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Concreto Protendido - Jorge Luiz Ceccon PDF
Concreto Protendido - Jorge Luiz Ceccon PDF
SETOR DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
CONCRETO PROTENDIDO
NOTAS DE AULA
1.1 – DEFINIÇÃO
Figura 1.1.1 - Barril com aduelas de madeira unidas por cintas metálicas.
Figura 1.1.3 - Roda de bicicleta, onde os raios são previamente tracionados para não
flexionarem quando em serviço:
a) esquema da roda: 1- aro externo; 2- anel interno; 3 – fio sob tensão;
b) esquema de tensões prévias aplicadas pelos fios tracionados no aro e no anel.
Figura 1.1.4 - Viga armada: a) esquema da viga: 1 – viga; 2 – pontalete; 3 – tirante; b) estado
de tensões prévias aplicadas na viga(1), quando o tirante (3) é tracionado e ancorado nas
extremidades.
Figura 1.1.5 – a) Muro de arrimo vertical com tirantes protendidos; b) Contenção de encostas
com tirantes protendidos com placas individuais de apoio; c) Tirantes protendidos, ancorados
no maciço de fundação, usados como ancoragem de uma barragem.
Φ i σ si 3.σ si
w= . . (1.1)
12,5.η1 Esi f ctm
Φ i σ si 4
w= . . + 45 (1.2)
12,5.η1 E si ρ ri
?x sc
Concreto comprimido
sc
s s/a e
w Concreto tracionado
(fissurado)
s
Fissuras Armadura para
os esforços de tração
com algum alongamento e portanto tracionado. O concreto fica comprimido pela mesma
força (ação e reação).
Macaco hidráulico
Tubo (bainha)
Cabo de aço
(armadura de protensão)
P P
(força de protensão)
L
P P.e p
σc = + + y (1.3)
Ac Ic
onde a força de protensão “P” deve ser considerada negativa por ser de compressão; a
excentricidade “ep” da força de protensão e a ordenada “y” do ponto onde se está
calculando a tensão são consideradas do centro de gravidade da seção e positivas
quando marcadas para baixo.
Naturalmente já é sabido que quando a força de protensão estiver aplicada no
centro de gravidade da seção se terá compressão uniforme. Quando a força P estiver
aplicada dentro do núcleo central de inércia se terá apenas tensões de compressão e
quando estiver aplicada fora dele se terá parte da seção comprimida e parte tracionada.
As fibras da seção, do mesmo lado do ponto de aplicação da força de protensão em
relação à linha neutra, serão comprimidas (mesma natureza da força), no restante da
seção haverá tração.
A fig. 1.3.2 ilustra os diagramas de tensões correspondentes a estes três casos.
sc
P
(-)
G
Ap P
σc = +
Ac
sc
P P.e p
m σ c ,in = + + . yin
G Ac Ic
n P ep (-)
P P.ep
Ap s c,in = +
+ .yin
Ac Ic
b) Força de protensão excêntrica dentro do núcleo central de inércia.
Apenas tensões de compressão.
sc
P P.ep
s c,su = + + .ysu
(+) Ac Ic
m
G P P.e p
n ep σ c ,in = + + . yin
(-) Ac Ic
P
Ap
P P
Armadura frouxa
Armadura de (de flexão)
fretagem
Armadura ativa Armadura de pele
(de protensão)
σc.L
Encurtamento do concreto: ∆Lc =
Ec
Pista de protensão
Armadura de protensão
distendida antes da concretagem Macaco hidráulico
a) Cabos retos
Macaco hidráulico
Forma metálica de extremidade
Bloco de ancoragem
passiva
Pista de protensão
Dispositivos de
Armadura de protensão poligonal
desvio dos cabos
distendida antes da concretagem
b) Cabos poligonais
Lbp
sp
s p,máx = P / Ap
Características da pré-tensão:
a) Os cabos são estirados antes da concretagem;
b) A ancoragem dos cabos na viga é feita por aderência entre os cabos e o
concreto, sem uso de dispositivos especiais;
c) Normalmente realizada em fábricas de pré-moldados em “pistas de
protensão".
Macaco hidráulico
Ancoragem ativa
Concreto endurecido
Bainha (tubo)
Cabo de protensão Força de protensão
Ancoragem morta
2
1 3 1
4
5
6
a) b)
2
1 3 1
5
5
a) b)
Figura 1.5.4 - Armaduras pós -tracionadas, não aderentes ao concreto. a) Cabos internos; b) Cabos externos. 1
– viga de concreto; 2 – aço de protensão; 3 – bainha; 4 – nata de cimento ou graxa inerte injetada na bainha; 5 –
tubo de aço ou plástico.
1.6.1.1 - Na pós-tensão:
1.6.1.2 - Na pré-tensão:
a) Não existem as perdas por atrito, por não existirem nesse sistema de protensão,
as bainhas;
b) As perdas por acomodação das ancoragens também não existem nesse
sistema de protensão;
Um aspecto muito importante da protensão pode ser mostrado por uma ilustração
simples. Considere primeiro a viga de concreto simples (sem armadura) mostrada na Fig.
1.7.1a. Ela suporta uma carga concentrada no meio do vão e, por enquanto, vamos
desconsiderar seu peso próprio. Enquanto a carga W é gradualmente aplicada, tensões
de tração longitudinais são desenvolvidas junto à face inferior da viga. Assumindo que o
concreto é solicitado apenas dentro do campo elástico, a distribuição das tensões de
tração devidas à flexão na seção do meio do vão será linear, como na figura.
Para uma carga relativamente pequena, as tensões de tração nas fibras inferiores
de concreto ultrapassarão a resistência do material fctk e se formará uma fissura. Desde
que nenhuma providência seja tomada para impedir que a fissura se propague para cima,
a peça se romperá sem mesmo que se aumente o valor da carga.
Considere agora uma viga idêntica, como na Fig. 1.7.1b, na qual uma força axial
longitudinal P é introduzida anteriormente à aplicação da carga vertical. A força
longitudinal de protensão produzirá tensões de compressão uniformemente distribuídas
s c= P / Ac , onde A c é a área da seção transversal de concreto.
h
fctk
a) Viga de concreto simples
Q 2s c
sc sc
P P
+ =
sc s t= s c 0
b) Viga protendida axialmente
2Q
0 2s c 2s c
P P 2/3h + =
2s c 2s t= 2s c 0
c) Viga protendida excentricamente.
