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Livro Eletrônico

Aula 00

Ética Profissional p/ Câmara Municipal de Salvador (Licitação, Arquiteto e Engenheiro


Civil)

Professor: Paulo Guimarães

00000000000 - DEMO
ƒTICA PROFISSIONAL Ð CåMARA DE SALVADOR
Teoria e Quest›es
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 00
ƒTICA E MORAL

Sum‡rio
Sum‡rio 1!
1 - Considera•›es Iniciais ......................................................................... 2!
2 - ƒtica e Moral ...................................................................................... 4!
2.1 Ð ƒtica e Moral: Origem e diferen•as .................................................. 4!
2.2 Ð Valores e Virtudes ........................................................................ 7!
3 - Quest›es ...........................................................................................
0 9!
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios ............................................................ 9!
3.2 Ð Gabarito .....................................................................................13!
3.3 - Quest›es Comentadas ..................................................................14!
4 - Resumo da Aula ................................................................................22!
5 - Considera•›es Finais ..........................................................................23!

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Teoria e Quest›es
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Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 00 - ƒTICA E MORAL


1 - Considera•›es Iniciais
Ol‡, amigo concurseiro! O edital para o concurso da C‰mara Municipal de
Salvador finalmente foi publicado! Agora n‹o temos tempo a perder, n‹o Ž
mesmo!?
Meu nome Ž Paulo Guimar‹es, e estarei junto com voc• na sua jornada rumo ˆ
aprova•‹o. Vamos estudar em detalhes o conteœdo da ƒtica Profissional. Teremos
quest›es comentadas e trataremos desses temas de forma exaustiva, de forma
que ao final do nosso curso voc• estar‡ plenamente preparado para fazer a prova!
Antes de colocarmos a Òm‹o na massaÓ, permitam-me uma pequena
apresenta•‹o. Nasci em Recife e sou graduado em Direito pela Universidade
Federal de Pernambuco, com especializa•‹o em Direito Constitucional. Minha vida
de concurseiro come•ou ainda antes da vida acad•mica, quando concorri e fui
aprovado para uma vaga no ColŽgio Militar do Recife, aos 10 anos de idade.
Em 2003, aos 17 anos, fui aprovado no concurso do Banco do Brasil, e cruzei os
dedos para n‹o ser convocado antes de fazer anivers‡rio. Tomei posse em 2004
e trabalhei como escritur‡rio, caixa executivo e assistente em diversas ‡reas do
BB, incluindo atendimento a governo e comŽrcio exterior. Fui tambŽm aprovado
no concurso da Caixa Econ™mica Federal em 2004, mas n‹o cheguei a tomar
posse.
Mais tarde, deixei o Banco do Brasil para tomar posse no cargo de tŽcnico do
Banco Central, e l‡ trabalhei no Departamento de Liquida•›es Extrajudiciais e na
Secretaria da Diretoria e do Conselho Monet‡rio Nacional.
Em 2012, tive o privilŽgio de ser aprovado no concurso para o cargo de Auditor
Federal de Finan•as e Controle da Controladoria-Geral da Uni‹o, em 2¡ lugar na
‡rea de Preven•‹o da Corrup•‹o e Ouvidoria. Atualmente, desempenho minhas
fun•›es na Ouvidoria-Geral da Uni‹o, que Ž um dos —rg‹os componentes da CGU.
Minha experi•ncia prŽvia como professor em cursos preparat—rios engloba as
‡reas de Direito Constitucional e legisla•‹o especial.
Quanto ao nosso concurso, voc• j‡ deve saber que a PRF Ž o sonho de concurseiro
que quer ser policial! Isso se reflete na alta concorr•ncia dos concursos, e por
isso voc• precisa preparar-se com o que h‡ de melhor no mercado.
Sua op•‹o por se preparar com o EstratŽgia Ž, sem dœvida, a melhor escolha em
termos de qualidade do material apresentado e de comprometimento dos
professores. Se pecarmos, ser‡ pelo excesso. Vamos exaurir a an‡lise te—rica e
resolver diversas quest›es sobre todo o assunto da sua prova.
Considerando que o seu concurso dever‡ oferecer um nœmero consider‡vel de
vagas, o pœblico do nosso curso ser‡ bastante variado. Por essa raz‹o pretendo
utilizar uma linguagem acess’vel, para que todos possam compreender bem a
matŽria cobrada.

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Garanto que todos os meus esfor•os ser‹o concentrados na tarefa de obter a SUA
aprova•‹o. Esse comprometimento, tanto da minha parte quanto da sua,
resultar‡, sem dœvida, numa prepara•‹o consistente, que vai permitir que voc•
esteja pronto no dia da prova, e tenha motivos para comemorar quando o
resultado for publicado.
Muitas vezes, tomar posse em cargos como esses parece um sonho distante,
mas, acredite em mim, se voc• se esfor•ar ao m‡ximo, ser‡ apenas uma quest‹o
de tempo. E digo mais, quando voc• for aprovado, ficar‡ surpreso em como foi
mais r‡pido do que voc• imaginava.
Nosso cronograma nos permitir‡ cobrir todo o conteœdo de Legisla•‹o Penal atŽ
a prova, com as aulas em PDF sendo liberadas nas datas a seguir:

Aula 0 11/12
ƒtica e moral

ƒtica, princ’pios e valores. ƒtica e democracia:


Aula 1 20/12
exerc’cio da cidadania. ƒtica e fun•‹o pœblica. ƒtica
no setor pœblico.

ƒtica aplicada: no•›es de Žtica empresarial e


Aula 2 2/1
profissional; a gest‹o da Žtica nas empresas
pœblicas e privadas.

Aula 3 Decreto n¼ 1.171/1994: C—digo de ƒtica do Servidor


19/1
Pœblico Civil do Poder Executivo Federal.

Aula 4 24/1
Lei n¼ 8.429/1992: Improbidade administrativa.

