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Thomas S. Kuhn O caminho desde A estrutura Ensaios Filosdficos, 1970-1993. com uma Entrevista Autobiogrdfica Editado por James Conant e John Haugeland Tradugdo Cesar Mortari Revisdo técnica Jézio Hernani B. Gutierre LUNES nte bem conhecidos ss0s de diferenciagio e mu wel. Porém, z nio-analisdvel. Local de estabilidade 6 0 todo d eusnichos, tanto o mundo erutura lexical que m cada uma delas resultando dif 15 propésitos, 0 ca inteiramen Jeira ou rejeitada como fi real, em vez dea um mui ico, de s o-mundo © problema com a filosofia histérica da convite para dar inicio Tenhi Robert e Maurine Rothschild deu-me grande pr adecer pelo convite, em primeiro lu: epartamento € & Universid esse renovado exemplo de sua generosidade, esta a0 de a fazé-lo. Sem rie de conferéncias nfo aconteceria. Mas q| mento d ‘o também agradecer ao Departa Histéria da Ciéncia por ter me convidado a prineipié-la. Os con vites para participar de um ciclo como este jormalmente incluem uma lista um tanto assustadora das pessoas ilu eres que antes honraram a cétedr . ¢ foi para mim muito proveitoso asifo, nfo ter tido u 0. Infelizment scolhi, poucos de voces fi Apenas 0 iniciador de uma série es 20 me preparar para esta 0 n rol de veteranos esprei- tando sobre meu ombr ontudo, achei um substituto, Dade 3 ob otitulog ir que, du- surpresos ao di rante boa parte desta conferés a, a pessoa espreitando s serei eu préprio, \ecar explicando-Ihes o que sm, a imagem corrente da cién. ienos completa, fo » Gli da acade- -xtremamente (penso que era significativ tito mais alistado que antes into cientifico, como ele opera orém, teve um subpro- om implicagdes para 0 estudo preocupa, em especial por te: ponto de vist seu pernicio loaele, ef anos que tenho ido. Re remente, c nova visio da resta tarde confrontar isso. de essenci srimeira 6 um breve relato do possiveis razdes para isso ter qual alguns danos podem ser em par 10 qual estou atualmente tr Go ¢ simplificagao drasticas rojeto — uma teoria ilidade ~ ter de ser omit senvolvo se ajusta ao ps ente alterou a imag um daq dores, estes, de mo: 'plo caracteristico. Embora ada & histéria ninho desde A estruty n fisico mecei com 1m um forte interesse ndo-profissional p ia, Objetivos filos6fi to para a histéria; foi a filosofia que retornei nos tilti- filosofia ¢ quase nenhum induziram meu encaminh ou falando nesta tarde mos dez ou quinze anos Como meus col des amplamente s inov. ‘ava motivado, sobretudo, por dificulda nhecidas na filosofia da ciéncia to corrente, mais, mas também em outro: em especial no positivismo ou empirismo li de empirismo. A impressio dominante que tinhamos sobre nosso empreendimento eraa de que, construindo uma filosofia da ciéncia baseada em observagoes da vida dados fornecidos nos voltarmos para a fica, sendo os ios: los registros histéricos Todos nés foros educados para acreditar, mais ou men te, em alguma versio de um conjunto trad: onal de crengas, 0 qual reme morarei com vocés de modo breve dado terpessoais: sio, dizia-se, acessiveis e indubitéveis para todos os observa- tico. A ciéncia provém de fatos pela observagao. Esses fatos si0 jetivos no sentido de que sao in- dores humanos normalmente equipados. f claro que tiveram de ser desco- bertos anti freqiientemente exigiu a invengao de elaborados instrumentos novos. Mi le observacao nfo era ¢ ameaga & sua autoridade uma vez que tivessem sido enco: tuto de ponto de partida objetivo, acessivel a todos, per Esses fatos, re: rornar-se dad que pudessen para a ciéncia, e sua descoberta anecessidade de procurar os fatos nsiderada un fa ainda a velha imagem da ciéncia, so anteriores as le teorias cientificas para as quais fornecem o fundamento e que, por constituem a base para explicag6es de fendmenos naturais, Ao contrério dos fatos em que se baseiam, essas leis, teorias ¢ explica- $Ges nfo so