Força aplicada no extremo do núcleo central de inércia
2Q
0 2s c 2s c
P P
+ =
b/3 2s c 2s t= 2s c 0
Meio do vão
sc sc
+ 0 =
sc sc
Q sc
0 2s c
P P
+ =
2s c s t= s c 0
b/3
Meio do vão
sc sc
+ 0 =
sc sc
e) Viga protendida excentricamente Extremidade
Cabo passando no C.G. das seções extremas e no extremo do n.c.i. da seção central
A força longitudinal pode ter seu valor ajustado para que, quando a carga
transversal Q estiver aplicada, da superposição das tensões devidas à P e à Q resultem
nulas as tensões na face inferior da viga, como mostrado. Portanto, tensões de tração no
concreto podem ser eliminadas ou reduzidas a valores especificados.
Mas pode ser mais conveniente aplicar a força de protensão próxima à face
inferior da viga, para compensar mais eficientemente as tensões introduzidas pelo
carregamento transversal. Uma especificação de projeto possível, por exemplo, pode ser
a de se introduzir a máxima compressão na face inferior da peça sem causar tração na
face superior, quando apenas a força de protensão atuar. Isso ocorrerá quando a força
de protensão estiver aplicada no extremo do núcleo central de inércia da seção
transversal.
No caso particular de seção retangular o núcleo central de inércia divide a altura da
seção em três partes iguais. Neste caso a excentricidade da força de protensão, em
relação ao centro de gravidade da seção, seria ep = G.n = h/6 . A força P , com o mesmo
valor de antes, mas com esta excentricidade, produzirá uma compressão longitudinal com
distribuição variando de zero na face superior até um valor máximo de
P P.e p
2.s c = + .yin (1.3)
Ac Ic
devido à protensão que corresponda àquele das cargas aplicadas. É interessante notar
que, se os momentos devidos à protensão são produzidos exatamente iguais e de
sentido contrário àqueles devidos ao carregamento ao longo de todo vão, o resultado é
uma viga que é sujeita apenas a compressão uniforme em todo seu comprimento, para
aquele carregamento particular. A viga ficaria livre não só de fissuras mas também (
negligenciando as influências da retração do concreto e da fluência) de deflexões tanto
para cima como para baixo quando aquele carregamento estiver atuando. Uma tal
situação seria obtida para uma carga de 1/2x(2Q) = Q , como na Fig. 1.7.1e, por
exemplo. Esta condição é referida como “estágio de carga balanceada”.
Embora esta breve discussão tenha sido apresentada com o objetivo da
eliminação das tensões de tração devidas à flexão e do controle da fissuração e das
deflexões em vigas de concreto, deve ser reconhecido que a protensão pode ser usada
efetivamente por muitas outras razões, tal como para reduzir ou eliminar tensões de
tração diagonais nas vigas, tensões de tração devidas a carregamentos ou retração em
pavimentos, ou trações devidas a cargas excêntricas em pilares. Os princípios
fundamentais são largamente aplicados e fornece aos engenheiros projetistas um
poderoso meio para melhorar o comportamento de estruturas de muitos tipos.
P.sen? P.sen?
P P
? P.cos?
P.cos? p=P/r
r=raio de curvatura do
b) cabo
ep
P P P P
P.ep P.ep
c)
P P
Não há momentos
e)
P
P Não há momentos
f)
P P
P P
g)
Figura 1.8.1 – Carregamentos equivalentes e momentos fletores causados por cabos de protensão.
O conceito de carga transversal equivalente é usual, mas deve ser aplicado com
cuidado. Em todos os casos considerados até o momento, a linha de eixo da peça de
e.2) Tempo final (t∞) - Depois de ocorridas todas as perdas progressivas, quando
se tem a mínima força de protensão e todo o carregamento aplicado sobre a estrutura. É
verificado se a protensão a ser aplicada é satisfatória.
a) b) c) d)
e) f) g)
P P
A B
A B
Seção A Seção B
b) Cabos poligonais - excentricidade variável
C D
ec ed
C D ed > ec
ah ≥ 2 cm ≥ 2 cm
≥ 3φ ≥ 3φ
av
≥ 1,2.d máx ≥ 1,2.d máx
ah ≥ 2,5 cm ≥ 2 cm
≥ 3φ ≥ 3φ
av
ah ≥ 1,2.d máx ≥ 1,2.d máx
av ah ≥ 3 cm ≥ 3 cm
onde:
φ é o diâmetro do fio ou cordoalha
dmáx é a dimensão máxima característica do agregado graúdo
NBR 6118/2003
Tabela 6.1 – Classes de agressividade ambiental
Classe de Agressividade Classificação geral Risco de
agressividade do tipo de ambiente deterioração da
ambiental para efeito de estrutura
projeto
I Fraca Rural Insignificante
Submersa
II Moderada Urbana 1)2) Pequeno
III Forte Marinha 1) Grande
Industrial1)2)
IV Muito Forte Industrial1)3) Elevado
Respingos de maré
1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima)
para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de
apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com
argamassa e pintura).
2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em regiões
de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de
chuva em ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.
3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em
indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias qímicas.
NBR 6118/2003
Tabela 7.1 – Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto
Concreto Tipo Classe de agressividade (tabela 6.1)
I II III IV
Relação CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
Água/Cimento
em massa CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45
Notas:
1) O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os
requisitos estabelecidos na ABNT NBR 12655
2) CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado
3) CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido
NBR 6118/2003
Tabela 7.2 – Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal
para ?c = 10 mm
Classe de agressividade ambiental (tabela 6.1)
Componente
Tipo de estrutura I II III IV
ou elemento
Cobrimento nominal (mm)
Laje 2) 20 25 35 45
Concreto armado
Viga / Pilar 25 30 40 50
Sempre c > 2φ
Localização
av ≥ φ ext ≥ φ ext
≥ 4 cm ≥ 5 cm
ah
≥ 4 cm ≥ 5 cm
ah ah
onde:
φ ext é o diâmetro externo da bainha
7 cm a 10 cm
< 4φ < 8φ
Figura 2.1.5 – Colocação de chaminés de concretagem destinadas à penetração de vibrador de
imersão até o fundo da forma (φ = diâmetro de uma bainha).
Sumário:
3.1 – CONCRETO, 1
3.1.1 - Resistência à compressão, 1
3.1.2 - Resistência à tração, 3
3.1.3 - Módulo de deformação longitudinal, 5
3.1.4 - Peso específico, 5
3.1.5 - Deformações do concreto, 5
3.1.6 - Diagrama tensão-deformação idealizado, 5
3.1.7 - Retração do concreto, 5
3.1.8 - Deformação lenta do concreto, 7
3.1.9 - Tensões permitidas no concreto, 8
3.1 - CONCRETO
com
onde:
t = idade efetiva do concreto, em dias
s = 0,38 para concreto de cimento CPIII e IV
s = 0,25 para concreto de cimento CPI e II
s = 0,20 para concreto de cimento CPV - ARI
a) Tração axial
9x15
P P
15x15 Pu
fct =
Ac
30 cm
60 cm
Figura 3.1.2 – Corpo de prova de concreto para ensaio à tração simples.
