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QUESTÕES – PROCESSO PENAL VI

1- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – É possível a arguição de suspeição de membros do Ministério Público, salvo do Procurador-
Geral da República nos processos que tramitam no âmbito do STF.
II – O magistrado que atuou como corregedor em processo administrativo instaurado contra o
réu não está impedido de participar como julgador no processo criminal que tramita contra o
acusado.
III – A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória não acarreta, por si
só, seu impedimento ou sua suspeição para o oferecimento da denúncia.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: D
I – INCORRETA - É possível a arguição de suspeição de membros do Ministério Público, inclusive do
Procurador-Geral da República nos processos que tramitam no âmbito do STF. O STF entendeu
que o então Procurador-Geral da República Rodrigo Janot não era suspeito para investigar e
denunciar Michel Temer. Entendeu-se que o fato de o PGR dar entrevistas falando sobre o caso,
requerer que o inquérito fosse dirigido para determinado Delegado e ainda que um determinado
Procurador, em tese, tenha orientado o advogado do réu acerca da colaboração premiada não
caracterizam hipóteses de suspeição. STF. Plenário. AS 89/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
13/9/2017 (Info 877).
II – CORRETA - O magistrado que atuou como corregedor em processo administrativo instaurado
contra o réu não está impedido de participar como julgador no processo criminal que tramita
contra o acusado. A situação não se amolda em nenhuma das hipóteses do art. 252 do CPP. O STF
entende que não é possível criar, por meio de interpretação, novas causas de impedimento que
não estejam descritas expressamente nesse dispositivo. STF. 2ª Turma. RHC 131735/DF, Rel. Min.
Cármen Lúcia, julgado em 3/5/2016 (Info 824).

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III – CORRETA - A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória não
acarreta, por si só, seu impedimento ou sua suspeição para o oferecimento da denúncia. STF. 1ª
Turma. HC 85011, Relator p/ Acórdão Min. Teori Zavascki, julgado em 26/05/2015.
Súmula 234-STJ: A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal
não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>

2- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – As hipóteses de impedimento previstas no Código de Processo Penal constituem rol taxativo.
II – O juiz que sentencia a ACP não está impedido de julgar também o processo criminal, não se
enquadrando esta situação nas hipóteses de impedimento do CPP.
III – A utilização de termos fortes e expressivos na sentença penal condenatória configura, por si
só, situação apta a comprovar a ocorrência de quebra da imparcialidade do magistrado.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: B
I – CORRETA - O rol do art. 252 do CPP é taxativo ou permite outras hipóteses de impedimento? As
hipóteses de impedimento previstas no art. 252 do CPP constituem rol taxativo. STF. 2ª Turma. HC
94089/SP, Rel. Min. Ayres Britto, julgado em 14/2/2012. STJ. 5ª Turma. HC 162491/SC, Rel. Min.
Joel Ilan Paciornik, julgado em 04/08/2016.
II – CORRETA - Determinado fato pode gerar dois processos distintos: uma ACP e uma ação penal.
O juiz que sentencia a ACP não está impedido de julgar também o processo criminal, não se
enquadrando esta situação no art. 252, III, do CPP. STJ. 5ª Turma. REsp 1288285-SP, Rel. Min.
Campos Marques (Desembargador-convocado do TJ-PR), julgado em 27/11/2012 (Info 510).
III – INCORRETA - Para o STJ, a utilização de termos mais fortes e expressivos na sentença penal
condenatória — como “bandido travestido de empresário” e “delinquente de colarinho branco” —
não configura, por si só, situação apta a comprovar a ocorrência de quebra da imparcialidade do
magistrado. STJ. 5ª Turma. REsp 1315619-RJ, Rel. Min. Campos Marques (Desembargador
convocado do TJ-PR), julgado em 15/8/2013 (Info 530).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>

3- Assinale a alternativa INCORRETA.


a) Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverá fazê-lo em petição assinada por
ela própria ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas razões acompanhadas de
prova documental ou do rol de testemunhas.
b) Se for arguida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-lo, decidirá,
sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de três dias.
c) A arguição de suspeição precederá a qualquer outra, mesmo quando fundada em motivo
superveniente.
d) Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas
declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
e) O juiz que espontaneamente afirmar suspeição deverá fazê-lo por escrito, declarando o motivo
legal, e remeterá imediatamente o processo ao seu substituto, intimadas as partes.

