Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1.1 A RETA
Algumas equações da geometria analítica serão analisadas nessa sessão, utilizando vetores.
Seja x um ponto qualquer de uma reta que passa pelo ponto conhecido xo e é paralela ao vetor v,
denominado de vetor diretor da reta. Então, o vetor x – xo também é paralelo a v, conforme mostra a
figura 2-1. Logo podemos escrever:
x – xo = tv.
ou
x = xo + tv. (-∞ < t < ∞). (2-1)
À medida que o parâmetro t varia, o ponto x percorre a reta. A equação (2-1) é conhecida como
equação vetorial da reta. Em particular, se xo = 0, a reta passa na origem e chamamo-la de reta na
origem.
Na equação (2-1), fazendo x = (x, y, z), xo = (xo, yo, zo) e v = (a, b, c), podemos escrever:
Exemplo 1: Encontre uma equação vetorial e as equações paramétricas da reta no R3 que passa pelo ponto
(1, 2, –3) e que é paralela ao vetor v = (4, –5, 1).
x = 1 + 4t, y = 2 – 5t, z = –3 + t.
Observe que para cada t variando de –∞ a +∞ temos um ponto específico da reta. Por exemplo, se t = 1
temos o ponto (5, –3, –2), se t = –1 temos o ponto (–3, 7, –4) e assim por diante.
Exercício
1) Encontre as equações paramétricas da reta na origem cujo vetor diretor é v = (–1, 3, –4).
Resposta: x = -t; y = 3t; z = -4t.
Se forem conhecidos dois pontos, xo e x1, de uma reta, então um dos vetores na direção dela será
v = x1 – xo ou v = xo – x1. Logo, utilizando a equação (2-1) encontramos a equação vetorial:
Exemplo 2: Encontre as equações paramétricas da reta que passa pelos pontos P(0, 7) e Q(5, 0).
x = 5t, y = 7 – 7t
Exercício: O ponto P(2, y, z) pertence à reta determinada pelos pontos A(3, –1, 4) e B(4, –3, 1). Encontre
o ponto P.
Das equações paramétricas (2-2), supondo a, b e c não nulos, explicitando o parâmetro t temos:
x - x0 y - y0 z - z0
t= , t= , t=
a b c
x - x0 y - y0 z - z0
Logo: = = (2-4)
a b c
Estas equações são denominadas equações simétricas ou normais de uma reta que passa pelo ponto (xo,
yo, zo) e tem direção do vetor v = (a, b, c).
Se a reta é determinada por dois pontos A(x1, y1, z1) e B(x2, y2, z2), suas equações simétricas
são:
x - x1 y - y1 z - z1
= =
x2 - x1 y2 - y1 z2 - z1
x - 2 y -1 z + 3 x - 2 y -1 z + 3
Solução: = = ou = =
4 - 2 0 - 1 -2 + 3 2 -1 1
Outra solução seria:
x-4 y z+2
= =
2 -1 1
TRÊS PONTOS ALINHADOS:
A condição para que três pontos A1(x1, y1, z1), A2(x2, y2, z2) e A3(x3, y3, z3) estejam em linha
reta é que os vetores A1A2 e A1A3 sejam colineares, isto é:
Exemplo 4: Verifique se os pontos A1(5, 2, –6), A2(–1, –4, –3) e A3(7, 4, –7) então em linha reta.
Solução: Determinamos dois vetores: A1A2 = (–6, –6, 3) e A1A3 = (2, 2, –1) e verificamos que um
deles é múltiplo escalar do outro, ou seja: A1A2 = –3A1A3. Logo, os pontos estão alinhados.
Das equações simétricas (2-4), pode-se dar outra forma, isolando as variáveis y e z em função de
x. Assim, de (y – yo)/b = (x – xo)/a e (z –zo)/c = (x – xo)/a, tiramos:
y = mx + n z = px + q. (2-6)
Observe que, se dividirmos as componentes do vetor diretor por a, obteremos outro vetor diretor dado por
v = (1, b/a, c/a). Mas, b/a = m e c/a = p, então, o vetor diretor da reta também pode ser dado por:
v = (1, m, p).
