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João Fortini Albano 12

3 - RELEVO E TRAÇADO VIÁRIO

Forças
Externas

Forças
Internas

Figura 16 – Modelo de relevo.

CURVA DE NÍVEL: é a projeção horizontal do conjunto de


linhas resultantes das interseções obtidas por planos
horizontais equidistantes entre si com a superfície do terreno. É
a representação plana do relevo. As curvas de nível
apresentam-se encaixadas umas às outras. Sendo o terreno
uma elevação ou depressão.

Figura 17 – Exemplos de curvas de nível

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Figura – Maquete com a superposição de planos de mesma cota

Figura 18 – Relevo e projeção plana

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Figura 20 – Superfície do terreno representada por curvas de nível

A Convenção Internacional de Engenheiros, Astrônomos e


Geógrafos reunidos em Madri em 1924 padronizou os procedimentos de
suas atividades.

Uma das normas estabelecidas define que todas as plantas


representativas do terreno seriam orientadas pelo norte e que o norte
ficaria na vertical e voltado para cima do desenho da planta, surgindo
assim o conceito de Azimute.

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DECLIVIDADE DAS LINHAS DO TERRENO

B 20

15
A E
10
5 A 
D
Figura 19 – Declividade do segmento AB

A inclinação (ou declividade) do segmento AB é definida como:

E
i (1)
D

A inclinação i também pode ser expressa pelo quociente


simplificado (Vertical:Horizontal): 1:1; 1:2; 4:1 etc.

Ou, pelo resultado da divisão:

E
 Tan (2)
D

Ou ainda, multiplicando-se por 100: Tan  .100  %

A forma percentual é a caracterização mais usual da


declividade.

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Tabela 1 – Trechos de ruas de Porto Alegre com declividade acentuada
Extensão
Extensão em Declividade Revestimento
Local computada Revestimento atual
rampa (m) (%) original
(m)
Rua Ernesto
520,00 16,10 21,22 Bloco concreto Bloco concreto
Araújo
Paralelepípedo Paralelepípedo
60,00 60,00 21,30
Rua Doutor granito granito
Marchand Paralelepípedo Paralelepípedo
35,00 22,00 22,80
granito granito
Rua Espírito Paralelepípedo
160,00 28,00 20,30 CBUQ
Santo granito
Paralelepípedo
Rua Dr. Valle 300,00 23,00 19,10 CBUQ
granito
Rua Lucas de Pedra irregular
500,00 25,00 22,20 CBUQ
Oliveira granito
Rua Ramiro Paralelepípedo
370,00 100,70 17,80 CBUQ
Barcelos granito
Rua Cel. João
135,00 16,50 25,20 CBUQ CBUQ
Pinto
Rua Gioconda 85,00 30,50 21,00 CBUQ CBUQ
Rua Martins de
150,00 -0- 23,20 Bloco concreto Bloco concreto
Lima
Rua Casca 270,00 117,78 21,42 Bloco concreto Bloco concreto
alpina 76,00 71,00 28,39 Passeio Passeio
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Partes típicas do relevo e a relação com o traçado


de rodovias

ENCOSTA: ou vertente, é a superfície do terreno


compreendida entre a linha do vértice e a linha da base de um
acidente orográfico. As águas pluviais escoam sobre as
encostas. Traçado de meia-encosta x Traçado sobre a encosta.

25
20

15
10

Figura 21 – Escoamento das águas pluviais

Figura 22 – Traçado na meia-encosta

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DIVISOR DE ÁGUAS: é a interseção de duas encostas.


Forma uma linha divisora de águas pluviais. É desejável ter-se
um traçado sobre o divisor de águas.
Ex.: Av. Duque de Caxias e Av. Independência em Porto
Alegre.

VALE: é a superfície côncava ou depressão formada pela


união de duas encostas opostas. Pode ser aberto ou fechado.

DA
DA
Vale

Encosta

Figura 23 – Corte transversal em um vale

TALVEGUE: é a linha formada pela sequência dos pontos


mais baixos de um vale. É uma linha coletora das águas
pluviais. Traçados muito próximos a talvegues exigem cuidados
especiais.

 O aclive de um curso d’agua cresce de forma contínua


da foz até a nascente;

 O ângulo formado pelos cursos de dois talvegues é,


geralmente, inferior a 90˚. A confluência apresenta,
normalmente, uma inflexão do curso principal em direção
ao seu afluente.

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Figura – Traçado junto ao fundo do vale

GROTA E MATA CILIAR:

Grota é a área de entorno de um talvegue.

Figura 24 – Grota, talvegue e mata ciliar.

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SERRA: É a denominação genérica de todo terreno


significativamente acidentado. Montanha de forma muito
alongada, cuja parte mais elevada apresenta a forma de dentes
de uma serra.

ARROIO: É um pequeno curso d’água perene.

BACIA: É o conjunto de todos os terrenos cujas águas afluem


para um determinado curso d’água ou talvegue. Está
delimitada por um divisor de águas.

Figura 25 – Bacia próxima à Rota do Sol

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DA
T
20
30
40
50

Figura 26 – Representação plana de uma bacia

CONTRAFORTE: É uma ramificação de razoável proporção


em direção transversal a uma montanha ou serra.

Divisor de Águas
80
70
60

50

Figura 27 – Configuração de um contraforte

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GARGANTA: É uma depressão acentuada do divisor de águas


de uma montanha ou serra. Através de uma garganta um
traçado pode interceptar uma serra.

20 10

30
40
50
60
Divisor de
Águas

60

50
10
20
30
40

Figura 28 – Configuração em planta de uma garganta

Figura 29 – Estrada em uma garganta

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Figura 30 – Caracoles (Cordilheira dos Andes, CH)

Figura 31 – Estrada na encosta da Serra do Rio do Rastro (SC, BR)

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Caçapava, RS

Cambará, RS

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