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Leo Huberman

História da Riqueza do Homem

1. Sacerdotes, Guerreiros e Trabalhadores

O trabalho na Idade Média: Cavaleiros, damas, guerreiros, palácios, igrejas


e monumentos. Quem pagava o bem-estar da nobreza?

A sociedade feudal constituía-se de três classes: sacerdotes, guerreiros e


trabalhadores.

Qual a espécie de trabalho na Idade Média? Agrícola.

Ler segundo parágrafo página 3.

Nos séculos X a XII, a Europa Ocidental e Central estavam dividida


“feudos”, mas em que consistia um feudo?

Feudo: aldeia com terras aráveis.

Cada propriedade feudal tinha um senhor que residia ou visitava sua


fortificação (castelo ou casa grande).

1/3 das terras do feudo eram do senhor, enquanto o restante 2/3 eram
distribuídas para os demais membros do feudo.

As terras não eram contínuas como é comum hodiernamente, ver figura


página 4.

As porções de terra eram dispersas e a estratégia para não se perder a


fertilidade da terra era alternância de cultivo. Ler página 5 segundo
parágrafo.

Características fundamentais do sistema feudal: 1) terra dividida em duas


partes: uma para o senhor feudal e outra era arada por muitos
arrendatários; 2) a terra não era cultivada em campos contínuos; 3) Os
arrendatários não trabalhavam apenas nas porções de terras arrendadas,
mas também nas terras pertencentes aos senhores feudais.

As condições do camponês eram de precariedade.

Dois a três dias por semana os camponeses tinham de trabalhar nas terras
do senhor. Além do que as terras do senhor tinham absoluta prioridade.

Ler página 5 último parágrafo e início da 6.


Mas, o servo era um escravo? O que o diferenciava de um escravo?

Ler página 6 final.

Tipos de servos:

Servos de domínio: vinculados aos serviços da casa do senhor e


trabalhavam exclusivamente nas terras do senhor.

Servos fronteiriços: mantinham pequenas porções da terra à orla das


aldeias.

Servos aldeões: nem mesmo possuíam uma porção de terra. Trabalhavam


para o senhor em troca de comida.

Servos vilões: segmento de servos com mais “privilégios” pessoais e


econômicos. Gozavam de maiores privilégios e de menores deveres para o
senhor. Ler parágrafo 3 da página 7.

Nenhuma descrição, porém, sobre a Idade Média é absolutamente precisa,


segundo os historiadores.

Contudo, “os camponeses eram mais ou menos dependentes. Acreditavam


os senhores que existiam para servi-los”. Página 8.

Século XI: um servo valia 38 soldos enquanto um cavalo era estimado em


100.

Mas, o camponês não podia ser vendido sem a terra. Ler página 8 primeiro
parágrafo.

Casamento era realizado dentro dos domínios do feudo.

A sustentação do ordenamento legal era a tradição, os costumes. Página 8


e 9.

Todavia, quem arbitrava as querelas entre os senhores feudais? O senhor


acima na hierarquia de arrendamento. Página 9 – segundo parágrafo.

Fator de riqueza na Idade Média: a quantidade de terra acumulada.

Função do vassalo: conceder serviço militar ao senhor acima na hierarquia


feudal. Ler página 11 primeiro parágrafo.

A sucessão de arrendamento pressupunha o pagamento de taxa (o


laudêmio da Idade Média? ) Ler página 11 – segundo e terceiro parágrafos.
A questão feminina do sistema feudal: completa submissão. Pagava-se
para permanecer viúva ou para casar novamente. Ler página 12 – segundo
parágrafo.

O poder da Igreja no sistema feudal.

Caso Ler página 12 metade do terceiro parágrafo até a 13.

A Igreja como a maior proprietária de terras do sistema feudal por doações


dos nobres e a instituição do dízimo.

Ler página 13 terceiro parágrafo.

A iniciativa social na Idade Média: hospitais, auxílio aos pobres, crianças


desamparadas e escolas confessionais.

Ler página 14 – segundo parágrafo: sobre o impedimento dos casamentos


dos clérigos.

A administração dos feudos da Igreja era opressora. Ler página 14 –


terceiro parágrafo.

Igreja: guarda espiritual do sistema feudal.

Nobreza: segurança militar.

Ler último parágrafo – página 15.

Capítulo 2

Entra em cena o comerciante

Idade Média: capital acumulado era estático e não dinâmico.