Encerrada a apresenta•‹o, vamos ˆ matŽria. Lembro a voc• que essa aula


demonstrativa serve para mostrar como o curso funcionar‡, mas isso n‹o quer
dizer que a matŽria explorada nas p‡ginas a seguir n‹o seja importante ou n‹o
fa•a parte do programa.
Analise o material com carinho, fa•a seus esquemas de memoriza•‹o e prepare-
se para a revis‹o final. Se voc• seguir esta f—rmula, o curso ser‡ o suficiente para
que voc• atinja um excelente resultado. Espero que voc• e goste e opte por se
preparar conosco.
Agora vamos ao que interessa. M‹os ˆ obra!

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2 - ƒtica e Moral
J‡ estudei esses temas diversas vezes, e vou ser bem honesto com voc•. Os
conceitos n‹o s‹o complicados, mas ˆs vezes as quest›es formuladas pelas
bancas confundem o candidato. Acho que isso acontece porque as bancas tentam
ser ÒcriativasÓ demais, e algumas vezes terminam criando quest›es confusas e
dif’ceis de compreender.
Minha proposta para vencer esse desafio Ž a seguinte: vou dar a explica•‹o
te—rica de forma completa, porŽm o mais simples poss’vel, e ent‹o passaremos
ˆs quest›es comentadas. Se voc• ler a teoria, resolver as quest›es e ler os
coment‡rios com bastante aten•‹o, garanto que ser‡ muito dif’cil se surpreender
na hora da prova, ok!?

2.1 Ð ƒtica e Moral: Origem e diferen•as


Primeiro de tudo: ƒTICA e MORAL s‹o conceitos diferentes, apesar de
frequentemente confundirmos os dois. A palavra Žtica vem do grego ethos, que
significa car‡ter, modo de ser. O voc‡bulo moral se originou da tradu•‹o do
ethos para o latim mos (ou mores, no plural), que significa costume.
O termo ÒmoralÓ n‹o traduz, no entanto, a palavra grega origin‡ria por completo.
O ethos grego possu’a dois sentido diferentes, mas relacionados: o primeiro era
a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma a•‹o
genuinamente humana e que brota a partir do sujeito moral, ou seja, ethos
remete ao agir, ˆ inten•‹o.
Por outro lado, havia tambŽm o sentido relacionado ˆ quest‹o dos h‡bitos,
costumes, usos e regras, e que se materializa na assimila•‹o social dos valores,
sob uma —tica mais pr‡tica, voltada ˆ prescri•‹o de conduta.
A tradu•‹o latina do termo ethos para mos n‹o contemplou a dimens‹o pessoal
do ato humano, incorporando apenas o sentido comunit‡rio da atitude valorativa.
Por esse motivo confundimos frequentemente os termos Žtica e moral.
Tanto ethos (car‡ter) como mos (costume) indicam um tipo de comportamento
que normalmente consideramos como n‹o natural, adquirido por meio do
exerc’cio consciente e do h‡bito. Portanto, Žtica e moral dizem respeito a uma
realidade humana constru’da hist—rica e socialmente por meio das rela•›es
coletivas dos seres humanos enquanto sociedade.
No nosso dia a dia, dificilmente distinguimos os conceitos de Žtica e moral, mas
v‡rios estudiosos fazem essa distin•‹o. Para ser um pouco mais convincente, eu
diria para voc• que, para as bancas organizadoras, Žtica e moral n‹o s‹o a
mesma coisa, e isso Ž o suficiente para que voc• entenda a import‰ncia de
dominar essas diferen•as, certo? J
A moral Ž normativa. Ela determina o nosso comportamento por meio de um
sistema de prescri•‹o de conduta. N—s adotamos uma conduta ou outra com
base num sistema de valores enraizado em nossa consci•ncia, notadamente

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envolvendo ideias prŽ-concebidas de certo e errado, que v‹o, ao longo da vida,


guiar nossa conduta. Essa Ž a ideia de moral.
Os dicion‡rios definem moral como "conjunto de preceitos ou regras para dirigir
os atos humanos segundo a justi•a e a equidade natural." (Michaelis), ou seja,
regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas num determinado
momento hist—rico.
A Žtica, por outro lado, Ž a parte da filosofia que se ocupa do comportamento
moral do homem. Ela engloba um conjunto de regras e preceitos de ordem
valorativa, que est‹o ligados ˆ pr‡tica do bem e da justi•a, aprovando ou
desaprovando a a•‹o do homem, de um grupo social ou de uma sociedade.
A moral Ž normativa. Enquanto a Žtica Ž ci•ncia, voltada para o comportamento
moral, e busca compreender e criticar a moral de uma sociedade. A Žtica Ž
filos—fica e cient’fica.
Para AurŽlio Buarque de Holanda, Žtica Ž "o estudo dos ju’zos de aprecia•‹o que
se referem ˆ conduta humana suscept’vel de qualifica•‹o do ponto de vista do
bem e do mal, seja relativamente ˆ determinada sociedade, seja de modo
absolutoÓ.
Enquanto a Žtica trata o comportamento humano como objeto de estudo,
procurando tom‡-lo da forma mais abrangente poss’vel, a moral se ocupa de
atribuir um valor ˆ a•‹o. Esse valor tem como refer•ncias o bem e o mal, a justi•a
e a injusti•a, o certo e o errado, baseados no senso comum.
A seguir est‡ um pequeno resumo das diferentes vis›es acerca da moral, por
alguns pensadores importantes. Por favor n‹o tente memorizar essas
informa•›es, atŽ porque isso n‹o vai ajudar muito na sua prova. Apenas busque
compreender as diferentes vis›es para ter uma vis‹o mais ampla acerca de como
a moral Ž encarada por diferentes fil—sofos em diferentes momentos da Hist—ria.

ADAM SMITH

¥ Os princ’pios morais resultam das experi•ncias


hist—ricas. A Revolu•‹o Industrial, por exemplo, foi
determinada por paix›es sens’veis particulares (apetite
sexual, raiva, inveja, simpatia), amor pr—prio, ego’smo,
benevol•ncia, que se relaciona ˆ inclina•‹o direcionada
para o social e a consci•ncia, ou raz‹o, que orienta as
considera•›es racionais. As regras estabelecidas pela
sociedade passaram a ser aplicadas na medida em que
se tornaram eficientes e œteis.

