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O fato de Israel acampar em ordem

tipifica o povo redimido de Deus


ser consumado na Nova Jerusalém

Leitura bíblica: Nm 2:2; Ap 21:12, 21a; 22:14

Depois da contagem dos filhos de Israel, tratada no capítulo um de Números, no capítulo dois os filhos de
Israel receberam a instrução para acamparem-se em ordem em torno do tabernáculo. Esse foi o primeiro passo de
Deus para a formação do exército que lutaria pelos Seus interesses. Eu não sou um estrategista militar, mas
posso dizer-lhes que Deus é o melhor estrategista militar. Não faço idéia de como Deus formaria o Seu povo a fim
de instruí-los e prepará-los dessa maneira, de maneira que eles acampassem em torno de um centro. Mas não
apenas em torno do centro, mas voltados para o centro e numa ordem muito específica. Foi assim que Deus queria
que eles se movessem para entrar em batalha. E é muito impactante isso, e não acho que nenhum exército nessa
terra faria uma formação como essa como Deus fez. Não apenas isso é maravilhoso em si mesmo, mas hoje à noite,
esta mensagem maravilhosa, vai conectar esse acampamento numa determinada ordem, com a Nova Jerusalém.
Isso é totalmente uma coisa inimaginável para nós.

Desde a época do livro de Números o Deus eterno já pensava, já estava indicando a Nova Jerusalém. Isso é
um conceito muito impactante e há muitas implicações significativas nesse arranjo. Vamos ver daqui a pouco com
mais detalhes. Bem, essa preparação, esse arranjo, não apenas é maravilhoso mas é tremendo. Em êxodo 23 e 24,
quando Balaque pediu que Balaão amaldiçoasse o povo de Israel, pediram que ele subisse o monte e olhasse lá
para o vale, e olhasse para aquele povo e Balaque esperava que Balaão os amaldiçoasse. Mas quando Balaão
olhou o povo, não apenas todo o cenário completo, mas apenas uma parte do acampamento, ele foi inspirado pelo
Espírito de Deus e em vez de amaldiçoá-los ele os abençoou, três vezes os abençoou como o povo que habita, o povo
no qual Deus não viu iniqüidade, não encontrou iniqüidade em Jacó e era um povo belo aos olhos de Deus. Então
ao ver aquela formação, Balaão foi inspirado, em vez de amaldiçoar ele abençoou. O povo de Deus, simplesmente
por ver aquela formação, ele foi inspirado a abençoá-los, eles são santos, são perfeitos, são belos.

Oh, santos, espero que depois da mensagem desta noite, todos vocês fiquem inspirados. Vejam esta formação
aqui, no quadro. Este é o planejamento de Deus para o Seu povo, estar formado, acamparem a fim de revelar o
Seu pensamento, mesmo na eternidade, de eternidade à eternidade, esse pensamento perfeito, com relação ao Seu
povo estar formado. Portanto na nota de rodapé, no capítulo 24:5, o irmão Lee diz que essa condição, na verdade,
é a verdadeira condição no milênio. A condição do povo de Deus naquela época é a verdadeira condição no
milênio. Portanto, tudo o que você disser sobre as condições do povo de Israel, como Deus os formou de uma
maneira maravilhos, isso aos olhos de Deus indica a verdadeira situação, a situação real no milênio, ou seja, na
Nova Jerusalém vindoura. Esse arranjo, esse acampamento em ordem, na verdade retrata a coordenação e a
edificação em unidade do Corpo de Cristo hoje.

Essa guerra da qual falamos, para a qual nos estamos preparando, é uma guerra que será lutada no Corpo.
É por isso que nós falamos antes, por isso que cantamos o hino 885, que como nos devemos coordenar em unidade
e ser edificados nessa edificação, nessa coordenação em unidade, e então estaremos posicionados para lutar essa
guerra espiritual. Não apenas essa coordenação na edificação, mas também nos conecta à eternidade, nos conecta
à Nova Jerusalém sendo revelada no novo céu e nova terra. Isso é maravilhoso demais.

Bem, vamos entrar no esboço. O título desta mensagem é “o fato de Israel acampar em ordem tipifica o povo
redimido de Deus ser consumado na Nova Jerusalém”.

I. Em Números 2:2, o Senhor disse a Moisés e a Arão: “Os filhos de Israel se acamparão junto ao
seu estandarte, segundo as insígnias da casa de seus pais; ao redor, de frente para a tenda da
congregação, se acamparão”: Bem, espero que vocês fiquem impressionados com esse diagrama na lousa, eu
quis colocá-lo aqui para dar a vocês uma visão, o layout de como Deus organizou o Seu povo dessa maneira, nessa
ordem. Nesse layout, como podemos ver há muitas implicações espirituais, pelo menos cinco implicações que eu
gostaria de mostrar a vocês. Primeiramente, deixe-me explicar, primeiramente, um pouquinho, no centro está o
tabernáculo, que é a tenda da congregação, que é o tabernáculo do testemunho e então, em torno do tabernáculo
estão as doze tribos. Três tribos de cada lado. Primeiramente ao leste está o acampamento de Judá. Judá toma a
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liderança. No acampamento de Judá há três tribos, Judá, Issacar e Zebulom. No lado sul, há três tribos
acampadas, lideradas por Rúben. Com o acampamento de Rúben, com ele estava Simeão e Gade. No lado oeste é o
acampamento de Efraim junto com as tribos de Manassés e Benjamim. E ao Norte está o acampamento de Dã
juntamente com as tribos de Aser e Naftali. É assim que Deus distribuiu as doze tribos. Lembrem-se de que a tribo
de Levi foi separada, não era contada entre as doze porque eles foram separados para serem os que servem no
tabernáculo. Deus, em Sua soberania, agora, José teve dois filhos, Efraim e Manassés, substituindo Levi. Portanto
os levitas, que são os que servem próximos a Deus, eles foram colocados próximos ao tabernáculo. Levi teve três
filhos, Gerson, o segundo Coate, e o terceiro Merari. Deus então colocou esses três filhos, Gerson no lado oeste,
Coate ao sul e Merari ao norte. E no leste, logo na entrada do tabernáculo, do lado de fora, acampavam Moisés,
Arão e seus filhos. Portanto Moisés, como representante de Deus e o sacerdote Arão e a sua família estavam bem
na frente, guardando, protegendo a entrada do tabernáculo. Esse é o arranjo de Deus, dessa maneira
maravilhosa. Pelo menos há essas cinco implicações que eu quero mostrar, desse arranho. A primeira, é que
todas as pessoas precisam acampar segundo o estandarte, a bandeira da sua tribo. Você vê as doze tribos, em
qualquer que seja, qual for a tribo que você nasceu, é ali que você deve acampar. Não há uma preferência pessoal,
você não tem escolha. Você tem de acampar segundo o estandarte da sua tribo. E em segundo lugar, todas as
tribos eram arranjadas em torno do tabernáculo e voltadas para o centro, que é a tenda da congregação, o
tabernáculo do testemunho. Portanto todos esses dois milhões de pessoas, acampados em torno do tabernáculo
estavam voltados para o centro. A direção deles não era para frente, nem para trás, eles estavam voltados para o
centro, essa era a direção deles de uma maneira muito específica. E em terceiro lugar, esse testemunho está dos
quatro lados, todas as direções, em outras palavras, esse testemunho não é para uma direção só, para um tipo de
pessoas, mas é um testemunho para todas as direções, para toda a terra, todos os povos da terra. E número
quatro, a seqüência do acampamento era segundo a ordem da condição de vida, e não segundo a ordem do
nascimento. Por exemplo, Judá não era o primogênito. Ele foi o número quatro, mas Judá era a tribo real e de
acordo com Moisés, e a bênção de Jacó registrada em Gênesis 49, Judá foi apresentado como um jovem leão, cuja
mão está no pescoço do inimigo. Judá era forte, foi, na verdade, de Judá que veio o Rei Cristo, que era o Leão da
tribo de Judá. O vencedor vem de Judá. Portanto Judá foi colocado ali, na frente, liderando e também quardando
a entrada do tabernáculo. E por fim, as doze tribos foram organizadas numa formação 3x4, três de cada lado,
significando que Deus em Sua Trindade Divina está mesclado com o homem criado, formando uma unidade de
governo eterno e perfeito. Três por quatro, a Trindade Divina mesclada com o homem criado, formando esse
governo de Deus eterno e perfeito para o Seu mover na terra. Isso é maravilhoso demais Bem, vocês agora têm
uma idéia dessa ordem, desse arranjo do qual estamos falando nesta mensagem.

