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No momento da fratura, os vasos sanguíneos que passam por dentro do osso se rompem. Com isso,
o sangue vaza e forma uma massa gelatinosa, chamada coágulo, que ocupa o vão que surgiu entre
as partes quebradas do osso, ajudando a estabilizá-las.
Limpeza e reconstrução
Em seguida, o organismo trabalha para que novos vasos sanguíneos se formem. Ao mesmo tempo,
dois tipos de célula entram em ação: os osteoclastos, que destroem e limpam os fragmentos de
osso que sobraram da fratura (além de eliminar o coágulo), e ososteoblastos, que fabricam
material ósseo para unir as duas pontas (regenerando também a medula óssea, que fica dentro do
osso e produz as células do nosso sangue).
Quase novo
Os osteoblastos se multiplicam, produzindo o calo ósseo, um tecido menos resistente do que o
osso. Em cerca de duas semanas, o calo une as pontas do osso. E mais ou menos seis semanas após
o acidente, a rachadura no osso já desapareceu.
Tempos depois
Ao longo dos meses seguintes, o calo ósseo fica mais resistente e o estrago é totalmente reparado.
Mas leva um tempão (até dez anos) para que o calo seja moldado por células do organismo, como
se estivesse sendo lixado, até ficar menor e com a aparência de um osso normal outra vez.
Raios-x
Os ossos são divididos em camadas. A primeira é uma membrana fina, que funciona como proteção
e tem células que dão sinais de dor quando há um problema no local. Depois vem uma área mais
dura, que garante a resistência do osso. Por último está a parte chamada de esponjosa, onde fica a
medula óssea (responsável por produzir as células do sangue humano).
E o gesso?
Para facilitar a regeneração do osso, é preciso imobilizar o local da fratura com gesso. Isso ajuda a
evitar que as duas pontas do osso rompido mudem de direção e colem de forma errada. O tempo
de imobilização varia conforme o tipo de fratura e o tamanho do osso.
FRATURA DE COLLES
Etiologia:
A fratura de Colles é uma lesão comum que é mais freqüente em crianças entre 6 e 10 anos e
pessoas idosas, especialmente mulheres acima de 50 anos. É a fratura da extremidade distal do rádio
com deslocamento do fragmento fazendo-se para trás e para o exterior, realizando um aspecto típico
da mão como um dorso de um garfo, e tendo como causa mais freqüente uma queda sobre a mão
aberta.
Fisiopatologia:
O indivíduo apresenta limitação dos movimentos do punho, falanges, dificuldades em realizar prono-
supinação do antebraço devido ao edema e o quadro álgico muito intenso.
Tipos:
1– Oblíqua: a fratura ocorre de tal maneira, que resulta de duas partes cortantes de osso, que podem
romper os tecidos e os vasos.
Conseqüências:
Embora a maior parte das pessoas que sofrem uma fratura de colles volte às suas atividades
normais, alguns problemas podem ocorrer durante o processo de reabilitação. Muitas vezes, a junção
das duas extremidades do osso fraturado não fica perfeita, resultando em uma deformação visível do
pulso. Após a fratura, cerca de 1 terço das mulheres acometidas têm uma condição chamada
algodistrofia que causa dor e sensibilidade, edema e rigidez da mão podendo ainda afetar a
circulação local. Neste caso, os pacientes apresentam um quadro álgico persistente e rigidez articular
que podem durar por muitos anos.
Alguns autores afirmam que esta fratura cria deformidade, impotência e limitação e, por outro lado,
outros autores discordam desta afirmativa. É importante ressaltar que a fratura vai além de um
antebraço e uma mão impotente funcionalmente. A vida profissional do indivíduo é afetada em
conjunto às suas atividades de vida diária, como nutrição, higiene pessoal e vestuário.
Complicações:
=> Síndrome do túnel do carpo: Pode ocorrer pela compressão de alguma estrutura componente do
túnel, por um fragmento ósseo, pelo edema ou até mesmo por uma formação de calo ósseo incorreto.
Tratamento Fisioterapêutico:
Inicialmente, o tratamento mais indicado é o conservador ortopédico por redução sob anestesia e
gesso mantido em um período de 4 a 5 semanas.
Nas primeiras semanas (com o paciente ainda gessado), é pertinente que o fisioterapeuta observe se
as falanges do paciente permanecem muito edemaciadas. Neste caso, é indicado que o paciente
permaneça algum tempo com o braço em posição de drenagem para que o líquido intersticial seja
melhor drenado pelos vasos linfáticos.
A mobilização ativa das falanges e a contração isométrica intermitente podem ser utilizadas o mais
precoce possível a fim de promover recrutamento das fibras musculares responsáveis.
=> Alongamento passivo de flexão e extensão, desvios radial e ulnar, pronação, supinação
(respeitando o limiar álgico do paciente);
=> Contrações isométricas em múltiplos ângulos para conseguir um maior recrutamento do complexo
musculo-tendíneo.
=> Laser
=> Eletroterapia
=> Hidroterapia
=> Crioterapia
Na maioria dos casos não é possível identificar uma causa específica e sim condições
associadas como: posturas inadequadas e repetidas do punho no trabalho ou em casa ,
inflamação dos tendões da região , doenças sistêmicas com distúrbios tiroidianos,
diabetes, sexo feminino , etc.
6- Precisa operar?
Nem todo paciente com Sìndrome do Túnel do Carpo precisa ser operado. Geralmente,
em casos iniciais e com poucos sintomas, o uso de talas , medicação e fisioterapia
podem contribuir para a melhora do quadro. Porém , quando a sintomatologia é intensa
e vem se prolongando por um período de meses , a cirurgia é indicada.
Quando a cirurgia é bem indicada, o risco de recidiva é muito remoto. Acontece que
existem outras condições que se manifestam com sintomas muito parecidos com os da
Síndrome do Túnel do Carpo , como por exemplo a Hérnia de Disco Cervical. Se essas
condições coexistirem e não forem bem avaliadas e tratadas , o paciente permanecerá
com sintomas que se confundem com a dormência da Síndrome do Túnel do Carpo,
contribuindo para o mito de que é uma doença que volta e não adianta operar.