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DAVID HUME

¥ A moral passou a ser observada de forma emp’rica. Ele


demonstrou que a moral est‡ intimamente ligada ˆ
paix‹o e n‹o ˆ raz‹o, diferentemente do que diziam os
pensadores da Žpoca. N‹o havia um bem superior pelo
qual a humanidade se pautasse. Para Hume, o impulso
b‡sico para as a•›es humanas era obter prazer e
impedir a dor. No que concerne ˆ moral, o fil—sofo
defende que a experi•ncia emp’rica promove o
entendimento humano. O desejo sugere impress‹o,
ideia e, portanto, Ž provocada pela necessidade.

IMMANUEL KANT

¥A raz‹o deve ser encarada como base da moral.


Partindo do princ’pio de identidade, o
comportamento humano est‡ relacionado com a
identifica•‹o no outro, ou seja, a a•‹o das pessoas
influencia o comportamento individual. ƒtica e
moral s‹o os mais importantes valores do homem
livre.

Voc• deve ter percebido que existem diferentes vis›es acerca do conteœdo da
moral, n‹o Ž mesmo!? Pois bem, isso acontece porque as ideias de certo e errado,
de justo e injusto, variam hist—rica e geograficamente.
Para deixar isso mais claro, deixe-me dar alguns exemplos a voc•. A moral varia
no tempo, a depender da conjuntura social. AtŽ o SŽculo XIX, por exemplo,
considerava-se perfeitamente normal que crian•as trabalhassem muitas horas
por dia em f‡bricas. Naquela Žpoca isso era considerado certo, mas hoje Ž
inadmiss’vel fazer crian•as trabalharem.
Por outro lado, a moral tambŽm varia no espa•o. Em alguns pa’ses n‹o se admite,
por exemplo, que mulheres andem com a cabe•a descoberta, enquanto no Brasil
Ž perfeitamente normal e aceit‡vel que mulheres cubram ou n‹o a cabe•a.
Guarde bem essa caracter’stica de varia•‹o da moral, pois isso j‡ foi cobrado em
diversas quest›es de prova!
A Žtica, por outro lado, tem car‡ter cient’fico, e por isso em geral podemos dizer
que ela n‹o varia. Tome muito cuidado aqui, pois isso n‹o quer dizer que a Žtica,

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ou seja, a forma de estudar a moral, n‹o varia de forma alguma. Os pr—prios


critŽrios cient’ficos variam ao longo do tempo, mas n‹o da mesma forma que a
moral.
Para encerrar o nosso estudo da Žtica e da moral, trago um quadro comparativo,
que ajudar‡ voc• a consolidar melhor o entendimento acerca das principais
caracter’sticas desses dois conceitos.

ƒTICA MORAL

ƒ a reflex‹o filos—fica sobre a Tem car‡ter pr‡tico (com for•a


moral (car‡ter te—rico); normativa);

ƒ permanente, pois Ž universal; ƒ tempor‡ria, pois Ž cultural;

ƒ princ’pio; S‹o aspectos de condutas


espec’ficas;

ƒ a Òci•nciaÓ que estuda a moral Est‡ relacionada com os h‡bitos e


(diretamente relacionada ˆ pol’tica e costumes de determinados grupos
ˆ filosofia). sociais.

2.2 Ð Valores e Virtudes


Os valores surgem como parte da no•‹o humana de perfei•‹o. A solidariedade,
a honestidade, a verdade, a lealdade, entre outros, s‹o no•›es de
comportamento ideal, e s‹o adotados pelo homem como parte de um sistema de
orienta•‹o de conduta. Isso n‹o significa que as pessoas se considerem perfeitas,
mas sim que eles sejam orientadas em certo grau por um ideal de perfei•‹o, que
ser‡ por perseguido ao longo da vida.
Apesar de os seres humanos serem incapazes de seguir perfeitamente seu
pr—prio sistema de valores, estes s‹o fundamentais para determinar quais s‹o as
pessoas que agem com a finalidade da realiza•‹o do bem. Em geral, a sociedade
determina o car‡ter de uma pessoa pelas a•›es adotadas por ela.
Kant afirmava que as a•›es consideradas moralmente boas deveriam ser
universais, ou seja, deveriam ser boas independentemente do local ou do
momento hist—rico em que fossem praticadas. Obviamente essa ideia j‡ foi h‡
muito refutada pelos fil—sofos, pois os aspectos culturais e sociol—gicos conferem
valores diferentes ˆs a•›es, de acordo com a Žpoca e local. Em outras palavras,

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a moral varia no tempo e no espa•o, e por isso a valora•‹o conferida ˆs a•›es


tambŽm.
Perceba, por exemplo, que as persegui•›es promovidas pela Santa Inquisi•‹o j‡
foram consideradas como manifesta•‹o da justi•a divina, enquanto hoje a pr—pria
Igreja Cat—lica j‡ se pronunciou oficialmente pedindo desculpas pelas atrocidades
cometidas naquela Žpoca.
A virtude Ž uma ideia que foi muito discutida pelos fil—sofos gregos da
Antiguidade. Ela representa o conjunto ideal de todas as qualidades essenciais
que constituem o homem de bem. Esse homem de bem, portanto, seria o
homem virtuoso.
Arist—teles valorizava bastante a vontade humana. Ele dizia que a virtude era um
Òdisposi•‹o adquirida de fazer o bemÓ, e que ela se aperfei•oa com o h‡bito, pois
mesmo o homem virtuoso poderia buscar a entroniza•‹o de outros valores.
Arist—teles tambŽm fez distin•‹o entre dois tipos de virtude: as intelectuais e as
morais. As virtudes morais, baseadas na vontade, consistiriam no controle das
paix›es, caracter’sticas dos movimentos espont‰neos do car‡ter humano. Ao
contr‡rio do que muitos imaginam, a virtude n‹o seria uma atividade, mas sim
uma maneira habitual de ser. Como exemplos das virtudes morais temos a
coragem, a honra e a justi•a.
A virtude n‹o pode ser adquirida da noite para o dia, porque depende de ser
praticada. Com atos repetitivos, o homem acaba por transform‡-los numa
segunda natureza, numa disposi•‹o para agir sempre da mesma forma.
O processo Ž sempre o mesmo, sejam os atos bons ou maus. Quando bons,
temos a virtude. Quando maus, o v’cio. Como exemplos das virtudes morais
temos a coragem, a generosidade, a magnific•ncia, a do•ura, a amizade e a
justi•a.
As virtudes intelectuais, ou dianoŽticas, fundamentadas na raz‹o, seriam a
sabedoria, a temperan•a, a intelig•ncia e a verdade. Arist—teles tambŽm
acreditava que as virtudes intelectuais seriam superiores ˆs morais, pois mesmo
alguŽm virtuoso por natureza teria que saber como controlar essas virtudes por
meio da raz‹o.
Esse tema n‹o Ž muito cobrado em concursos, como voc• ver‡ pelas quest›es
que resolveremos daqui a pouco.