A. Na questão de acampar em ordem não havia escolha humana; não importa qual tribo um israelita
nascesse, ele tinha de acampar junto ao estandarte dela; ele não podia escolher por si mesmo (cf. 1Co 12:18).

B. O significado espiritual desse tipo é que na coordenação na igreja, não é permitido que os crentes
tenham a sua própria escolha; a sua coordenação deve vir totalmente da ordenação e arranjo de Deus. Primeira
Coríntios 12:18 fala que Deus colocou todos, cada membro, onde Lhe agradou. O homem natural não pode fazer
as suas escolhas, suas preferências, o homem natural não quer reunir com a igreja na qual ele está, ele quer ir
para outra igreja, porque conhece determinados irmãos, conhece os presbíteros ali, acha que eles são mais
perfeitos, que eles são mais adequados e ele não pode exercer escolha, preferência. Neste caso Deus não permite que
o Seu povo exerça sua preferência pessoal. Se você é da tribo de Dã, mesmo que você ache que essa tribo não é
muito boa, você tem de ir para lá. É aí que voce deve ir. Eu prefiro Judá, eu prefiro Zebulom, não, não, não
depende de você. Se você nasceu na tribo de Dã, é ali que você tem de estar. Amados santos, essa é uma das lições
básicas que precisamos aprender a viver a vida do Corpo. Há essa coisa de ordem no Corpo, tudo é ordenado por
Deus, de acordo com a Sua sabedoria, com a Sua soberania, Ele coloca cada membro onde Lhe agrada. Não
importa onde você está, qual a igreja você pertence, aonde você estiver, a que família você nasceu, isso foi Deus que
decidiu, não tem que mudar isso. Temos de viver sob o arranjo soberano de Deus, Sua ordenação e aprendermos a
estar encaixados no Corpo de Cristo. Quando o irmão Lee estava conosco, diversas vezes ele nos disse que ele
jamais exercitava a sua preferência para escolher os seus cooperadores. Muitas vezes ele nos lembrou disso. Às
vezes, alguns cooperadores, gostam de escolher com quem eles querem se coordenar. Ele gostam dos bons, dos que
são dotados, não gostam dos mais tolos, dos lentos. O irmão Lee falou: não tenho escolha. Aquele que Deus me
envia são os meus cooperadores. É assim que vivemos no Corpo de Cristo, sendo limitados pelo arranjo de Deus a
fim de manter a ordem no Corpo de Cristo.
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C. Havia doze estandartes entre os israelitas (três e cada um dos quatro lados da tenda da congregação),
mas havia somente uma meta central; eles tomavam a tenda da congregação e o testemunho de Deus como o seu
centro: Podemos sentir o encargo do irmão Ron, na primeira mensagem, amados santos, em nossa vida cristã, em
nossa vida da igreja tem de haver um centro. Nesse arranjo específico, como uma ordem, preparados para a
guerra. Deus não quer que o Seu povo esteja voltado para frente, para o norte, para o sul, para o leste ou para o
oeste. Ele quer que o Seu povo esteja voltado para o centro. Eu não sei, se o inimigo viesse por aqui, se eles teriam
que se preocupar com isso, de como se defender. Deus quer que todos eles estejam voltados para o centro. Na
verdade, por fim, como veremos, Deus é Aquele que luta por eles. Não são eles quem lutam, Deus é quem luta por
eles. Nossa responsabilidade é voltar-nos para o centro, nos voltarmos para esse testemunho. Amados irmãos e
irmãs, em sua vida cristã você tem esse centro? Muitas vezes há jovens santos que vêm me perguntar: Como eu
posso equilibrar a minha vida? Eu tenho quatro filhos, tenho um emprego que me ocupa muito, eu não posso me
reunir muito na igreja, a igreja precisa muito de mim, e agora? Como é que eu faço? Trinta por cento para cada
um? Trinta por cento para o meu trabalho, trinta por cento para os meus filhos, trinta por cento para a igreja? Eu
falei para eles: Irmãos, não existe um equilíbrio aí. Uma vez que você tem o centro, tudo se equilibrará. Se você
não tiver um centro, você tenta equiparar, você tenta equilibrar de acordo com a maneira que você enxerga as
coisas, não vai funcionar, não vai dar certo. Você precisa ter um centro, quando esse centro é estabelecido, é
firmado, então você sabe quanto tempo deve gastar com a sua família, com o seu trabalho, com a sua vida da
igreja. A questão do centro é crucial, especialmente tantos irmãos e irmãs jovens, que estão envolvidos com o
envolvimento das suas carreiras, estão muito ocupados com essa parte, vocês têm de identificar o centro, caso
contrário vocês serão deixados. Você vai falar: Ah, tem uma melhor oferta de emprego ali, e aí você vai para lá.
Dessa maneira você não é guiado pelo centro, você é guiado por aquilo que apela à sua pessoa. Mas o povo de
Deus, estão todos formados numa ordem, voltados para o centro, eles vivem para o centro, a vida deles é em torno
do centro.

