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Da obra "O Direito na Pós Modernidade", de Eduardo Bittar, é possível extrair os seguintes

pontos que favoreçam uma mudança na abordagem do tema:

- o problema não tem origem dentro da própria legitimidade do direito enquanto técnica e
meio de controle social; o problema é que surgiram outras formas de controle social, ainda que
veladas e assim não anunciadas, cuja atuação na pós-modernidade causa "falência das
estruturas institucionais e a derrocada dos paradigmas de justiça" (fl. 30). Dentre elas,
predomina a atuação do mercado, já que em tudo predomina sua força, tudo é pensado a
partir do mercado. Nesse sentido, a lógica neoliberal, representada pela burguesia, manifesta-
se como símbolo da globalização, de modo que os ideais de consumo coisifica aquele que vive
na pós-modernidade, causando-se-lhe uma latente insatisfação com a realidade e desalento
espiritual.
Assim, interessante notar que, mudando-se o enfoque da pesquisa no sentido de que a
técnica (o direito enquanto técnica), na visão de Ellul, é a causa primordial da crise da justiça e
direito na pós-modernidade, verifica-se que são fatores externos ao direito, atuantes
silenciosamente e de forma despercebida aos olhos das massas os potenciais causadores desta
crise.
Isso não quer dizer que o direito enquanto técnica seja provido de efetivação concreta,
ou seja, por mais que sejam previstos no ordenamento direitos garantias fundamentais, sua
efetiva e concreta aplicação/verificação não ocorre; na verdade, são justamente aqueles
fatores externos ao direito que exercem forças no sentido da inocorrência de efetividade e
concretude dos objetivos almejados pelo ordenamento jurídico.

- O problema cerca a questão da eficácia do direito (pg. 14);

- A necessidade do "enraizamento" para a utilização válida da filosofia do direito;

- Folhas 30, 31; 34;

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