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3 - Quest›es
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios
QUESTÌO 1. MPU Ð TŽcnico Ð 2015 Ð Cespe.
A Žtica Ž um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas
pœblicos de regras, seus fundamentos e suas caracter’sticas.

QUESTÌO 2. Depen Ð Agente Ð 2015 Ð Cespe.


ƒtica e moral s‹o termos que t•m ra’zes hist—ricas semelhantes e s‹o
considerados sin™nimos, uma vez que ambos se referem a aspectos legais
da conduta do cidad‹o.

QUESTÌO 3. MPU Ð TŽcnico Ð 2015 Ð Cespe.


Moral pode ser definida como todo o sistema pœblico de regras pr—prio de
diferentes grupos sociais, que abrange normas e valores que s‹o aceitos e
praticados, como certos e errados.

QUESTÌO 4. Antaq Ð Analista Administrativo Ð 2014 Ð Cespe.


A Žtica Ž a ci•ncia do comportamento moral dos homens em sociedade.

QUESTÌO 5. Suframa Ð Analista Ð 2014 Ð Cespe.


Entre outros aspectos, a moral pessoal Ž formada pela cultura e tradi•‹o do
grupo ao qual o indiv’duo est‡ inserido.

QUESTÌO 6. INPI Ð Analista Ð 2013 Ð Cespe.


ƒtica Ž a parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral e os
princ’pios ideais da conduta humana.

QUESTÌO 7. PGDF Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2011 Ð IADES.


Assinale a alternativa que estabelece corretamente as caracter’sticas de
moral.
a) A moral resulta do conjunto de leis, costumes e tradi•›es de uma
sociedade e Ž subordinada a Žtica comportamental definida em regras
constitucionais.
b) Entende-se por moral, um conjunto de regras consideradas v‡lidas para
uma maioria absoluta, que valem-se dela para impor conduta Žtica aos
demais cidad‹os.
c) A moral Ž mut‡vel e varia de acordo com o desenvolvimento de cada
sociedade. Ela norteia os valores Žticos na Administra•‹o Pœblica.
d) A moral Ž mais flex’vel do que a lei, por variar de indiv’duo para indiv’duo,
e afeta diretamente a presta•‹o dos servi•os pœblicos por criar condi•›es

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para uma Žtica flex’vel no atendimento ˆs necessidades b‡sicas da


popula•‹o.
e) A Žtica confunde-se com a moral como um dos par‰metros para a
avalia•‹o do grau de desenvolvimento de determinada sociedade e,
consequente, padroniza•‹o da presta•‹o dos servi•os pœblicos comunit‡rios.

QUESTÌO 8. Correios Ð Atendente Comercial Ð 2008 Ð


Consulplan.
Em seu sentido mais amplo, a Žtica tem sido entendida como a ci•ncia da
conduta humana perante o ser e seus semelhantes. Portanto, neste sentido,
a Žtica envolve:
a) Estudos de aprova•‹o ou desaprova•‹o da a•‹o dos homens.
b) A considera•‹o de valor como equivalente de uma medi•‹o do que Ž real
e voluntarioso no campo das a•›es virtuosas.
c) Obriga•‹o de ser humano como œnico mal em seu agir.
d) Realiza•‹o fundamental em situa•‹o espec’fica.
e) As alternativas A e B est‹o corretas.

QUESTÌO 9. Nossa Caixa Desenvolvimento Ð Contador Ð 2011


Ð FCC.
A respeito dos conceitos de Žtica, moral e virtude, Ž correto afirmar:
a) A vida Žtica realiza-se no modo de viver daqueles indiv’duos que n‹o
mant•m rela•›es interpessoais.
b) Etimologicamente, a palavra moral deriva do grego mos e significa
comportamento, modo de ser, car‡ter.
c) Virtude deriva do latim virtus, que significa uma qualidade pr—pria da
natureza humana; significa, de modo geral, praticar o bem usando a
liberdade com responsabilidade constantemente.
d) A moral Ž influenciada por v‡rios fatores como, sociais e hist—ricos;
todavia, n‹o h‡ diferen•a entre os conceitos morais de um grupo para outro.
e) Compete ˆ moral chegar, por meio de investiga•›es cient’ficas, ˆ
explica•‹o de determinadas realidades sociais, ou seja, ela investiga o
sentido que o homem d‡ a suas a•›es para ser verdadeiramente feliz.

QUESTÌO 10. ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 2 Ð 2010 Ð Cespe.


Importante caracter’stica da moral, o que a torna similar ˆ lei, Ž o fato de
ser absoluta e constituir um padr‹o para julgamento dos atos

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QUESTÌO 11. ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 1 Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem como objetivo fundamental levar a modifica•›es na moral, com
aplica•‹o universal, guiando e orientando racionalmente e do melhor modo
a vida humana.