1. Quanto à reunião do povo de Deus com Ele, o tabernáculo era chamado de tenda da congregação (Lv
1:1). Esse tabernáculo é um lugar de reuniões. Mais adiante teremos uma mensagem sobre o propiciatório, o lugar
onde o trono da graça está e onde Deus Se encontra com o Seu povo, e onde Deus fala com o Seu povo. O
tabernáculo era chamado de tenda da congregação, onde podemos nos congregar com Deus e permitir que Deus Se
reúna conosco. A vida da igreja hoje é uma vida de reuniões. Sei que nesta era todo mundo é muito ocupado,
temos de reduzir o número de reuniões, não conseguimos reunir tanto. Por um lado eu concordo com isso, concordo
que não temos que nos reunir por reunir. Mas por outro lado, irmãos, a vida da igreja é uma vida de reuniões, e
essas reuniões não é você se encontrar, os irmãos se encontrar uns com os outros, mas é nós nos encontrarmos com
Deus, cada reunião uma reunião com Deus, não é meramente você encontrar alguns irmãos e irmãs. A cada
reunião que vamos temos que ver que é uma reunião com Deus. É por isso que Hebreus 10 diz que não devemos
deixar de nos reunir, reunir é crucial porque não são meramente seres humanos se juntando, se reunindo. Cada
vez que estamos juntos deve haver uma sensação: Eu estou vindo para me encontrar com Deus. Deus quer se
encontrar conosco, quer se reunir conosco. Isso é a tenda da congregação, tenda da reunião.

2. Quanto ao testemunho de Deus, ele era chamado de tabernáculo do Testemunho (Nm 1:50, 53).
Sabemos que o Testemunho refere-se à lei e aos mandamentos que são um tipo de Cristo, como a definição de
Deus, a explicação de Deus, a expressão de Deus. Cristo é o Testemunho de Deus e este Testemunho foi colocado
dentro da arca, que fez com que a arca fosse chamada de arca do Testemunho, e a arca era colocada no
tabernáculo, portanto o tabernáculo é chamado de tabernáculo do Testemunho. Em outras palavras, esse
Testemunho, é o próprio sentido, o significado, a característia do tabernáculo. Deus tem o tabernáculo na terra
com o propósito de dar esse testemunho. O povo de Deus acampar-se em ordem em torno desse tabernáculo para
proteger, para sustentar esse testemunho de Deus na terra. Esse é um assunto crucial. Pra que é a nossa vida? A
nossa vida na terra é para esse testemunho, de maneira que Deus possa ser testificado nessa terra. Não apenas
que nos reunamos para nos encontrar com Deus e desfrutar a presença de Deus, mas também esse tabernáculo é o
Testemunho de Deus para que Ele seja expressado, seja testificado neste universo.

3. No Novo Tetamento, Cristo e a igreja, a ampliação de Cristo, são a realidade do tabernáculo nesses
dois aspectos. Portanto o nosso viver, o sentido da nossa vida na terra é simplesmente Cristo e a igreja. Se não
vivermos para Cristo e a igreja nossa vida não tem sentido. Nossa vida, não tem um propósito, o verdadeiro centro
do nosso viver na terra, hoje, não importa se somos um negociante, se somos um estudante, se somos um

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profissional, o nosso viver é para esse centro, para dar o testemunho de Deus na terra vivendo para Cristo e a
igreja.

II. O povo de Israel acampar em ordem tipifica o povo redimido de Deus ser consumado como
a Nova Jerusalém: Esse é o título desta mensagem.

A. Os israelitas acampavam de frente para a tenda da congregação em quatro direções; no leste, no sul,
no oeste e no norte; isso significa que o testemunho de Deus está voltado para todos os lados (Nm 2:1-34). O
Testemunho de Deus é para toda a terra, não é meramente para os judeus, mas para todos os gentios, todos os
povos em toda a terra.

B. Havia três acampamentos em cada um dos três lados; três denota o Deus Triúno e quatro denota o
homem criado; três vezes quatro significa Deus em Sua Trindade Divina ser mesclado com o homem criado. Este
é o projeto de Deus. Deus projetou três por quatro, três vezes quatro. As doze tribos, você poderia colocar em fileira,
uma atrás da outra, ou duas fileiras de seis, mas o projeto de Deus é três por quatro. Três tribos em cada um dos
quatro lados, três vezes quatro significa Deus e o homem mesclados, a divindade e a humanidade mesclados. Não
acrescentados, mas mesclados. Nossa vida cristão deve ter essa característica, todo cristão adequado e genuíno
deve ser um homem três por quatro. Você não deve ser um homem um por doze, doze por um, você deve ser um
homem três por quatro. Toda igreja adequada deve ser uma igreja três por quatro. Significa que em nossa vida
cristã e a nossa vida da igreja sempre experimentamos e desfrutamos o mesclar de Deus conosco. Não é isso que
Deus queria desde o começo? Quando Ele criou o homem à Sua própria imagem, segundo a Sua semelhança, Ele
criou o homem com um espírito, Ele criou o homem para ser um vaso, um recipiente para receber Deus, conter
Deus. Deus queria estar envolvido com a vida do homem, Deus queria estar mesclado com a vida do homem. Isso
nos é mostrado em Gênesis 1, que em Números 2 novamente nos é mostrado que essa ordem, Deus nos arranjou
esse povo três por quatro, e como veremos daqui a pouco que até mesmo na eternidade, na Nova Jerusalém, nós
vamos ali ver o três por quatro. Aleluia pela vida da igreja três por quatro, três vezes quatro. Todos nós devemos
ser homens três vezes quatro. É disso que se trata a vida cristã, é disso que se trata a vida da igreja.