P
Essa resistência é, em geral, um pouco
maior que na tração axial
d σt 2.P u
fct = = σtu
π.d.h
P
d = 15 cm
h = 30 cm = altura do cilindro (c.p.)
Figura 3.1.3 – Corpo de prova de concreto para ensaio à tração por fendilhamento.
c) Tração na flexão
Considerada na protensão de pavimentos rodoviários, aéreo-portuários e pisos
industriais.
P/2 P/2
15 cm
5 5 15 cm
20 20 20
60 cm Mu Pu.L
fct = =
W b.d 2
d) Recomendação da NBR-6118/2003
Sendo fckj > 7 MPa, estas expressões podem também ser usadas para idades
diferentes de 28 dias
a) Deformações elásticas
- Pequenos carregamentos ( σc < 0,4 fck ) e de curta duração
- Variação de temperatura
b) Deformações plásticas
- Cargas elevadas e de curta duração
c) Deformações progressivas
- Retração (shrinkage)
- Deformação lenta (creep)
σc
0,85 fcd
εc
σc = 0,85 fcd [ 1 – (1 – 0,2%
)2]
0,2% 0,35% εc
Figura 3.1.5 – Diagrama Tensão X Deformação de cálculo do concreto.
Tabela 3.1.4 – Valores da fluência e da retração para estimativas preliminares ou para obras
correntes realizadas com concreto plástico
Espessura Fictícia
2.Ac
cm
u 20 60 20 60 20 60 20 60
Fluência to= 5 4,4 3,9 3,8 3,3 3,0 2,6 2,3 2,1
ϕ (t∞,to) to= 30 3,0 2,9 2,6 2,5 2,0 2,0 1,6 1,6
to= 60 3,0 2,6 2,2 2,2 1,7 1,8 1,4 1,4
Retração to= 5 -0,44 -0,39 -0,37 -0,33 -0,23 -0,21 -0,10 -0,09
ε cs(t∞,to) to= 30 -0,37 -0,38 -0,31 -0,31 -0,20 -0,20 -0,09 -0,09
(%o) to= 60 -0,32 -0,36 -0,27 -0,30 -0,17 -0,19 -0,08 -0,09
Nota: to , em dias, é a idade do concreto na realização da protensão.
ε ct = ε co + ε cc = ε co + ϕ∞ . ε co (3.11)
ε cc = ϕ∞.ε co (3.12)
ε ct = (1 + ϕ∞).ε co (3.13)
A Tab. 3.1.4 fornece alguns valores indicados pela NBR 6118/2003 para o
coeficiente de fluência do concreto
O tempo “to” é considerado de menor risco econômico por não estar ainda a
estrutura em uso. As ações consideradas são as devidas à protensão mais parte das
cargas permanentes (P o + g1).
As tensões admissíveis são:
fck
Para a compressão: σcc,∞ < com γc∞ = 2,0 (3.16)
γc∞
fctk
Para a tração: σct,∞ < com γt∞ = 1,5 (3.17)
γt∞
Classe A Classe B
σs σs 1 σs
σs εs = + .( - 0,7)2
Es 45 fyd
fyd
fyd
0,7 fyd
ε yd 1,0% εc
ε 0,7 ε yd εs
1,0%
fyd
ε yd = fyd 0,7.fyd
Es ε yd = + 2‰, ε 0,7 =
Es Es
para ε s < ε yd → σs = ε s.Es para ε s < ε 0,7 → σs = ε s.Es
para ε 0,7 < ε s < ε yd → σs = β s . fyd
para ε s > ε yd σs = fyd para ε s > ε yd
→ → σs = fyd
a) Manter a elasticidade
b) Elevada resistência
Devido às deformações de retração e deformação lenta do concreto ocorre uma
perda de deformação na armadura e uma conseqüente perda de protensão.
Considerando que devido à retração e à deformação lenta do concreto se tem,
aproximadamente:
0,3
∆σ = ∆ε * Ep = * 19500 = 5,85 kN/cm2
1000
1,5
a ∆σ = ∆ε * Ep = * 19500 = 29,25 kN/cm2
1000
Deve ser notado que para o aço CA-50 os percentuais de perdas de protensão
são bem maiores do que para o aço de alta resistência CP-190. Esta é a razão de não
se poder utilizar os aços comuns (CA-25, CA-50 e CA-60) para protensão.
c) Pequena relaxação
b) Quanto à apresentação:
- Cordoalhas de 2, 3 ou 7 fios
Figura 3.3.1 – Tipos mais comuns de aço de protensão: a) Fios trefilados; b) Cordoalhas de
7 fios; c) Barras com rosca na extremidade (torneada ou laminada); d) Barra Diwidag laminada
com deformações que permitem colocação de porca de ancoragem em qualquer posição.
c) Quanto à resistência:
CP – 150
CP – 160 para fios (RN ou RB)
CP – 170
σ (kN/cm2)
190 CP 190
CP 175
150 CP 150
CP 110/125
CP 80/105
100
0
CA 60
CA 50
50
CA 25
ε (%)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Figura 3.3.2 – Diagramas tensão-deformação dos principais tipos de aços usados como
armadura para concreto armado e protendido.
fptk
fpyk
fptd
fpyd
Ep
ep
euk
Figura 3.3.4 – Diagrama tensão-deformação para aços de armadura ativa.
Notação:
σ pi = tensão aplicada ao aço de protensão antes da ancoragem do cabo;
σ po = tensão no aço de protensão após a ancoragem do cabo;
σ p8 = tensão no aço de protensão após as perdas progressivas .
3.3.5 – Relaxação
σpo = RN RB RN RB
0,5 fptk 0 0 0 0 0
0,6 fptk 3,5 1,3 2,5 1,0 1,5
0,7 fptk 7,0 2,5 5,0 2,0 4,0
0,8 fptk 12,0 3,5 8,5 3,0 7,0
RN = Relaxação Normal
RB = Relaxação Baixa
Após a concretagem das peças de concreto protendido, enquanto ela ainda está
escorada, a primeira solicitação a ser aplicado normalmente é a protensão. Para essa
solicitação, em uma seção transversal qualquer, os diagramas de tensões normais são
os mostrados na Fig. 1.3.2, nos quais, o surgimento ou não de tensões de tração,
depende da resultante de protensão atuar dentro ou fora do núcleo central de inércia.
