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GUIÃO DE VISIONAMENTO

DOCUMENTÁRIO SOBRE EÇA DE QUEIRÓS E OS MAIAS

(série televisiva Grandes Livros – RTP2)

CONTEXTUALIZAÇÃO
A GERAÇÃO DE 70:

QUESTÃO COIMBRÃ:

O AUTOR E A OBRA
REFERÊNCIAS BIOBIBLIOGRÁFICOS:

REFLEXÕES A PROPÓSITO DE OS MAIAS

O que diz
O NARRADOR PRINCIPAL:

CARLOS REIS:

ANTÓNIO COSTA PINTO:

ISABEL PIRES DE LIMA:

MARIA FILOMENA MÓNICA:

TOZÉ MARTINS:

MÁRIO ZAMBUJAL:

GONÇALO RIBEIRO TELES:

RUI AFONSO (historiador):

ANTÓNIO DE SOUZA PINTO (administrador da editora livros do Brasil):

APRECIAÇÃO INDIVIDUAL SOBRE O DOCUMENTÁRIO

DATA: _____ / _______ / __________


GUIÃO DE VISIONAMENTO PREENCHIDO

DOCUMENTÁRIO SOBRE EÇA DE QUEIRÓS E OS MAIAS

CONTEXTUALIZAÇÃO
A GERAÇÃO DE 70: Coimbra, outubro de 1865, um grupo de jovens intelectuais reagia contra a debilidade
romântica e o atraso cultural do país. Feliciano de Castilho brada contra a poesia ininteligível e aparato
filosófico da escola moderna e Antero de Quental, estudante em Coimbra, responde com o panfleto Bom
Senso e Bom Gosto, dando origem à maior polémica literária do século, que viria a ficar conhecida por:
QUESTÃO COIMBRÃ: opõe os intelectuais conservadores à nova geração aberta às correntes europeias que
queria enterrar o romantismo na mesma cerimónia em que batizaria o realismo e naturalismo.
A geração de 70 completa-se com nomes como Antero de Quental, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, José
Fontana, Guerra Junqueiro, Oliveira Martins, Teófilo Braga, Jaime Batalha Reis, entre outros.
O AUTOR E A OBRA
REFERÊNCIAS BIOBIBLIOGRÁFICOS: Na Póvoa do Varzim em 1845, o juiz local envolve-se com uma jovem
de 19 anos e um filho não planeado acontece-lhes. Mas o pai de Carolina não aceita o casamento, o que faz
com que a vida de Eça de Queirós começasse eivada de mistério. Nasce clandestino na casa de uns parentes
e é batizado na Póvoa de Varzim. Os pais casam 4 anos depois, após a morte dos avós, e vive no solar destes
até aos 10 anos.
Referência a Bristol e à polémica com Pinheiro Chagas.
Estudou no colégio da Lapa, no Porto, onde trava amizade com Ramalho Ortigão, filho do diretor.
É no contexto fervilhante da Questão Coimbrã que Eça de Queirós chega a Coimbra para cursar direito,
tendo-se transformado em discípulo de Antero.
Em 1866, também Eça chegava a Lisboa, com 21 anos. Concluíra a formação em Coimbra e vinha viver
finalmente com os pais, no 4º andar do nº 26, no Rossio.
Percorre Lisboa com os amigos do Cenáculo, pesquisa, socializa e peregrina boemiamente em torno da
literatura. Torna-se sócio nº 19 do Grémio Literário, fundado por Almeida Garrett. Trabalha nos jornais,
torna-se redator do “Distrito de Évora” e é enviado ao canal do Suez em reportagem.