C. Três vezes quatro são doze, que também denota a eternidade e completação, assim como
administração e governo. O número doze significa perfeição eterna, completação eterna, e o número doze também
significa administração e governo. Assim como quando o Senhor veio chamou doze discípulos e em Mateus 19:28
nos diz que na restauração, o Filho do Homem estará sentado no Seu trono da Sua glória com Seus doze apóstolos
em doze tronos, julgando as doze tribos. Portanto doze é um número de administração, de governo. Mas é um
número de perfeição eterna e completação eterna.

D. Logo, segundo o número dos israelitas acampando em ordem, a sua formação significa Deus em Sua
Trindade Divina sendo mesclado com o homem criado, formando uma unidade de governo eterno e perfeito. Essa
é a ordem que Deus quer ter, é o arranjo, com a Sua unidade de combate, três vezes quatro, Deus mesclado com o
homem para formar essa unidade de combate para o Seu interesse.

E. A Nova Jerusalém em Apocalipse 21 tem quatro lados e cada lado tem três portas; o número total de
portas nos quatro lados da Nova Jerusalém é doze, e nas doze portas estão os nomes das doze tribos de Israel (Ap
21:12-13). Quem no mundo pensaria que nessa ordem de pessoas, em números, indicaria, nos conectaria à Nova
Jerusalém. Você já havia pensado que esse povo arranjado, organizado para acampar em ordem em torno do
tabernáculo tem algo a ver com a Nova Jerusalém? Deus é um Deus eterno, o Seu pensamentos é eterno, o que está
na Sua mente, Ele quer mesclar-Se com o homem. Até mesmo ao formar o Seu povo como um exército Ele tinha em
vista a Nova Jerusalém. A Nova Jerusalém deve ser aplicada à nossa vida da igreja, à nossa ordem, a cada
aspecto do nosso viver, porque esse é o destino que Deus preparou para nós. Nosso destino é a Nova Jerusalém.
Portanto aqui em Números 2 é mostrado que há essas doze tribos formadas numa ordem exatamente como a Nova
Jerusalém que tem quatro lados e três portas de cada lado, cada porta tem o nome de uma das tribos de Israel.

F. Segundo os versículos 2 e 3, a Nova Jerusalém é o tabernáculo de Deus; em Números 2 vemos como os


israelitas acampavam ao redor do tabernáculo; essa figura corresponde; essa figura corresponde à descrição da
Nova Jerusalém em Apocalipse 21: Portanto, no capítulo 2 de Números, você tem o acampamento em ordem, o
acampamento do povo de Deus com uma certa ordem. Em Apocalipse 21 você tem a Nova Jerusalém. Se você

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colocar essas duas figuras lado a lado verá que são o mesmo. Enquanto a Nova Jerusalém é uma cidade sobre o
monte, uma cidade fixa, em Números 2 você vê a Nova Jerusalém movendo-se. É a Nova Jerusalém movendo-se,
móvel. Deus luta, Deus quer que o Seu exército esteja em formação, na formação da Nova Jerusalém para ser a
Sua unidade de combate. Você já pensou que a Nova Jerusalém é na verdade uma unidade de combate?
Tipificada por esse acampamento em ordem, do povo de Deus.

1. Assim como a Nova Jerusalém em Apocalipse 21 tem quatro lados, o acampamento em Números 2
também tem quatro lados.

2. A Nova Jerusalém tem três portas em cada um dos seus quatro lados, nas quais estão os nomes das
doze tribos; da mesma maneira, o acampamento das doze tribos de Israel em Números 2 tem três tribos em cada
um dos seus quatro lados.

3. Isso descreve a cena na eternidade, mostrando que o propósito de Deus no universo é ser mesclado
com o homem em Sua Trindade Divina para se tornar uma unidade de governo; essa unidade de governo pode
lutar pelo Seu testemunho. A maneira de Deus lutar é muito diferente da nossa. Nós achamos que lutamos com
agressividade, com armas, com bombas. Não. Deus diz: Eu luto com três vezes quatro. Um vez que você tenha o
três vezes quatro, três por quatro, você tem o poder para lutar. Três vezes quatro tendo um centro que tem o
testemunho. É assim que Deus luta, é muito diferente do nosso conceito de lutar. Não estamos lutando contra a
carne e sangue. Creio que nos próximos dias o Senhor estará nos preparando para sermos levantados como Seu
exército e lutarmos pelos Seus interesses na terra nestes últimos dias. Temos de aprender a viver uma vida cristã
três por quatro, uma vida da igreja três vezes quatro, permitir que Deus seja totalmente, plenamente mesclado
conosco, a divindade mesclada com a divindade para formar uma unidade de combate. É assim que Deus leva a
cabo a Sua administração para realizar a luta para Seu testemunho.

4. Quando as doze tribos estavam acampadas, elas eram como uma cidade; as muralhas dos quatro
lados da Nova Jerusalém são a proteção da cidade.

5. Os doze acampamentos do exército acampado em ordem, em Números, correspondem às muralhas


da Nova Jerusalém; da mesma maneira, a coordenação na igreja é para a proteção do testemunho de Deus. Nós
falaremos mais nos próximos itens que, quando a Nova Jerusalém, a muralha e as portas são um componente
muito importante da cidade. E nesse arranjo, nessar ordem do povo de Deus acampar, essas doze tribos, como são
vistas neste layout, na verdade formam a parede, a muralha. Eles são a muralha protegendo o interesse de Deus,
o testemunho de Deus que está no centro. Essa questão de proteção do testemunho de Deus é algo muito
importante. Vou falar mais sobre isso daqui há pouco, vamos prosseguir.

6. A administração de cada igreja local deve ser “três vezes quatro” que dá “doze”, para a
administração divina em um localidade; essa administração é um exército que luta por Deus e mantém o
testemunho de Deus. Portanto você não precisa ir para uma academia militar para aprender a lutar. Você só tem
que aprender a viver uma vida três por quatro. Quanto mais aprendemos a viver essa vida três vezes quatro, mais
somos preparados, posicionados para nos tornar essa administração de Deus, para sermos um exército que luta
por Deus e mantém o Seu testemunho.