Esse carregamento atua isoladamente apenas quando a força de protensão é
centrada. Se o cabo de protensão tiver alguma excentricidade, seja com cabos retos,
curvos ou poligonais, surgirão deformações de flexão, normalmente no sentido de
arquear a peça para cima, levantando-a do escoramento e fazendo com que parte do
peso próprio passe a atuar como carregamento. A carga que passa a atuar na peça
devida à protensão é chamada “carga mobilizada pela protensão”.
A compressão causada exclusivamente pela protensão é chamada “pré-
compressão”, já que é um estado de tensões despertado na peça antes mesmo que
qualquer carga seja aplicada.
σc,su
∆σc,s
Carga
2 1
P P
∆σc,in σc,in
a) Esquema longitudinal b) Diagrama de tensões
Figura 4.1.1 – Evolução do diagrama de tensões normais devidas à carga mobilizada pela
protensão. 1- Diagrama devido exclusivamente à protensão. 2- Diagrama devido à ação conjunta da
protensão e da carga mobilizada.
M M
∆σc,su = - e ∆σc,in = + (4.1)
Wsu Win
σ
ε σc,su
Μo 3 2 1
G
Ap
P
σc,in = o
a) Esquema longitudinal, b) Diagrama de tensões
Diagrama de deformações
P P.e p
σsu,p = + .ysu (4.2a)
Ac J
P P.e p
σin,p = + .yin (4.2b)
Ac J
P P.e p M
σsu = + .ysu + s .ysu (4.3a)
Ac J J
P P.e p M
σin = + .yin + s .yin (4.3b)
Ac J J
P P.e p M
σsu = + .ysu + o .ysu < σcc,adm (4.4a)
Ac J J
P P.e p M
σin = + .yin + o .yin = 0 (4.4b)
Ac J J
J
Mo = -P.(ep + )
Ac .yin (4.5)
que uma vez calculado, permite que se verifique a tensão no bordo superior pela
inequação (4.4a)
A tensão de tração no bordo inferior, devida ao momento solicitante, é
Ms
σin,Ms = .y (4.6)
J in
P P.e p 1 e
σin,P = + .yin = P.( + p .yin) (4.7)
Ac J Ac J
1 e M
σin,P + σin,Ms = P.( + p .yin) + s .yin = 0 (4.8)
Ac J J
4.2.1 – Nomenclatura
moram na residência ou o peso das estantes de livro em uma biblioteca mais o peso
dos freqüentadores mais assíduos. Essas parcelas são chamadas “freqüentes”.
São definidos coeficientes que determinam as parcelas quase permanentes e
freqüentes das cargas acidentais.
Tabela 4.2.1 – Valores dos coeficientes Ψfr e Ψqp (revisão NBR 6118/2001)
1)Para os valores Ψf r relativos às pontes e principalmente aos problemas de fadiga, ver seção 23.
2) Edifícios residenciais.
3) Edifícios comerciais e de escritórios.
5.2.1 – Introdução
C3
C2
C1
Figura. 5.2.1 - Traçado dos cabos em vigas simplesmente apoiada: C1 - cabos retilíneo,
ancorado nas faces extremas da viga; C2, C3 - cabos retilíneos -curvilíneos, ancorados nas
faces extremas da viga; C4 - cabos retilíneo-curvilíneo, ancorado na face superior da viga; C5
- cabos curvilíneo, ancorado na face superior da viga.
Na figura 5.2.2 está representada uma viga simplesmente apoiada, com um cabo
curvilíneo, adotando-se a parábola do 2o grau para seu traçado. A equação geral para a
parábola do 2 o grau é:
onde as constante "a", "b" e "c" devem ser determinadas por condições de contorno
conhecidas, ou seja:
P P
O yx x
αo αx f
L/2 L/2
4.f 4.f
a=- ; b= e c=0 (5.3)
L2 L
4.f
tg α o = (5.6)
L
1 d2y 8.f
= =- 2 (5.7)
r dx2 L
onde o sinal negativo indica apenas que a concavidade da curva está voltada para o
semi-eixo negativo das ordenadas e o raio deve ser tomado, obviamente, em módulo
L2
r= (5.8)
8.f
8 f2
Lc = L + (5.9)
3 L
A y1 Y2 B
1 2
C D
x1 O1 O2 x2
y
N
M yN
yM αM = 0
x
∆x MN
Figura 5.2.4 - Parábola do 2o grau simétrica em relação ao eixo das ordenadas. M é o ponto
de abcissa nula e N o ponto da parábola de abcissa ∆xMN.
dy
para x = 0 → =b=0 ⇒ b=0
dx
para x = 0 → y = c = yM ⇒ c = yM
y N − yM
para x = ∆xMN → yN = a.∆xMN2 + yM ⇒ a= (5.10)
∆x MN
2
y N − yM
y = x2 + yM ; (5.11)
∆x MN
2
dy y − yM
tg α x = =2 N x; (5.12)
dx ∆x MN
2
o raio de curvatura:
1 ∆xMN2
r= = (5.13)
d2y/dx2 2 (yN - yM)
2 (yN - yM)2
Lc = ∆xMN + (5.14)
3 ∆xMN
∆yAB ∆yBC av
= = (5.15)
∆xAB ∆xBC ah
∆y BC
C
B D
av
∆y AB
A E
∆x AB ∆x BC ∆x CD ∆x DE
ah
Figura 5.2.5 - Cabo contínuo, com traçado constituido de trechos de parábolas do 2 o grau
concordantes. A, C e E são pontos em tangente horizontal. B e D são pontos de inflexão. Os
pontos A.B.C e C.D.E são alinhados.
av
∆yAB = ∆xAB e ∆yBC = av - ∆yAB (5.16)
ah
Nos projetos, o eixo do cabo se admite coincidente com o eixo da bainha. Nos
trechos curvos, ao se fazer a protensão, os diversos fios ou cordoalhas do cabo se
deslocam dentro da bainha, no sentido da curvatura (Fig. 5.2.6). Nessas condições, o
centro de gravidade do cabo protendido apresenta uma excentricidade e i , em relação ao
eixo da bainha. Os valores dessa excentricidade encontram-se na Tab. 4.1 do Vol. 2 do
livro "Concreto Protendido" do Prof. Walter Pfeil, sendo da ordem de 15% do diâmetro da
bainha.
ei
φi
ei ˜ 15%.φ i
6.1- INTRODUÇÃO
Pmax Pmax
Pmax Pmax
a) Viga pós-tensionada
Pmax Pmax
Pmax Pmax
b) Viga pré-tensionada
6.2.1.1 – Introdução
As perdas por atrito se verificam:
a) nos macacos hidráulico de protensão;
b) nas ancoragens;
c) ao longo do cabo.
