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QUESTÕES – PROCESSO PENAL III

1- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – Julgada improcedente a queixa-crime, não é cabível a condenação do querelante ao
pagamento dos honorários sucumbenciais ao advogado do querelado.
II – No momento da denúncia, prevalece o princípio do in dubio pro societate.
III – O reconhecimento da ilegitimidade ativa do Ministério Público para, na qualidade de
substituto processual de menores carentes, propor ação civil pública ex delicto, sem a anterior
intimação da Defensoria Pública para tomar ciência da ação e, sendo o caso, assumir o polo
ativo da demanda, configura violação ao art. 68 do CPP.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: D
I – INCORRETA - O princípio geral da sucumbência é aplicável no âmbito do processo penal quando
se tratar de ação penal privada. Em outras palavras, é possível haver condenação em honorários
advocatícios em ação penal privada. Assim, julgada improcedente a queixa-crime, é cabível a
condenação do querelante ao pagamento dos honorários sucumbenciais ao advogado do
querelado. Conclusão que se extrai da incidência dos princípios da sucumbência e da causalidade,
o que permite a aplicação analógica do art. 85 do CPC/2015, conforme previsão constante no art.
3º do CPP. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 992.183/DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em
07/06/2018. STJ. Corte Especial. EDcl na APn 881/DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em
03/10/2018.
II – CORRETA - No momento da denúncia, prevalece o princípio do in dubio pro societate. STF. 1ª
Turma. Inq 4506/DF, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em
17/04/2018 (Info 898).
III – CORRETA - O reconhecimento da ilegitimidade ativa do Ministério Público para, na qualidade
de substituto processual de menores carentes, propor ação civil pública ex delicto, sem a anterior
intimação da Defensoria Pública para tomar ciência da ação e, sendo o caso, assumir o polo ativo

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da demanda, configura violação ao art. 68 do CPP. Antes de o magistrado reconhecer a
ilegitimidade ativa do Ministério Público para propor ação civil ex delicto, é indispensável que a
Defensoria Pública seja intimada para tomar ciência da demanda e, sendo o caso, assumir o polo
ativo da ação. STJ. 4ª Turma. REsp 888081-MG, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 15/9/2016 (Info
592).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.

2- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – Não oferecida a queixa-crime contra todos os supostos autores ou partícipes da prática
delituosa, há afronta ao princípio da indivisibilidade da ação penal, a implicar renúncia tácita ao
direito de querela, cuja eficácia extintiva da punibilidade estende-se a todos quantos
alegadamente hajam intervindo no cometimento da infração penal.
II – Deve ser rejeitada a queixa-crime que, oferecida antes de qualquer procedimento prévio,
impute a prática de infração de menor potencial ofensivo com base apenas na versão do autor e
na indicação de rol de testemunhas, desacompanhada de Termo Circunstanciado ou de qualquer
outro documento hábil a demonstrar, ainda que de modo indiciário, a autoria e a materialidade
do crime.
III – A denúncia que deixa de mencionar a legislação complementar a que se refere o tipo penal
não atende o disposto no art. 41 do CPP porque não descreve por completo a conduta delitiva,
dificultando a compreensão da acusação e, por conseguinte, o exercício do direito de defesa.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: A
I – CORRETA - Não oferecida a queixa-crime contra todos os supostos autores ou partícipes da
prática delituosa, há afronta ao princípio da indivisibilidade da ação penal, a implicar renúncia
tácita ao direito de querela, cuja eficácia extintiva da punibilidade estende-se a todos quantos
alegadamente hajam intervindo no cometimento da infração penal. STF. 1ª Turma. Inq 3526/DF,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 2/2/2016 (Info 813).
II – CORRETA - Deve ser rejeitada a queixa-crime que, oferecida antes de qualquer procedimento
prévio, impute a prática de infração de menor potencial ofensivo com base apenas na versão do
autor e na indicação de rol de testemunhas, desacompanhada de Termo Circunstanciado ou de
qualquer outro documento hábil a demonstrar, ainda que de modo indiciário, a autoria e a
materialidade do crime. STJ. 5ª Turma. RHC 61822-DF, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em
17/12/2015 (Info 577).
III – CORRETA - A denúncia que deixa de mencionar a legislação complementar a que se refere o
tipo penal não atende o disposto no art. 41 do CPP porque não descreve por completo a conduta
delitiva, dificultando a compreensão da acusação e, por conseguinte, o exercício do direito de
defesa. STJ. 5ª Turma. RHC 64430/SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 19/11/2015.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.