simplesmente dadas. Para descobri-las é pr tpretar os fatos ~ inventar leis, teorias ¢ explicagdes que se ajustem a eles. Ea interpr ‘aso ¢ um proceso humano e, de modo algum, idéntico para todos: 6 de es perar que individuos diferentes interpretem os fatos de maneira diferente, inventem leis ¢ teoias catacteristicamente diferent dizia-se que 3s. Porém, uma v fatos observados proporcionavam um tiltimo tribunal de re- cursos. Usualmente, dois conjuntos de leis e teorias nao tém precisamente as mesmas conseqiiéncias, e testes projetados para determinar qual conjun- to de conseqiiéncias sao observadas el Variadamente compreendidos, esses Rominaclo método cientifico. Tendo sua ori inar4, pelo menos, um deles. rocessos constituiram algo de- gem por vezes localizada no sé 1935 ientistas de explicacs: ordac ag menos pi 20 menos, altamente prova- ibemos que tentati odo cientifico e daquil adas, embora isoladas, dificul >, fespondendo ao tratamento, observacées da vida cientifica esconcertados com o que Id er lidos fatos de observa acangados por pessoas diferen 'ssas diferencas— ap iéncia, suficient isso, os ck mados fatos pendentes d rengas e teorias zem, ela propria dependente ¢ la teoria que os experimentos aparelhagem podia ser rede iordos, a elaboracdo desse novo POEs a respel bora reduzidos, os desacordos tuficientes para delegar peso & ndo-s las concebidas co- esacordos sobre se alguma le a margem pal ara um observador de fora, pa- tos de profunda import cto daquilo que encontramos 3com ma ou outra int pre ade tal modo que infringiam profissional. Nao estou pen- tivamente a. Nao eram ra- ‘obertas opostas is suas ou a inuacdes mnentos ssoais e outras técnicas s melhantes. Controvérsia: bre assuntos cict s, uma briga de gato: tiva filos6fica, nada 0 precisaria ter sido um prob nova. Os prat filosofia tradicional da ciéncia estavam, 20 m forma vaga, jen consideradas lembretes di que a ciéncia era praticada por seres um mundo aquén deal. A filosofia tradi- cional da ciéncia estava preocupada em prover normas metodolégicas ¢ supunha que elas tir aos efeitos de infracbes casionais. O comportamento que acabo de descrever to, de lado; considerou-se que ele néo desempenhava ne- nas p hum papel positivo na formagao da doutrina cientifica. Mas, 0s filésofos da ciéncia com i 's hist6ricas examinaram essas observacSes. neira diferent imos insatisfeitos com a tradi¢ao preval procurivamos indicios comportamentais por meio dos qq Esses aspectos da vida cientifica forneceram um ponte de ps Se observa cram insuficientes para le 10s diferentes fer \gas no que consi deravam ser fa jes deveriam, pensdvai plo, individuos poderiam diferir em virtude da histéria e gostos pesso: subjacentes a scus campos de pesquisa. Qutra fonte plausivel de eram as estimadas recompensas e punigdes, quer financeiras, Esses ¢ outros interesses individuais podiam ser todos obser hos registros historicos, e nao pareciam ser despreziveis. Ond observagio era insuficiente para forcar at ma decisa apenas fatores como esses ou, ¢ 1cedimentos do tipo cara-ou-coroa poderiar tarefa Dada essa di dividuos, tornou-se ur aeram ha do grupo. Ou seja, qual seria 0 processo por que o resul pelo qual diferene onizadas no percurso até um consenso final no interi Euniversalmente designado como fato, assim como qual seria o pr F que as Novas crengas dominantes ~ novas leis e teorias ¢ acabam sendo baseadas em tal resultado? Essas so as questdes centrais FN © cominho desde A esirutura e as negociagSes na ciéncia, ha, eas principais conttibuj lar por socidlogos e cientistas politicos ~ uma nova espéc sociolégicos que a como em politica, na diplomacia, nos negécios e em muitas das outras esferas da vida social, seriam governad tido como determinado por consideragSes de autoridade e poder. Essa eraa sofia, mas di ie es, © seu resultado r inter ra de mie im, de maneira porn tese daqueles