Devido às perdas nos macacos e nas ancoragens a força transferida ao cabo de
protensão é ligeiramente inferior ao produto da pressão manométrica pela área da seção
transversal do cilindro do macaco de protensão. Essas perdas são em geral
determinadas experimentalmente, em conjunto, e compensadas por acréscimos
aplicados às pressões manométricas,
Ensaios revelam que as perdas por atrito no conjunto (macaco + ancoragem)
variam de 3% a 8%, Na prática costuma-se adotar um percentual de 5%.
Chamado Pmáx ao esforço efetivo aplicado na extremidade do cabo, junto à
ancoragem, de Acil a área da seção transversal do pistão do macaco, a pressão
manométrica a ser aplicada, compensando as perdas por atrito na ancoragem e no
macaco, é dada pela expressão
Pmax
p = 1,05
Acil (6.1)
As peças com pré-tensão com cabos retilíneos não apresentam perdas por atrito
ao longo dos cabos, uma vez que eles são distendidos livres ao ar, sem estarem em
contacto com bainhas. Dentre as peças pré-tensionadas, apenas as com cabos
poligonais apresentam perdas por atrito, que acontecem nos apoios de desvio dos
cabos. Nesses casos é necessário determinar experimentalmente o coeficiente de atrito
entre o cabo e o apoio.
A Fig. 6.2 mostra um trecho de uma viga pós-tensionada, com um cabo curvilíneo,
junta à uma ancoragem ativa. Pmax ou Pi é a força de protensão transferida do macaco
de protensão à extremidade do cabo; α o o ângulo de inclinação do cabo junto à
ancoragem; α x o ângulo em uma abcissa x e R o raio de curvatura. A deflexão do cabo
entre a ancoragem e a abcissa x é α = |α o - α x |.
Sendo "O" o centro de curvatura de um trecho do cabo, o ângulo central que
envolve esse trecho é α . Considerando um ângulo central infinitesimal dα , conforme a
Fig. 6.2, o comprimento correspondente do cabo será ds.
No ato do estiramento do cabo para produzir a força de protensão, ele se desloca
dentro da bainha no sentido da força. Nesse movimento, devido principalmente à
curvatura do cabo, surgem forças de atrito entre o cabo e a bainha no sentido de se opor
ao movimento. Também devido à curvatura do cabo e à força de tração no mesmo, ele
produz uma pressão "p" sobre a bainha e desta sobre o concreto que reagem com uma
pressão de igual valor. Sendo "t" a força de atrito por unidade de comprimento, ela é
calculada por t = µ.p, onde µ representa o coeficiente de atrito entre cabo e bainha.
O
O
α
dα
Pmáx dα
R
αo R
ds P
p
αx
P + dP
x t = µ.p
ds
p=P/R (6.3)
P
t = µ.p = µ. (6.4)
R
ds = R.dα (6.5)
µ.P.dα + dP = 0 (6.6)
que é uma equação diferencial cuja solução é P = C.e -µα , onde C é uma constante de
integração que deve ser determinada por alguma solução particular, conhecida, da
equação de equilíbrio e "e" é a base do logaritmo neperiano.
µα µ2α 2 µ3α 3
e-µα = 1 - + - + ... (6.9)
1! 2! 3!
e sendo que "µα " normalmente é menor que 0,15, pode-se desconsiderar os termos de
ordem superior e sem cometer erro grave, escrever:
e-µα = 1 - µα (6.10)
com k = µγ
A NBR 6118:2004 apresenta essa expressão na forma exponencial:
A Fig. 6.3 mostra o diagrama das forças de protensão consideradas as perdas por
atrito para um cabo parabólico, com uma ancoragem ativa a esquerda e uma ancoragem
morta a direita, de uma viga bi-apoiada. Para a parábola do segundo grau (y =
a.x2+b.x+c) as inclinações α (tg α = dy/dx), assim como a segunda parcela da Eq. 6.14,
são funções lineares de x, desta forma, o diagrama das forças de protensão,
consideradas as perdas por atrito, é linear. A perda de protensão por unidade de
comprimento de viga, que representa o coeficiente angular do diagrama, é dado por
∆Px P - Px
∆p = = max
x x (6.15)
1
Pmáx
∆p ∆Pµ
Px
Figura 6.3 – Diagrama das forças de protensão, consideradas as perdas por atrito, para cabo
com uma ancoragem ativa e outra morta, de uma viga bi-apoiada.
P P
L/2
1
∆Pxµ ∆PL/2,µ
Pmáx ∆p
Px PL/2
Figura 6.4 - Diagrama das forças de protensão, consideradas as perdas por atrito, para cabo com
duas ancoragens ativas, de uma viga bi-apoiada.
Em cada trecho tem-se uma perda por unidade de comprimento dada por:
∆PB ∆PC
Pmáx
∆p AB ∆PD ∆PE
∆p BC
∆p CD
∆p DE
PB PC
PD
PE
A B C D E D’ C’ B’ A’
Figura 6.5 - Diagrama das forças de protensão, consideradas as perdas por atrito, para cabo com
duas ancoragens ativas, e vários trechos.
Após o estiramento dos cabos de protensão eles devem ser ancorados na peça
de concreto.
Nas peças com pré-tensão, essa ancoragem se dá por aderência entre o aço e o
concreto. Normalmente não há necessidade de dispositivo especial de ancoragem,
portanto nessas peças não ocorre perda de protensão por acomodação de ancoragens.
Nas peças com pós-tensão os cabos são ancorados em placas de apoio através
de cunhas bipartidas ou tripartidas. A cravação das cunhas de ancoragem é feita pelo
próprio cabo a ser ancorado. Uma vez distendido o cabo até que tenha atingido a força
programada, ele é solto e tende a voltar para dentro da bainha. No movimento de retorno
traz consigo as cunhas de ancoragem cravando-as na placa de ancoragem. O recuo do
cabo representa uma redução no seu alongamento, o que leva a uma perda de tensão e
consequentemente uma perda de força de protensão. Esse recuo do cabo, depende do
sistema de protensão utilizado e varia de 5 mm a 7 mm. No sistema de “cordoalhas
engraxadas” esse recuo é de 10 mm.