» NOTA: Na equação (2-6) a variável x figura como variável independente. Se expressarmos as equações
de forma que a variável independente seja y ou z, ainda assim as equações são chamadas equações
reduzidas. «
Exemplo 5: Encontrar as equações reduzidas da reta r que passa pelos pontos A(2, 1, –3) e B(4, 0, –2)
explicitando-as em termos de x.
Solução: Primeiro encontramos as equações simétricas da reta que passa pelo ponto A e tem direção do
vetor v = AB = (2, –1, 1). Então temos:
x - 2 y -1 z + 3
= =
2 -1 1
Logo:
y = (–1/2)x + 2 e z = (1/2)x – 4.
Exercício
1) Sendo x a variável independente, determinar as equações reduzidas da reta que passa pelo ponto
A(4, 0, –3) e é paralela ao vetor v = 2ax + 4ay + 5az.
x = xo, y = yo + bt e z = zo + ct.
É fácil de comprovar que esta reta é ortogonal ao eixo x. Basta verificar que
Exemplo 6: Estabelecer as equações da reta que passa pelos pontos A(1, 0, 9) e B(4, 8, 9) e analisar sua
posição em relação aos eixos e planos coordenados.
Solução: Um vetor diretor da reta será: v = B – A = (3, 8, 0). Como a componente c é nula, a reta é
ortogonal ao eixo z e paralela ao plano xy. Logo, suas equações serão:
x = 1 + 3t , y = 8t e z = 9.
(2) Duas das componentes de v são nulas: Neste caso, o vetor diretor v tem a direção de um dos
eixos coordenados ou, equivalentemente, de um dos vetores ax = (1, 0, 0) ou ay = (0, 1, 0) ou az = (0,
0, 1) e, portanto, a reta será paralela a um desses eixos. Por exemplo, se a = b = 0, v = (0, 0, c) é
paralelo ao eixo z e, portanto, a reta r é paralela ao eixo z. Neste caso, as equações de r ficam:
x = xo, y = y o, z = zo + ct.
Ou, simplesmente:
x = xo, y = y o.
Exemplo 7: Determinar as equações da reta que passa pelo ponto A(0, 3, –2) e tem a direção do vetor
v = 2ax.
Solução: Como v = (2, 0, 0) então, a reta é paralela ao eixo x. Então suas equações são:
| v1 � v2 |
cos(q ) = , 0 �q �90o (2-7)
|| v1 || || v2 ||
x+ 2 y -3 z
r1: x = 3 + t, y = t, z = –1 – 2t e r2: = =
-2 1 1
Solução: Os vetores diretores de r1 e r2 são respectivamente: v1 = (1, 1, –2) e v2 = (–2, 1, 1). Então,
tem-se:
3 1
cos(q ) = = ou q = 60o
6 6 2
x - 2 y -1 z + 3
r1: x = 2; z = 3 e r2: = =
2 -1 1
Resposta: 0,408.
A condição de paralelismo de duas retas r1 e r2 é a mesma dos vetores v1 = (a1, b1, c1) e
v2 = (a2, b2, c2), que definem as direções dessas retas, isto é:
a1 b1 c1
v1 = mv2 ou = =
a2 b2 c2
Exemplo 9: A reta r1 passa pelos pontos A1(–3, 4, 2) e B1(5, –2, 4) enquanto que a reta r2 passa pelos
pontos A2(–1, 2, –3) e B2(–5, 5, –4). Verificar se elas são paralelas.