O volume de dinheiro para circulação era limitado e escasso.

Intercâmbio predominante via M-M.

Economia de subsistência, não havendo produção de excedente em grande


escala.

Infraestrutura precária: presença de assaltantes nas estradas e cobrança de


pedágio, por exemplo.

Ler primeiro parágrafo 1. P 18

Emergência do comércio a partir do século XI por ocasião das cruzadas.

Em tese: as Cruzadas objetivavam o resgate da Terra Prometida.


Motivação religiosa: ampliação do raio de ação da Igreja Católica.

Ler página 19 – parágrafo 1 final.

Segundo motivo: obliterar o avanço mulçumano pela Europa (Império


Bizantino).

Terceiro motivo: interesse dos cavaleiros e nobres nos saques que


poderiam ser operados por meio das investidas militares.

Quarto motivo: Agilizar o comércio entre as cidades do mediterrâneo, com


vantagens para as cidades comerciais italianas.

Cruzadas: do ponto de vista religioso, pouco resultado. Todavia alavancou o


comércio.

Ler página 21 – Segundo parágrafo.

Intensificação do comércio europeu. Sul-Norte.

Mercados semanais e feiras anuais.

Feiras passam a ser constantes: de cidades para cidades.

Diferença entre mercados locais semanais e feiras. Ler página 22 (final) e


23 (começo).

Salvo conduto aos comerciantes.

Ler página 23– segundo parágrafo final.

Os senhores passam a obter lucros nas feiras pelo pagamento de taxas.


Ler página 23 – final.

Emergência das regulamentações comerciais. Ler página 24 início.

Surgimento das moedas como equivalentes gerais das trocas.

Aparece a importância da necessidade do capital rentista. Último parágrafo


da página 24 – meio.

A importância do dinheiro para expansão do comércio (M-D-M).

Ler página 25 – meio parágrafo e final.

O “poder social do dinheiro” é a causa social, histórica, política e econômica


do início da derrocada do feudalismo.

Capítulo 3
Rumo à Cidade

O crescimento urbano pela ascensão do comércio favorece o surgimento


de cidades em locais estratégicos: emboca de rios, declives e encontro de
estradas.

Burgos: fortificações contra ataques de rivais.

Burgo extramural: com a expansão dos comerciantes.

Ler página 27 – meio do parágrafo.

Toda atmosfera restrita à ordem feudal representava o aprisionamento do


servo e o conflito. Já as cidades comerciais despontam como o “reino da
liberdade”.

As práticas e o ordenamento feudal não correspondem à realidade do


comércio em expansão. As forças produtivas entrando em contradição com
as relações sociais de existência.

Ordenamento feudal: tradição e costume.

Comércio: dinâmico incompatível com a forma estática da tradição.

O que queria a população da cidade? Liberdade!!!!

Não só a liberdade da cidade, mas a liberdade da terra. Abolição dos


excessivos arrendamentos.

Ler final do primeiro parágrafo 28.

Os habitantes queriam liberdade para produzir suas próprias leis e tribunais


que fossem compatíveis com a realidade dinâmica do comércio.

Ler segundo parágrafo meio página 29.

A autonomia, contudo, ocorreu aos poucos comparado à preservação dos


direitos do Sr. Feudal.

Ler página 30 – segundo parágrafo 30 final e terceiro.

Adaptação e resistências às mudanças impostas pela difusão do poder das


cidades. E, em alguns casos violência.

Ainda não emergira o liberalismo: liberdade individual.

Ler página 31 – segundo parágrafo.

As transformações visavam beneficiar o comércio.


Havia cidades totalmente independentes como na Itália e Flandres, mas
conviviam com comunas apenas relativamente livres dos senhores feudais.
Ler página 32 início.

O fortalecimento e a difusão das corporações de comércio no século XVII.


Ler página33 – início do segundo parágrafo e terceiro parágrafo.

Corporações como reserva de mercado nas cidades.

O poder burocrático das cidades era reservado aos membros ou indicados


pelas corporações.

Ler parágrafo segundo da página 34 – importância das regras a serem


obedecidas pelos membros das associações comerciais.

O poder social das corporações/associações de comércio se torna


internacional. Ler primeiro parágrafo página 35 (meio) .

Comércio passa a representar uma fonte particular de riqueza. Ler página


35 – segundo parágrafo.