III. A Nova Jerusalém “tinha uma grande e alta muralha; tinha doze portas, e junto às portas
doze anjos, e nomes inscritos nelas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel” (Ap 21:12):

A. A muralha era para separação e proteção; a Nova Jerusalém será totalmente separada para Deus e
protegerá totalmente os interesses de Deus. A Nova Jerusalém tem uma muralha elevada, cento e quarenta e
quatro côvados de altura. E essa muralha tem duas funções, ela serve de separação e serve de proteção. Como
vocês verão, quando a muralha separa também protege. Você não pode ter proteção sem separação. Eu tenho
muito encargo por isso. Essas doze tribos funcionam como uma muralha, como as portas, para protegerem o
centro do testemunho de Deus. O que é a muralha? Para separar e proteger. Vivemos hoje num mundo muito
complicado, cheio de coisas tão disponíveis convenientes para nossa vida diária, de maneira que tão facilmente
nós vivemos uma vida, na verdade, nós podemos escorregar para as coisas do mundo, escorregar para as coisas
que são do mundo sem perceber. Eu vi em outros lugares que nestes dias, ser mundano ou não é algo muito difícil
de ver. Por exemplo, usar um telefone celular é do mundo ou não? Usar a internet para o trabalho é do mundo ou
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não? Anos atrás, quando se via um aparelho eletrônico, ah, isso é mundano, isso é do mundo. Mas hoje não dá
para viver no mundo sem isso. Então como usar esses meios digitais, essas mídias sociais, as redes sociais? Nós
percebemos que somos separados, e não é fácil perceber isso, compreender isso. Mas se vamos ser o exército de
Deus, ser formados como exército de Deus acampando em torno deste testemunho é necessário que haja uma
muralha, uma forte separação e que se torne uma forte proteção para os interesses de Deus, para o testemunho de
Deus. Eu me lembrei esta tarde que em Apocalipse, com a igreja em Filadélfia, a igreja em Filadélfia é a única
igreja na qual a Nova Jerusalém foi prometida aos vencedores, na qual a Nova Jerusalém foi mencionada entre
as sete igrejas. E para essa igreja, ao vencedor, o Espírito diz: Guarda o que tens. Não deixe que ninguém tome a
sua coroa. O que os vencedores devem fazer? Os vencedores devem apegar-se àquilo que eles têm. Deus tem nos
dado muito, nos últimos quase cem anos da restauração do Senhor, desde que o irmão Watchman Nee foi
levantado, muito foi revelado a nós, muito foi transmitido a nós. Todas as riquezas da divindade de Deus, todas
as realizações de Cristo foram reveladas a nós e transmitidas a nós. E a proteção? Enquanto eu considerava isso,
eu senti muito encargo pelo fato de, hoje quando falamos de luta, a guerra espiritual, não estamos falando de
combater isso, lutar com armas. A principal luta, na verdade, de acordo com Efésios 6, é a questão da posição,
aprender a estar firmes, tendo feito tudo, estar firmes. De todas as partes do guerreiro, todas as armas, a
armadura do guerreiro, com exceção da espada todas as outras partes são defensivas. O peitoral, o capacete, o
cinto, e tudo, o escudo. Deus entregou tanto a nós através do ministério da era, dos ministros da era e a minha
preocupação é que agora, à medida em que o tempo passa, estejamos vivendo tempos muito precários e o inimigo
pode vir a nós com tantas coisas de maneira tão sutil. Como podemos manter e proteger os interesses da divindade
de Deus, os interesses das riquezas de Deus. E todas as realizações Dele podem ser protegidas entre nós. Não sei
quanto tempo falta para a o Senhor voltar, trinta, quarenta, cinqüenta anos, não sei, mas certamente sentimos
que estamos na última parte desta era. A palavra, santos, é guarda o que tens. Temos de guardar o que temos. O
que nos foi comissionado, a visão que ganhamos, o ministério que foi transmitido a nós, para sermos achados fiéis
a fim de proteger essas coisas, e permanecer nelas e permitir que elas sejam constituídas em nós de maneira que,
na prática, sejamos o muro, a muralha. Na restauração do Senhor tem de haver uma muralha elevada, alta, uma
muralha para separação w para proteção. A luta em Efésios 6 é uma questão de estar firme. Será que você pode
estar de pé e firme? Você não tem que fazer muito, você consegue estar firme? Quando todas estas coisas atacam
você, todos esses envolvimentos do mundo, será que você pode suportar? Você pode conseguir suportar sofrimentos,
você pode suportar as coisas negativas, mas pode ser que você não consiga suportar todas as atrações do mundo,
os enganos. Tem de haver uma muralha alta para separação, para proteção.

B. A sua muralha será grande e alta; hoje todos os crentes precisam de uma muralha grande e alta para
sua separação e proteção.

C. Na economia eterna de Deus, os anjos são espíritos ministradores (Hb 1:14); eles servem àqueles que
herdam a salvação e que participam da bênção eterna da Nova Jerusalém, o centro do novo céu e nova terra. O
irmão Lee diz aqui que o cenário, a salvação na economia neotestamentária é como uma grande arena, uma
grande exposição. Quando recebemos o Senhor nós entramos nessa arena e nessa arena há muitos anjos que são
expectadores, estão torcendo por nós: Oh, mais um entrou, mais um entrou, mais um foi salvo. Sabe, os anjos, é
interessante, na Nova Jerusalém, acima de cada porta há um anjo, doze portas, doze anjos. Eles são servos que
servem, que ministram a salvação de Deus. Deus enviou um anjo para visitar Maria, para dar-lhe as boas novas;
Deus enviou um anjo para falar com Cornélio sobre a salvação. Os anjos são servos de Deus para ajudar Deus a
trazer a salvação ao Seu povo. Os anjos estão fazendo muitas coisas invisivelmente. Como você e eu recebemos o
Senhor? Os anjos estão torcendo por nós lá, estão observando como é que você está indo. Vocês estão se formando
agora, no treinamento, o que você vai fazer? Prossiga, tenha um centro, tome Cristo e a igreja como o seu centro,
volte-se para o centro, os anjos estão torcendo por nós.

D. Esses anjos serão os guardas das portas da nossa propriedade, enquanto seremos aqueles que
desfrutam a rica herança na economia eterna de Deus. Nunca imaginamos o nosso envolvimento na economia
neotestamentária de Deus, como uma cidade, a Nova Jerusalém, que é a esfera do interesse de Deus, como isso
envolve tantas coisas. Envolve o Deus Triúno, envolve os anjos, envolve Israel, envolve a lei, tudo está envolvido
aqui para entrarmos. Estamos envolvidos com esse edifício, com essa cidade santa, a Nova Jerusalém. Os anjos
estão torcendo por nós.