A condição de ortogonalidade das retas r1 e r2 é a mesma dos vetores diretores v1 = (a1, b1, c1) e
v2 = (a2, b2, c2) dessas retas isto é:
Exemplo 10: Calcule o valor de m para que as retas a seguir sejam ortogonais.
v1•v2 = 0
(1, m, –2)•(2, –1, 5) = 0
2 – m – 10 = 0 ou m = –8.
» NOTA: Uma reta r cujo vetor diretor v é ortogonal a um plano π, é ortogonal a qualquer reta contida
nesse plano. Assim, existem infinitas retas que passam por um ponto Aπ e são ortogonais à reta r. «
A reta r1 definida pelo ponto A1(x1, y1, z1) e o vetor diretor v1 = (a1, b1, c1), e a reta r2 definida
pelo ponto A2(x2, y2, z2) e o vetor diretor v2 = (a2, b2, c2) são coplanares se os vetores v1, v2 e A1A2
forem coplanares, isto é, se for nulo o produto misto (v1, v2, A1A2). (Figura 2-3).
x-2 y z -5 x+5 y +3 z -6
r1: = = e r2 : = =
2 3 4 -1 1 3
Solução: Essas equações dão: A1(2, 0, 5), A2(–5, –3, 6), A1A2 = (–7, –3, 1), v1 = (2, 3, 4) e
v2 = (–1, 1, 3).
2 3 4
(v1 , v2 , A1 A2 ) = -1 1 3 = 0
-7 -3 1
Duas retas r1 e r2, no espaço podem ser coplanares ou não coplanares (reversas).
(1) Coplanares: como já vimos isto acontece se o produto misto (v1, v2, A1A2) = 0. Neste caso
elas poderão ser:
(2) Reversas, isto é, não situadas no mesmo plano. Isto acontece se o produto misto for diferente
de zero. Também neste caso r1∩r2 = Ø.
Exemplo 12: Encontrar a posição relativa das retas r1 e r2 cujas equações são:
r1: x = –2t – 5, y = 2t – 3, z = 6t + 6.
r2: x = 2t + 2, y = 3t, z = 4t + 5.
Solução: v1 = (–2, 2, 6), v2 = (2, 3, 4), A1(–5, –3, 6), A2(2, 0, 5), A1A2 = (7, 3, –1).
Como (v1, v2, A1A2) = 0, então as retas são coplanares. E como não são paralelas, então são
concorrentes.
Exemplo 13: Determinar as equações da reta r que passa pelo ponto A(–2, 1, 3) e é ortogonal às retas r1 e
r2 dadas a seguir.
x -1 z
r1: x = 2 – t, y = 1 + 2t, z = –3t r2: = ; y=2
-3 -1
ax ay az
v = -1 2 -3 = (-2,8, 6)
-3 0 -1
x + 2 y -1 z - 3
= =
-2 8 6
RETA NO R2:
Quando apenas duas dimensões são suficientes para representarmos a reta, suas equações ficam
muito simples, pois trabalhamos com apenas duas coordenadas, por exemplo, x e y. Vamos nos fixar
apenas na equação reduzida, que é a mais utilizada, e dar algumas interpretações para ela.
y = mx + n.
Neste caso m é conhecido como coeficiente angular ou inclinação da reta e dado por:
m = tg(θ)
onde θ é o ângulo entre a reta e o semi-eixo positivo de x. A constante n representa o valor em que a reta
corta o eixo y. Observe que, se m > 0, a reta estará inclinada para a direita enquanto que, se m < 0, a reta
estará inclinada para a esquerda.
Fig. 2-4.
Exemplo 14: A partir do gráfico da reta mostrada na figura 2-5, encontre a equação reduzida da reta.
Fig. 2-5.
Solução: Encontramos a inclinação da reta, neste caso negativa, usando relações métricas num triângulo
retângulo. Assim:
-(7 - 3)
m = tg (q ) = = -2
1 - (-1)
y = –2x + n
3 = –2(1) + n ou n = 5.