Gabarito: C
a) Art. 98, CPP. Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverá fazê-lo em petição
assinada por ela própria ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas razões
acompanhadas de prova documental ou do rol de testemunhas.
b) Art. 104, CPP. Se for arguida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-
lo, decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de três dias.
c) Art. 96, CPP. A arguição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo quando fundada em
motivo superveniente.
d) Art. 107, CPP. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas
deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
e) Art. 97, CPP. O juiz que espontaneamente afirmar suspeição deverá fazê-lo por escrito,
declarando o motivo legal, e remeterá imediatamente o processo ao seu substituto, intimadas as
partes.

4- Assinale a alternativa CORRETA de acordo com as disposições do CPP.


a) Os instrumentos e produtos do crime não poderão ser restituídos, mesmo depois de transitar
em julgado a sentença final.
b) Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da União for decretada, e as coisas confiscadas
serão vendidas em leilão público.
c) A restituição, quando cabível, deverá ser requerida no juízo cível, devendo o juiz criminal
ordenar o depósito das coisas em mãos de depositário ou do próprio terceiro que as detinha, se
for pessoa idônea.
d) Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas não poderão ser
restituídas.
e) Sobre o pedido de restituição será sempre ouvido o Ministério Público.

Gabarito: E
a) Art. 119, CPP. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100 do Código Penal não poderão ser
restituídas, mesmo depois de transitar em julgado a sentença final, salvo se pertencerem ao
lesado ou a terceiro de boa-fé.
b) Art. 124, CPP. Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da União for decretada, e as
coisas confiscadas, de acordo com o disposto no art. 100 do Código Penal, serão inutilizados ou
recolhidos a museu criminal, se houver interesse na sua conservação.
c) Art. 120, CPP. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou
juiz, mediante termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
d) Art. 118, CPP. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas não
poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo.
e) art. 120, § 3º, CPP. Sobre o pedido de restituição será sempre ouvido o Ministério Público.

5- Com relação às medidas assecuratórias, assinale a alternativa INCORRETA.


a) A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida pelo ofendido em qualquer
fase do processo, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes da autoria.
b) O juiz determinará a alienação antecipada para preservação do valor dos bens somente se estes
estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação.
c) O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se, porém, se no prazo de
quinze dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal.
d) Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração,
ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
e) As garantias do ressarcimento do dano alcançarão também as despesas processuais e as penas
pecuniárias, tendo preferência sobre estas a reparação do dano ao ofendido.

Gabarito: B
a) Art. 134, CPP. A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida pelo
ofendido em qualquer fase do processo, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes
da autoria.
b) Art. 144-A, CPP. O juiz determinará a alienação antecipada para preservação do valor dos bens
sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando
houver dificuldade para sua manutenção.
c) Art. 136, CPP. O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se, porém, se no
prazo de 15 (quinze) dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal.
d) Art. 125, CPP. Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os
proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
e) Art. 140, CPP. As garantias do ressarcimento do dano alcançarão também as despesas
processuais e as penas pecuniárias, tendo preferência sobre estas a reparação do dano ao
ofendido.

6- Assinale a alternativa CORRETA nos termos do CPP.


a) O sequestro será ordenado pelo juiz, no curso do processo, de ofício, a requerimento do
Ministério Público ou do ofendido.
b) O sequestro será autuado em apartado e admitirá embargos, o qual deverá ser decidido antes
do fim da instrução processual.
c) Se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença transitada em julgado o
sequestro será levantado.
d) Caberá o sequestro apenas dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da
infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
e) Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do
interessado, determinará o levantamento do sequestro.

Gabarito: C
a) Art. 127, CPP. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do ofendido, ou
mediante representação da autoridade policial, poderá ordenar o seqüestro, em qualquer fase
do processo ou ainda antes de oferecida a denúncia ou queixa.
b) Art. 129, CPP. O sequestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro.
Art. 130, Parágrafo único, CPP. Não poderá ser pronunciada decisão nesses embargos antes de
passar em julgado a sentença condenatória.
c) Art. 131, CPP. O sequestro será levantado:
I - se a ação penal não for intentada no prazo de sessenta dias, contado da data em que ficar
concluída a diligência;
II - se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, prestar caução que assegure a
aplicação do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do Código Penal;
III - se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença transitada em julgado.
d) Art. 125, CPP. Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os
proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
Art. 132, CPP. Proceder-se-á ao sequestro dos bens móveis se, verificadas as condições previstas
no art. 126, não for cabível a medida regulada no Capítulo Xl do Título Vll deste Livro.
e) Art. 133, CPP. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a
requerimento do interessado, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público.

7- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – São ilegais as provas obtidas por policial militar que, designado para coletar dados nas ruas
como agente de inteligência, passa a atuar, sem autorização judicial, como agente infiltrado em
grupo criminoso.
II – É cabível recurso em sentido estrito para impugnar decisão que indefere produção
antecipada de prova, nas hipóteses do art. 366 do CPP.
III – Não é possível aplicar a analogia entre o instituto da interceptação telefônica e o
espelhamento, por meio do WhatsApp Web, das conversas realizadas pelo aplicativo WhatsApp.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: A
I – CORRETA - Determinado policial militar foi designado para participar, nas ruas, à paisana, de
passeatas e manifestações, a fim de coletar dados para subsidiar a Força Nacional de Segurança
em atuação estratégica diante dos movimentos sociais e dos protestos ocorridos no Brasil em
2014. Para essa atividade, não se exigia prévia autorização judicial. No curso de sua atividade
originária, o referido policial, percebendo que algumas pessoas estavam se reunindo para planejar
a prática de crimes, aproximou-se desses suspeitos, ganhou a sua confiança e infiltrou-se no grupo
participando das conversas virtuais e das reuniões presenciais dos envolvidos. Assim, o policial
ultrapassou os limites da sua atribuição original e passou a agir como agente infiltrado. Ocorre que
a infiltração de agentes somente pode acontecer após prévia autorização judicial, o que não havia
no caso. Diante disso, o STF declarou a ilicitude e determinou o desentranhamento da infiltração
realizada pelo policial militar e dos depoimentos por ele prestados em sede policial e em juízo, nos
termos do art. 157, § 3º, do CPP. STF. 2ª Turma. HC 147837/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado
em 26/2/2019 (Info 932).
II – CORRETA - É cabível recurso em sentido estrito para impugnar decisão que indefere produção
antecipada de prova, nas hipóteses do art. 366 do CPP. As hipóteses de cabimento de recurso em
sentido estrito estão previstas no art. 581 do CPP, sendo esse um rol taxativo (exaustivo). No
entanto, apesar disso, é admitida a interpretação extensiva dessas hipóteses legais de cabimento.
Se você observar as situações ali elencadas, verá que não existe a previsão de recurso em sentido
estrito contra a decisão que indefere o pedido de produção antecipada de provas. Apesar disso,
será possível a interposição de RESE contra essa decisão com base no inciso XVI do art. 581:
“Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: XVI - que ordenar a
suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;” A decisão que indefere a produção
antecipada de provas com base no art. 366 deve ser encarada, para fins de recurso, como sendo
uma decisão que “ordena a suspensão do processo” e, além disso, determina se haverá ou não a
produção das provas. Logo, enquadra-se no inciso XVI do art. 581 do CPP. STJ. 3ª Seção. EREsp
1630121-RN, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 28/11/2018 (Info 640).
III – CORRETA - É nula decisão judicial que autoriza o espelhamento do WhatsApp via Código QR
para acesso no WhatsApp Web. Também são nulas todas as provas e atos que dela diretamente
dependam ou sejam consequência, ressalvadas eventuais fontes independentes. Não é possível
aplicar a analogia entre o instituto da interceptação telefônica e o espelhamento, por meio do
WhatsApp Web, das conversas realizadas pelo aplicativo WhatsApp. STJ. 6ª Turma. RHC 99735-SC,
Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 27/11/2018 (Info 640).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
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8- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – É lícito o compartilhamento promovido pela Receita Federal dos dados bancários por ela
obtidos a partir de permissivo legal, com a Polícia e com o Ministério Público, ao término do
procedimento administrativo fiscal, quando verificada a prática, em tese, de infração penal.
II – O princípio do livre convencimento motivado faculta ao juiz o indeferimento das provas
consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias, sendo possível, com base no princípio,
o indeferimento de todas as testemunhas arroladas pela defesa, sem ofensa ao devido processo
legal.
III – Não há ilegalidade na perícia de aparelho de telefonia celular pela polícia, sem prévia
autorização judicial, na hipótese em que seu proprietário - a vítima - foi morto, tendo o referido
telefone sido entregue à autoridade policial por sua esposa.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: C
I – CORRETA - Os dados do contribuinte que a Receita Federal obteve das instituições bancárias
mediante requisição direta (sem intervenção do Poder Judiciário, com base nos arts. 5º e 6º da LC
105/2001), podem ser compartilhados, também sem autorização judicial, com o Ministério Público,
para serem utilizados como prova emprestada no processo penal. Isso porque o STF decidiu que
são constitucionais os arts. 5º e 6º da LC 105/2001, que permitem o acesso direto da Receita
Federal à movimentação financeira dos contribuintes (RE 601314/SP, Rel. Min. Edson Fachin,
julgado em 24/2/2016. Info 815). Este entendimento do STF deve ser estendido também para a
esfera criminal. É lícito o compartilhamento promovido pela Receita Federal dos dados bancários
por ela obtidos a partir de permissivo legal, com a Polícia e com o Ministério Público, ao término