que aplicaram, pela primeira vez, 0 termo “neg processo cientifico, e 0 termo levou consigo m fo penso que o termo, ou a descrigao das nteresses, politica, poder e autoridade comunidade ou grupo asenso domi a tese. ante, u n proc re como “negociacéo”. Alguns revelam a ividades as quais se r ia, estivesse meramente errado, ectos do proces. *Penso que niio se pode colo. wreincia deles. Mas seu efeito a, foi aprofundar, em vez de ham resolver sem diivida desempenham um papel significativo na vida cientifica e e seu desenvolvimento. Mas a forma que os estudos da “neg ” toma: ram, como indiquei, tornou dificil perceber o que mais também pode de- De fato, a forma mais ex rema desse movi- sempenhar um papel relevs por seus proponentes “o programa forte”, tem sido belecer mento, denominad 00s fatos dos qua ; jeralmente entendida como a defesa de que poder e interesse: que ha. A propria natureza, sejal4 0 que for isso, parece nao ter papel algum 10 desenvolvimento das crencas a seu respeito. O falar de evidéncia, da ra- cionalidade das assergées extraidas dela e da verdade ou probabilidade des- sas asser¢des foi visto como simplesmente a retér vitoriosa esconde seu poder. O que passa por conhecimento cientifico tor- s, juntam; som as conclu, baseadas nelas, Esses do: atlvo ~ so efetuados de 9 as descrigdes dos fatos 20 86es deles extraidas. Tal pro- ris ual a parte ver que papel a experimen: do. Essa dificuldade torna-se na-se, entfio, apenas, a crenca dos vitoriosos. Estou entre aqueles que consideraram abs das as afirmagées do a¢do parece resultar ee programa forte: um exemplo de desconstrugio desvairada. E, em minha descritos como meras ques a opinio, as formulagées histdricas e socioldgicas mais moderadas que pro- negociag’ como dife a chegar a dife- is substituf-lo dificilmente so mais satisfatbrias. Ess: engas na histér dal. Esses so 0s tipos de d ages mais recentes reconhecem francamente que as obse npenham, de fato, algum papel no desenvolvimento cientifico, mas continuam, na pratica, no dando informagao alguma acerca desse pa uma discusso ow negocia- pel ~isto é, acerca do modo pelo qual a natureza entra nas negociagSes qu resto: como se pode d produzem crengas a seu respeito. noone, © programa forte e seus descendentes foram repetidamente rejeitados lependente de contingénci Be como expressdes descontroladas de hostilidade a autoridade em geral ¢ ou provaveis a respeito da a ciéncia em particular. Por alguns anos, eu préprio reagi um pouco dessa ma neira, Mas penso agora que e s6fico real. Hé uma linha continu que parte das inescapveis observaco 9 séria, e penso que a la para no: a avaliagio apre: (ouu s iniciais subjacentes aos estudos ia ignora um desafio filo a compreen Jo, porém, surgiu durante na escorregadia Jadeira continua) esconfianga com relagioa 2 pequeno pa microssociolégicos e chega a conclusées ainda inteiramente inaceitiveis. Muito do que néo deve ser abandonado foi "te admitido - em particu- 139 TT yeitar aquela lores de estudos microssocic clonal do conhecimento thecimento, Os inescapiveis, 20 menos no neles. Sea cigne ia pode estar jue a tra a respeito dos todos pelos >eito da natureza do prdprio ido de forma apro 5 que esses novos estudos des 150, € tentarei, no re: filésofos, que 0 construtores dle uma fil © cientifico real. Olhan le tenciondévamos Dectiva histérica, podem-se in hegamos sem pratic: Sricos. Essa pi Asqu tos de uma tradiggo fi le conhecimento e questiona verdadeiras uma ou outra das iente, como subp prendemos a substituir e em que fez da ciéncia um em- vimento. E esta levando ain ada essa pers conclusGes mais fundamentais que tiramos com 3s hi téricos podem ser derivadas, em vez disso, de primeiros principios, Abor dé-las dessa maneira reduz sua aparente contingéncia, fa mais dificil rejeit4-t 10 produto de uma inv parte de principios gera uma concep¢fo muito diferente daquilo