, se for necessário diferenciar o tempo de viagem entre a passagem direta
pela interseção e deste por outros movimentos, tais como virar à esquerda, então tal divisão é
essencial. Um exemplo deste tipo de representação de rede é mostrado na figura abaixo. Esta
interseção é o cruzamento de duas vias de mão dupla com todos os movimentos permitidos.
Para diferenciar todos os movimentos que passam na interseção (manobras) requer o uso de
links diretos, com 8 nós e 24 arcos. Os arcos pequenos nas extremidades representam as
conexões entre interseções. Se algum movimento for proibido, nenhum arco é mostrado para
este movimento. Assim é importante reconhecer que um simples arco sozinho não é o único
modo de representar uma interseção ou um terminal em um sistema de transporte.
Figura 3 – Representação detalhada de uma interseção

Análise da Rede

O sistema de transporte é representado como uma rede para descreve os componentes


individuais do sistema de transporte e sua relação com outro sistema. Algumas das mais
importantes características do sistema são: tempo de viagem e custo.

A figura abaixo (4) ilustra como uma rede de transportes composta por rodovias pode ser
representado. Os tempos médios de viagem são dados nos links. O tempo de viagem do nó 1
para o nó 8, via links (1, 10), (10, 24), (24, 23) e (23, 28) é
5 + 10 + 25 + 10 = 50min.

Existem outras possibilidades de caminhos, tais como (1, 11), (11, 20), (20, 21), (21, 22), (22,
23), (23, 8). Assim, dado os custos e os tempos de uma origem e um destino, é importante que
sejam especificados os caminhos usados. Em termos gerais matematicamente podemos
expressar estas informações da seguinte maneira; designando o caminho de interesse p e o
conjunto de arcos ou links relacionados Lp:

tp  t
ijL p
ij

Onde: tp = Tempo da origem, pelo caminho o até o destino


Lp = Conjunto de links ou arcos no caminho p (no exemplo acima, (1, 10), (10,
24), (24, 23) e (23, 28)}
. tij = tempo no link ou arco (i, j)
ij  Lp significa que ij contido no conjunto Lp
Árvore do Caminho ou programação dinâmica de rotas
_____ vias principais
Interseções

Centro das cidades

Figura 4 – Principais rodovias de uma rede de transporte da região metropolitana de San


Francisco (EUA), mostrando os tempos de viagem em minutos

Em muitos contextos de transporte, o caminho que é usado envolve o menor tempo total de
viagem ou, em alguns casos, o menor custo. No contexto de viagem de uma pessoa, a maioria
das pessoas seleciona uma rota que minimize o tempo total de viagem.

Entretanto, em caso onde os custos diferem entre diferentes rotas, viajantes freqüentemente
modificam suas rotas. No transporte de carga, como no caso da roteirização rodoviária de longa
distância e de muitas companhias ferroviárias, a rota é selecionada para minimizar o custo total.
Nos dois casos, o problema essencial é achar o caminho pela rede que resulte no menor custo
sobre certos custos (ou tempos) associados com os links ou arcos componentes do caminho;
este caminho é chamado caminho mínimo ou, melhor caminho. Assim, este problema é
essencialmente matematicamente idêntico.

Outro procedimento simples e elegante foi desenvolvido para achar estes caminhos mínimos nas
redes. Este método, chamado árvore do caminho, é a aplicação de outro procedimento
matemático chamado programação dinâmica. O procedimento é explicado através do exemplo e
é realizado pelo compito dos valores diretamente na rede do exemplo. Para este exemplo
usaremos a rede da figura acima (4). Neste exemplo, os tempos de viagem estão associados
com cada link. O problema é achar o caminho através da rede que apresente o menor tempo
total do nó 1 até o nó 4. O nó 1 é denominado nó inicial
Começando no nó 1, comparar o custo de passar pelos links (ou arcos) que saem deste nó e
selecionar o link com o menor tempo. Neste caso os links são 5, 12 e 13 min, e então, o link para
o nó 10 é selecionado. O significado da seleção do nó 10 é duplo. Primeiro, o caminho mínimo
do nó inicial, nó 1, para o nó 10, é via um link simples. A razão disto é que não há outra maneira
possível para realizar a viagem saindo do nó inicial e chegando no nó 10 gastando menos do
que 5 min. Isto se deve ao fato de que todos os arcos têm tempos superiores a 5 min. A segunda
interpretação é que o melhor caminho do nó inicial até o nó 4 é via o nó 10 - pode ou não pode
ser – então a porção da melhor rota do nó inicial (1) até o nó 10 é pelo link (1, 10). Para indicar
que o melhor caminho do nó 1 para o nó 10 foi achado, ao lado do nó 10, põe-se um número
contendo o nó prévio do melhor caminho, no caso, o nó 1, e o tempo do nó inicial, 5min, como
mostra a figura 3. O nó anterior é chamado também de nó predecessor. O significado desta
conclusão será melhor esclarecido posteriormente.