do procedimento administrativo fiscal, quando verificada a prática, em tese, de infração penal. STF.
1ª Turma. RE 1043002 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 01/12/2017. STF. 2ª Turma.
RHC 121429/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/4/2016 (Info 822). STJ. 5ª Turma. AgRg no
REsp 1601127-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Rel. Acd. Min. Felix Fischer, julgado em 20/09/2018
(Info 634). STJ. 6ª Turma. HC 422473-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 20/03/2018
(Info 623).
II – INCORRETA - Na fase de defesa prévia, o réu arrolou uma série de testemunhas, mas o juiz
negou a oitiva afirmando que o requerimento seria protelatório, haja vista que as testemunhas
não teriam, em tese, vinculação com os fatos criminosos imputados. O STF entendeu que houve
constrangimento ilegal. O direito à prova é expressão de uma inderrogável prerrogativa jurídica,
que não pode ser, arbitrariamente, negada ao réu. O princípio do livre convencimento motivado
(art. 400, § 1º, do CPP) faculta ao juiz o indeferimento das provas consideradas irrelevantes,
impertinentes ou protelatórias. No entanto, no caso concreto houve o indeferimento de todas
as testemunhas de defesa. Dessa forma, houve ofensa ao devido processo legal, visto que
frustrou a possibilidade de o acusado produzir as provas que reputava necessárias à
demonstração de suas alegações. STF. 2ª Turma. HC 155363/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
8/5/2018 (Info 901).
III – CORRETA - Não há ilegalidade na perícia de aparelho de telefonia celular pela polícia, sem
prévia autorização judicial, na hipótese em que seu proprietário - a vítima - foi morto, tendo o
referido telefone sido entregue à autoridade policial por sua esposa. STJ. 6ª Turma.RHC 86076-MT,
Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 19/10/2017 (Info
617). Cuidado para não confundir: Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas obtidas
pela polícia por meio da extração de dados e de conversas registradas no Whatsapp presentes no
celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que o aparelho tenha sido apreendido no
momento da prisão em flagrante. STJ. 5ª Turma. RHC 67379-RN, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado
em 20/10/2016 (Info 593). STJ. 6ª Turma. RHC 51531-RO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em
19/4/2016 (Info 583).
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9- Assinale a alternativa INCORRETA, nos termos do Código de Processo Penal.


a) São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas
as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
b) Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil.
c) A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício ordenar,
após iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes,
observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida.
d) O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial,
não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
e) Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada
por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.

Gabarito: C
a) Art. 157, CPP. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
b) e d) Art. 155, CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
c) Art. 156 , CPP. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de
ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas
consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade
da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências
para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
e) art. 157, § 3 º, CPP. Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível,
esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições
estabelecidas na lei civil.

10- Assinale a alternativa CORRETA.


a) Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia
e reservada com o seu defensor e se realizado por videoconferência, fica também garantido o
acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio
e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso.
b) O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por dois peritos oficiais,
portadores de diploma de curso superior, preferencialmente na área específica, dentre as que
tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
c) A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for
perguntado, mas se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz procederá à
verificação pelos meios ao seu alcance, não podendo tomar-lhe o depoimento.
d) O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova,
sendo indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das
provas em conjunto.

Gabarito: A
a) art. 185, § 5 º, CPP. Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito
de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica
também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor
que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o
preso
b) Art. 159, CPP. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
portador de diploma de curso superior.
§ 1 º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de
diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.
c) Art. 205, CPP. Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz procederá à
verificação pelos meios ao seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento desde
logo.
d) Art. 200, CPP. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do
juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

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