QUESTÌO 12. TRE-BA Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2010 Ð Cespe.


Apesar de estritamente relacionadas, Žtica e moral n‹o se confundem. No
entanto, os princ’pios Žticos pressup›em determinadas regras morais de
comportamento.

QUESTÌO 13. AGU Ð Contador Ð 2010 Ð Cespe.


Os conceitos e valores tradicionais da moral n‹o s‹o universais nem
estabelecidos objetivamente, mas t•m suas origens em um momento
hist—rico e em uma cultura espec’ficos, servindo a certos interesses que v‹o
sendo esquecidos com o tempo.

QUESTÌO 14. Caixa Econ™mica Federal Ð TŽcnico Banc‡rio Ð


2010 Ð Cespe (adaptada).
Pessoas s‹o caracterizadas, entre outras coisas, por suas virtudes e pelos
seus v’cios, sendo que ambos pressup›em valores que, se n‹o forem
traduzidos em a•›es, perdem seu sentido.

QUESTÌO 15. AGU Ð Agente Administrativo Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica representa uma abordagem sobre as constantes morais, ou seja,
refere-se ˆquele conjunto de valores e costumes mais ou menos permanente
no tempo e no espa•o.

QUESTÌO 16. AGU Ð Agente Administrativo Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica ocupa-se de quest›es subjetivas, abstratas e essencialmente de
interesse particular do indiv’duo, sem rela•‹o com valores ou condutas
sociais.

QUESTÌO 17. AGU Ð Contador Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem por objetivo a determina•‹o do que Ž certo ou errado, bom ou
mau em rela•‹o ˆs normas e valores adotados por uma sociedade.

QUESTÌO 18. Caixa Econ™mica Federal Ð TŽcnico Banc‡rio Ð


2010 Ð Cespe.
Acerca da rela•‹o entre Žtica e moral, assinale a op•‹o correta.
a) A partir do estudo da Žtica, pode-se considerar uma vis‹o utilitarista, em
que a verdade de uma proposi•‹o consiste no fato de que ela Ž œtil, tendo
alguma espŽcie de •xito ou satisfa•‹o.

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b) A Žtica reflexiva se dedica exclusivamente ˆ reflex‹o sobre os deveres


das pessoas contidos nos c—digos espec’ficos dos grupos sociais.
c) A Žtica Ž equivalente ˆ moral porque ambos os preceitos investigam os
princ’pios fundamentais do comportamento humano.
d) A Žtica Ž temporal, enquanto a moral Ž permanente.
e) A simples exist•ncia da moral significa a presen•a expl’cita de uma Žtica,
entendida como filosofia moral, isto Ž, uma reflex‹o que discute,
problematiza e interpreta o significado dos valores morais.

QUESTÌO 19. SEGEP-MA - Agente Penitenci‡rio Ð 2016 Ð


FUNCAB.
A Moral:
a) no sentido pr‡tico, tem finalidade divergente da Žtica, mas ambas s‹o
==0==

respons‡veis por construir as bases que v‹o guiar a conduta do homem.


b) determina o car‡ter da sociedade e valores como altru’smo e virtudes,
ensina a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade, e capacita
o ser humano a competir com os antiŽticos, utilizando os mesmos meios
destes.
c) diferencia-se da Žtica no sentido de que esta tende a julgar o
comportamento moral de cada indiv’duo no seu meio. No entanto, ambas
buscam o bem-estar social.
d) Ž o conjunto de regras aplicadas no cotidiano, usadas eventualmente por
cada cidad‹o, que orientam cada indiv’duo, norteando as suas a•›es e os
seus julgamentos sobre o que Ž moral ou imoral, certo ou errado, bom ou
mau.
e) Ž um conjunto de conhecimentos extra’dos da investiga•‹o do
comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma
racional, fundamentada, cient’fica e te—rica.

QUESTÌO 20. SEGEP-MA - Agente Penitenci‡rio Ð 2016 Ð


FUNCAB.
Em rela•‹o ˆ Žtica, Ž correto afirmar, EXCETO que:
a) Ž constru’da por uma sociedade com base nos valores econ™micos,
financeiros e hist—ricos.
b) serve para que haja um equil’brio e bom funcionamento social,
possibilitando que ninguŽm saia prejudicado.
c) embora n‹o possa ser confundida com as leis, est‡ relacionada com o
sentimento de justi•a social.
d) Ž um conjunto de valores morais e princ’pios que norteiam a conduta
humana na sociedade.

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e) do ponto de vista da Filosofia, Ž uma ci•ncia que estuda os valores e


princ’pios morais de uma sociedade e seus grupos.

3.2 Ð Gabarito
C 11. C
1.

E 12. E
2.

C 13. C
3.

C 14. C
4.

C 15. C
5.

6. C 16. E

C 17. E
7.

E 18. A
8.

C 19. C
9.

E 20. A
10.

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3.3 - Quest›es Comentadas


QUESTÌO 1. MPU Ð TŽcnico Ð 2015 Ð Cespe.
A Žtica Ž um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas
pœblicos de regras, seus fundamentos e suas caracter’sticas.

Coment‡rios
Esta Ž uma precisa defini•‹o do que Ž a ƒtica, seu ramo de estudo e sua rela•‹o
com a moral.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 2. Depen Ð Agente Ð 2015 Ð Cespe.


ƒtica e moral s‹o termos que t•m ra’zes hist—ricas semelhantes e s‹o
considerados sin™nimos, uma vez que ambos se referem a aspectos legais
da conduta do cidad‹o.

Coment‡rios
Depois do que voc• leu hoje, j‡ deve ter a certeza de que ƒtica e Moral n‹o
s‹o a mesma coisa, n‹o Ž mesmo!? J
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 3. MPU Ð TŽcnico Ð 2015 Ð Cespe.


Moral pode ser definida como todo o sistema pœblico de regras pr—prio de
diferentes grupos sociais, que abrange normas e valores que s‹o aceitos e
praticados, como certos e errados.