Viagem para o Egito e Terra Santa e contacta com o Oriente, o que contribui para que troque a visão
romântica do mundo pelo cânone realista.
1871, Eça parte para Leiria como administrador da cidade que mais resistiria ao tempo, fiel à descrição
apresentada em O Crime do Padre Amaro
Em novembro de 1872 é destacado para Havana, Cuba, ocupando o seu primeiro cargo consular. Regressa a
Lisboa em 1874 e parte para Newcastle, a cidade escurecida pelo carvão.
No verão de 1884, quando os condes de Resende passam férias no seu solar da Granja, em Canelas, Eça
frequenta a casa e começa a interessar-se por Emília de Castro. À beira dos 40 cede enfim aos apelos do
casamento. Durante os preparativos para o casamento instala-se no Porto e casa-se em 1886 e é por fim
reconhecido filho legal dos seus pais.
Partem em lua de mel pela Europa e regressam brevemente a Bristol, mas, por insistência dela, mudam-se
para Londres.
Os Maias saem em 1888, quando Eça se muda por fim para a sua predestinada Paris.
Em 1892, Eça vai a Santa Cruz do Douro visitar umas propriedades que a mulher vai receber em herança.
Apaixona-se então pela quinta de Tormes. Continua a viver em Paris mais vai aí refugiar-se muitas vezes e
seria em Tormes que encontraria inspiração para um novo romance A cidade e as serras, em que o
cosmopolita Jacinto troca o tédio da urbanidade pela verdade genuína dos camponeses.
As manhãs de Eça eram passadas a escrever, de pé, acompanhado pela chama de duas velas sobre o
mármore da chaminé. Antes do almoço vestia-se aprumadamente e descia. Depois das tardes no consulado
regressava para receber os amigos noite após noite. Na manhã seguinte, voltava à escrita e “deitava até
para o chão as folhas sem as numerar”, como afirma a filha, Maria Eça de Queirós.
Entre fevereiro e maio de 1899, Eça faz uma última visita a Lisboa, passeia pelos cenários dos seus livros e
regressa a Paris.
Precocemente envelhecido e magro, adoece no verão de 1900, quando um século inteiro e colossal estava
mesmo a começar. É observado por médicos na Suíça, mas prefere regressar a Paris, ao nº 38 na Avenue de
Ruille, em Neuilly, para adormecer em casa. Morre em 16 de agosto de 1900, em pleno calor, rodeado pela
família e pelas notícias que chegavam de Lisboa dando conta da sua iminente partida. Tem um funeral de
estado e honras de primeira página na imprensa. O tempo de Eça reconhecera-o já como um dos seus
maiores, o símbolo da Pátria, nada mau para um vencido da vida.
Eça não falava em casa da sua obra, não estava certo dela tão pouco. Um realista não podia permitir
deslumbrar com as suas conquistas diárias, como é exemplo a carta que escreve ao amigo Oliveira Martins
em 1888.
Agora, lá em baixo, no cemitério de Santa Cruz do Douro, não muito longe da quinta de Tormes, Eça de
Queirós repousa ao lado dos filhos, com uma família, por fim.

