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Gabarito: D
I – INCORRETA - É possível a arguição de suspeição de membros do Ministério Público, inclusive do
Procurador-Geral da República nos processos que tramitam no âmbito do STF. O STF entendeu
que o então Procurador-Geral da República Rodrigo Janot não era suspeito para investigar e
denunciar Michel Temer. Entendeu-se que o fato de o PGR dar entrevistas falando sobre o caso,
requerer que o inquérito fosse dirigido para determinado Delegado e ainda que um determinado
Procurador, em tese, tenha orientado o advogado do réu acerca da colaboração premiada não
caracterizam hipóteses de suspeição. STF. Plenário. AS 89/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
13/9/2017 (Info 877).
II – CORRETA - O magistrado que atuou como corregedor em processo administrativo instaurado
contra o réu não está impedido de participar como julgador no processo criminal que tramita
contra o acusado. A situação não se amolda em nenhuma das hipóteses do art. 252 do CPP. O STF
entende que não é possível criar, por meio de interpretação, novas causas de impedimento que
não estejam descritas expressamente nesse dispositivo. STF. 2ª Turma. RHC 131735/DF, Rel. Min.
Cármen Lúcia, julgado em 3/5/2016 (Info 824).
Gabarito: B
I – CORRETA - O rol do art. 252 do CPP é taxativo ou permite outras hipóteses de impedimento? As
hipóteses de impedimento previstas no art. 252 do CPP constituem rol taxativo. STF. 2ª Turma. HC
94089/SP, Rel. Min. Ayres Britto, julgado em 14/2/2012. STJ. 5ª Turma. HC 162491/SC, Rel. Min.
Joel Ilan Paciornik, julgado em 04/08/2016.
II – CORRETA - Determinado fato pode gerar dois processos distintos: uma ACP e uma ação penal.
O juiz que sentencia a ACP não está impedido de julgar também o processo criminal, não se
enquadrando esta situação no art. 252, III, do CPP. STJ. 5ª Turma. REsp 1288285-SP, Rel. Min.
Campos Marques (Desembargador-convocado do TJ-PR), julgado em 27/11/2012 (Info 510).
III – INCORRETA - Para o STJ, a utilização de termos mais fortes e expressivos na sentença penal
condenatória — como “bandido travestido de empresário” e “delinquente de colarinho branco” —
não configura, por si só, situação apta a comprovar a ocorrência de quebra da imparcialidade do
magistrado. STJ. 5ª Turma. REsp 1315619-RJ, Rel. Min. Campos Marques (Desembargador
convocado do TJ-PR), julgado em 15/8/2013 (Info 530).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>
Gabarito: C
a) Art. 98, CPP. Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverá fazê-lo em petição
assinada por ela própria ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas razões
acompanhadas de prova documental ou do rol de testemunhas.
b) Art. 104, CPP. Se for arguida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-
lo, decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de três dias.
c) Art. 96, CPP. A arguição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo quando fundada em
motivo superveniente.
d) Art. 107, CPP. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas
deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
e) Art. 97, CPP. O juiz que espontaneamente afirmar suspeição deverá fazê-lo por escrito,
declarando o motivo legal, e remeterá imediatamente o processo ao seu substituto, intimadas as
partes.
Gabarito: E
a) Art. 119, CPP. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100 do Código Penal não poderão ser
restituídas, mesmo depois de transitar em julgado a sentença final, salvo se pertencerem ao
lesado ou a terceiro de boa-fé.
b) Art. 124, CPP. Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da União for decretada, e as
coisas confiscadas, de acordo com o disposto no art. 100 do Código Penal, serão inutilizados ou
recolhidos a museu criminal, se houver interesse na sua conservação.
c) Art. 120, CPP. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou
juiz, mediante termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
d) Art. 118, CPP. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas não
poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo.
e) art. 120, § 3º, CPP. Sobre o pedido de restituição será sempre ouvido o Ministério Público.