Coment‡rios
Esta Ž uma perfeita defini•‹o de moral, que trata das regras observadas por
um determinado grupo social, num dado momento hist—rico.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 4. Antaq Ð Analista Administrativo Ð 2014 Ð Cespe.


A Žtica Ž a ci•ncia do comportamento moral dos homens em sociedade.

Coment‡rios
Perfeito! ƒtica Ž ci•ncia, e seu objeto de estudo Ž a moral.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 5. Suframa Ð Analista Ð 2014 Ð Cespe.


Entre outros aspectos, a moral pessoal Ž formada pela cultura e tradi•‹o do
grupo ao qual o indiv’duo est‡ inserido.

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Coment‡rios
Mais uma defini•‹o correta. A moral est‡ diretamente relacionada com a
cultura e a tradi•‹o, num determinado grupo, num dado momento hist—rico.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 6. INPI Ð Analista Ð 2013 Ð Cespe.


ƒtica Ž a parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral e os
princ’pios ideais da conduta humana.

Coment‡rios
Esta Ž uma defini•‹o perfeita de ƒtica. Trata-se de uma parte da filosofia que se
ocupa de estudar a moral.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 7. PGDF Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2011 Ð IADES.


Assinale a alternativa que estabelece corretamente as caracter’sticas de
moral.
a) A moral resulta do conjunto de leis, costumes e tradi•›es de uma
sociedade e Ž subordinada a Žtica comportamental definida em regras
constitucionais.
b) Entende-se por moral, um conjunto de regras consideradas v‡lidas para
uma maioria absoluta, que valem-se dela para impor conduta Žtica aos
demais cidad‹os.
c) A moral Ž mut‡vel e varia de acordo com o desenvolvimento de cada
sociedade. Ela norteia os valores Žticos na Administra•‹o Pœblica.
d) A moral Ž mais flex’vel do que a lei, por variar de indiv’duo para indiv’duo,
e afeta diretamente a presta•‹o dos servi•os pœblicos por criar condi•›es
para uma Žtica flex’vel no atendimento ˆs necessidades b‡sicas da
popula•‹o.
e) A Žtica confunde-se com a moral como um dos par‰metros para a
avalia•‹o do grau de desenvolvimento de determinada sociedade e,
consequente, padroniza•‹o da presta•‹o dos servi•os pœblicos comunit‡rios.

Coment‡rios
Esta quest‹o j‡ foi um pouco mais dif’cil, n‹o Ž mesmo? Vamos ver quais os
problemas em cada uma das alternativas erradas. A alternativa A est‡ incorreta
porque a moral n‹o se subordina ˆ Žtica, e nem est‡ necessariamente relacionada
ˆs normas constitucionais. A alternativa B est‡ incorreta porque a moral n‹o pode
ser imposta pela maioria absoluta. Essa fun•‹o Ž desempenhada pela norma
jur’dica. A alternativa D est‡ incorreta porque a moral n‹o Ž a culpada pela
flexibilidade Žtica que muitas vezes observamos no servi•o pœblico. A alternativa
E est‡ incorreta porque Žtica e moral n‹o se confundem.

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GABARITO: C

QUESTÌO 8. Correios Ð Atendente Comercial Ð 2008 Ð


Consulplan.
Em seu sentido mais amplo, a Žtica tem sido entendida como a ci•ncia da
conduta humana perante o ser e seus semelhantes. Portanto, neste sentido,
a Žtica envolve:
a) Estudos de aprova•‹o ou desaprova•‹o da a•‹o dos homens.
b) A considera•‹o de valor como equivalente de uma medi•‹o do que Ž real
e voluntarioso no campo das a•›es virtuosas.
c) Obriga•‹o de ser humano como œnico mal em seu agir.
d) Realiza•‹o fundamental em situa•‹o espec’fica.
e) As alternativas A e B est‹o corretas.

Coment‡rios
O objeto de estudo da ƒtica Ž justamente o sistema de valores humano,
relacionado ˆ maneira como as pessoas tomam decis›es e aquilo que elas
consideram certo ou errado. Por isso podemos dizer que tanto a alternativa A
quanto a B est‹o corretas.
GABARITO: E

QUESTÌO 9. Nossa Caixa Desenvolvimento Ð Contador Ð 2011


Ð FCC.
A respeito dos conceitos de Žtica, moral e virtude, Ž correto afirmar:
a) A vida Žtica realiza-se no modo de viver daqueles indiv’duos que n‹o
mant•m rela•›es interpessoais.
b) Etimologicamente, a palavra moral deriva do grego mos e significa
comportamento, modo de ser, car‡ter.
c) Virtude deriva do latim virtus, que significa uma qualidade pr—pria da
natureza humana; significa, de modo geral, praticar o bem usando a
liberdade com responsabilidade constantemente.
d) A moral Ž influenciada por v‡rios fatores como, sociais e hist—ricos;
todavia, n‹o h‡ diferen•a entre os conceitos morais de um grupo para outro.
e) Compete ˆ moral chegar, por meio de investiga•›es cient’ficas, ˆ
explica•‹o de determinadas realidades sociais, ou seja, ela investiga o
sentido que o homem d‡ a suas a•›es para ser verdadeiramente feliz.

Coment‡rios
A alterativa A fala que a conduta Žtica apenas pode ser vivida quando as pessoas
n‹o mant•m rela•›es sociais. Isso Ž meio bizarro, n‹o Ž mesmo? Um dos
principais fundamentos tanto da Žtica quanto da moral Ž o conv’vio social.

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Na alterativa B podemos ver o erro claramente, pois mos Ž um termo latino,


resultante da tradu•‹o do grego ethos, que significa car‡ter.
A alternativa D diz que n‹o h‡ diferen•as morais entre um grupo e outro. ƒ
importante que voc• entenda que o conteœdo na moral n‹o Ž o mesmo em todas
as Žpocas e em todas as sociedades.
A alternativa E tenta confundir voc• trocando a moral pela Žtica. Apenas Žtica
tem car‡ter cient’fico e busca investigar o comportamento moral do homem.
A alternativa C est‡ correta. Como vimos anteriormente, a virtude congrega todos
os aspectos do Òhomem de bemÓ.
GABARITO: C

QUESTÌO 10. ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 2 Ð 2010 Ð Cespe.