REFLEXÕES A PROPÓSITO DE OS MAIAS

O que diz
O NARRADOR PRINCIPAL: Pel’ Os Maias desfilam caricaturas dos grupos dominantes da época: Dâmaso,
Alencar, Palma Cavalão, o jornalista corrupto. Portugal era consumido pela sua própria elite política,
jornalística e intelectual. Eça estava mergulhado numa cidade brilhante habitada por sombras.
Os Maias é o grande livro de crítica ao Romantismo.
Carlos da Maia e Mª Eduarda são irmãos. É o senhor Guimarães, antigo emigrante em Paris e íntimo de
Maria Monforte, quem o conta a João da Ega, a propósito de fazer chegar às mãos de Carlos um cofre que
ela lhe legara. Mª Monforte, a mãe que abandonara Carlos ainda criança e fugira com a filha e com o
amante italiano, era também a mãe de Maria Eduarda, a filha desaparecida que o destino trouxera de novo
à costa como uma maldição.
Porque escolhe Eça uma relação incestuosa para coração da sua crítica ao Romantismo? Seria um requinte
cínico, um recurso dramático para ilustrar a tragédia que se abatia sobre todo o país? Porquê uma história
de amor tão fatalmente romântica? Porquê o incesto e, sobretudo, porque volta Carlos a dormir com Mª
Eduarda já na plena posse da verdade? Nenhuma destas perguntas terá resposta cabal, somente
interpretações.
Afonso da Maia não sobreviveria a este desgosto final. Carlos era agora o homem mais só, errado e culpado
da criação.
Naquele tempo e naquela cidade, os dois seres excecionais estavam destinados a encontrar-se e a fechar o
ciclo perfeito dos Maias; a história da família na sua relação com o século XIX redundava num duplo
fracasso: no amor e nas aspirações intelectuais e políticas de uma geração.
O romance, que levou oito anos a ser construído, resulta, primeiro, num fracasso. Ao contrário do que
acontece com outros romances, Os Maias não resultam naquilo a que hoje chamamos bestseller. Há
reservas, críticas, divergência de opiniões. Mas porque acontece isto se Eça investiu nele mais tempo, mais
dedicação, mais conhecimento, mais arte do que em qualquer outro?
Entre outros motivos possíveis à reação defensiva ao acolhimento de Os Maias poderia estar a feroz sátira
de Eça que poderia ter resultado injusta. O seu comprometimento com a crítica da banalidade, do
provincianismo nacional face ao progresso europeu, teria avançado sem se aperceber do que de bom
estava acontecer a Portugal no derradeiro quartel do século XIX.
Eça buscava a caricatura e não tanto a reprodução pura e simples da realidade. Caricaturou como ninguém
os ambientes culturais, intelectuais e políticas da época. Mas escapara-lhe talvez a verdadeira dimensão do
novo ministro da fazenda, Fontes Pereira de Melo. No triénio de 1868 a 1871, Portugal e a Europa
estremecem: quedas sucessivas de governo, governos com 3-4 meses de duração, a Comuna em França, a
queda da monarquia em Espanha, a mediocridade a grassar na política.
Eça sofria com os desaires nacionais. Mesmo estando longe, não se permitia distanciar-se de Portugal,
mesmo que não pudesse ver pelos seus próprios olhos ou ser atingido pelos estilhaços do conflito.
No final de Os Maias, Carlos regressa a Lisboa, 10 anos depois de ter partido pelo mundo e aterrado em
Paris sobre uma vida tão elegante quanto inútil. O Ramalhete, casa de Carlos ao longo da ação, é agora a
imagem queirosiana do país: abandonado, soturno e cheio de recordações.
Carlos da Maia e João da Ega não eram diferentes dos da sua espécie.
O subtítulo de Os Maias – Episódios da Vida Romântica – não era afinal algo separado da história dos seus
protagonistas, um banal fundo temporal e geográfico onde a história acontecia.
Era a constatação do estigma que caíra sobre toda uma geração que incluía João da Ega e Carlos da Maia.
O seu romantismo final havia sido acreditar que teriam já derrotado o Romantismo. Mas a decadência não
era um naufrágio ao qual a sua cultura os houvesse resgatado; era a idiossincrasia do inconsciente coletivo
português.
E Eça, que teria conseguido ele e a sua geração de intelectuais, cosmopolitas e modernos? Teriam mudado
Portugal? Ou teriam mudado tanto Portugal quanto ele precisava ou tanto quanto haviam sonhado? Eça
continua a escrever, muito, mas está dececionado também com a carreira diplomática. Visita de tempos a
tempos os amigos em Lisboa, reúnem-se no Tavares e agora chamam-se a si próprios “Os vencidos da vida”,
até que Eça deixa de vir a Lisboa e os vencidos da vida se desmantelam.
Eça não vive para ver o regicídio, a implantação da República, a tormentosa corrida de Portugal à procura do
seu destino, mas a sua obra sim. A obra-prima, mesmo quando não reconhecida no seu tempo, é sempre
contemporânea do futuro.
O sucesso de vendas de Os Maias prova que os vindouros não se sentiram ofendidos pela sátira
queirosiana, pelo contrário, agradecem-na. Todas as faixas etárias e classes sociais, dentro e fora de
Portugal, procuram as obras de Eça, com especial predileção por O Crime do Padre Amaro, A Cidade e as
Serras e, em especial, Os Maias.
Eça bradou uma vida contra o tédio da estagnação; depois assumiu a resignação como um vencido da vida,
mas ter-se-á de facto rendido?
Uma dúvida final nos deixou Eça, um paradoxo para nos deixar a discutir: quando Carlos e Ega correm para
apanhar o americano, quererá Eça mostrar que haveria uma razão para correr ou seria apenas mais uma
farpa do autor, a oportunidade para mais uma gargalhada? Haverá retrato mais belo e certo de Portugal?

