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Prova
1. Se na escritura publica 1inseriu-se clausula estabelecendo constituto
possessório2, é possível ao adquirente transferir a terceiro sua titularidade?
Entretanto, o terceiro adquirente, sabendo que terá que cumprir os efeitos da
clausula constituti, promove demanda de extinção contratual alegando que foi
ludibriado, pois no momento da conclusão do negócio o alienante não o alertara
desse vicio? Se houver descumprimento da clausula contratual que rege a
entrega do imóvel, segundo decisão do stj, qual demanda deve ser proposta?
Sim, é possível, no entanto, o terceiro não pode alegar que não sabia da clausula,
visto que ela é de conhecimento publico, sendo essa clausula averbada na matricula
imobiliária. Se houver descumprimento dessa clausula a demanda proposta de
acordo com o entendimento do stj é a reintegração de posse, visto que houve vicio
da posse precária, por abuso de confiança.
2. Agravo interno, ação pauliana. Decadência. Termo inicial. Transcrição no
registro imobiliário. Falta de impugnação a fundamento da decisão agravada.
Artigos 932, iii e 1021 p1 do cpc 2015, sumulas 83 e 182 do stj. 1. A pretensão
de postular a anulabilidade de venda de imóvel, para fins de fraude a credor,
decai após ultrapassado o período de quatro anos, a partir do transito em julgado
do processo de conhecimento, ocasião em que o terceiro passa a ter ciência da
transação. 2. Nos termos do art 932, inciso iii, e 1021 p 1 do cpc, não se conhece
de agravo cujas razões não impugnam especificamente fundamento da decisão
agravada. Aplicação, por analogia, do enunciado 182 da sumula do stj. 3. Em
atenção ao principio da dialeticidade, cumpre a parte recorrente o ônus de
evidenciar, nas razões do agravo do recurso, o ddesacerto da decisão recorrida.
4. Agravo interno a que se nega provimento. (questão extraíd do agint do aresp).
O acordao acima apresentado trata da ação pauliana ou revocatória3. No teor da
jurisprudência explorada passamos a perguntar
A) Qual procedimento o autor deve explorar para obtenção da sentença de
procedência? Para trazer de volta a sequela tem que buscar ação pauliana ou
revocatória
B) O terceiro adquirente devera ou poderá fazer parte do presente processo?
Qual mecanismo poderia fixar a convocação do terceiro adquirente?
O terceiro adquirente fara parte do processo, formando um litisconsórcio
necessário
C) O prazo para interposição da demanda acima apontado esta correto? O inicio
dos efeitos se descortinam com a sentença de transito em julgado? Explique

1
A escritura pública é a forma escrita de um ato jurídico, ou seja, o veículo de conservação
e publicidade das manifestações de vontade que originam negócios jurídicos ou atos
jurídicos sentido estrito
2
cláusula contratual mediante a qual o alienante (vendedor) transmite a posse da coisa
alienada ao nome do comprador, embora continue a deter o bem; desprendimento de posse.
3
visa sobretudo o desfazimento de atos jurídicos que visam o desvio de patrimônio do
devedor para terceiro, no intuito de serem reputados como intangíveis em eventual
execução ou cumprimento de sentença.
É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do
negócio jurídico, contado
II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do
dia em que se realizou o negócio jurídico
D) Se a demanda aviada for julgada procedente quais efeitos práticos ocorreram
na negociação entre o reu e o terceiro adquirente? É possível a adoação de
mecanismo para impedir que o devedor, uma vez devolvida a sequela,
movimente a matricula imobiliária?
O bem do réu voltara ao seu domínio, ou seja, o terceiro perde a titularidade
do bem. E o credor devera ir no cartório de registro de imóveis com a
sentença para averbar na matricula.
3. Eloysa propôs ação de reintegração de posse, em abril de 2017, em face da
ameaça estabelecida por um grupo de invasores nos imóveis denominados
“fazenda nemaia” e “seringal belo jardim”. Ao propor a demanda eloysa levou
em consideração que o grupo de pessoas com a intenção de esbulhar sua
propriedade estava predestinado nesse afã, logo, embora a situação jurídica seja
uma ameaça o mesmo propôs demanda de reintegração de posse, na perspectiva
que a hora que o juiz despachar, com fulcro na fungibilidade, se houver a
ocorrência do esbulho poderia julgar a demanda. Analisando o caso em apreço o
magistrado indeferiu a demanda sob o palio da inépcia da ação, a medida que a
ação proposta está nitidamente equivocada, logo haveria erro categórico que se
sobrepõe a intenção das partes. Diante da situação exposta aponte: a decisão do
magistrado esta correta? Explique e fundamente sua resposta a concessão da
liminar foi (ou não) correta? Justifique sua resposta. A demanda possessória?
a decisão do juiz esta equivocada, pois de acordo com o principio da
fungibilidade pode propor ação possessória diversa em função de uma
modificação fática, sendo essa liminar indevida, ao passo que a ação proposta
esta correta
4. A jurisprudência do stj firmou o entendimento no sentido de que, o direito real
de adjudicação nos contratos de locação poderá ser exercitável se o locatário
efetuar o deposito do preço do bem e das demais despesas de transferência;
formular o pedido de adjudicação no prazo de 6 seis meses do registro do
contrato de compra e venda do imóvel; porem sendo despiciendo promover a
averbação do contrato de locação assinado por duas testemunhas na matricula do
bem no cartório de registro de imóveis, 30 dias antes da referida alienação.

5. O reconhecimento da fraude de execução depende do registro da penhora do


bem alienado ou da prova de má fé do terceiro adquirente. Conforme previsto no
792 do cpc, presume-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens
realizada após averbação referida no dispositivo?
o reconhecimento da fraude de execução se dá no momento em que o bem é
alienado durante a fase de execução. Ou seja, a má fe se dá durante o processo.
O devedor insolvente aliena o bem para que este não resposta por suas dividas

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