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E. Israel, em Apocalipse 21:12, representa a lei do Antigo Testamento, indicando que a lei é
representada nas portas da Nova Jerusalém; a lei cuida e observa para garantir que toda comunicação, as
entradas e saídas da cidade santa, cumprem os requisitos da lei. Quando Cristo veio à terra Ele disse: Eu não
vim destruir a lei nem aboli-la, mas cumpri-la. A lei tem de ser satisfeita, as exigências da lei têm de ser
satisfeitas, e aqui as portas, as doze tribos de Israel representando a lei. Quem entra pelas portas tem de satisfazer
as exigências da lei. Louvado seja o Senhor, vocês e eu não conseguimos, mas Jesus o fez, Ele satisfez todas as
exigências da lei de Deus. Quando invocamos o Seu nome tivemos uma entrada na cidade. Nós estamos
plenamente legais, não temos iniqüidade e podemos entrar na cidade, não estamos entrando ilegalmente na
cidade, mas satisfizemos todas as exigências da lei pelo que Cristo fez. Portanto a lei estava ali para afirmar de
uma maneira forte para nós que temos o direito de entrar na cidade.

F. O fato de os nomes das doze tribos de Israel estarem inscritos nas doze portas significa que as doze
tribos são a entrada da cidade santa; como tal, elas guiam as pessoas, por meio da pregação do evangelho, às
riquezas do Deus Triúno a fim de desfrutar o suprimento na cidade (cf. Ap 22:14). Aqui, os anjos, não apenas
estão ali, a lei não apenas está ali, na entrada da cidade, mas a função da lei era de um condutor de crianças, um
tutor que nos guiou para isso. Portanto, amados santos, hoje temos uma entra nessa cidade, temos entrada para
nos tornar parte da muralha, entrando pelas portas da cidade somos partes dessa esfera dos interesses de Deus. É
isso que o capítulo 2 de Números retrata. Ser parte desse exército, para ser parte desse exército primeiramente
temos de passar pelas portas, ser aprovados pela lei, satisfazendo todas as exigências da lei e os anjos :estão ali,
torcendo por nós, muito está envolvido com isso, com essa questão da nossa entrada na cidade santa. Precisamos
ser regenerados e aplicar grandemente isso.

IV. “E as doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era de uma só pérola” (Ap 21:21a):

A. As pérolas são produzidas pelas ostras nas águas de morte: Cada porta é uma pérola. As pérolas vêm
das ostras, essas ostras vivem nas águas de morte. Vou prosseguir lendo.

1. Quando uma ostra é ferida por um grão de areia, ela produz uma secreção de vida ao redor do grão e
transforma-o numa pérola preciosa.

2. A ostra retrata Cristo como Aquele que vive, entrando nas águas de morte, sendo ferido por nós (cf.
Is 53:5), e segregando a Sua vida sobre nós para nos tornar pérolas preciosas com vistas à edificação da habitação
e expressão eternas de Deus. Cristo foi essa ostra, vivendo nas águas de morte. Um dia nós, pecadores, pecamos
contra Ele, nós O ferimos e esse ferimento produziu uma secreção dessa ostra e essa secreção os envolveu. Depois
de muitos anos, milhares de camadas de secreção nos produziram uma pérola preciosa. Isso é muito significativo,
amados santos, Cristo foi ferido por nós. Dessa ferida algo veio, algo foi produzido. De acordo com João 19:34
quando Cristo estava na cruz veio um soldado com a lança furou o Seu lado. E daquela ferida, daquele furo, do
lado de Cristo fluiram sangue e água. Algo fluiu do lado de Cristo, sangue e água. Sangue para nossa redenção e
água para nossa regeneração, uma secreção saiu do lado de Cristo. Ele era, de fato, uma ostra que foi ferida por
nós e segregou a Sua vida sobre nós para nos tornar pérolas, de maneira que nos tornemos a entrada da cidade.

3. As doze portas da cidade santa são doze pérolas, o que significa que a regeneração do Cristo que
venceu a morte e segregou a vida é a entrada para a cidade. Espero que todos vocês apreciem essa questão da
nossa regeneração. Não é algo sem importância experimentar a regeneração. Todo aquele que entra na cidade
torna-se uma parte dela, da Nova Jerusalém, tem de ser regenerado. Não há falsos crentes ali, todos que entram
na cidade tem de ser regenerados, pela morte vencedora e a vida segregada como entrada para a cidade.

4. Isso satisfaz os requisitos da lei, que é representada por Israel e está sob a vigilância dos anjos
guariões; podemos entrar na cidade somente pela regeneração cumprida de uma vez por todas pela morte
vencedora de Cristo e Sua ressurreição que dispensa vida. Aleluia. Aleluia pela regeneração, agora todos podemos
entrar. As exigências da lei foram satisfeiras e há uma secreção que saiu do lado de Cristo, para nos purificar dos
pecados com Seu sangue e nos regenerar por meio da Sua vida, através da água. E agora estamos não apenas
qualificados, mas também posicionados para ser parte da cidade.

5. Deus é Triúno em uma entrada para nos introduzir em Deus, no interesse de Deus, no reino de Deus
e em Sua economia, que se consumará na Nova Jerusalém; o Deus Triúno é a nossa entrada triúna (Lc 15:1-32;
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Ef 2:18; 1Pe 1:1-2). Aleluia pelo Deus Triúno, como nossa entrada Triúna. Temos essas referências em Lucas 15,
das três parábolas, a parábola do pastor buscando uma ovelha perdida; também da mulher varrendo a casa
buscando uma moeda perdida; e do Pai recebendo de volta o Filho pródigo. Essas três parábolas representam o
Deus Triúno, o Pai, o Filho e o Espírito aplicando a salvação a nós, aos pecadores, para nos prover uma entrada.
A entrada que vemos na Nova Jerusalém é uma entrada triúna, são três entradas, três pérolas de cada lado da
cidade. Cada entrada é uma entrada triúna, o Deus Triúno está ali, o Pai está ali, o Filho está ali, o Espírito está
ali. Portanto Efésios 2:18 confirma dizendo-nos que por meio Dele, ou seja, o Filho, temos acesso em um só
Espírito ao Pai. Louvado seja o Senhor pelo Deus Triúno. E também em Primeira de Pedro 1 nos é dito que,
segundo o pleno conhecimento de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência da aspersão do sangue
de Jesus Cristo. Muitas vezes, quando eu era mais jovem, ainda estava aprendendo a palavra, eu pensava: Porque
todas essas palavras? Simplesmente fala para mim que Deus me salvou e basta. Porque mencionar do Pai, do
Filho, do Espírito? Isso é muito complicado. Eu lhes digo, Deus em Sua economia é o Deus Triúno e aqui na Nova
Jerusalém vemos o Deus Triúno. O Deus Triúno é uma entrada triúna dispensando-Se para nós, para nos
regenerar de maneira que entremos Nele. Essa entrada é uma entrada orgânica, não é simplesmente algo judicial,
é algo orgânico. O Deus Triúno dispensando-Se a nós no Filho, o Pai no Filho como o Espírito dispensando-Se a
nós, nos regenera para satisfazer todas as exigências da lei de maneira que estejamos qualificados para entrar na
cidade, nossa entrada na cidade, para ser parte da cidade, tem muito a ver com a Trindade Divina. Mais adiante
teremos uma mensagem sobre a Trindade Divina revelada no livro de Números.