Importante caracter’stica da moral, o que a torna similar ˆ lei, Ž o fato de
ser absoluta e constituir um padr‹o para julgamento dos atos

Coment‡rios
Observe que temos mais uma quest‹o, agora de outra banca, dizendo que a
moral Ž absoluta. Isso n‹o Ž verdade! A moral n‹o Ž universal, e n‹o tem os
mesmos valores em todos os lugares e Žpocas.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 11. ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 1 Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem como objetivo fundamental levar a modifica•›es na moral, com
aplica•‹o universal, guiando e orientando racionalmente e do melhor modo
a vida humana.

Coment‡rios
Vimos que a Žtica pretende ter um car‡ter cient’fico, e seu objeto de estudo s‹o
as ideias e atitudes humanas relacionadas ˆ moral e, de uma forma mais ampla,
ˆ busca da felicidade.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 12. TRE-BA Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2010 Ð Cespe.


Apesar de estritamente relacionadas, Žtica e moral n‹o se confundem. No
entanto, os princ’pios Žticos pressup›em determinadas regras morais de
comportamento.

Coment‡rios
O objetivo principal da moral Ž a prescri•‹o de conduta, enquanto a Žtica busca
compreender o comportamento humano relacionado ˆ moral e ˆ busca pela
felicidade. Os princ’pios morais s‹o regras, enquanto os princ’pios Žticos s‹o
apenas orientadores para essas regras.

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GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 13. AGU Ð Contador Ð 2010 Ð Cespe.


Os conceitos e valores tradicionais da moral n‹o s‹o universais nem
estabelecidos objetivamente, mas t•m suas origens em um momento
hist—rico e em uma cultura espec’ficos, servindo a certos interesses que v‹o
sendo esquecidos com o tempo.

Coment‡rios
Vimos e revimos que os conceitos relativos ˆ moral n‹o s‹o universais e nem
objetivos, mas mudam de acordo com a Žpoca e local em que s‹o aplicados. Acho
que a quest‹o ficou mal formulada na parte que diz que os interesses que pautam
o estabelecimento dos valores da moral Òv‹o sendo esquecidos com o tempoÓ.
Acredito que podemos pensar em alguns que sejam universais ou que estejam
muito ligados ao senso comum. De qualquer forma, pelo gabarito oficial a quest‹o
est‡ correta.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 14. Caixa Econ™mica Federal Ð TŽcnico Banc‡rio Ð


2010 Ð Cespe (adaptada).
Pessoas s‹o caracterizadas, entre outras coisas, por suas virtudes e pelos
seus v’cios, sendo que ambos pressup›em valores que, se n‹o forem
traduzidos em a•›es, perdem seu sentido.

Coment‡rios
O v’cio Ž o contr‡rio da virtude, segundo Arist—teles. Por outro lado, a virtude
est‡ relacionada ao agir, ao modo de ser. Por essa raz‹o, n‹o Ž errado dizer que
tanto os v’cios quanto as virtudes perdem sentido se n‹o forem transformados
em a•‹o.
GABARITO: CERTO

QUESTÌO 15. AGU Ð Agente Administrativo Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica representa uma abordagem sobre as constantes morais, ou seja,
refere-se ˆquele conjunto de valores e costumes mais ou menos permanente
no tempo e no espa•o.

Coment‡rios
A Žtica Ž uma reflex‹o filos—fica sobre a moral, e tambŽm tem por fun•‹o
influenciar o estabelecimento do sistema de valores humano. Apenas chamo sua
aten•‹o para a utiliza•‹o da express‹o Òconstantes moraisÓ. Eu n‹o gosto muito
de como o termo foi aplicado, mas aqui ele n‹o significa exatamente algo
imut‡vel, mas diz respeito aos enunciados, aos princ’pios.
GABARITO: CERTO

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QUESTÌO 16. AGU Ð Agente Administrativo Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica ocupa-se de quest›es subjetivas, abstratas e essencialmente de
interesse particular do indiv’duo, sem rela•‹o com valores ou condutas
sociais.

Coment‡rios
Como voc• j‡ sabe muito bem, tanto a Žtica quanto a moral ocupam-se da
conduta humana: enquanto a moral prescreve a conduta, a Žtica busca
compreend•-la. Da’ soa absurdo dizer que a Žtica se ocupa de quest›es de
interesse particular do indiv’duo, n‹o relacionadas aos valores e condutas, n‹o Ž
mesmo?
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 17. AGU Ð Contador0 Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem por objetivo a determina•‹o do que Ž certo ou errado, bom ou
mau em rela•‹o ˆs normas e valores adotados por uma sociedade.

Coment‡rios
Estabelecer o que Ž certo e o que Ž errado, e qual conduta deve ser praticada ou
n‹o, Ž a atividade de prescri•‹o da conduta. J‡ vimos e revimos que a Žtica n‹o
prescreve conduta, mas apenas busca compreend•-la. O papel prescritivo Ž da
moral.
GABARITO: ERRADO

QUESTÌO 18. Caixa Econ™mica Federal Ð TŽcnico Banc‡rio Ð


2010 Ð Cespe.
Acerca da rela•‹o entre Žtica e moral, assinale a op•‹o correta.
a) A partir do estudo da Žtica, pode-se considerar uma vis‹o utilitarista, em
que a verdade de uma proposi•‹o consiste no fato de que ela Ž œtil, tendo
alguma espŽcie de •xito ou satisfa•‹o.
b) A Žtica reflexiva se dedica exclusivamente ˆ reflex‹o sobre os deveres
das pessoas contidos nos c—digos espec’ficos dos grupos sociais.
c) A Žtica Ž equivalente ˆ moral porque ambos os preceitos investigam os
princ’pios fundamentais do comportamento humano.
d) A Žtica Ž temporal, enquanto a moral Ž permanente.
e) A simples exist•ncia da moral significa a presen•a expl’cita de uma Žtica,
entendida como filosofia moral, isto Ž, uma reflex‹o que discute,
problematiza e interpreta o significado dos valores morais.