CARLOS REIS: destaca o facto de Eça pôr em causa a Igreja, particularmente o peso institucional excessivo, a
Educação, a condição da mulher, destacando Maria Monforte, a Condessa de Gouvarinho, mulheres cujos
defeitos de comportamento são fruto da convivialidade romântica (educação, livros).
O que Eça quis colocar n’ Os Maias está mais no subtítulo do romance. No fundo, quer dizer que não há
reflexão sobre a sociedade portuguesa do séc. XIX que não seja uma reflexão sobre o Romantismo que
condicionou a vida pública cultural, social portuguesa.
Desde os princípios do anos 80 que Eça trabalha em Os Maias que foi um romance que demorou 7 a 8 anos
a ser escrito.
O romance é no fundo uma reflexão acerca da pequenez do homem, da sua impotência ou incapacidade
para controlar o seu destino, e essa espécie de destruição que tem muito a ver com a estética do trágico
mas também com atitudes românticas e com a radicalização de comportamentos para além ou para aquém
de quaisquer normas de caráter moral.
A reação à publicação d’ Os Maias foi uma reação diluída no tempo. Contrariamente ao que aconteceu com
outros romances, por exemplo O Primo Basílio, Os Maias demorou algum tempo a ser incorporado pelos
leitores e os indicadores são os seguintes: Eça morreu em 1900 e o romance ainda não estava esgotado; a
2ª edição ocorre pouco depois da sua morte, em 1903.
No fundo, mesmo os que criticavam o Romantismo, dizendo que este era algo de negativo para a formação
dos jovens, dos adultos, das mulheres, etc., acabam por reconhecer que ele é essa inevitabilidade.
Vem sempre à memória o momento final do romance, que é o momento de balanço entre dois homens já
maduros, desencantados, que passaram por situações muito complicadas da vida, particularmente Carlos
da Maia, quando este diz a Ega que isso de se dizer que se viveu alguma coisa com paixão é uma ideia
romântica, e Ega diz “Que somos nós, que temos nós sido desde os bancos do colégio, desde o exame de
latim? Românticos. Indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento e não pela razão.”
Os Maias, e a pouco e pouco, ganharam o estatuto do grande romance de Eça de Queirós, um dos grandes
romances do século XIX europeu, por ser o romance em que o Eça, tal como ele disse, tentou pôr tudo o
que tinha dentro.
E o que ele tinha lá dentro continuava a ter aplicação prática hoje, volvida quase uma década do século XXI.

ANTÓNIO COSTA PINTO: refere que Eça evidencia uma igreja inimiga da modernidade, com maior
visibilidade em O Crime do Padre Amaro, mas aquilo que questiona é a sociedade provinciana. Eça fala de
Paris e de uma cidade inglesa e vê que o pequeno Portugal é incapaz de produzir um pensamento próprio,
um pensamento autónomo que no fundamental copia sem criatividade, tal como copia as roupas ou uma
inovação tecnológica.
Eça de Queirós deixou um legado tão marcante à cultura portuguesa que ironicamente nos deixou uma
visão do século XIX que nem sempre corresponde à realidade. Vivia-se em 1º lugar num período de paz, em
2º lugar um período de alargamento das liberdades cívicas e públicas, vivia-se um alargamento do
parlamentarismo, vivia-se o melhor que o sistema liberal alguma vez trouxe a Portugal.
Foi um período de relativo progresso, muito marcado pelas primeiras manifestações nacionalistas,
antibritânicas, pelo início do movimento republicano e muitas destas manifestações são caricaturadas por
Eça e onde muitos dos seus amigos participaram. Os elementos da geração de 70 preocupam-se muito com
a ideia do progresso, o aprofundamento das liberdades cívicas e do futuro do país e Eça lega-nos sempre
essa visão muito mordaz de um país, e ele diz que gostaria de ver um dandy em cada esquina e este país
não produz nem um bom merceeiro.
Os romances de Eça, porque no fundamental retratam a vida política e social portuguesa do século XIX,
estão condenados a serem de uma grande modernidade, porque aquelas figuras, aquelas personagens
remetem para as grandes clivagens do século XX, remetem para o que é ser ministro num sistema
democrático, o que é ser jornalista e comentador político com todos os dilemas associados a ser ou não ser
influenciado pela classe política, pelo poder económico ou pela pequena corrupção.

