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Núcleo celular.

Cap 3, 50-61

Núcleo celular e seus principais componentes:

É o centro de controle de todas as atividades celulares, contem todo o


genoma (DNA [ácido desoxirribonucleico]) da célula. Denomina- se genoma
todo o conjunto de informações geneticas codoficadas no DNA.
Contem a maquinaria necessária para duplicar seu DNA e é responsavel
pela sintese e processamento do ácido ribonucleico(RNA) e seus varios tipos,
que são exportados para o citoplasma. Porém o nucleo não sintetiza proteinas.
Sua forma é variavel e caracteristica de cada tipo celular, porém possui
estrutura arredondada ou alongada. Em geral cada celula tem apenas um
nucleo localizado no seu centro, porém há celulas multinucleadas. Os
principais componentes do nucleo são: envoltorio nuclear, cromatina,
nucleolo, matriz celular e nucleoplasma.

Envoltorio nuclear: o conteúdo intracelular é separado do citoplasma


pelo envoltorio nuclear, porém este é revestido internamente principalmente
pela camada de cromatina. Observações em microscopio eletronico
mostraram que o envoltorio nuclear é constituido por duas membranas
separadas por um espaço de 40 a 70 nm, a cisterna perinuclear. A membrana
nuclear externa contem polirribossomos em sua superficie citoplasmática e
contínua com o reticulo endoplasmatico granuloso(REG). seu envoltorio
nuclear apresenta poros, e cada um é organizado por uma estrutura
denominada complexo do poro, que tem função de transporte seletivo de
moléculas para fora e para dentro do nucleo. No poro, este envoltorio nuclear
é impermeavel a ions e moléculas, de modo que o transito entre o nucleo e o
citoplasma seja feito pela estrutura do complexo do poro. O complexo do poro
é uma estrutura constituida por mais de 100 proteinas, com diametro externo
de aprox. 120nm e canal central de 9nm, o que faz com que ions e moleculas
soluveis em água menores ou iguais a este tamanho, transitem livremente
pelo complexo do poro nuclear, por difusão passiva. Porem, moleculas
maiores são transferidas por meio de transporte ativo, processo mediado por
receptores, que requerem energia derivada do ATP e é realizado em duas
etapas. Na 1° proteinas com um ou mais sinais de destinação nuclear ou
NSL(nuclear signal location), ligam- se a proteinas específicas do citosol,
formando um complexo de adere temporariamente à periferia do poro nuclear
sem gasto de energia. Na 2° etapa as moleculas com um ou mais NSLs são
transportadas para o interior do nucleo, agora, usando ATP e a proteina
citosólica permanece no interior do citoplasma. Parte da energia do ATP é
gasta para dilatar o canal do poro.

Cromatina: pode ser identificada através de heterocromatina e


eucromatina. A heterocromatina, é eletron- densa, aparece como granulos
grosseiros e bem visivel ao microscópio de luz. É inativa, pois nela a hélice
dupla de DNA é muito compactada, impedindo a transcrição dos genes. A
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eucromatina, aparece de forma granulosa clara entre os grumos de


heterocromatina, e nesta, o filamento de DNA não está condensado e tem
condições de transcrever os genes. É uma cromatina ativa sendo mais
abundante nas celulas que produzem muitas proteinas. As variações nas
proporções de heterocromatina e eucromatina são responsáveis pelo aspecto
mais claro ou mais escuro em microscopio óptico e eletronico.
A cromatina é constituida por filamentos duplos helicoidais de DNA
associados a proteinas, principalmente as histonas, contendo tb as não
histonicas, havendo 5 tipos de histonas: H1, H2A, H2B, H3 e H4. O DNA e
essas histonas formam os nucleossomos. Cada nucleossomo é constituido
por 8 moléculas de histonas, com um par de cada tipo das 5 existentes,
formando assim um octamero, envolvido por 166 pares de bases do DNA.
As proteinas não histonicas exercem diversas funções, algumas são
estruturais e participam da condensação dos cromossomos; outras são
reguladoras de atividade dos genes ou enzimas como as DNA e RNA
POLIMERASES. Os nucleossomos se originam em estruturas cada vez mais
compactadas até constituirem os cromossomos.
Observa- se no nucleo das celulas de mamíferos do sexo feminino, uma
cromatina muito visivel, chamada de cromatina sexual, sendo que a mesma
não aparece nos individuos do sexo masculino. Esta é um dos dois
cromossomos X que se mantem condensado no nucleo interfásico. No
homem os cromossomos sexuais são um X e um Y; o X não esta condensado
e não é visivel como cromatina sexual. Nas celulas do epitelio bucal, a
cromatina sexual aparece sob forma de pequeno granulo, ligada a membrana
nuclear. Sendo utilizados esfregaços desse epitelio para verificar o sexo
genetico. Em fotomicrografias, os cromossomos podem ser ordenados de
acrodo com a sua morfologia e na ordem decrescente de tamanho, em pares
numerados de 1 a 22, acrescidos dos cromossomos sexuais XX para sexo
feminino e XY para o masculino. Este método classico de estudo em genética
pode ser chamado de catiótipo.