3- Assinale a alternativa INCORRETA, nos termos do CPP.


a) Quando faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal a denúncia ou
queixa será rejeitada.
b) A denúncia ou queixa conterá impreterivelmente a exposição do fato criminoso, com todas as
suas circunstâncias, a qualificação do acusado, a classificação do crime e o rol das testemunhas.
c) Será de cinco dias, o prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, contado da
data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o
réu estiver solto ou afiançado.
d) A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros
qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física.
e) A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da sentença, se for
descoberta a sua qualificação do acusado, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem
prejuízo da validade dos atos precedentes.

Gabarito: B
a) Art. 395, CPP. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I - for manifestamente inepta
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal;
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
b) Art. 41, CPP. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a
classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
c) Art. 46, CPP. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias,
contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de
15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à
autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público
receber novamente os autos.
d) e e) Art. 259, CPP. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome
ou outros qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A qualquer
tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da sentença, se for descoberta a sua
qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos
precedentes.

4- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – As condições gerais da ação são aquelas que devem estar presentes em qualquer ação penal,
independente da natureza ou tipo legal infringido, sendo elas a possibilidade jurídica do pedido
e o interesse de agir.
II – As condições objetivas de punibilidade são elementos exteriores ao fato delituoso, não
integrantes do tipo penal, ocorrendo nas hipóteses em que a punibilidade da conduta é
vinculada à superveniência de determinado acontecimento.
III – Condições de procedibilidade são condições específicas, de natureza eminentemente
processual, que vinculam o próprio exercício da ação penal e que são exigidas em determinados
casos a partir de previsão legal expressa.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito:
I – INCORRETA – Além de estar faltando a legitimidade, não é unânime ser a possibilidade jurídica
do pedido uma das condições gerais da ação penal.
II – CORRETA – vide quadro abaixo.
III – CORRETA – vide quadro abaixo.
Avena, Norberto Cláudio Pâncaro Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 171.

5- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I - Deve ser rejeitada a queixa-crime que impute ao querelado a prática de crime contra a honra,
mas que se limite a transcrever algumas frases, escritas pelo querelado em sua rede social, sem
esclarecimentos que possibilitem uma análise do elemento subjetivo da conduta do querelado
consistente no intento positivo e deliberado de lesar a honra do ofendido.
II - Não oferecida a queixa-crime contra todos os supostos autores ou partícipes da prática
delituosa, há afronta ao princípio da indivisibilidade da ação penal, a implicar renúncia tácita ao
direito de querela, cuja eficácia extintiva da punibilidade estende-se a todos quantos
alegadamente hajam intervindo no cometimento da infração penal.
III - A não inclusão de eventuais suspeitos na queixa-crime não configura, por si só, renúncia
tácita ao direito de queixa. Para o reconhecimento da renúncia tácita ao direito de queixa,
exige-se a demonstração de que a não inclusão de determinados autores ou partícipes na
queixa-crime se deu de forma deliberada pelo querelante.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I está incorreta.
c) Apenas II está incorreta.
d) Apenas III está incorreta.
e) Todas estão incorretas.