Outra solução: Como temos dois pontos da reta, encontramos o seu vetor diretor
x = –1 + 2t y = 7 – 4t
y = –2x + 5.
Exercício: mostre que, se duas retas são perpendiculares, seus coeficientes angulares satisfazem a relação
m1 = –1/m2
Se a reta está dada por dois pontos, P1(x1, y1) e P2(x2, y2) podemos encontrar m como
y2 - y1
m=
x2 - x1
y – y1 = m(x – x1)
Exercício: Encontre a forma reduzida da equação da reta que passa pelos pontos A(1, 2) e B(–2, 8). Faça
um esboço dessa reta.
Resposta: y = -2x + 4.
EQUAÇÃO SEGMENTÁRIA DA RETA NO R2
2-2 O PLANO
EQUAÇÃO DO PLANO:
Um plano no R3 pode ser determinado de modo único, se for conhecido um ponto xo desse plano
e um vetor n normal a ele. Então, para qualquer ponto x do plano, veja figura 2-6, temos a equação
vetorial:
n . (x – xo) = 0 (2-8)
Fig. 2-6.
Fazendo x = (x, y, z), n = (a, b, c) e xo = (xo, yo, zo), tiramos da equação (2-8) que:
Eliminando os parênteses da equação (2-9) obtemos uma equação denominada de equação geral do
plano, como sendo:
ax + by + cz = d. (2-10)
Exemplo 15: Encontre a equação geral do plano que passa pelo ponto (3, –1, 7) e é perpendicular ao
vetor (4, 2, –5).
(x – xo) = (x – 3, y + 1, z – 7), e como n = (4, 2, –5), então, usando a equação (2-9) tiramos:
4x + 2y – 5z = –25.
Um plano pode ser determinado de modo único conhecendo-se um ponto xo pertencente a ele e
dois vetores não nulos e não colineares, conforme mostra a figura 2-7.
Fig. 2-7.
E dessa equação, fazendo x = (x, y, z), xo = (xo, yo, zo), v1 = (a1, b1, c1) e v2 = (a2, b2, c2), escrevemos:
(x, y, z) = (xo, yo, zo) + t1(a1, b1, c1) + t2(a2, b2, c2) (2-12)
x = xo + a1t1 + a2t2.
y = yo + b1t1 + b2t2. (2-13)
z = zo + c1t1 + c2t2.
Exemplo 16: Encontre as equações paramétricas do plano passando pelos pontos P(2, –4, 5),
Q(–1, 4, –3) e R(1, 10, –7).
(x, y, z) = (2, –4, 5) + t1(–3, 8, –8) + t2(–1, 14, –12), tiramos as equações paramétricas:
Fig. 2-8.
x = 5 + y – 2z e, fazendo y = t1 e z = t2 encontramos:
Sejam os planos
Então, n1 = (a1, b1, c1) e n2 = (a2, b2, c2) são vetores normais a π1 e π2, respectivamente.
Chama-se ângulo de dois planos π1 e π2 o menor ângulo entre os vetores normais a esses planos. Sendo θ
esse ângulo tem-se:
| n1 � n2 |
cos(q ) = , 0 �q �90o (2-14)
|| n1 || || n2 ||
π1: 4x + 2y – 5z = –25.
π2: x = 2 – 3t1 – t2, y = –4 + 8t1 + 14t2, z = 5 – 8t1 – 12t2.
Solução: n1 = (4, 2, –5), n2 = (–3, 8, –8)( –1, 14, –12) = (8, –14, –17)
| n1 � n2 | 89
cos(q ) = = = 0,56
|| n1 || || n2 || 6, 70(23, 43)
q = 55,51º
- Se, além disso, a1/a2 = b1/b2 = c1/c2 = d1/d2, os planos serão coincidentes.
Seja r uma reta com vetor diretor v e um plano π com vetor normal n (Figura 2-9).
Fig. 2-9.