No movimento de recuo do cabo são despertadas forças de atrito entre ele e a
bainha no sentido contrário ao do movimento do cabo. As forças de atrito se opõem ao
movimento do cabo. Essas forças de atrito são iguais àquelas desenvolvidas durante o
processo de estiramento do cabo e já calculadas no estudo das perdas por atrito. Na
Fig. 6.6 é mostrado o caso de uma viga simplesmente apoiada, com um cabo de
protensão com traçado geométrico definido por uma parábola do segundo grau, uma
ancoragem ativa e outra passiva. No diagrama das forças de protensão é representado o
diagrama após as perdas por atrito (reta a) e o diagrama após as perdas por
acomodação da ancoragem (reta b). A inclinação da reta a representa a perda de força
por unidade de comprimento que é igual à força de atrito desenvolvida durante o
estiramento do cabo. Como o movimento de recuo do cabo para cravação das cunhas de
ancoragens desperta uma força de atrito em sentido contrário à anterior a reta b tem
mesma inclinação da reta a porém de sinal contrário.
∆Pa ∆Pm 1
∆p
b
m
dm
Pmáx
Pa
P
xr
Figura 6.6 – Viga simplesmente apoiada e diagrama de forças de protensão após as perdas
por atrito e acomodação das ancoragens
∆L = λr (6.16)
xr
⌠ ∆Pm.dm
∆L = λr = (6.17)
⌡ Ep.Ap
m=0
∆Pa
e sendo ∆Pm = .m (6.18)
xr
xr
⌠ ∆Pa
.m.dm xr
xr ∆Pa ⌠
tem-se: λr = ⌡ = ⌡m.dm (6.19)
Ep.Ap xr.Ep.Ap
m=0
m=0
∆Pa .xr
Integrando λr = (6.20)
2.E p.Ap
que levada à Eq. 6.20, fornece finalmente o comprimento de influência do recuo das
cunhas de ancoragem
λr.Ep.Ap
xr = (6.22)
∆p
1 1
λr = . . ∆Pa.xr (6.23)
Ep.Ap 2
λr.Ep.Ap
xr = (6.22a)
∆p
xr
a
∆p 1 ∆P1
∆p 2
∆Pa ∆p 3
∆p 1 ∆p 2
Pmáx
b
Pa
a b c
xr > a
Figura 6.7 - Viga simplesmente apoiada com cabo com um trecho reto no vão e diagrama de
forças de protensão após as perdas por atrito e acomodação das ancoragens.
∆Pa + ∆P1 1
A= .a + . ∆P1.(xr - a) (6.24)
2 2
e portanto
1 ∆Pa + ∆P1 1
λr = .[ .a + . ∆P1.(xr - a) ] (6.25)
Ep.Ap 2 2
Sendo
λr.Ep.Ap - ∆p.a 2
∆P1 = (6.29)
a
sendo a = L/2.
Outras situações podem ser encontradas e resolvidas de maneira semelhante à
exposta acima, sempre considerando que a redução do alongamento do cabo devido ao
recuo das cunhas de ancoragem é igual ao recuo das cunhas. Essa perda de
alongamento é proporcional à área entre os diagramas, com a consideração apenas das
perdas por atrito e com a consideração também das perdas por acomodação das
ancoragens. O coeficiente de proporcionalidade é 1/E pAp.
P P
L/2
a Pµ
1 ∆p
∆Pa A ∆P1
1 ∆p
Pmáx b
PL/2
Pa
P a = L/2 L/2
Figura 6.8 - Viga simplesmente apoiada, com cabo com duas ancoragens ativas e diagrama
de forças de protensão após as perdas por atrito e acomodação das ancoragens, na qual a
influência do recuo das cunhas de ancoragem em cada extremidade vai além do meio do vão.
Np N .e M
σcp = + p p .ep + g .ep (6.31)
Ac Ic Ic
σc
P ep P
∆L σcp
L
σcp
ε cp = (6.32)
Ec
σcp
∆σp = ∆ε p.Ep = .Ep (6.33)
Ec
Np M + Np.ep (6.34)
∆σp = α p.σcp = α p( + g .ep )
Ac Ic
1 n- 1
∆σp = . . α p.σcp (6.35)
2 n
Tabela 6.2 – Valores particulares para estimativas preliminares ou para obras correntes
realizadas com concreto plástico.
Espessura Fictícia
2.Ac
cm
u 20 60 20 60 20 60 20 60
Fluência to= 5 4,4 3,9 3,8 3,3 3,0 2,6 2,3 2,1
ϕ (t∞,to) to= 30 3,0 2,9 2,6 2,5 2,0 2,0 1,6 1,6
to= 60 3,0 2,6 2,2 2,2 1,7 1,8 1,4 1,4
Retração to= 5 -0,44 -0,39 -0,37 -0,33 -0,23 -0,21 -0,10 -0,09
ε cs(t∞,to) to= 30 -0,37 -0,38 -0,31 -0,31 -0,20 -0,20 -0,09 -0,09
(%o) to= 60 -0,32 -0,36 -0,27 -0,30 -0,17 -0,19 -0,08 -0,09
Nota: to , em dias, é a idade do concreto na realização da protensão.
Além das perdas por retração e fluência do concreto, ocorre perda de protensão
devido à relaxação da armadura ativa.
Os coeficientes de relaxação de fios e cordoalhas, independentemente da
resistência, obtidos em ensaios com duração de 1.000 h a 20oC (ψ 1000) e para tensões
σpo variando de 0,5 a 0,8 fptk, para efeito de projeto, podem ser adotados os valores da
Tabela-7.2. Para valores intermediários de tensão σpo pode-se fazer interpolação linear
entre os valores tabelados. σpo é a tensão na armadura de protensão no instante to,
consideradas as perdas imediatas.
Os valores das perdas progressivas de protensão, decorrentes da retração e
fluência do concreto e da relaxação do aço de protensão, devem ser determinados
levando-se em conta a interação dessas causas. Admite-se que exista aderência entre a
armadura e o concreto e que a peça permaneça no estádio I. Além disso, considera-se
também fases únicas de concretagem, de carregamento permanente e de protensão.