Sistema feudal: terra como medida da riqueza.

Transição para o capitalismo comercial: medida da riqueza passa a ser o


dinheiro.

O topo da hierarquia social era ocupado pela nobreza e o clero. No entanto,


em pleno declínio do modo de produção feudal a classe média (comercial)
emerge com o poder econômico adquirido.

Ler fragmento do último parágrafo da página 35.

Capítulo 4

Surgem Novas Ideias

O capital rentista (que rende juros) era impedido de atuar na Idade Média
(usura).

Ler página 37 -primeiro parágrafo (meio).

Não havia as transações D-D’

O poder da Igreja era presente sobre todas as esferas do mudo da vida.

O Comércio era tolerado, mas a Igreja condenava a “ambição do ganho”.


Dever-se-ia prioritariamente salvar a alma.
O Comerciante tinha uma recompensa pelo seu trabalho que deveria ser
obtido via definição de um “preço justo”.

A Igreja condenava a acumulação.

Ler página 39 – segundo parágrafo.

Cobrar juros era cobrar tempo adicional e o tempo pertence apenas a Deus.
Ler terceiro parágrafo página 39.

Capital rentista – não trabalho (improdutivo).

A igreja fazia uma coisa e dizia outra.

O preconceito aos judeus enquanto rentistas da Idade Média. Ler


fragmento do último parágrafo da página 39.

Quando o comerciante necessitava de capital, a quem poderia recorrer?

No final, a doutrina teve de ceder a potência da força econômica.

Ler últimos dois parágrafos página 40.

A usura é relativizada finalmente. Ler penúltimo parágrafo página 41.

Capítulo V

O Camponês Rompe Amarras

Com a expansão das cidades há a necessidade de produção crescente de


suprimentos agrícolas.

Duas formas de aumentar a produção: inserção de novos métodos de cultivo


ou novas terras.

Século XII: O camponês aventureiro lança-se para ocupação das terras


virgens.

Ler página 43 – segundo parágrafo final.

As fronteiras no feudalismo não estavam peremptoriamente delineadas,


portanto abria-se espaço para colonização.

Ler página 43 – final.


O camponês irrompe o sistema feudal: repudia a repressão do Sr. Feudal e
parte em busca de terras virgens. Recorre aos sacerdotes o direito de cultivar
em campos ainda não explorados.

Ler as condições para concessão das terras – Bispo de Hamburgo -3 a 6 –


página 44.

Vantagens de arrendamento da terra: “Seria bom para nós e nossos


sucessores”, segundo o Bispo de Hamburgo.

Diferença do arrendatário camponês em relação ao servo: não se subordinaria


às condições pregressas ao senhor feudal. Metamorfose da dominação
pessoal (feudalismo) para impessoal (típica do capitalismo). Todavia, teria de
pagar uma quantia para o cultivo da terra.

“O mercado crescera tanto que qualquer colheita superior às necessidades do


camponês e do senhor poderia ser vendida. Em troca, o camponês recebia
dinheiro.” Página 45

A difusão do mercado em expansão transforma a configuração agrícola: eclode


a esfera para operar a troca do excedente em grande escala.

Ler página 45 – último parágrafo final.

A dominação do dinheiro também coloniza o Sr. Feudal que crescentemente


converte o servo em arrendatário. Há a conversão dos servos em
trabalhadores arrendatários (mais produtivos).

“Era melhor deixar de lado o trabalho tradicional e alugar o que lhe fosse
necessário, mediante o pagamento de salários”. (p. 46)

Também havia a possibilidade da aquisição da liberdade individual pelo servo


mediante pagamento ao senhor feudal. Ler penúltimo parágrafo da página 46.

Evidente que tais transformações foram acompanhadas de resistência e


absorção. A instituição que representou maior expoente de resistência foi a
Igreja católica. Por que? Ler página 47 final segundo parágrafo.

A Igreja registrou mais rigor em relação aos servos sob seu domínio se
comparada aos outros “senhores”, em face das iminentes metamorfoses das
condições sociais de produção.

A pressão das forças econômicas se mostrou avassaladora, não conseguindo


ser detida pelos defensores da antiga baseada nos costumes.

A peste negra que assolou a Europa no século XIV representou “grande fator
para a liberdade”.

Ler página – 48 terceiro parágrafo.


A peste negra dizimou milhões de pessoas. Ler balanço pg 49 – segundo
parágrafo.