Gabarito: B
a) Art. 134, CPP. A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida pelo
ofendido em qualquer fase do processo, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes
da autoria.
b) Art. 144-A, CPP. O juiz determinará a alienação antecipada para preservação do valor dos bens
sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando
houver dificuldade para sua manutenção.
c) Art. 136, CPP. O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se, porém, se no
prazo de 15 (quinze) dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal.
d) Art. 125, CPP. Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os
proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
e) Art. 140, CPP. As garantias do ressarcimento do dano alcançarão também as despesas
processuais e as penas pecuniárias, tendo preferência sobre estas a reparação do dano ao
ofendido.
Gabarito: C
a) Art. 127, CPP. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do ofendido, ou
mediante representação da autoridade policial, poderá ordenar o seqüestro, em qualquer fase
do processo ou ainda antes de oferecida a denúncia ou queixa.
b) Art. 129, CPP. O sequestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro.
Art. 130, Parágrafo único, CPP. Não poderá ser pronunciada decisão nesses embargos antes de
passar em julgado a sentença condenatória.
c) Art. 131, CPP. O sequestro será levantado:
I - se a ação penal não for intentada no prazo de sessenta dias, contado da data em que ficar
concluída a diligência;
II - se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, prestar caução que assegure a
aplicação do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do Código Penal;
III - se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença transitada em julgado.
d) Art. 125, CPP. Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os
proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
Art. 132, CPP. Proceder-se-á ao sequestro dos bens móveis se, verificadas as condições previstas
no art. 126, não for cabível a medida regulada no Capítulo Xl do Título Vll deste Livro.
e) Art. 133, CPP. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a
requerimento do interessado, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público.
Gabarito: A
I – CORRETA - Determinado policial militar foi designado para participar, nas ruas, à paisana, de
passeatas e manifestações, a fim de coletar dados para subsidiar a Força Nacional de Segurança
em atuação estratégica diante dos movimentos sociais e dos protestos ocorridos no Brasil em
2014. Para essa atividade, não se exigia prévia autorização judicial. No curso de sua atividade
originária, o referido policial, percebendo que algumas pessoas estavam se reunindo para planejar
a prática de crimes, aproximou-se desses suspeitos, ganhou a sua confiança e infiltrou-se no grupo
participando das conversas virtuais e das reuniões presenciais dos envolvidos. Assim, o policial
ultrapassou os limites da sua atribuição original e passou a agir como agente infiltrado. Ocorre que
a infiltração de agentes somente pode acontecer após prévia autorização judicial, o que não havia
no caso. Diante disso, o STF declarou a ilicitude e determinou o desentranhamento da infiltração
realizada pelo policial militar e dos depoimentos por ele prestados em sede policial e em juízo, nos
termos do art. 157, § 3º, do CPP. STF. 2ª Turma. HC 147837/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado
em 26/2/2019 (Info 932).
II – CORRETA - É cabível recurso em sentido estrito para impugnar decisão que indefere produção
antecipada de prova, nas hipóteses do art. 366 do CPP. As hipóteses de cabimento de recurso em
sentido estrito estão previstas no art. 581 do CPP, sendo esse um rol taxativo (exaustivo). No
entanto, apesar disso, é admitida a interpretação extensiva dessas hipóteses legais de cabimento.
Se você observar as situações ali elencadas, verá que não existe a previsão de recurso em sentido
estrito contra a decisão que indefere o pedido de produção antecipada de provas. Apesar disso,
será possível a interposição de RESE contra essa decisão com base no inciso XVI do art. 581:
“Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: XVI - que ordenar a
suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;” A decisão que indefere a produção
antecipada de provas com base no art. 366 deve ser encarada, para fins de recurso, como sendo
uma decisão que “ordena a suspensão do processo” e, além disso, determina se haverá ou não a
produção das provas. Logo, enquadra-se no inciso XVI do art. 581 do CPP. STJ. 3ª Seção. EREsp
1630121-RN, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 28/11/2018 (Info 640).