Gabarito: A
I – CORRETA - Deve ser rejeitada a queixa-crime que impute ao querelado a prática de crime
contra a honra, mas que se limite a transcrever algumas frases, escritas pelo querelado em sua
rede social, segundo as quais o querelante seria um litigante habitual do Poder Judiciário (fato
notório, publicado em inúmeros órgãos de imprensa), sem esclarecimentos que possibilitem uma
análise do elemento subjetivo da conduta do querelado consistente no intento positivo e
deliberado de lesar a honra do ofendido. STJ. Corte Especial. AP 724-DF, Rel. Min. Og Fernandes,
julgado em 20/8/2014 (Info 547).
II – CORRETA - Não oferecida a queixa-crime contra todos os supostos autores ou partícipes da
prática delituosa, há afronta ao princípio da indivisibilidade da ação penal, a implicar renúncia
tácita ao direito de querela, cuja eficácia extintiva da punibilidade estende-se a todos quantos
alegadamente hajam intervindo no cometimento da infração penal. STF. 1ª Turma. Inq 3526/DF,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 2/2/2016 (Info 813).
III – O princípio da indivisibilidade significa que a ação penal deve ser proposta contra todos os
autores e partícipes do delito. Segundo a posição da jurisprudência, o princípio da indivisibilidade
só se aplica para a ação pena privada (art. 48 do CPP).
O que acontece se a ação penal privada não for proposta contra todos? O que ocorre se um dos
autores ou partícipes, podendo ser processado pelo querelante, ficar de fora? Qual é a
consequência do desrespeito ao princípio da indivisibilidade?
• Se a omissão foi VOLUNTÁRIA (DELIBERADA): se o querelante deixou, deliberadamente, de
oferecer queixa contra um dos autores ou partícipes, o juiz deverá rejeitar a queixa e declarar a
extinção da punibilidade para todos (arts. 104 e 107, V, do CP). Todos ficarão livres do processo.
• Se a omissão foi INVOLUNTÁRIA: o MP deverá requerer a intimação do querelante para que ele
faça o aditamento da queixa-crime e inclua os demais coautores ou partícipes que ficaram de fora.
Assim, conclui-se que a não inclusão de eventuais suspeitos na queixa-crime não configura, por si
só, renúncia tácita ao direito de queixa. Para o reconhecimento da renúncia tácita ao direito de
queixa, exige-se a demonstração de que a não inclusão de determinados autores ou partícipes na
queixa-crime se deu de forma deliberada pelo querelante.
STJ. 5ª Turma. RHC 55142-MG, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 12/5/2015 (Info 562).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.

6- Nos termos do Código de Processo Penal, assinale a alternativa CORRETA a respeito da ação
penal.
a) Nas contravenções a ação penal será iniciada por representação do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo.
b) Quando o crime for praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e
Município, a ação penal será pública.
c) Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas
dependerá, quando a lei o exigir, de representação do Ministro da Justiça, ou de representação do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
d) Depois de recebia a denuncia a representação será irretratável.
e) Nos casos de a ação penal pública, qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do
Ministério Público, fornecendo-lhe, verbalmente, informações sobre o fato e a autoria e indicando
o tempo, o lugar e os elementos de convicção.

Gabarito: B
a) art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou
por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial.
b) art. 24, §2º, CPP Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou
interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.
c) Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público,
mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação
do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
d) Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
e) Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos
em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e
indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.

7- Assinale a alternativa CORRETA a respeito da denúncia e da queixa crime.


a) A denúncia ou queixa necessariamente conterá a exposição do fato criminoso, com todas as
suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-
lo, a classificação do crime e o rol das testemunhas.
b) A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, neste caso do instrumento do
mandato deve consta impreterivelmente o nome do querelado e a menção do fato criminoso.
c) A queixa, quando a ação penal for privativa do ofendido, não poderá ser aditada pelo Ministério
Público, a quem caberá apenas intervir em todos os termos subsequentes do processo.
d) Quando, em autos ou papéis de que conhecer, o juiz verificar a existência de crime de ação
pública, remeterá ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento
da denúncia.
e) A denúncia ou queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

Gabarito: D
a) art. 41, CPP. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a
classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
b) Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do
instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais
esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo
criminal.
OBS. tenha cuidado, pela letra da lei, o mandato deve conter o nome do QUERELANTE, mas de
acordo com a doutrina trata-se do nome do QUERELADO, ou seja, do autor do fato.
c) Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo
Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subseqüentes do processo.
d) art. 40, CPP. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais
verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os
documentos necessários ao oferecimento da denúncia.
e) Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

8- Com relação ao perdão e a renúncia, assinale a alternativa CORRETA.


a) A renúncia ao direito de queixa, a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza,
todavia, efeito em relação ao que o recusar.
b) O perdão do ofendido, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
c) Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a
dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu
silêncio importará em recusa.
d) Admite-se renúncia tácita, mas o perdão apenas por escrito pode-se provar.
e) A renúncia do representante legal do menor que houver completado dezoito anos não privará
este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do primeiro.
Gabarito: E
a) Art. 49, CPP. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do
crime, a todos se estenderá.
b) Art. 51, CPP. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza,
todavia, efeito em relação ao que o recusar.
c) Art. 58, CPP. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será
intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de
que o seu silêncio importará aceitação.
d) Art. 57, CPP. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos os meios de prova.
e) art. 50, parágrafo único, CPP. A renúncia do representante legal do menor que houver
completado 18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último
excluirá o direito do primeiro.

9- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – Na ação penal pública não vigora o princípio da indivisibilidade. Assim, o MP não está
obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, sendo o caso de
arquivamento implícito em relação a quem não foi denunciado.
II – Nos crimes de autoria coletiva, é necessária a descrição minuciosa e individualizada da ação
de cada acusado, com elementos suficientes para garantir o direito à ampla defesa e ao
contraditório.
III – Não é possível o oferecimento de ação penal (denúncia ou queixa crime) com base em
provas colhidas no âmbito de inquérito civil conduzido por membro do Ministério Público.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: E
I – INCORRETA - Na ação penal pública não vigora o princípio da indivisibilidade. Assim, o MP não
está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, não se podendo falar
em arquivamento implícito em relação a quem não foi denunciado. Isso porque o Parquet é livre
para formar sua convicção, incluindo na denúncia as pessoas que ele entenda terem praticado o
crime, mediante a constatação de indícios de autoria e materialidade. STJ. 6ª Turma. RHC 34233-
SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 6/5/2014 (Info 540).
II – INCORRETA - Nos crimes de autoria coletiva, não é necessária a descrição MINUCIOSA e
INDIVIDUALIZADA da ação de cada acusado. Basta que o MP narre as condutas delituosas e a
suposta autoria, com elementos suficientes para garantir o direito à ampla defesa e ao
contraditório. Embora não seja necessária a descrição PORMENORIZADA da conduta de cada
denunciado, o Ministério Público deve narrar qual é o vínculo entre o denunciado e o crime a ele
imputado, sob pena de ser a denúncia inepta. STJ. 5ª Turma. HC 214861-SC, Rel. Min. Laurita Vaz,
julgado em 28/2/2012.
III – INCORRETA - É possível o oferecimento de ação penal (denúncia) com base em provas
colhidas no âmbito de inquérito civil conduzido por membro do Ministério Público. STF. Plenário.
AP 565/RO, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 7 e 8/8/2013 (Info 714).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.

10- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – Tratando-se de processo criminal em que dois ou mais crimes estejam sendo apurados, o
pedido de condenação apenas no tocante a um ou alguns não importará em perempção da ação
penal em relação aos remanescentes.
II – Havendo mais de um querelante, o perdão concedido por um deles não produz qualquer
reflexo no processo em relação aos querelantes remanescentes.
III – Como decorrência do princípio da indivisibilidade da ação penal privada, se o ofendido
renunciar ao exercício da ação penal contra qualquer dos ofensores, todos os demais serão
alcançados pela extinção da punibilidade.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: D
I – INCORRETA - Tratando-se de processo criminal em que dois ou mais crimes estejam sendo
apurados, o pedido de condenação apenas no tocante a um ou alguns importará em perempção
da ação penal em relação aos remanescentes.
II – CORRETA - Havendo mais de um querelante, qual o efeito do perdão concedido por um deles
frente aos demais? Havendo mais de um querelante, o perdão concedido por um deles não produz
qualquer reflexo no processo em relação aos autores remanescentes. A hipótese diverge daquela
em que há mais de um querelado, prevista no art. 51 do CPP, caso em que o perdão concedido a
um deles a todos aproveita.
III – CORRETA - A renúncia é ato unilateral, pois independe da aceitação do autor do crime para
que produza efeitos.
Como decorrência do princípio da indivisibilidade da ação penal privada, se o ofendido renunciar
ao exercício da ação penal contra qualquer dos ofensores, todos os demais serão alcançados pela
extinção da punibilidade, conforme reza o art. 49 do CPP.
Avena, Norberto Cláudio Pâncaro Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 185, 187 e 189.

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