Você está na página 1de 23

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

Fundamentos De Mecânica
Prof. Dr. José Pinheiro de Moura

São Luís - 2019


1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ VETORES FORÇA
✓ Escalares e vetores – a maioria das quantidades físicas, em
mecânica, pode ser expressa matematicamente por meio de
escalares e vetores .
aA
▪ Escalares – uma quantidade caracterizada por um número
positivo ou negativo é chamado escalar.
❑ Por exemplo: massa, volume e comprimento;
▪ Vetor – é uma quantidade que tem intensidade e direção.
❑ Em estática, as quantidades vetoriais encontradas com frequência,
são: posição, força e momento.

2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Operações Vetoriais
✓ Multiplicação e divisão de um vetor por um escalar – o
produto do vetor A pelo escalar a, dando aA, definido como
vetor de intensidade.
▪ O sentido de aA é o mesmo de A, desde que a seja positivo e é
oposto a A, se a for negativo.
❑ O valor negativo de um vetor é calculado multiplicando-se o vetor
pelo escalar (-1) (Figura 1)

A 2A -1,5A 0,5A

Figura: 1 – Multiplicação e Divisão por Escalares


3
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Operações Vetoriais
✓ Adição vetorial – dois vetor A e B, tais como uma força ou
posição (Figura 2), podem ser somados para formar um vetor
‘resultante’ R = A + B usando-se a lei do paralelogramo.
▪ Para isso, A e B são unidos em suas origens (Figura 3);
❑ Retas paralelas desenhadas a partir da extremidade de cada vetor
interceptam-se em um ponto comum, formando os lados
adjacentes de um paralelogramo que vai das origens de A e B a
interseção das retas desenhadas.

4
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Operações Vetoriais
✓ Pode-se também adicionar B a A usando-se a construção do
triângulo, que é um caso especial da lei do paralelogramo,
pela qual o vetor B é somado ao vetor A da origem para
extremidade de B (Figura 4). A resultante R vai da origem de
A à extremidade de B ;
✓ De maneira similar, R também pode ser obtida adicionando-se
A a B (Figura 5). Pode-se perceber que a adição de vetores é
comutativa;
✓ Em outras palavras, os vetores podem ser somados em
qualquer ordem, isto é: R = A + B = B + A.

5
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Operações Vetoriais
A
R=A+B

B
Figura: 2 Figura: 3

R=B+A

A B
B A

R=A+B
6 Figura: 4 Figura: 5
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Operações Vetoriais
✓ No caso especial em que dois vetores A e B são colineares,
isto é, ambos têm a mesma linha de ação, a lei do
paralelogramo reduz-se a uma adição algébrica ou escalar R
= A + B, como mostra a Figura 6.

A B
R=A+B
Figura: 6 – Adição de Vetores Colineares

7
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Operações Vetoriais
✓ Subtração vetorial – a resultante entre dois vetores A e B
do mesmo tipo pode ser expressado como: R’ = A – B = A +
(- B )
▪ Esse vetor soma é mostrado graficamente nas Figuras 7 a 9. A
subtração é um caso especial da adição vetorial, de modo que são
aplicadas as mesmas regras.

R’ -B
A
A
B B R’ A
Figura: 7 Figura: 8 Figura: 9
8
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Operações Vetoriais
✓ Decomposição de vetores – um vetor pode ser
decomposto em dois ‘componentes’ que têm linhas de ação
conhecidas usando-se a lei do paralelogramo. Por exemplo, se
R da Figura 9 for decomposto nos componentes que atuam ao
longo das retas a e b, uma começa na origem de R até o
ponto de intersecção com a. Os dois componentes A e B são
traçados de modo que se estendam da origem de R até os
pontos de intersecção, como mostra a Figura 10.

a a
R R
A
b B b
9 Figura: 9 Figura: 10
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Exercícios 1
✓ O parafuso tipo gancho da figura 12 está sujeito a duas forças
F1 + F2. Determine a intensidade (módulo) e a direção da
força resultante.
65º
150 N
10º F2=150 N
10º
115º
360 o − 2 65o ( )
= 115 o
R F
2
F1=100 N
15º
 
100 N 115º
150 N
15º 15º 100 N
90º - 25º = 65º
Figura: 14
10 Figura: 12 Figura: 13
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Solução: Exercícios 1
✓ A Lei do Paralelogramo – a Lei do paralelogramo de adição
é mostrada na Figura 13. As duas incógnitas são a intensidade
de FR e ângulo  .
✓ Trigonometria – pela Figura 13, o triângulo de vetores
(Figura 14) foi construído.
▪ FR é determinada usando-se a lei dos cossenos.

FR = (100 N ) 2 + (150 N ) 2 − 2(100 N ) (150 N ) cos115 o = 212,6 N

▪ O ângulo  é determinado aplicando-se a lei dos senos, usando-


se o valor calculado de FR.