B. As pérola:s significam o resultado da secreção de Cristo em dois aspectos: Sua morte redentora e que
libera vida e Sua ressurreição que dispensa vida: Não sei se vocês já viram, já perceberam que na morte de Cristo,
na verdade, há uma secreção de dois tipos, em dois aspectos. Um aspecto é o aspecto redentor e que libera a vida
através da morte e o outro aspecto é a ressurreição que dispensa vida. Deixe-me continuar lendo.

1. Os dois tipos de secreção (dispensar) requerem as experiências subjetivas diárias da morte de Cristo
pelos crentes buscadores, mediante o poder da ressurreição de Cristo, para que eles sejam conformados à morte
de Cristo (Fp 3:10). Temos duas necessidades, não apenas somos pecadores, pecaminosos que precisamos ser
redimidos e purificados do nossos pecados e todas as coisas negativas. Também somos carentes de vida, Deus
deseja que tenhamos a Sua vida. Portanto, agora, nessa ostra, Cristo, quando aquela areia feriu, irritou e feriu
esse Cristo, algo foi segregado daquela ferida. Essa secreção, na verdade, tem dois aspectos. Um é o aspecto da
Sua morte, e o outro o aspecto da Sua vida. Ambos saem ao mesmo tempo. Muitos de nós separamos morte de
ressurreição como dois passos, dois processos. Na verdade em nossa experiência, a morte e a ressurreição de Cristo
vêm juntas. Onde está a morte de Cristo aí está a ressurreição, onde está a ressurreição de Cristo aí está a Sua
morte. Quando aquela areia entrou na ostra e feriu a ostra e foi capturada presa na ostra, a ostra reagiu
segregando aquele suco de vida, aquela secreção para envolver aquela areia repetidamente, cada vez mais, para
nos tornar essa pérola. Essa secreção, por um lado, é uma secreção de morte, houve um ferimento em Cristo e ao
mesmo tempo, era uma secreção de vida, de ressurreição. Em Primeira de Pedro 3:18 diz que, por um lado Cristo
morreu na carne, e ao mesmo tempo Ele foi vivificado no Espírito. Ali não fala três dias depois Ele foi vivificado.
Enquanto Ele estava ali, pendurado na cruz, estava morrendo na carne, Ele estava sendo vivificado no Espírito.
Enquanto Ele morria, Ele era ressuscitado. Portanto quando ferimos Cristo, quando entramos nesta ostra, a
ferida de Cristo tem uma secreção de dois aspectos, secreção de morte e de vida para nos envolver e nos produzir
como uma pérola preciosa. Precisamos experimentar diariamente a realidade de Jesus Cristo para ser conformado
à morte de Cristo.

2. Podemos experimentar Sua morte somente pelo poder da ressurreição de Cristo; pelo poder da
ressurreição de Cristo, temos a capacidade e poder de manter o nosso ego terrível na cruz (cf. Ct 2:8-9a, 14). O
ensinamento da morte de Cristo, na experiência, a gente sempre pula da cruz, pula para fora de Cristo. Em
Romanos diz que nós estamos crucificados com Cristo. Sim, na teoria, na doutrina, mas na realidade a gente pula
fora da cruz. O quê que nos mantém na cruz? Não há outra maneira, não pela nossa determinação própria,
somente quando desfrutamos o poder da Sua ressurreição, essa ressurreição nos capacita, nos fortalece a
permanecer na morte da cruz. A referência que temos aqui é Cântico dos Cânticos 2 que fala da buscadora que
estava em introspecção. Ela pensou que havia perdido o Senhor, estava deprimida e então, o seu amado estava do
lado de fora mostrando para ela que Ele era como o filho de uma gazela, saltando sobre os montes, falando, vem
Comigo, esquece de si mesma, esquece da sua introspecção, vem Comigo Minha amada. Essa gazela é o Cristo

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ressurreto, saltando, galgando os montes, chamando-nos do nosso ego, miserável, terrível para que, mediante o
poder da Sua ressurreição nós saiamos e experimentemos a terminação do nosso ego pelo poder da Sua
ressurreição.

3. Também devemos buscar a experiência subjetiva diária da ressurreição de Cristo pelo suprimento
abundante do Espírito (a realidade da ressurreição) de Jesus Cristo, a fim de sermos conformados à imagem do
Filho primogênito de Deus (Fp 1:19; Rm 8:28-29). Que é ressurreição? A realidade da ressurreição é simplesmente
o Espírito, o Espírito da realidade, o Espírito que dá vida. Sempre que tocamos o Espírito, sempre que invocamos:
Senhor Jesus, nós oramos, nós tocamos o Espírito que dá vida, e esse Espírito que dá vida é a realidade da
ressurreição. E essa ressurreição nos fortalece para permanecermos na morte de Cristo, para permitir que a morte
de Cristo opere em nós. Então experimentamos a morte de Cristo somente quando desfrutamos o poder de
ressurreição de Cristo, operando em nós, fortalecendo-nos e essa ressurreição é nada menos que o Espírito todo-
inclusivo e abundante de Jesus Cristo. Portanto sempre que O invocamos tocamos o Espírito, esse Espírito é
realidade da ressurreição e essa ressurreição nos capacita a experimentar a morte de Cristo e quando
experimentamos a morte de Cristo somos mais introduzidos na vida de ressurreição. A morte de Cristo e a
ressurreição de Cristo são dois lados da mesma coisa e são como um ciclo. O poder da ressurreição nos capacita a
experimentar a morte de Cristo e a morte de Cristo nos introduz mais no desfrute e experiência da ressurreição de
Cristo. E aqui, ambos, a morte e a ressurreição de Cristo ocorrem na ostra, naquela esfera.