O ângulo φ da reta r com o plano π é o complemento do ângulo θ que a reta forma com uma reta normal
ao plano. Tendo em vista que θ + φ = π/2 e, portanto, cos(θ) = sen(φ), então, de acordo com a equação
(2-7) vem:
| n� v|
sen(f ) = , 0 �f �90o (2-15)
|| n || || v ||
r: x = 1 – 2t, y = –t, z = 3 + t
π: x + y – 5 = 0
Resposta. φ = 60º .
Para a reta r com vetor diretor v e o plano π com vetor normal n da figura 2-9, temos:
I) Se r || π então v n
II) Se r π então v || n
Exemplo 20: verificar se a reta r e o plano π dados a seguir são paralelos ou perpendiculares.
x - 2 y +1 z
r: = =
3 -2 -1
π: 9x – 6y –3z = –5
Solução: v = (3, –2, –1) e n = (9, –6, –3). Como 3/9 = (–2)/( –6) = (–1)/( –3), então v é paralelo a n
o que implica em r ser perpendicular a π.
Uma reta r está contida num plano π se as duas condições a seguir forem satisfeitas
simultaneamente:
Observação: Uma reta r está também contida num plano π se dois pontos distintos A e B pertencentes a r
pertencem a esse plano.
Exercício: Determinar os valores de m e n para que a reta r esteja contida no plano π, dado a seguir.
r: x = 2 + t, y = 1 + t, z = –3 – 2t
π: mx + ny + 2z = 1
Resposta. m = 3, n = 1.
Seja o plano π dado por sua equação geral ax + by + cz = d, ilustrado na figura 2-10. Então
podemos ter as seguintes interseções:
Fig. 2-10.
I) Interseção com os eixos: Conforme mostra a figura 2-10, são os pontos A, B e C. Para
encontrá-los, basta fazer na equação do plano, duas variáveis iguais à zero para encontrar a terceira e,
desta forma, determinar os pontos A, B e C.
II) Interseção com os planos coordenados: Conforme mostra a figura 2-10, são as retas r1, r2 e
r3. Como as equações dos planos coordenados são x = 0, y = 0 e z = 0, basta fazer na equação do plano
uma variável igual a zero para se encontrar uma equação de reta nas outras duas variáveis. Então temos:
-b d
r1: x = 0, z = y + (interseção com o plano x = 0)
c c
-a d
r2: y = 0, z = x+ (interseção com o plano y = 0)
c c
-a d
r3: z = 0, y = x+ (interseção com o plano z = 0).
b b
Exercício:
2) Expresse a equação geral do plano que é perpendicular a cada um dos planos coordenados.
x y z
+ + =1 (2-16)
p q r
denominada equação segmentaria do plano na qual (p, 0, 0), (0, q, 0) e (0, 0, r) são os pontos onde o
plano intercepta os eixos x, y e z, respectivamente.
Exemplo 21: Dado o plano π: 2x + 3y + z = 6 determine: (a) os pontos de interseção do plano com os
eixos coordenados. (b) As retas que representam a interseção desse plano com os planos coordenados.
x y z
+ + =1
3 2 6
Que é a equação segmentaria do plano.
2-3 DISTÂNCIAS.
A distância d entre dois pontos P1(x1, y1, z1) e P2(x2, y2, z2) é a norma do vetor P1P2 ou P2P1,
isto é:
d = ||P1P2|| = ( x2 - x1 ) 2 + ( y2 - y1 ) 2 + ( z2 - z1 ) 2 (2-17)
Solução: d = (1 - 7) 2 + (0 - 3) 2 + (6 - 4) 2 = 7
Seja uma reta r definida por um ponto P1(x1, y1, z1) e o vetor diretor v = (a, b, c), e seja
Po(xo,yo,zo) um ponto qualquer do espaço conforme figura 2-11. Os vetores v e P1Po determinam um
paralelogramo cuja altura corresponde à distância d de Po a r.
Fig. 2-11.