ε cs ( t , to) E p − α p .σ c , pog .ϕ (t , t o ) − σ po .χ (t , t o )
∆σp(t,to) = (7.32)
χ p + χ cα pηρ p
σpo ∆σp(t,to)
∆ε p(t,to) = .χ(t,to) + .χp (7.33)
Ep Ep
σ c, pog ∆σ c ( t , t o )
∆ε c(t,to) = ϕ (t , t o ) + χ c + ε cs ( t , t o ) (7.33a)
E ci 28 Eci 28
onde considera-se:
Ac = Área da seção transversal
Ic = momento de inércia da seção transversal em relação a um eixo horizontal
pelo centro de gravidade;
ep = excentricidade do cabo resultante;
Ic
Wcp = = módulo de resistência da seção com relação ao nível do c.g. da armadura
ep
ativa;
Np = P.cosα = Componente normal à seção transversal, da força de protensão
σc,pog = Tensão no concreto ao nível do c.g. da armadura ativa, devida à força de
protensão e as cargas permanentes, positiva se de compressão;
Np N p .e p − M g
σc,pog = + .e p (7.34)
Ac Ic
σ c, pog
ε c,pog = (7.35)
E ci 28
Ep
αp = = Relação entre o módulo de elasticidade do aço de protensão e o módulo de
Eci 28
elasticidade inicial do concreto; (7.38)
Ap = Armadura total de protensão (cabo resultante);
Ap
ρp = = Taxa geométrica da armadura de protensão (7.39)
Ac
η = 1 + e p2.Ac / Ic (7.40)
ψ 1000 = Coeficiente de relaxação do aço para ensaios com duração de 1000 h a
20oC;
ψ(t∞,to) = 2,5. ψ 1000 = Coeficiente de relaxação do aço no instante t∞
χ(t,to) = - ln [1 - ψ(t,to)] = Coeficiente de fluência do aço (7.41)
χc = 1 + 0,5. ϕ(t,to) (7.42)
χp = 1 + χ(t,to) (7.43)
sendo:
MSd= γf.MSk → momento solicitante de cálculo (proveniente do
carregamento)
A situação mais econômica se tem quando a equação (1) é verificada com o sinal
de igualdade. Se o momento resistente (MRd ) for muito maior que o momento solicitante
de cálculo (MSd) a peça é anti-econômica. Estará super-dimensionada. Pode ser
conveniente reduzir sua seção transversal ou sua armamadura.
Essa verificação deve ser feita para a situação mais desfavorável para a peça,
normalmente para a força P∞ combinada com a totalidade das cargas de projeto na
situação mais desfavorável (momentos solicitantes de cálculo).
Da verificação à ruptura resultará determinada a armadura passiva A s necessária.
sendo:
∆σp e fck são dados em megapascal
ρp é a taxa geométrica da armadura ativa;
bc é a largura da mesa de compressão
dp é a altura útil referida à armadura ativa;
d) as tensões de tração no concreto, normais à seção transversal, são obrigatoriamente
desprezadas no ELU;
e) a distribuição de tensões no concreto se faz de acordo com o diagrama parábola-
retângulo com a tensão de pico igual a 0,85.fcd. Esse diagrama pode ser substituidopelo
diagrama retangular de altura 0,8.x (onde x é a profundidade da linha neutra), com a
seguinte tensão:
- 0,85.fcd no caso da lkargura da seção, medida paralelamente à linha neutra, não
diminuir a partir desta para a borda comprimida;
- 0,80.fcd no caso contrário.
f) a tensão nas armaduras deve ser obtida a partir dos diagramas tensão-deformação,
com valores de cálculo, definidos em 3.2 e 3.3.3 (itens 8.3.6 e 8.4.5 da NBR 6118/2003)
g) o estado limite último é caracterizado quando a distribuição das deformações na
seção transversal pertencer a um dos domínios definidos na figura 17.1 da NBR
6118/2003.
O fato de nessa situação se ter tensões de tração em parte da seção não traz
nenhum problema, uma vez que a força de protensão nunca atua sozinha, portanto essa
situação é hipotética. A medida que se aplica a protensão no prisma, ele se deforma no
sentido de se soltar do escoramento ou pista de protensão e simultaneamente passa a
atuar como um carregamento o peso próprio da estrutura. A parte do carregamento que
solicita a peça nesse instante é chamada "carga mobilizada".
Ainda considerando a situação hipotética de atuar apenas a força de protensão,
as tensões no concreto são calculadas por
N N*ep
σsu,P = + .ysu (7.2)
Ac Jc
N N*ep
σin,P = + .y (7.3)
Ac Jc in
N N*ep
σcp,P = + .ep (7.4)
Ac Jc
ε su,P σsu,P
G
dp ds y(+)
h ep(+)
Ap P∞ - ε cp,P σcp,P
-
ε inP σin,P
As
P
σp = (7.5)
Ap
onde P é a força de protensão que atua na seção no instante para o qual se pretende
verificar o Estado Limite Último. Normalmente essa verificação é feita para o tempo t∞,
quando se tem a força de protensão com seu valor mínimo (P ∞).
σp∞ = ∞
P
(7.6)
Ap
σp∞
ε p∞ = (7.7)
Ep
ε su,P σsu,P
P∞ - ε cp,P - σcp,P
ε in,P
σin,P
ε su,Mop σsu,Mop
Mop
σcp,Mop
+ ε cp,Mop +
ε in,Mop σin,Mop
ε su
Mop)p σsu
Mop
P∞
ε p(o) σp(o)
Jc
Mop = |σcp,P | * (7.8)
ep
σ cp , Mop σ cp, P
ε cp= ∆ε p = =
Ec Ec
(7.9)
onde σcp,Mop é uma tensão de tração, por ser produzida pelo momento de
descompressão. É de se notar que neste nível de análise as tensões no concreto são
baixas o suficiente de modo a se poder considerar válida a lei de Hooke (comportamento
linear).
Para a armadura ativa as tensões no tempo t∞ são sempre inferiores a fpyk, de
modo que, também para essa armadura se pode considerar válida a lei de Hooke.
Assim, o acréscimo de tensão correspondente, na armadura ativa aderente, é
σ cp, P
∆σp = ∆ε p * E p = *Ep (7.10)
Ec
Chamando
Ep
αp= (7.11)
Ec
vem:
∆σp = α p .σ cp , P (7.12)
σp = σ p ∞ + ∆σ p
(o )
(7.13)
ε p = ε p 8 + ∆ε p
(o)
(7.14)
ou
σ p ( o)
εp =
(o)
(7.15)
Ep
As peças solicitadas à flexão simples devem ser projetadas para serem peças
dúcteis, onde se tem es > eyd e σ s = fyd, o que corresponde aos domínios 2 ou 3 de
deformações (ver ítem 4.1.1.1 da NBR 6118/78).
A posição da linha neutra, dada pelo valor de x, é determinada pela equação de
equilíbrio (Fig. 7.4.1):
Rsd = A s * σs
Rpd = A p * σp (7.17)
Accr x’Rcd
εc σc
Rcd
x y MRd x y
L N dp ds
h zp zs
Ap ε px
P∞ Rpd
As ε p(o) εs
Rsd
σs = fyd (7.20)
porém, é sempre preciso comprovar esta hipótese após ser conhecida a posição da linha
neutra.