III – CORRETA - É nula decisão judicial que autoriza o espelhamento do WhatsApp via Código QR
para acesso no WhatsApp Web. Também são nulas todas as provas e atos que dela diretamente
dependam ou sejam consequência, ressalvadas eventuais fontes independentes. Não é possível
aplicar a analogia entre o instituto da interceptação telefônica e o espelhamento, por meio do
WhatsApp Web, das conversas realizadas pelo aplicativo WhatsApp. STJ. 6ª Turma. RHC 99735-SC,
Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 27/11/2018 (Info 640).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.
Gabarito: C
I – CORRETA - Os dados do contribuinte que a Receita Federal obteve das instituições bancárias
mediante requisição direta (sem intervenção do Poder Judiciário, com base nos arts. 5º e 6º da LC
105/2001), podem ser compartilhados, também sem autorização judicial, com o Ministério Público,
para serem utilizados como prova emprestada no processo penal. Isso porque o STF decidiu que
são constitucionais os arts. 5º e 6º da LC 105/2001, que permitem o acesso direto da Receita
Federal à movimentação financeira dos contribuintes (RE 601314/SP, Rel. Min. Edson Fachin,
julgado em 24/2/2016. Info 815). Este entendimento do STF deve ser estendido também para a
esfera criminal. É lícito o compartilhamento promovido pela Receita Federal dos dados bancários
por ela obtidos a partir de permissivo legal, com a Polícia e com o Ministério Público, ao término
do procedimento administrativo fiscal, quando verificada a prática, em tese, de infração penal. STF.
1ª Turma. RE 1043002 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 01/12/2017. STF. 2ª Turma.
RHC 121429/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/4/2016 (Info 822). STJ. 5ª Turma. AgRg no
REsp 1601127-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Rel. Acd. Min. Felix Fischer, julgado em 20/09/2018
(Info 634). STJ. 6ª Turma. HC 422473-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 20/03/2018
(Info 623).
II – INCORRETA - Na fase de defesa prévia, o réu arrolou uma série de testemunhas, mas o juiz
negou a oitiva afirmando que o requerimento seria protelatório, haja vista que as testemunhas
não teriam, em tese, vinculação com os fatos criminosos imputados. O STF entendeu que houve
constrangimento ilegal. O direito à prova é expressão de uma inderrogável prerrogativa jurídica,
que não pode ser, arbitrariamente, negada ao réu. O princípio do livre convencimento motivado
(art. 400, § 1º, do CPP) faculta ao juiz o indeferimento das provas consideradas irrelevantes,
impertinentes ou protelatórias. No entanto, no caso concreto houve o indeferimento de todas
as testemunhas de defesa. Dessa forma, houve ofensa ao devido processo legal, visto que
frustrou a possibilidade de o acusado produzir as provas que reputava necessárias à
demonstração de suas alegações. STF. 2ª Turma. HC 155363/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
8/5/2018 (Info 901).
III – CORRETA - Não há ilegalidade na perícia de aparelho de telefonia celular pela polícia, sem
prévia autorização judicial, na hipótese em que seu proprietário - a vítima - foi morto, tendo o
referido telefone sido entregue à autoridade policial por sua esposa. STJ. 6ª Turma.RHC 86076-MT,
Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 19/10/2017 (Info
617). Cuidado para não confundir: Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas obtidas
pela polícia por meio da extração de dados e de conversas registradas no Whatsapp presentes no
celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que o aparelho tenha sido apreendido no
momento da prisão em flagrante. STJ. 5ª Turma. RHC 67379-RN, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado
em 20/10/2016 (Info 593). STJ. 6ª Turma. RHC 51531-RO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em
19/4/2016 (Info 583).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>
Gabarito: C
a) Art. 157, CPP. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
b) e d) Art. 155, CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
c) Art. 156 , CPP. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de
ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas
consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade
da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências
para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
e) art. 157, § 3 º, CPP. Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível,
esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições
estabelecidas na lei civil.
Gabarito: A
a) art. 185, § 5 º, CPP. Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito
de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica
também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor
que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o
preso
b) Art. 159, CPP. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
portador de diploma de curso superior.
§ 1 º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de
diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.
c) Art. 205, CPP. Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz procederá à
verificação pelos meios ao seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento desde
logo.
d) Art. 200, CPP. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do
juiz, fundado no exame das provas em conjunto.