(I) S = ||v||d
(II) S = ||vP1Po||
x y -2 z +3
r: = =
2 2 1
Solução: Da equação da reta vemos que ela passa pelo ponto P1(0, 2, –3) e tem um vetor diretor
v = (2, 2, 1). Seja ainda o vetor P1Po = Po – P1 = (2, –2, 10). Então, de acordo com (2-18) temos:
Exercício: Calcular a distância do ponto Po(1, 0, 3) à reta definida pelos pontos A(0, 1, 2) e
B(–1, 3, –2).
Resposta: 0,816.
A distância entre duas retas dependerá das posições relativas das retas:
(i) Retas concorrentes: A distância d, entre duas retas r e s concorrentes, é nula por definição.
(ii) Retas paralelas: A distância entre r e s é a distância de um ponto qualquer Po de uma delas à
outra reta, isto é:
Exemplo 25: Calcular a distância entre as retas r e s cujas equações são dadas por:
Solução: Primeiro verificamos que as retas são paralelas, pois os vetores diretores de r, u = (1, –2, 2) e
de s, v = (–2, 4, –4), são paralelos, ou seja, v = –2u. Calculemos, então:
Um ponto de r é Po(0, 3, 0) e s passa pelo ponto P1(–1, 1, –3). Então, de acordo com (2-18), com
P1Po = (1, 2, 3), temos:
(iii) Retas reversas: Seja a reta r definida por P1(x1, y1, z1) e u = (a1, b1, c1) e a reta s definida
por P2(x2, y2, z2) e v = (a2, b2, c2). Os vetores u, v e P1P2 = (x2 – x1, y2 – y1, z2 – z1) determinam um
paralelepípedo (figura 2-12) cuja base é definida pelos vetores u e v e a altura corresponde à distância d
entre as retas.
Fig. 2-12.
(I) V = ||uv||d
| (u , v, P1 P2 |
d(r,s) = (2-19)
|| u �v ||
z-4
r : y = 1, x + 2 = s: x = 3, y = 2t – 1, z = –t + 3.
-2
Solução: A reta r passa pelo ponto P1(–2, 1, 4) e tem vetor diretor u = (1, 0, –2) e a reta s passa pelo
ponto P2(3, –1, 3) e tem vetor diretor v = (0, 2, –1). Então P1P2 = (5, –2, –1). Em seguida calculamos:
1 0 -2 ax ay az
(u, v, P1 P2 ) = 0 2 -1 = 16 u �v = 1 0 -2 = 4ax + a y + 2az
5 -2 -1 0 2 -1
|16 | 16
d(r,s) = =
|| (4,1, 2 || 21
r: x = 0, y = z s: y = 3, z = 2x
Resposta: 1,225.
Fig. 2-13.
A distância d do ponto Po ao plano π é: d(Po,π) = ||APo||. Observando que o vetor APo é a projeção do
vetor PPo na direção de n, de acordo com a equação (1-19), escrevemos:
PPo �
n PPo �
n n PPo �
n
d ( Po , p ) = APo = 2
n = ( ) = (2-20)
n n n n
π: x = 2 – h + 2t, y = 1 + 3h – t, z = –t
Resposta: 1,18.
A distância entre dois planos é definida somente quando os planos forem paralelos. A distância d
entre eles é a distância de um ponto qualquer de um dos planos ao outro plano, isto é:
π1: 2x – 2y + z – 5 = 0 e π2: 4x – 4y + 2z + 14 = 0.
Resposta: d = 4 u.c.
A distância de uma reta a um plano é definida somente quando a reta é paralela ao plano. A
distância d da reta r ao plano π é a distância de um ponto qualquer da reta ao plano, isto é:
d(r,π) = d(Po,π), com Por.
Exercício: Invente um exercício para calcular a distância de uma reta a um plano e resolva-o.
PROBLEMÁTICA.