No segundo passo compara-se o tempo partindo do nó inicial para todos os nós os quais podem
ser atingidos passando por apenas um e somente um arco ou link adicional além do nó achado
no melhor caminho (incluindo o nó inicial). Não se deve incluir a comparação dos nós que já
foram alcançados pois os caminho mínimos para estes nós foram selecionados. Neste caso,
este passo envolveria a comparação dos tempos para o nó 12 (alcançado pelo nó 1), para o nó
11 (alcançado do nó 1 para 10), e para o nó 24 (alcançado pelo nó 10). Os tempos do nó inicial
(via melhor caminho para qualquer nó intermediário) para estes nós são, respectivamente, 13,
12, 17, e 15 min. Selecionamos o mínimo, 12min, e assim achamos o melhor caminho para o nó
11. O nó 11 é marcado com 1 e 12min. O terceiro passo envolve a extensão do mesmo
procedimento: procuramos por nós que possam ser passados por um e somente um arco ou link
que já foram alcançados. Tais nós são 12, 20 e 24 (o nó 11 foi alcançado anteriormente de forma
direta), e os tempos soa 13, 27 e 15 min. O menor tempo é 15 min, e então alcançamos o melhor
caminho para o nó 24. Novamente a indicação é feita através de um desenho no nó predecessor
(10) e o tempo referente ao nó de origem (15min).
O processo é continua e o resultado para alcançar o nó 4 é de 75 min.
70 (17)
3 4
53 (14) 16 75 (16)
58 (15) 15

60 (18)
17
26 (13) 5
14
65 (17)
2 18 36 (19)
26 (13)
13
19
22 (12)
6
13 (1) 46 (19)
12 (1)
12
31 (20)
11 20 27 (11)
1
0 (0)
10
21 7
5 (1)
31 (20) 44 (21)
nó predecessor
15 (10) tempo acumulado
9 24 22 do nó inicial
34 (24)
23 (24)

23
40 (24)

8 50 (23)

Figura 1 (a)

A figura (a) apresenta os resultados dos cálculos, com todos os nós mostrando o nó predecessor
e os tempos acumulados do nó 1 via caminho mínimo. A figura também apresenta outra
característica deste procedimento, o qual mostra o melhor caminho para outros nós são
encontrados durante o processo. De fato, este procedimento elenca o melhor caminho para
todos os nós que podem ser alcançados no menor tempo (ou custo) até o nó desejado. Este
procedimento pode parecer um tanto quanto ineficiente, na verdade este procedimento é tão
eficiente quanto qualquer outro método de alocação de caminhos mínimos. Ele simplesmente
acrescenta muito mais informação que o usualmente feito. O melhor caminho para todos os
outros nós partindo do nó inicial forma o que é chamado de árvore. Se somente os link e arcos
da arvore forem mostrados, o resultado é a figura b. Para se obter a árvore, então, continua-se o
processo até que todos os nós tenham sido alcançados.
Figura 1 (b)
Na análise do caminho mínimo, freqüentemente é desejável colocar as informações ou
resultados em uma tabela ou invés de desenhá-los, como mostrado nas figuras. Para este
propósito foi desenvolvido uma tabela de apresentação. Na tabela, a primeira coluna é uma lista
de nós, e toda vez que o melhor caminho para o nó é encontrado, este nó passa a fazer parte da
tabela. A segunda coluna anota o nó predecessor, e assim o nó e seu correspondente nó
predecessor indica o último link selecionado no procedimento. Também é útil anotar na tabela os
tempos de viagem via o melhor caminho via o nó de origem, estes tempos são colocado na
terceira coluna. A tabela fornece uma lista completa dos nós alcançados na resolução do
presente problema. Para iniciar a tabela, o nó que é designado como nó inicial é colocado como
se fosse o primeiro nó alcançado, o seu nó predecessor é um nó 0 (zero) fictício e o tempo de
viagem do mesmo é 0 min. É útil notar que nesta tabela que a lista de tempos de viagem da
origem para os vários nós devam começar do 0 (para o nó inicial) e a cada linha são
acrescentada os tempos de viagem devem ser maiores que o tempos anteriores. Se este não for
o caso deve ter havido um erro nos cálculos.
Caminho mínimo para a rede a figura 1
Tendo o nó 1 como inicial
Nó Nó Custo ou tempo
predecessor acumulado do nó 1
1 0 0
10 1 5
11 1 12
1 1 13
24 10 15
13 12 21
9 24 23
14 13 26
2 13 26
20 11 27
19 20 31
21 20 21
22 24 34
18 19 36
23 24 40
7 21 44
6 19 46
8 23 50
15 14 53
17 18 60
5 17 65
16 17 70
4 16 75

