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IDADE MÉDIA
Cidade, Igreja, Tempo, Trabalho
Jeziel Elias de Souza Matos - 9265792
05/05/2016
A Idade Média
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Cidade medieval
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numa cidade? Ora, a cidade é um centro de intensa produção
cultural, e a praça é o reflexo disso no centro urbano. Em vista
à tamanha produção cultural, Le Goff (1992, p.193) afirma que a
cidade:
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Há também o patriotismo urbano – muito ajudado pela
historiografia legendária -, e que já pode ser detectado em
“Elogio da Província de Tours”, onde tudo girava em torno do
prestígio de Tours e suas pontes. Outro exemplo é o “Livro dos
milagres de Notre-Dame de Chartres”, onde o leitor experimenta o
orgulho de ser chartriano.
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tinham para trabalhar na cidade, uma vez que a Igreja procurava
sempre controlar sua influência, portanto convinha para ela
atribuir à nova classe que ascendia a responsabilidade pelas
dificuldades das ordens.
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“caridade”, promovida pela burguesia, onde se distribuíam
mantimentos aos pobres.
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campo imita a cidade. E, de fato, essa afirmação é de todo
válida, uma vez que a praça desempenha um papel crucial na
difusão das culturas urbanas e rurais. “Por ocasião do mercado e
da feira, o mundo camponês penetra na cidade” (LE GOFF, 1992,
p.207).
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ascensão o mercantilismo trouxe o ensino laico para os burgueses
e rapidamente a Igreja procurou obter sua parcela sob o controle
com sua função divina.
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sino da Igreja, travando uma luta entre tempo urbano e tempo da
Igreja. Esse tempo urbano dava-se pelo ritmo do funcionamento da
cidade num contexto de ascensão mercantilista, ou seja, era
tempo urbano, mas era, sobretudo, o tempo mercantil, das
corporações, e da nova disciplina de trabalho que ali se
instalava.
Tempo e Trabalho
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dos mercadores e como a cidade eventualmente precisou do seu
próprio sino:
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O relógio surgiu no fim da Idade Média. O homem tinha
agora um mecanismo mais preciso – embora ainda bastante
questionável – de marcação do tempo, o que afetou diretamente a
disciplina de trabalho. Extrapolando a esfera medieval, temos o
relógio de pulso, com sua fabricação concentrada na Grã-
Bretanha. Até 1790, quando surgiram relógios de pulso
extremamente baratos, eles eram sinônimo de luxo, mas eram
também um fundo de segurança do trabalhador. Ao ter dinheiro
suficiente, ele comprava seu relógio, e o penhorava quando fosse
necessário. O trabalho mantinha-se irregular e a segunda-feira
preservada: “A Santa Segunda-feira parece ter sido observada
quase universalmente em todos os lugares em que existiam
indústrias de pequena escala, domésticas e fora da fábrica”
(THOMPSON, 1998, p.283). O trabalho feminino também era
desgastante. Quando trabalhavam no campo, as mulheres mal tinham
tempo também em desempenhar a função doméstica que era lhe
atribuída.
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presos a concepções pré-cristãs: “As primeiras sociedades só
registravam o tempo biologicamente, sem transformá-lo em
História, portanto sem consciência de sua irreversibilidade”
(FRANCO JR, 2012, p.21). A noção geral, entretanto, era a de
estarem vivendo nos tempos modernos e próximos do fim dos
tempos, do Juízo Final – o que não seria tão distante do que
temos hoje, exceto talvez no que diz respeito ao Juízo Final:
apesar do enorme número de devotos a religiões que preveem um
arrebatamento no fim dos tempos.
Arte
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O fim da Idade Média trouxe o Renascimento (ou será que o
Renascimento trouxe o fim da Idade Média?), e com ele o fim do
gótico. A arte urbana, religiosa, burguesa, já não era mais
urbana, pois a cidade era outra, o urbanismo era outro, e entram
em cena as novas cidades renascentistas, modeladas e pensadas
especialmente na medida do uso público, das antigas Grécia e
Roma, uma nova res publica.
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BIBLIOGRAFIA
LE GOFF, Jacques. O Apogeu da Cidade Medieval. A função cultural – A imagem e o vivido. São
Paulo, 1992.
LE GOFF, Jacques. Uma Longa Idade Média. As Ordens Mendicantes. Rio de Janeiro, 2010.
FRANCO JR, H. A Idade Média: Nascimento do Ocidente. A (pre)conceito de Idade Média. São
Paulo, 2001.
HUIZINGA, Johan. O outono da Idade Média. Idade Média: passado e presente. São Paulo,
2010.
DE BARROS ALMEIDA, Néri. O Alvo da História da Igreja e a História da Igreja como Alvo: O
Exemplo da Idade Média Central (Séculos XI-XIII). Revista de Estudos da Religião, n.2, 2004,
pg.65-78.
http://arquitecturaurbanismo-usaz.blogspot.com.br/2014/10/cidade-medieval.html
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