Nucleolos: são fabricas para a produção de ribossomos. Nas laminas


podem ser vistas como formações intranucleares arredondadas, geralmente
basófilas. São constituídas principalmente por RNA ribossomico(rRNA) e
proteinas. Nos humanos, o gene que codifica o rRNA, localizam- se em 5
cromossomos e podem apresentar varios nucleolos, porém a maioria das
celulas tem apenas 1 ou 2 nucleolos.

Matriz celular: é a extração bioquimica dos componentes soluveis de


núcleos isolados, que deixam uma estrutura fibrilar. Ela fornece um esqueleto
para apoiar a cromatina interfásica, denominando sua localização dentro do
nucleo celular. É constituida principalmente por RNA.
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Divisão celular: é denominada de mitose. Processo onde uma


celula(célula mãe), se divide em duas, recebendo cada uma delas(células
filhas), um jogo cromossomico igual ao da celula mãe. É a duplicação do
material genético( cromossomos) e na sua distribuição para as celulas filhas.
Quando a celula não esta no estado de mitose, se encontra em interfase. A
mitose é um processo continuo que pode ser dividido em várias etapas.
Profase: é a ausencia de nucleolos, os cromossomos estão condensados.
Metáfase: os cromossomos muito condensados formam uma placa no
equador da célula.
Anáfase: (proximo ao seu fim), os cromossomos se localizam nos polos
celulares, distribui o DNA igualmente entre as duas novas celulas.
Interfase; Profase: os cromossomos estão se tornando visiveis devido à
sua condensação. O citoplasma está tomando a forma globosa, característica
típica de celula em mitose.
Metáfase: nesta fase os cromossomos se organizam, constituindo uma
placa na região do equador da célula.
Anáfase: graças a atividade dos microtubulos, os cromossomos começam
a se deslocar para os polos da celula.
Telófase (inicial): os dois conjuntos de cromossomos ja atingiram os polos
das celulas original e formar as duas células- filhas, cada uma com um
conjunto de cromossomos igual ao da célula- mãe.
Telófase (mais adiantada): o citoplasma esta se dividindo (citocinese),
para formar as duas celulas filhas, que serão menores do que a celula- mãe.
Logo as células- filhas entrarão em crescimento até alcançarem o mesmo
tamanho da célula- mãe.

Os centrossomos e seus centríolos que se duplicaram na interfase,


separam- se migrando um par para cada polo da celula. Na metáfase, os
cromossomos migram graças a participação dos microtúbulos e se dispoem
no plano equatorial da célula. Cada cromossomo divide- se longitudinalmente
em duas cromátides.
Na anáfase, os cromossomos- filhos separam- se e migram para os polos
da celula. Nesse deslocamente, os centromeros seguem na frente e são
comumente acompanhados pelo restante do cromossomo. É uma região mais
estreita( constrição) do cromossomo, que mantém as cromátides juntas até o
inicio da anáfase.
A telófase se caracteriza pela reconstrução dos envoltorios nucleares das
celulas filhas, denominadas ciclinas, quinases dependentes de ciclinas(CDKs),
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e quinases inibitórias de CDKs. Durante a fase G1, há a sintese de RNA e


proteinas, onde se localiza o ponto de restrição, que impede a passagem de
celulas que ainda não acumularam a quantidade critica de proteinas
importantes para a continuação do ciclo. Na fase S, ocorrem a síntese de DNA
e a duplicação dos centrossomos e centriolos. Na fase G2, se não houver
correção de eventuais erros da etapa anterior, a célula pode ser direcionada à
morte. Nesta fase as celulas acumulam energia para ser usada durante a
mitose e sintetizam tubulina, para formar os micotubulos do fuso mitótico.

Morte celular: crescimento, renovação dos tecidos e formação dos


órgãos, depende diretamente da proliferação e morte celular, por meio de
diferentes processos, dentre os quais há a apoptose e necrose.
Apoptose, foi descoberta em estudos realizados em plantas, mas tb
observada no desenvolvimento embrionário de animais. É um fenomeno
frequente e faz parte do equilibrio de diferentes populções celulares. Nesta
fase, a celula e seu nucleo são compactados, diminuindo de tamanho, sendo
facilmente identificada em MIC. Luz, pois apresenta um nucleo e cromatina
muito condensada, e corando- se fortemente (núcleo picnótico). em seguida a
cromatina é cortada em pedaços por endonucleases do DNA. Os fragmentos
que se destacam, estão envolvidos por uma membrana plasmática modificada
e são rapidamente fagocitadas pelos macrófagos. Os fragmentos apópticos
não induzem os macrófagos a produzir moléculas sinalizadoras que
desencadeiam a resposta inflamatória nos tecidos adjacentes.
A morte acidental das celulas é um processo patológico chamado de
necrose, e pode ser causada por microorganismos, virus, agentes químicos e
outros. As celulas necróticas incham, suas organelas tb aumentam de volume
e a celula se rompe, lançando seu conteudo no espaço extracelular. Na
apoptose esses fragmentos celulares estão sempre envoltos por uma
membrana plasmática. As celulas que morrem por necrose tb tem seu
conteúdo fagocitado pelos macrofagos, porém esses secretam moleculas que
vão ativar outras celulas de defesa, que promovem o processo inflamatório.
Por isso, a necrose, processo patológico, é seguida de inflamação, o que não
ocorre na apoptose.
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