1) Encontre a equação reduzida de cada uma das retas, dadas abaixo na forma vetorial. Esboce o gráfico
de cada uma delas:
a) (x, y) = t(2, 3) b) (x, y) = (1, 1) + t(1, –1) c) (x, y) = (2, 0) + t(1, 1).
a) (0, 0) e (3, 3) b) (1, –1, 1) e (2, 1, 1) c) (1, 2, –4) e (3, –1, 1).
3) Encontre as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto (1, 6, 2) e é paralela ao vetor
r = (5, –2, 1).
x = 2 + 4t, y = –1 + t, z = t.
5) Encontre uma equação vetorial e as equações paramétricas do plano que passa pelos pontos:
a) (1, 1, 4), (2, –3, 1) e (3, 5, –2) b) (3, 2, 1), (–1, –1, –1) e (6, 0, 2)
7) Encontre a equação geral do plano que passa pelo ponto P(3, 5, –2) e é normal ao vetor
n = (1, 1, 4).
9) Encontre equações paramétricas do plano que é paralelo ao plano 3x + 2y – z = 1 e passa pelo ponto
P(1, 1, 1).
10) Encontre equações paramétricas da reta que é perpendicular ao plano x + y + z = 0 e passa pelo
ponto (2, 0, 1).
11) Mostrar que o ponto P1(2, 2, 3) é eqüidistante dos pontos P2(1, 4, –2) e P3(3, 7, 5).
r: x = 1 – 2t, y = 2t, z = 2 – t.
14) Seja o triângulo ABC de vértices A(–3, 1, 4), B(–4, –1, 0) e C(–4, 3, 5). Calcular a medida da
altura relativa ao lado BC.
a) r: x = 0, y = z s: y = 3, z = 2x.
b) r passa pelos pontos A(1, 0, 1) e B((–1, –1, 0) e s pelos pontos C(0, 1, –2) e D(1, 1, 1).
c) r: x = 3, y = 2 s: x = 1, y = 4.
e) r: x = y = z – 2 s: y = x + 1, z = x – 3.
16) Determinar a distância do ponto P(2, -3, 5) a cada um dos planos:
a) π1: 2x – 2y – z + 3 = 0.
b) π2: x + y + z = 0.
c) π3: 2x + y = 3.
a) π1: 3x – 4y + 20 = 0.
18) Dado o tetraedro de vértices A(1, 2, 1), B(2, –1, 1), C(0, –1, –1) e D(3, 1, 0), calcular a medida da
altura baixada do vértice D ao plano de face ABC.
a) π1: 2x + 2y + 2z = 5, π2: x + y + z = 3.
a) xz b) yz c) π: x + y = 12.
21) A tensão elétrica em função da corrente elétrica numa determinada bateria de um carro é dada pela
reta mostrada na figura P2-1. Encontre a equação da reta no plano, vi.
Fig. P2-1.
22) Um plano π intersecta os eixos coordenados em (2, 0, 0), (0, 3, 0) e (0, 0, 5). Encontre a equação geral
deste plano.
a) 2x + 4y = 5; b) x + 2y + 6z = 12; c) y + 2z = 4.
25) Dada a reta (x – 1)/2 = (y + 3)/4 = (z – 4)/( –2), encontre os pontos onde ela “fura “ os planos
coordenados.
26) Encontre a mediana relativa ao vértice A do triângulo formado pelos pontos A(1, 1), B(2, 3) e C(4, 1).
[Obs: mediana de um triângulo é o segmento de reta que une um vértice ao ponto médio do lado oposto].
27) Dados a reta e o plano abaixo, encontre o ponto onde a reta “fura” o plano.
Reta: x = 1 – 2t y = –1 + t z = 2t
Plano: x + y + z = 1
28) Um plano intersecta os eixos x, y e z nos pontos (1, 0, 0), (0, 2, 0) e (0, 0, 3), respectivamente.
Encontre a equação geral desse plano.