4. A morte de Cristo pode ser experimentada por nós somente por meio da ressurreição de Cristo e a
ressurreição de Cristo somente pode ser real para nós por meio do suprimento abundante do Espírito de Jesus
Cristo. Recentemente eu estava desfrutando Romanos 6:3-5, nesses versículos, na verdade, a morte e a
ressurreição de Cristo estão juntas. Nesses versículos nos são mostrado que quando fomos batizados, fomos
batizados na morte de Cristo. Isso está no versículo 3: Por ventura ignorais que todos nós que fomos batizados em
Cristo Jesus fomos batizados na Sua morte? E no versículo 5 nos fala que temos crescido juntamente com Ele na
semelhança da Sua morte. E certamente seremos também na semelhança da Sua ressurreição. Há duas
semelhanças aqui, uma é a semelhança da Sua morte, que é para sermos conformados à Sua morte. E também há
a semelhança da Sua ressurreição, que é ser conformados à imagem do Filho primogênito de Deus em glória.
Esses dois aspectos da Sua secreção ocorrem quando entramos na morte de Cristo. Somos batizados na Sua morte
e então entramos nessa morte e há essa secreção de dois tipos. A secreção da morte, há a semelhança da morte,
conformando-nos à Sua morte, e também à semelhança da Sua ressurreição conformando-nos à Sua ressurreição.
É maravilhoso isso. Vocês já pensaram que a morte de Cristo tem uma semelhança? A morte de Cristo não é
simplesmente uma atividade. A morte de Cristo é como um molde no qual fomos colocados e devemos ser
conformados à morte de Cristo. A ressurreição de Cristo também não é meramente uma atividade, mas também é
um lugar, certo? Que é uma semelhança, que tem uma forma na qual devemos crescer juntamente com Cristo à
semelhança da Sua ressurreição, na semelhança da Sua morte e também na semelhança da Sua ressurreição
para sermos conformados à Sua morte e também conformados à Sua ressurreição.

5. Quando nos voltamos ao nosso espírito, encontramos Cristo como o Espírito que dá vida, que é a
própria realidade da ressurreição de Cristo; temos de tocar Cristo em nosso espírito a todo tempo, orando sem
cessar (1Ts 5:17). Ó Senhor Jesus! Louvado seja o Senhor por invocarmos o nome do Senhor. Onde quer que
estejamos, o que quer que estejamos fazendo, não importa pelo que estamos passando, ore sem cessar. Quando
oramos sem cessar tocamos o Espírito que é a realidade da ressurreição e nos capacita a experimentar a morte de
Cristo, a sermos conformados à Sua morte e ao mesmo tempo somos conformados à semelhança da Sua
ressurreição.

6. Sua morte aplicada a nós nos conformará ao molde da Sua morte, e o Seu Espírito em nós nos
conformará à glória da Sua imagem, a imagem do Filho primogênito de Deus. Que morte maravilhosa Cristo tem.
Essa morte produz essa secreção de dois tipos. Um tipo é a secreção da Sua morte para tirar todas as coisas
negativas e também a secreção da Sua vida que no aspecto positivo nos traz a ressurreição para nos conformar à
imagem do Filho primogênito de Deus.

7. Todos temos de orar: “Senhor, prende-me e mantém-me sempre na Tua morte. Eu não quero deixar
a Tua morte, mas quero torná-la a minha habitação agradável e maravilhosa; Senhor, quero permanecer Contigo
na Tua morte”.
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8. A Sua morte é o lugar onde Ele tem posição para secretar-Se ao nosso redor e esse é o único lugar
onde podemos desfrutar e experimentar a Sua vida de ressurreição como um tipo de seiva de vida que secreta-se
ao nosso redor para nos tornar uma pérola maravilhosa para entrada no edifício de Deus.

9. Cristo foi ferido por nós a fim de nos introduzir na Sua ferida para que Ele aplique repetidamente a
Sua secreção sobre nós durante durante toda nossa vida, a fim de nos tornar pérolas para a edificação da
habitação eterna de Deus.

10. Quanto mais nos tornamos pérolas subjetivamente, mais estamos na Nova Jerusalém e
mais estamos no reino (Mt 13:45-46; Jo 3:5). Segunda de Pedro 1:11 nos diz, Pedro fala naqueles versícuos
que fala do desenvolvimento do crescimento em vida, num aspecto ligado ao outro, por fim ele fala, de
maneira que vos será rica e abundantemente suprida a entrada no reino eterno. Amados santos, uma
entrada rica e abundantemente suprida e ministrada a nós, para entrarmos na cidade, nesse edifício de
Deus. Então diariamente temos de experimentar permanecer na morte de Cristo, permitindo que a
secreção da Sua morte e ressurreição nos envolva e nos produza como pérolas para que a nossa entrada na
cidade seja garantida. Quanto mais somos produzidos como pérola, mais nos é garantido, mais somos
confirmados que somos partes da cidade. E também quanto mais somos partes dessa cidade, mais somos
formados como exército de Deus. Na mensagem um vimos que o quanto Deus deseja que sejamos
qualificados, que sejamos contados para ser parte desse exército. Você não pode simplesmente se
voluntariar, você não pode falar: Eu quero ser parte. Você precisa ser qualificado, você precisa crescer,
como crescemos. Precisamos permanecer na morte de Cristo, entrar na ferida da Sua morte e permitir que
a Sua secreção nos envolva com a Sua vida para nos tornar perola. E então nos tornamos o povo que está
em volta, que está ao redor do testemunho de Deus como uma muralha forte e elevada para lutar pelos
interesses de Deus. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e que tenhamos esse anelo, essa aspiração.
Não apenas vejamos o layout dessa ordem, desse arranjo, que não apenas vejamos a conexão entre a Nova
Jerusalém e esse arranjo. Espero que o Senhor nos toque, que Ele fale a nós a respeito da nossa experiência
diária, permanecendo na morte de Cristo de maneira a nos tornarmos praticamente parte do Seu exército
hoje. Vamos orar durante um minuto e depois vamos testificar.

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