Conquanto, a peste redundou numa vasta escassez de mão de obra na


Europa. O trabalho vivo quedou em alta valorização.

“O trabalho do camponês valia mais do que nunca – e ele sabia disso”. (página
49)

O Século XIV marcou a força do poder do trabalho na produção: os


trabalhadores exigiam concessões. A violência emergiu nas querelas entre
camponeses e senhores.

Ler página 50 – Terceiro parágrafo.

A emancipação do sistema feudal estava em pleno desenvolvimento. Ler


página 50 último parágrafo.

Após vários anos, a venda e a respectiva posse pelos camponeses foi


liberada, mediante pagamento de taxa de transferência ao poder constituído.
Estava selada a falência do modo feudal.

Capítulo 6

“E nenhum estrangeiro trabalhará”.

A produção era eminentemente doméstica: a própria família se encarregava da


produção dos bens para valor de uso.

Os artesãos vão às cidades e passam a viver de seu ofício.

O surgimento dos aprendizes que residiam com os mestres durante o período


da formação.

O próprio artesão vendia seus produtos, acumulando as esferas da concepção,


produção e circulação, bem como de empregador e mestre.

A reunião dos artesões formaram as corporações de ofício compostas pelos


mestres e os aprendizes. A rigor, todos eram congregados numa mesma
corporação de ofício.

Ler página 55 – Terceiro parágrafo – final.

Os termos contábeis da corporação: seguridade social, reserva de mercado,


cooperação, normas de conduta, supervisionamento e hierarquia.
Ler página – 56 e 57 – último e primeiro parágrafos respectivamente.

As corporações representavam monopólios e reservas de mercado. Até mesmo


os mendigos tinham suas corporações. Ler página – 57 último parágrafo meio
ao final.

A presença das guerras entre as corporações rivais de outras cidades.

Leis de preservação “patentes”. Ler segundo parágrafo página 58 – meio ao


final.

Ética profissional: 1. Relacionamento com a concorrência “ninguém dará


bebidas ou fará qualquer outra gentileza a fim de vender seu pão, sob pena de
pagar uma multa 60 soldos”. 2. Qualidade do serviço. “A corporação se
orgulhava de seu bom nome, e os artigos vendidos tinham a sua garantia de
um padrão mínimo de qualidade.”

Ler final do primeiro parágrafo da página 59.

A instituição do “preço justo” para determinar o preço ao cliente. Ler página 59


final.

Noção de preço: Santo Tomás de Aquino. Ler página primeiro parágrafo p. 60.

As autoridades municipais eram os fiscais dos “preços justos”. Ler início da


página 61.

Ampliação do mercado fez se trocar o “preço justo” pelo “preço de mercado”,


baseado nos custos de produção e na lei da oferta e da procura.

Aspectos da formação dos preços nas cidades em condições adversas: página


61 final.

Transformações geradas pela ampliação do mercado inter-regional encerram


noções diferenciadas de “preços justos”, mas de forma gradativa. Ler página
62 – final do primeiro parágrafo.

A noção de “preço justo” estava vinculada à condição estável do mercado


local. Passa a ser questionada pelos intelectuais do século XIV: “O valor de
uma coisa não deve ser medida por sua validade intrínseca... é necessário
levar em conta as necessidades do homem e avaliar as coisas em suas
relações com essa necessidade”. Pg. 62

Em consórcio a transformação da noção de preço, segue também novas


organizações inerentes às corporações.

As corporações se dividem em inferiores e superiores. É a segregação entre


corporações poderosas e não-poderosas no que se refere ao poder econômico
que se convertera em poder político, redundado no controle administrativo e
burocrático das cidades.

LER Pg. 63 – terceiro parágrafo final .

A aristocracia no campo ainda persistia, tendo o tradicionalismo como base


maior de sustentação. Na cidade, por seu turno, a dominação do dinheiro
prevalecia.

Ler primeiro parágrafo página 64 - final.

Outra metamorfose: a ascensão de aprendizes e jornaleiros à condição de


mestre não mais ocorria automaticamente. Com a expansão da produção, os
mestres acumularam poder e prestígio alçando aos segmentos socais de
destaque no âmbito das cidades. Transmitindo a condição de “mestre” a
membros de sua família (empresa familiar).