11
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Solução: Exercícios 1
✓ O ângulo  é determinado aplicando-se a lei dos senos,
usando-se o valor calculado de FR.
150 N 212,6
=
sen  sen 115 o
150 N
sen  = (0,9063 )
212,6 N
 = 39,8o
✓ Assim, a direção  de FR medida a partir da horizontal é

 = 39,8o + 15o = 54,8o


12
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Exercícios 2
✓ Decomponha a força de 200 lb que atua sobre o tubo
(Figura 15), em componentes, nas direções:
▪ (a) x e y;
▪ (b) x’ e y.

y
200 lb
40 o
30 o x
X’

13 Figura: 15
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Solução: Exercícios 2
✓ Em cada um dos casos, a lei do paralelogramo é usada
para decompor F em seus dois componentes. Constrói-se
então o triângulo de vetor para determinar os resultados
numéricos por trigonometria.
▪ Parte (a) – o vetor adição
y é mostrado na Figura 16. Observe
que o comprimento dos
200 lb
Fy componentes encontra-se em
escala ao longo dos eixos x e y,
construindo-se primeiro, linhas a
partir da extremidade de F
40 o
paralelas aos eixos, de acordo com
Fx x a lei do paralelogramo.

14 Figura: 16
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Solução: Exercícios 2
▪ Pelo triângulo de vetores (Figura
17):

200 lb Fy Fx = 200 lb cos 40 o = 153 lb


40 o Fy = 200 lb sen 40 o = 129 lb
Fx
Figura: 17

15
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Solução: Exercícios 2
200 lb
y 50 o
200 lb
Fy 50 o 70 o Fy
o
40 o 50 o
o
60
30 60 o

Fx '
Fx '
X’
Figura: 18 Figura: 19
▪ Parte (b) – o vetor adição F = Fx + Fy Fx ' 200 lb
=
'

é mostrado na Figura 18. Observe com sen 50 o


sen 60 o
atenção como o paralelogramo foi  sen 50 o 
Fx ' = 200 lb 
 sen 60 o 
 = 177 lb
construído. Aplicando-se a lei dos senos e  
usando-se os dados listados no triângulo  sen 70 o 
16 Fy = 200 lb  sen 60 o  = 217 lb
de vetores (Figura 19), obtém-se:  
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Exercícios 3
✓ A força F que atua sobre a estrutura mostrada na Figura 20
tem intensidade de 500 N e deve ser decomposta em dois
componentes que atuam ao longo dos elementos AB e AC.
Determine o ângulo , medido abaixo da horizontal, de
modo que o componente FAC seja orientada de A para C e
tenha grandeza de 400 N

17
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Solução: Exercícios 3
B FAC = 400 N
A FAC = 400 N
 60
o
 60 o

30 o FAB
30 o  FAB
500 N

Figura: 21 Figura: 22

A  F = 500 N
FAB
 C
120 o 60 o
A
F = 500 N FAC = 400 N

Figura: 20 Figura: 23
18
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Solução: Exercícios 3
✓ Usando-se a lei do paralelogramo, a adição de vetores dos dois
componentes que dão a resultante é mostrada na Figura 20.
Observe atentamente como a força resultante é decomposta nos
dois componentes FAB e FAC , que têm as linhas de ação
especificadas. O triângulo de vetores correspondentes é
mostrado na Figura 22.
▪ O ângulo  é determinado usando-se a lei dos paralelogramo:
400 N 500 N
=
sen  sen 60 o Portanto:
 400 N   = 180 o − 60 o − 43,9o = 76,1o
sen  = 
 500 N 
 sen 60 o
= 0,6928
 
19  = 43,9 o
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Exercícios 4
✓ O anel mostrado na Figura 24 está submetido a duas forças
F1 e F2. Se for necessário que a força resultante tenha
intensidade de 1 kN e seja orientada verticalmente para baixo,
determine:
▪ A intensidade de F1 e F2, desde que  = 30 o ;
▪ As intensidade de F1 e F2, se F2 for mínima.

20
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Solução: Exercícios 4

F2 30 o
30 o 20 o
180 o − 50o = 130 o 130 o 1000 N
F1
 30o 20 o
F2 20 o 30o
F1

1000 N
Figura: 24 Figura: 25 Figura: 26
21
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Solução: Exercícios 4
✓ Parte (a) – o desenho esquemático da adição dos vetores, de
acordo com a lei do paralelogramo, é mostrado na Figura 25.
pelo triângulo de vetores construído na Figura 26, as
intensidades desconhecidas F1 e F2 são determinadas usando-
se a lei dos senos:
F1 1000 N
=
sen 30 o sen 130 o
F1 = 653 N
F2 1000 N
=
sen 0 o sen 130 o
22 F2 = 446 N
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

❖ Solução: Exercícios 4
✓ Parte (b) – se não for especificado, então, pelo triângulo de
vetores Figura 27, F2 pode ser adicionada a F1 de várias maneiras
para dar a força resultante de 1000 N. O comprimento ou
intensidade mínima de F2 ocorrerá quando sua linha de ação for
perpendicular a F1. Qualquer outra direção tal OA ou OB, dar-se
um valor maior para F2. Portanto, quando  = 90 − 20 = 70 ,
o o o

é mínima. Pelo triângulo mostrado na Figura 28, vê-se que:


F2 0

F1 = 1000 sen 70 o N = 940 N
1000 N
F1 20 o F2 = 1000 cos 70 o N = 342 N

23 Figura: 27

Você também pode gostar