que esti a conceitos tais como razio, evidéncia a5 mudancas sai inhos claros iva, Seja qual for s fo, a narrativa deve sempre come prepar ente no inicio d de eventos que constitui a narrativa propriamente dita. Sc sa narrativa trata de crengas a respeito da natureza, entdo precisa comega por uma descri¢io daquilo em que acreditavam as pessoas na época em que ela se inicia, Essa descrigio deve tornar plausivel que essas crencas eram as de atores humanos, e pata tal propésito, ineluir uma especif do vocabulirio conceitual no qual ¢ tos os fendmenos natur no qual eram en 6 as 1 montado, comesa a narrativa propriamente dita, q mudangas de crenga ao lon po, bem come no qu le do estigio anterior, E er ssses estiigios, com o pri meiro, o problema di inham crengas que tinkam, mi teve h essa mudanga incremei Para o filésofo que adota a perspectiva hist6rica, o problema é om mo: compreender pequena: s incrementais de crenga. Quando su gem, , quest6es a respeito de racionalidade, objetividade ov evid fo envolvem as crengas que eram correntes antes ow depois mente a prépria mudanca, Ou seja, por que, dad n o qual comegam, os membros di po cientifi a entre essas duas formulagées idade da mudanga inereme: das varias diferencas si renso do que se bas razbes par: neutras, isto 6, 's observadores e, tambi rias. T im, is observacGes propor determinar a ver oria particular a ser avaliada, ios mostraram-se, como indi- liana tradicional fornece uma creng fato explorado pelo 2ctiva histérica, contudo, pela o, a racionalidade das conclu as sejam neutras para os ~ ou le toma a deci e para ele ando tomada. Pela mesma ra- nals ser independentes de to- ue seriam modificadas como 'gas nfo afetado pela mudan. tadiscussao acerca da dese- inte que algu fodas yuma época futura. Para que 6 precisam ~ da mesma for- fo - ser compartilhadas por titério da racionalidade da ctiva histérica, assim, tam esta nfo é fixa. Ao contri: omunidade ¢ a subcomun: tipos de nudanga interfere 's eavaliagSes racionais das ate em determinada comu- 1688 e a avaliagdio de mu breve. Da ‘spectiva a, 2s mudancas a serem avaliadas hist6r tivame um corpo de crengas considerdvel. Mas todas fo do sempre pequenas. Retrosp igantescas, € estas em geral afetam as delas parecen re, n preparadas de fo gradual, passo a passo, deixando a locada ido lugar pelo inovad esse passo pequeno, cla uunciado pelos passos dados ant lepois de ter sido dado, € que ele ganhao estatuto de pedra fundamental. mira que o a circular, Muitas das consideragées que nas uma pedra fundamental tujo nome trazem. E também amente pr apenas em retro: suge eza da mudanga so também as que forne- a proposta que ele fez. A ques do que veio p esto do ovo e da galinha, e essa questo nunca suscitou nenhuma divida de que um resultado do proces sejam galinhas. O terceiro crenga é intimamence relac Na formulacao crengas deveriam meio, a idéia ou a observacio, é como a qu vito de deslocar a avaliag4o da crenga para a mudanca do a0 anterior, talvez mais surpreender principal:da tradi Pregressa em filosofia da ciéncia, as ser avaliadas con de de serem verdadeiras, déncia ao real, ao mundo externo in respeito A sua verdade ow & probabilid: tendendo-se por verdade algo como correspon: mente. Ha fa que as crengas deveriam ser lependente a também uma formulagao secundéria que sustenta avaliadas com respeito a sua ui lagdo, por falta de 8 ta de aspectos essenciais do desenvolvimento cientifico tera de substituir uma argumentagao, nas terei de omitir aqui essa formu. smpo: uma afirmagdo do ‘itica de que tal formulacéo Prosseguindo, portanto, com a formulacéo que prega ser a verdade a meta das avaliagSes, notem que ela requer que a iagao soja indireta, ras, ou nunca, pode-se comparar uma lei ou teoria recém-pro- ta diretamente com a realidade. Ao contrério, para propésitos de avalia- € preciso inseri-la em um corpo relevante de crensas