ε p = ε p + ε px
(o)
(7.21)
x
βx = (7.22)
ds
sendo “x” a profundidade da linha neutra, determinada pela equação de equilíbrio 7.18, e
ds a altura útil da armadura passiva.
ε s = 10‰
x
εc = .10‰ (7.23)
ds - x
dp - x
ε px = .10‰ (7.24)
ds - x
3,5‰
se 0,259 < β x < β x.lim = ⇒ domínio 3 de deformações
ε yd + 3,5‰
ε c = 3,5‰
ds - x
εs = .3,5‰ (7.25)
x
dp - x
ε px = .3,5‰ (7.26)
x
ε p = ε p(o) + ε px (7.27)
sendo:
ε p(o) = deformação de pré-alongamento já discutida
7.5 – Exercício 1
Mr > Ms (8.1)
sendo que o valor de kr está entre 1,4 e 3. A NBR 6118:2004 indica fct = 0,7fct,f , ou
seja fct,f = 1,42 fct. Assim segundo a NBR 6118:2004 se tem: kr = 1,42
No estado limite de formação de fissuras a deformação máxima de
tração, no bordo da seção será então ecfk , e no bordo comprimido ec , sendo o
diagrama linear devido à validade da hipótese das seções planas.
Na região comprimida, o diagrama de tensões no concreto é também
linear, sendo s c = ec .Ec a tensão máxima. Na região tracionada tem-se o concreto
plastificado com tensão aproximadamente constante igual à resistência
característica a tração fctk . Se não houvesse a plastificação do concreto tracionado
o diagrama de tensões seria o representado pela linha tracejada na Fig. 8.1, com o
valor máximo igual a kr .fctk , chamado de módulo de ruptura do concreto à tração na
flexão.
bf
by σy
εc σc
Rcc
dy
x Mr x
y y x Rcc
L N zt
dp ds zs x Rct
h Rct
Ap εpx zp
P∞ Rpt
As (o) Rst
εp
εs
fctk
k r.εctk Kr.fctk
s cs = es . Ec . (8.3)
Es
as = (8.4)
Ec
obtém-se
Es e .E
s cs = es . .Ec = s s (8.5)
Es as
donde
ss
s cs = (8.6)
as
kr.fctk
sy = .y (8.7)
h-x
ss k .f
= r ctk .(ds - x) (8.8)
as h-x
s px kr.fctk
= .(dp - x) (8.9)
ap h-x
kr.fctk
sc = .x (8.10)
h-x
Rst = A s .s s (8.12)
Rpt = A p.s p (8.13)
xt
Rct = ⌠
⌡ fctk.by .dy (8.14)
y=0
x
⌠ s y .by .dy
Rcc = ⌡ (8.15)
y=0
s p = s p(o) + s px (8.16)
kr.fctk k .f
As .as . .(ds - x) + A p.s p(o) + A p.ap. r ctk .(dp - x) +
h-x h-x
xt x
⌠ by .dy - kr.fctk ⌡
+ fctk. ⌡ ⌠ b .y.dy =0 (8.17)
y=0 h-x y=0 y
x
A integral Sx = ⌠
⌡ by.y.dy representa o momento estático da área de
y=0
concreto comprimido em relação à linha neutra.
xt
A integral ⌠ by.dy
Act = ⌡ representa a área de concreto tracionado,
y=0
sendo xt = h – x a altura da região tracionada.
Chamando
vem:
x x
⌠ sc ⌠
⌡ s y .by .y.dy . ⌡ b .y2 .dy
y=0 x y=0 y Ix
XRcc = x = x = (8.20)
Sx
⌠ s y .by .dy sc ⌠
⌡ . ⌡ b .y.dy
y=0 x y=0 y
xt xt
⌠
⌡ fctk.by .y.dy fctk. ⌠
⌡ by .y.dy
y=0 y=0 Sxt
XRct = xt = xt = (8.21)
Act
⌠ fctk.by .dy
⌡ ⌠ by .dy
fctk. ⌡
y=0 y=0
zs = d s – x + xRcc (8.22a)
zp = dp – x + xRcc (8.22b)
zt = xRct + xRcc (8.22c)
ou por:
kr.fctk
s s = as . .(ds - x) (8.25)
h-x
kr.fctk
s px = ap. .(dp - x) (8.26)
h-x
7,5F
Acr
Para uma barra
7,5F
7,5F
Acr
7,5F Para um conjunto de barra
As ou Ap
<15F
Figura 9.1 – Área de concreto de envolvimento das barras da armadura (Acr)
Rst = A s .s s (9.4)
x
Rcc = ⌠
⌡ s y .by .dy (9.5)
y=0
sc
Sendo: sy = .y (9.6)
x
sc
s s = ae. .(ds - x) (9.7)
x
sc
s px = ae. .(dp - x) (9.8)
x
bf
by σy
εc σc
Rcc
dy
x MS x
y y x Rcc
L N dp ds
h
σpx /αe
Ap εpx
P∞ Rpt
As (o) Rst
εp
εs
σs /αe
x
s s s
Ap.s p(o) + A p. ae. c .(dp - x) + A s . ae. c .(ds - x) - c . ⌠
⌡ y.b .dy = 0 (9.9)
x x x y=0 y
x
Sx = ⌠
⌡ y.b y .dy (9.10)
y=0
Chamando
P(o) = A p. s p(o) (9.11)
sc
[ Sx – ae.As .(ds – x) – ae.Ap.(dp – x) ] – P(o) = 0 (9.12)
x
P(o) = 0 e Ap = 0
Isolando a relação s c / x da eq. 9.12, tem-se uma primeira equação que permitirá o
cálculo de x:
sc P(o)
=
x Sx - ae.As .(ds - x) - ae .Ap.(dp - x) (9.14)
e
Ix
XRcc = (9.17)
Sx
sc Mk - P(o).(dp - x)
=
x Ix + ae.As .(ds - x)2 + a e .Ap.(dp - x)2 (9.18)
Mk
rf = (9.19a)
P(o)
e a = d s – dp (9.19b)
resulta:
Mk,red
sc = .x (9.23)
Ih
Mk,red
s s = ae. .(ds - x)
Ih (9.24)
Mk,red
s px = ae. .(dp - x)
Ih (9.25)
Φ i σ si 3.σ si
w1 = . . (9.26)
12,5.η1 Esi f ctm
Φ i σ si 4
w2 = . . + 45 (9.27)
12,5.η1 Esi ρ ri
Supõe-se que, com razoável probabilidade, a fissuração será nociva quando tanto
w1 quanto w2 resultarem maiores que o valor tomado como admissível.
Assim, basta que um desses valores resulte menor que o valor wadm que estará
atendida a verificação do estado limite de abertura de fissuras.