ISABEL PIRES DE LIMA: afirma que Eça é acusado de misogenia, porque maltrata a mulher; contudo, os
homens também não são bem tratados. Não há famílias estruturadas nos romances queirosianos, o que
poderá ser o reflexo de alguma experiência biográfica.
N’ Os Maias temos uma figura paterna, ou tutelar, mas essa figura é o avô de Carlos. Este transporta alguns
traços de Eça de Queirós e Ega também.
O subtítulo aponta para a intencionalidade da obra – um grande fresco do Portugal ainda romântico,
construído por uma burguesia e que a geração de 70 quer reformar.
O episódio mais curioso dos Maias é o incesto.
Poderia ter uma dimensão trágica sem ter um clima incestuoso. Esse é o aspeto mais misterioso do
romance.
Carlos tem todas as qualidades para ser um vencedor e todavia será um vencido nos seus projetos assim
como na sua relação romântica, apaixonada e fatal que tem com Mª Eduarda e esse é um dos maiores
mistérios do romance.
N’ Os Maias ressuma uma espécie de tempo parado, um tempo paralisante; temos a sensação que nada
acontece ao longo do romance. Lisboa é uma cidade adormecida. 10 anos depois do fim trágico, Carlos
regressa e passeia por Lisboa com Ega e constata que nada mudou. Os Maias é um romance do desencanto,
da desistência, um romance em que se confessa, um pouco aquilo que Carlos confessa no fim do romance:
nada desejar, nada recear, não se abandonar a nenhuma esperança, não se abandonar a nenhum desejo,
nenhum desapontamento. - Nível Literário
Viveu longe das mulheres, não foi criado pela mãe, casou tarde, com cerca de 40 anos, e as mulheres
estiveram sempre afastadas da sua vida. Estudou num colégio interno e foi educado pelos avós. - Nível
biográfico

MARIA FILOMENA MÓNICA: Eça nunca compreendeu o Fontes, porque este era muito pragmático. O
desencontro entre ambos deve-se ao facto de quando Fontes lidera os destinos do país, Eça estava fora. Em
1872, deixa de viver em Portugal e nunca mais regressou. Para ele, os políticos que conheceu em adulto, do
triénio que vai de 68 a 71-72, e em 72 Fontes é 1º ministro e é-o durante 7 anos. Eça deixou Portugal no
pior momento possível, daí a sua crítica. - Nível Literário
Se Eça não tivesse ido aos 27 anos para o estrangeiro ter-se-ia transformado em alguém muito parecido
com Ega, isto é, trocista, animador de salões, a ser uma espécie de bobo da corte. - Nível biográfico

TOZÉ MARTINS: diz que o amor de Maria Eduarda por Carlos da Maia e deste por Maria Eduarda é sublime,
facto que o fez ler trechos de Os Maias por diversas vezes e explorar sentidos complementares àqueles que
já tinha retirado.

MÁRIO ZAMBUJAL: reforça a ideia do mau tratamento dado por Eça às mulheres. Estas eram fúteis,
portavam-se mal.

GONÇALO RIBEIRO TELES: salienta a influência que a Lisboa do séc. XIX teve em Eça de Queirós.

RUI AFONSO (historiador): afirma que a Lisboa do século XIX é uma Lisboa cosmopolita que sonhava com os
horizontes de Paris. Recorda o facto de Lisboa sonhar com Paris, isto é, queria igualar-se à grande cidade
europeia.

ANTÓNIO DE SOUZA PINTO (administrador da editora livros do Brasil): O Maias é uma obra que vende à volta
dos 25 a 30000 exemplares por ano, de reedições que se fazem todos os anos.

APRECIAÇÃO INDIVIDUAL SOBRE O DOCUMENTÁRIO

(Resposta de caráter pessoal)

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