correntemente aceitas —p F exemplo, as que governam os instrumentos com que foratn fei tas as observag6es relevantes — ¢ entéo aplicar ao todo um conjunto de cri- érios secundérios. A sas aceitas ¢ outro, aamplicud quarto, ¢ hé outros além cess mente, satisfeitos todos de uma vez. A exatidao é quase sempre aproxin dae, com freqiiéncia, inatingivel. A consisténcia, na melhor das hipdtes exatidao é um deles, a consisténcia com outras cren- de aplicacio um terceiro, a simplicidade um Todos esses c am, ¢ nao sem r ¢0, esta definitivamente abandonada. Em segu aco comparativa é tudo de que dispomos. O desenvolvimento cientifico é, como a evolugéo darwiniana, um proceso empurrad em vez de ados a com- puxado em diregfo a alum objetivo se aproxima cada ve tes proprias crengas mais. E, em ar, sea nogo um papel a desem; el em outro ht 9, qual exibs shar no desenvolvimento cientifico, e argumenta erdade ni }on- » pode ser nada muito pan atizar qu ide nfio-aleangada pela ¢ ni 08 dencia c ealidade. Gostaria de jecomo ela te rticular, quando 0 q) que nfio se pode fazer sentido algum da nogiio de realida conjunto algo amibt Notem agora que, até aqui, minha po Jequad programa forte os fatos ‘2 no objeto da avalia- essas conelusées nfo podem ter 2, 6 um prego que posicfo partindo de prinefpios rossociol6gico. Um tives, ou seja, sem precisar recorrer ae les, sem ser por issc poder ¢ interesses. Ch 8 por poder ¢ inte Para esclarecer o modo pelo qual entram em cena outros determi tes do desenvolvimento cientifico, permitam-me fazer al probabilidade de qual: ait excessivamente condensados, a respeito de um seg no futuro d da perspectiva histética ou evolutiva. Este, ao contrario do anterior, nao ¢ >r um lema. uma caracteristica necessétia ou a priori, mas precisa ser sugerida por ol cientificas sucessivas servagées. As observagSes envolvidas, contudo, nao se restringem as cié a, 6 claro, ser o case cias e nfo requerem, de modo algum, mais do que um répido olhar. O que 2 estd sendo afi tenho em mente scimento aparentemente inexorivel (embora ult poderia fornecer uma mamente autolimitativo) do mimero de priticas ou especialidades huma: a verdadeira. Na ai nas distintas no decurso da histéria humana. Usarei o termo x TOTS », embora 0 paralelo com a uma dessemelhanga parti esar disso, ela tem estado da atividade humana. Reis stissem jufzes e advogados. ilitares antes de existirem religiao, pensem apenas na am e ainda esto >. Na Antigitidade, h a mecinica, a geo tural, as quais vocés talvez econhecidas como praticas de cigncias. Durante o fin: ampo com direi- medicina e dos of da com base na med comecam a se separa: quis ecializadas, revist r ainda mais rapido, algo que ‘em minha experiéncia jas da vida eram 0 dominio titucionalizagao, penso, era em peda ou, em Harvard, scobrir, chegando a Califér- ¢ trés departamentos para rugGes de tijolo apare O cam m Cambri agora a Cambridge, constato que abranger 0s tépicos que ipavam apenas um, Retornando Jepartamentos para as ciéncia: ia se hoje no davida, e surpreen: imero ainda ma- jor em Berkeley. Enquanto isso ¢ ‘orria, algo semethante, somente um pou- co menos acentuado, acontec em meu préprio campo anterior, a fisica. Quando colei grau, um tinico periédico, a Physical Review, publicava a maio- fisicos norte-americanos ‘Todos 0s profissionais assinavam essa revista, embora apenas poucos deles ria das contribs ies ao conhecimento feitas p pudessem ler (e menos ainda liam) todos os artigos em um da ente, essa revista foi subdividid Aral em quatro, e poucos individuos as- sinam mais do que uma ou dua delas. Embora os departamentos néo te nham sido subdivididos, tem ocorrido um considerdvel detalhamento d subestrutura da profiss’ prdprias sociedades e mais subgrupos con s revistas especializadas. O que resulta é a estrutura 1pos, especialidades e subespecialida sais é levada adiante a tarefa de