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Gabarito: D
I – INCORRETA - O princípio geral da sucumbência é aplicável no âmbito do processo penal quando
se tratar de ação penal privada. Em outras palavras, é possível haver condenação em honorários
advocatícios em ação penal privada. Assim, julgada improcedente a queixa-crime, é cabível a
condenação do querelante ao pagamento dos honorários sucumbenciais ao advogado do
querelado. Conclusão que se extrai da incidência dos princípios da sucumbência e da causalidade,
o que permite a aplicação analógica do art. 85 do CPC/2015, conforme previsão constante no art.
3º do CPP. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 992.183/DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em
07/06/2018. STJ. Corte Especial. EDcl na APn 881/DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em
03/10/2018.
II – CORRETA - No momento da denúncia, prevalece o princípio do in dubio pro societate. STF. 1ª
Turma. Inq 4506/DF, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em
17/04/2018 (Info 898).
III – CORRETA - O reconhecimento da ilegitimidade ativa do Ministério Público para, na qualidade
de substituto processual de menores carentes, propor ação civil pública ex delicto, sem a anterior
intimação da Defensoria Pública para tomar ciência da ação e, sendo o caso, assumir o polo ativo
Gabarito: A
I – CORRETA - Não oferecida a queixa-crime contra todos os supostos autores ou partícipes da
prática delituosa, há afronta ao princípio da indivisibilidade da ação penal, a implicar renúncia
tácita ao direito de querela, cuja eficácia extintiva da punibilidade estende-se a todos quantos
alegadamente hajam intervindo no cometimento da infração penal. STF. 1ª Turma. Inq 3526/DF,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 2/2/2016 (Info 813).
II – CORRETA - Deve ser rejeitada a queixa-crime que, oferecida antes de qualquer procedimento
prévio, impute a prática de infração de menor potencial ofensivo com base apenas na versão do
autor e na indicação de rol de testemunhas, desacompanhada de Termo Circunstanciado ou de
qualquer outro documento hábil a demonstrar, ainda que de modo indiciário, a autoria e a
materialidade do crime. STJ. 5ª Turma. RHC 61822-DF, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em
17/12/2015 (Info 577).
III – CORRETA - A denúncia que deixa de mencionar a legislação complementar a que se refere o
tipo penal não atende o disposto no art. 41 do CPP porque não descreve por completo a conduta
delitiva, dificultando a compreensão da acusação e, por conseguinte, o exercício do direito de
defesa. STJ. 5ª Turma. RHC 64430/SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 19/11/2015.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.
Gabarito: B
a) Art. 395, CPP. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I - for manifestamente inepta
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal;
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
b) Art. 41, CPP. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a
classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
c) Art. 46, CPP. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias,
contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de
15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à
autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público
receber novamente os autos.
d) e e) Art. 259, CPP. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome
ou outros qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A qualquer
tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da sentença, se for descoberta a sua
qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos
precedentes.
Gabarito:
I – INCORRETA – Além de estar faltando a legitimidade, não é unânime ser a possibilidade jurídica
do pedido uma das condições gerais da ação penal.
II – CORRETA – vide quadro abaixo.
III – CORRETA – vide quadro abaixo.
Avena, Norberto Cláudio Pâncaro Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 171.
Gabarito: A
I – CORRETA - Deve ser rejeitada a queixa-crime que impute ao querelado a prática de crime
contra a honra, mas que se limite a transcrever algumas frases, escritas pelo querelado em sua
rede social, segundo as quais o querelante seria um litigante habitual do Poder Judiciário (fato
notório, publicado em inúmeros órgãos de imprensa), sem esclarecimentos que possibilitem uma
análise do elemento subjetivo da conduta do querelado consistente no intento positivo e
deliberado de lesar a honra do ofendido. STJ. Corte Especial. AP 724-DF, Rel. Min. Og Fernandes,
julgado em 20/8/2014 (Info 547).
II – CORRETA - Não oferecida a queixa-crime contra todos os supostos autores ou partícipes da
prática delituosa, há afronta ao princípio da indivisibilidade da ação penal, a implicar renúncia
tácita ao direito de querela, cuja eficácia extintiva da punibilidade estende-se a todos quantos
alegadamente hajam intervindo no cometimento da infração penal. STF. 1ª Turma. Inq 3526/DF,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 2/2/2016 (Info 813).
III – O princípio da indivisibilidade significa que a ação penal deve ser proposta contra todos os
autores e partícipes do delito. Segundo a posição da jurisprudência, o princípio da indivisibilidade
só se aplica para a ação pena privada (art. 48 do CPP).
O que acontece se a ação penal privada não for proposta contra todos? O que ocorre se um dos
autores ou partícipes, podendo ser processado pelo querelante, ficar de fora? Qual é a
consequência do desrespeito ao princípio da indivisibilidade?