Coment‡rios
Esta foi um pouco mais dif’cil, n‹o Ž mesmo?

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A alternativa A trata do utilitarismo, que Ž uma doutrina Žtica que encara a a•‹o
como forma de busca do bem estar. O utilitarismo tem fundamento em Arist—teles
e na import‰ncia que ele d‡ ˆ a•‹o humana. Esta Ž a alternativa correta.
A alterativa B trata de c—digos de conduta e grupos sociais, e na realidade se
refere ˆ moral. A Žtica reflexiva, por outro lado, diz respeito ao julgamento
interno e individual, ˆ auto-avalia•‹o de cada pessoa acerca de sua pr—pria
conduta.
Quanto ˆ alternativa C, ela est‡ errada porque a Žtica e a moral s‹o conceitos
diferentes.
A alternativa D diz que a moral Ž permanente, mas na realidade ela se modifica
com o tempo e de acordo com o sistema de valores de cada grupo social.
A alternativa E diz que quando existe moral deve existir necessariamente Žtica,
mas isso n‹o Ž verdade, pois Ž perfeitamente poss’vel haver moral e n‹o existir
a reflex‹o sobre a conduta e o sistema de valores adotados.
GABARITO: A

QUESTÌO 19. SEGEP-MA - Agente Penitenci‡rio Ð 2016 Ð


FUNCAB.
A Moral:
a) no sentido pr‡tico, tem finalidade divergente da Žtica, mas ambas s‹o
respons‡veis por construir as bases que v‹o guiar a conduta do homem.
b) determina o car‡ter da sociedade e valores como altru’smo e virtudes,
ensina a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade, e capacita
o ser humano a competir com os antiŽticos, utilizando os mesmos meios
destes.
c) diferencia-se da Žtica no sentido de que esta tende a julgar o
comportamento moral de cada indiv’duo no seu meio. No entanto, ambas
buscam o bem-estar social.
d) Ž o conjunto de regras aplicadas no cotidiano, usadas eventualmente por
cada cidad‹o, que orientam cada indiv’duo, norteando as suas a•›es e os
seus julgamentos sobre o que Ž moral ou imoral, certo ou errado, bom ou
mau.
e) Ž um conjunto de conhecimentos extra’dos da investiga•‹o do
comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma
racional, fundamentada, cient’fica e te—rica.

Coment‡rios
A nossa resposta Ž a alternativa C, que traduz perfeitamente os principais
aspectos que diferenciam a Žtica da moral. Voc• poderia se confundir em rela•‹o
ˆ alternativa D, mas o erro est‡ em dizer que as regras morais s‹o usadas
eventualmente pelas pessoas. Isso n‹o Ž verdade. Todo mundo usa a moral,

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levando-a em considera•‹o mesmo quando decide por desobedecer seus


preceitos.
GABARITO: C

QUESTÌO 20. SEGEP-MA - Agente Penitenci‡rio Ð 2016 Ð


FUNCAB.
Em rela•‹o ˆ Žtica, Ž correto afirmar, EXCETO que:
a) Ž constru’da por uma sociedade com base nos valores econ™micos,
financeiros e hist—ricos.
b) serve para que haja um equil’brio e bom funcionamento social,
possibilitando que ninguŽm saia prejudicado.
c) embora n‹o possa ser confundida com as leis, est‡ relacionada com o
sentimento de justi•a social.
d) Ž um conjunto de valores morais e princ’pios que norteiam a conduta
humana na sociedade.
e) do ponto de vista da Filosofia, Ž uma ci•ncia que estuda os valores e
princ’pios morais de uma sociedade e seus grupos.

Coment‡rios
Nosso erro aqui est‡ na alternativa A, pois a Žtica n‹o tem rela•‹o (ao menos
n‹o diretamente) com os valores econ™micos e financeiros de uma sociedade,
mas sim com os valores morais, sociais, antropol—gicos, etc. Chamo sua aten•‹o
tambŽm para a alternativa D, que traz uma vis‹o de Žtica um pouco diferente do
que estudamos na aula de hoje, mas que eventualmente aparece em quest›es e
de prova. Essa vis‹o relaciona a Žtica com os valores, que nada mais s‹o do que
os princ’pios que regem o sistema moral de uma sociedade. A Žtica estuda a
moral justamente com base nos valores.
GABARITO: A

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4 - Resumo da Aula
Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa
sugest‹o Ž a de que esse resumo seja estudado sempre
previamente ao in’cio da aula seguinte, como forma de
ÒrefrescarÓ a mem—ria. AlŽm disso, segundo a sua organiza•‹o
de estudos, a cada ciclo de estudos Ž fundamental retomar
esses resumos.

ƒTICA MORAL

ƒ a reflex‹o filos—fica sobre a Tem car‡ter pr‡tico (com for•a


moral (car‡ter te—rico); normativa);

ƒ permanente, pois Ž universal; ƒ tempor‡ria, pois Ž cultural;

ƒ princ’pio; S‹o aspectos de condutas


espec’ficas;

ƒ a Òci•nciaÓ que estuda a moral Est‡ relacionada com os h‡bitos e


(diretamente relacionada ˆ pol’tica e costumes de determinados grupos
ˆ filosofia). sociais.

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5 - Considera•›es Finais
Caro amigo, chegamos ao final desta nossa aula demonstrativa. Estudamos hoje
os temas mais b‡sicos das matŽrias relacionadas ˆ ƒtica.
Espero que voc• tenha gostado deste aperitivo e decida preparar-se com o
EstratŽgia! Se tiver ficado alguma dœvida por favor me procure no f—rum. Estou
tambŽm dispon’vel no e-mail e nas redes sociais.

Grande abra•o!

Paulo Guimar‹es

professorpauloguimaraes@gmail.com

N‹o deixe de me seguir nas redes sociais!

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(61) 99607-4477

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