produzir conhect suas prépria eum tan litante de c rados, no interior dos q mento cientifico, A producao de conhecimento ¢ a tarefa particular das subespe des, cujos praticantes lutam para aperfeigoar incrementalment ncia, a amplitude de aplicacdo e a simplicidade do con crengas que adquiriram durante sua educac: as crengas modificadas nesse proc ontinuam a partir daf, rabalhando com o conhecimento cien a exatiddo, a nto de (0, sua iniciagfo na prética consist que eles transmitem a seus sucesso: res, os quais ¢ tifico e modificando-o, 4 medi n. De vez em quando, 0 que prossegui processo encalha, ¢ a proliferacio ¢ reorganizacio d lades so, quase sempre, parte do io. O que de maneira bastante concisa, é que as préticas humanas em geral,e a turso de um longo perfodo de tempo, ¢ seu desenvolvimento forma algo que, em linhas bem gerais, asse- nédio necessi cas cientificas em particular, evoluiram no dé melha-se a uma drvore evolutiva. Algumas caracteristicas das varias préticas entraram bem cedo nesse desenvol cas humanas. C cen mento evolu las as priti- compartilhadas poi interesses e outras caracteristi- sidiero poder iticas” como incor conjunto original. Os cientistas outra pessoa, fat teristicas so mais imunes a elas do que qual a. Outras car de, em algum ponto da ramificagao evolutiva, es40, da 0 que niio de veria ter causado st sntram em cena mais tar- pres: diante, caracte- Vaz n como outros semethant: ~ caract ‘entificas. E, em qui el bservadas, Nai ser sempre obse ram, elas sfo respon ez mais sofisticada: esenvolvimento continuado em meu trabalho anterios » breve. Antes, contudo, per cientifico, sem fornecer coi ntais dos pilares que tenhc rengas pai independem delas s, averdades provaveis oua externo que independe Essa mu aspectos principais. Em primeiro lugai e ava. liam no é crenga tou as mu decrenga, tentei, tem elementos intrinsecos de circularidade. m reula de que nao é viciosa, Em segundo, aquilo que a avalia, selecior nfo sfo crencas que correspondam a um chamado mundo externo real nas, simplesmente, ao melhor dentre dois, ou melhor odos 08 cor pos de crenea efetivamente q € feita sao 0 conjunto. s flésofos: exatido, amplitude de apli Gio, consisténcia, simplic dessa perspectiva depende do preendimento mone um difer de fenémenos e fetém uma autoridade mute Termino assim meu re: aa uma coda de trés minu Aque /océs que ouviral provavelmente me conhect ‘obretudo como o autor da Estrutura. Esse é um livro no qual as nocée: ais sio “mudanga revolucio: or um lado, © algo chamado “inco. mensurabilidade’ bilidac nensui ue apresentei aqui. Mas tais noes nfo foram aq icionadas, e algu Tesposta, cada um deles es te é improvavel que faga muite surdidade aparentemente cres- screvi outrora como revolugées quel 8 que comparei aqui com aadesser elhanga antes men- nente alguns dos conceitos favor de outros, um elemento te presente na especiaciio bio- '4 nas revolucdes também um orizado pelos novos conceitos nsabilizava o anter jot. Sempre ‘0 grande), cuja persecucéo a vez mais distinta, Embora o -omplexo do que sugere ecialidades di ites. Os perfis de pratica mais pois de io os fosseis cujos pa- Lmeu pasado é ad as mantém separadas isso é a inco- crescente entre as ferramen- do tais especialidades se se- s praticantes de uma con outra. E esses problemas de m por a fércil, inteiro, a probabilida- ide mundo independente da scobriam a verdade é a varie varias especialidades prati mentas neeituais e in 'bre eles ~ tanto quanto so lidos, reais e resistent nundo ex ndependentes da mente eda praticantes d todas as especialic ‘entificas individuais somos os habitances Esse, apresentado de maneir. tremamente breve, & 0 con qual foram abstrafdas, em sua maior parte, as idéias que de: tarde. Minha co da, portanto, chega a seu fim. Para aqueles membros da or- questra que o de 151

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