• Se a omissão foi VOLUNTÁRIA (DELIBERADA): se o querelante deixou, deliberadamente, de
oferecer queixa contra um dos autores ou partícipes, o juiz deverá rejeitar a queixa e declarar a
extinção da punibilidade para todos (arts. 104 e 107, V, do CP). Todos ficarão livres do processo.
• Se a omissão foi INVOLUNTÁRIA: o MP deverá requerer a intimação do querelante para que ele
faça o aditamento da queixa-crime e inclua os demais coautores ou partícipes que ficaram de fora.
Assim, conclui-se que a não inclusão de eventuais suspeitos na queixa-crime não configura, por si
só, renúncia tácita ao direito de queixa. Para o reconhecimento da renúncia tácita ao direito de
queixa, exige-se a demonstração de que a não inclusão de determinados autores ou partícipes na
queixa-crime se deu de forma deliberada pelo querelante.
STJ. 5ª Turma. RHC 55142-MG, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 12/5/2015 (Info 562).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.
6- Nos termos do Código de Processo Penal, assinale a alternativa CORRETA a respeito da ação
penal.
a) Nas contravenções a ação penal será iniciada por representação do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo.
b) Quando o crime for praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e
Município, a ação penal será pública.
c) Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas
dependerá, quando a lei o exigir, de representação do Ministro da Justiça, ou de representação do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
d) Depois de recebia a denuncia a representação será irretratável.
e) Nos casos de a ação penal pública, qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do
Ministério Público, fornecendo-lhe, verbalmente, informações sobre o fato e a autoria e indicando
o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
Gabarito: B
a) art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou
por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial.
b) art. 24, §2º, CPP Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou
interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.
c) Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público,
mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação
do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
d) Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
e) Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos
em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e
indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
Gabarito: D
a) art. 41, CPP. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a
classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
b) Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do
instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais
esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo
criminal.
OBS. tenha cuidado, pela letra da lei, o mandato deve conter o nome do QUERELANTE, mas de
acordo com a doutrina trata-se do nome do QUERELADO, ou seja, do autor do fato.
c) Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo
Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subseqüentes do processo.
d) art. 40, CPP. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais
verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os
documentos necessários ao oferecimento da denúncia.
e) Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
Gabarito: E
I – INCORRETA - Na ação penal pública não vigora o princípio da indivisibilidade. Assim, o MP não
está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, não se podendo falar
em arquivamento implícito em relação a quem não foi denunciado. Isso porque o Parquet é livre
para formar sua convicção, incluindo na denúncia as pessoas que ele entenda terem praticado o
crime, mediante a constatação de indícios de autoria e materialidade. STJ. 6ª Turma. RHC 34233-
SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 6/5/2014 (Info 540).
II – INCORRETA - Nos crimes de autoria coletiva, não é necessária a descrição MINUCIOSA e
INDIVIDUALIZADA da ação de cada acusado. Basta que o MP narre as condutas delituosas e a
suposta autoria, com elementos suficientes para garantir o direito à ampla defesa e ao
contraditório. Embora não seja necessária a descrição PORMENORIZADA da conduta de cada
denunciado, o Ministério Público deve narrar qual é o vínculo entre o denunciado e o crime a ele
imputado, sob pena de ser a denúncia inepta. STJ. 5ª Turma. HC 214861-SC, Rel. Min. Laurita Vaz,
julgado em 28/2/2012.
III – INCORRETA - É possível o oferecimento de ação penal (denúncia) com base em provas
colhidas no âmbito de inquérito civil conduzido por membro do Ministério Público. STF. Plenário.
AP 565/RO, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 7 e 8/8/2013 (Info 714).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.
Gabarito: D
I – INCORRETA - Tratando-se de processo criminal em que dois ou mais crimes estejam sendo
apurados, o pedido de condenação apenas no tocante a um ou alguns importará em perempção
da ação penal em relação aos remanescentes.
II – CORRETA - Havendo mais de um querelante, qual o efeito do perdão concedido por um deles
frente aos demais? Havendo mais de um querelante, o perdão concedido por um deles não produz
qualquer reflexo no processo em relação aos autores remanescentes. A hipótese diverge daquela
em que há mais de um querelado, prevista no art. 51 do CPP, caso em que o perdão concedido a
um deles a todos aproveita.
III – CORRETA - A renúncia é ato unilateral, pois independe da aceitação do autor do crime para
que produza efeitos.
Como decorrência do princípio da indivisibilidade da ação penal privada, se o ofendido renunciar
ao exercício da ação penal contra qualquer dos ofensores, todos os demais serão alcançados pela
extinção da punibilidade, conforme reza o art. 49 do CPP.
Avena, Norberto Cláudio Pâncaro Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 185, 187 e 189.