Com a explicação do exemplo, agora é possível formalizar os procedimentos como sendo uma
regra. Em terminologia matemática, um conjunto de regras assim é chamado algoritmo. Um
algoritmo é um procedimento o qual pode ser provado matematicamente para produzir um
resultado específico em um número finito de passos. Isto significa, neste caso, que a repetição
da aplicação das regras, pode ser provado que o melhor caminho do nó original para todos os
outros nós na rede será encontrado. Como o algoritmo aplica-se para todas as características de
serviço e custos, no procedimento descrito abaixo será usado o termo custo ao invés do tempo.
Os passos do algoritmo para caminho mínimo são:
1 – Comparar os custos de todos os links (ou arcos) que tenham o nó-A como origem. (nós A- e
B- para links não-direcionados resultantes do uso do link em uma direção específica nos
cálculos). Selecionar o de custo mínimo, e marcar o nó-B em relação ao nó de origem e o custo
partindo do nó de origem. Se uma tabela for usada, primeiro comece pela coluna dos nós, nós
predecessores e o custo partindo do nó de origem. Na primeira linha, entrar com o nó de origem,
0, e 0 min, respectivamente. Na segunda coluna, entre com os resultados das análises, o nó B, o
nó A e o tempo.
2 – Comparar os custos partindo do nó de origem para todos os nós que estão nos links dos nós-
B e que tenham links com nós-A no conjunto de nós que selecionados como de melhor caminho.
Estes são listados na primeira coluna da tabela. Os tempos são calculados pela adição dos
tempos dos links aos tempos do melhor caminho começando do nó de origem (indicado pelos
nós marcados e colocados na terceira coluna da tabela). Selecione o custo mínimo e o caminho
mínimo para o nó-B do link encontrado. Entrar com este nó na lista, o nó predecessor, e o custo
de viagem (partindo do nó de origem) usado como comparação. Anotar o nó alcançado em
relação ao nó predecessor e o custo. Se dois ou mais nós tem custos iguais partindo da origem,
tratar ambos como descrito acima. Se dois caminhos diferentes tiverem tempos iguais, incluir
ambos na solução indicando dois nós predecessores alternativos.
3 – Continuar o procedimento descrito em 2 até que o nó de destino seja alcançado ou até que
todos os nós tenham sido alcançados, caso se deseje a obtenção da arvore de caminho mínimo.

Tais procedimentos para encontrar o caminho mínimo em uma rede são indubitavelmente os
mais comumente utilizados como ferramenta para análise de redes. Como mostrado acima, não
há razões para limitar a aplicação para encontrar os caminhos de tempos mínimos. Também
podem ser usados para encontrar os caminhos que tenham os menores custos, fornecendo os
custos de cruzar os links ou arcos especificados. A limitação básica do método é que este se
aplica somente sobre medidas de custo que são maiores ou iguais a zero e para caminhos de
custos os quais a soma dos custos sobre link e arcos possam ser computados.
Informações características que relacionam movimentos entre todos os pares de nós em um
rede podem ser representados na forma de uma matriz. A matriz é muito similar a uma matriz de
conexões, exceto pelo fato de que as informações nas células é a informação desejada na
conexão entre dois nós específicos. A tabela abaixo apresenta o tempo mínimo entre cada nó de
origem e o possível nó de destino partindo do nó 1 e passando pelos 9 nós da rede da figura
(b). É importante especificar o tipo de informação a ser apresentada na matriz, seja
esta tempo de viagem, custo, distância.
para o nó
1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 0 26 58 75 65 46 44 50 23
2 26 0 42 81 71 52 50 75 48
do 3 58 42 0 52 62 74 80 107 80
nó 4 75 81 52 0 20 54 65 94 90
5 65 71 62 20 0 44 55 84 80
6 46 52 74 54 44 0 36 65 61
7 44 50 80 65 54 36 0 55 51
8 50 75 107 94 84 65 55 0 43
9 23 48 80 90 88 61 51 43 0

Importante notar que o melhor caminho em uma rede, independente do critério usado, depende
do horário do dia. Por exemplo, Se qualquer link for influenciado pelo volume de tráfego na rede,
este influenciará o volume e o conseqüentemente o tempo de viagem. Nas madrugadas e no
período que antecedem o pico matinal os volumes de tráfego geralmente são muito pequenos,
resultando assim em links com tempos mínimos de viagem. A medida em que o tráfego aumenta,
como nas horas pico, alguns links podem ficar mais congestionados que outros, aumentando
assim os tempos de viagens nestes links mais que proporcionalmente aos outros links. Isto pode
mudar os tempos de viagens relativos entre diversos links da rede. Assim, o melhor caminho em
uma rede pode ser função da hora do dia. Fenômeno similar também nas redes sujeitas a
programação de viagens. Para um destino particular e dada hora do dia, algumas rotas são
melhores que outras. Entretanto, em outras horas, outra série de links pode propiciar viagens
com menores tempos totais.

Outro aspecto das redes as quais recebem muita atenção é a capacidade. Capacidade da rede é
em conceito que pode iludir devido ao fato que há a necessidade de se ter um veículo para se
movimentar em uma rede e estes mesmos veículos são os responsáveis pela limitação da
capacidade. Entretanto, em alguns casos é importante saber que o volume máximo de veículos
que pode se mover de um ponto a outro. Se houver apenas um único caminho entre dois pontos
por onde o tráfego possa fluir, então a capacidade do caminho será a capacidade do link ou do
arco. Matematicamente pode ser expressa por:
C p  min (cij )
ijL p

Onde: Cp = capacidade do caminho p


LP – conjunto de arcos ou links no caminho p
Cij = capacidade do arco ou link ij

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