Monopólio do mercado de trabalho: trabalhadores assalariados (jornaleiros)


formam suas próprias associações. Os primeiros sindicatos surgem trazendo
de roldão as primeiras disputas dos pares opostos do capital em termos de
“luta de classes”. Ler página 65 – segundo parágrafo final e terceiro parágrafo
final.

Para libertação da cidade das opressões dos senhores feudais, todos os


segmentos sociais ( CIDADÃOS RICOS E POBRES, MERCADORES,
MESTRES E TRABALHADORES) haviam se unido, em face da insatisfação,
mas o fruto desta vitória foram para as classes superiores.

No final do século XIV, eclodem várias revoltas envolvendo os pobres (pobres e


pequenos artesãos) contra os grandes comerciantes e as corporações
superiores. Uma série de revoltas camponesas espalhou-se pela Europa
ocidental. Eram manifestações que espelharam a insatisfação do pobre contra
o rico (luta de classe). Ler página 67 – segundo parágrafo.

Houve vitórias pontuais dos pobres, mas os ricos, em geral, se sagraram os


grandes vitoriosos, mas não sem que tivessem passado por momentos de
hesitação em meio ao poder de luta da unidade das forças dos oprimidos
composta pelas classes subalternas.

Capítulo 7 – Ai Vem o Rei!

A dificuldade encontrada pelo autor no que se refere a exploração documental


para levantar os dados constantes no presente texto.

A língua “universal” era o latim (século XI).

A religião universal era o catolicismo.


Não havia a noção de patriotismo tal como a encontramos hoje (a pátria de
chuteiras).

Há um processo histórico de migração do poder local para as cidades e das


cidades para a Nação.

No século XV, percebe-se a dinâmica da unificação das nações. Antes deste


fato, observa-se o fortalecimento dos segmentos sociais da classe média entre
os séculos X ao XV.

Com a expansão dos setores médios nas cidades, surgem novas instituições e
serviços: estradas, segurança pública para evitar saques e assaltos, isenção
para taxas de pedágio, enfim a classe média exigia “ordem e segurança”.

Antes, no regime eminentemente feudal, quem realizava a segurança eram os


exércitos ligados à nobreza. Tão logo estes regimentos tornam-se obsoletos,
os soldados se convertem em assaltantes, haja vista que não mais receberiam
remuneração.

“Necessitava-se de uma autoridade central, um estado nacional. Um poder


supremo que pudesse colocar em ordem o caos feudal. Os velhos senhores
não podiam preencher sua função social. Sua época passara. Era chegado o
momento oportuno para um poder central forte”. (pg. 71)

Ler página 71 – parágrafos 3 e 4.

O contraponto ao poder dos barões locais veio da aliança do poder econômico


das cidades com a realeza.

Em contrapartida ao apoio real, os citadinos repassavam divisas ao rei. Com


isso, o poder real se tornava “independente” financeiramente e não mais
dependia do apoio militar dos vassalos, posto que constituíra um exército
profissional: preparado exclusivamente para o combate e disposto a absorver
as novas tecnologia bélicas (canhão e pólvora).

Por seu turno, o numerário repassado pelo capital comercial urbano se


convertia em proteção em face das investidas dos barões.

Emerge também a sofisticação das regras comerciais (normativos, moedas, e


medidas em amplitude nacional).

Século XV: instituição da arrecadação nacional de impostos com pagamento


em moeda monetária.

A expansão do comércio e da indústria favorecia os cofres reias. Todavia, as


corporações de ofício passam a representar o “gargalo” para a expansão das
manufaturas. Por que?

Ler página 74 (último) e 75 (início).


Não foi tarefa fácil combater o poderio das cidades independentes e suas
poderosas corporações. Em virtude disto, apenas depois a Itália e a Alemanha
seguiram a tendência de unificação de toda Europa: “Na Inglaterra, França,
Holanda e Espanha, o estado substituiu a cidade como unidade de vida
econômica.” (pg. 75)

A burguesia emergente compõe um bloco de poder com a realeza objetivando


a administração central do nascente Estado-nação.

Ler página 75 – último parágrafo e início da página 76.

Século XV e XVI: na Inglaterra, o monopólio do comércio exterior passa a ser


nacional sob a tutela do Estado.

O camponês, os artesãos e os mercadores preferiam um poder central como


meio de poder operar suas atividades pacificamente.

Em consórcio aos interesses das classes econômicas, houve a emergência de


um incipiente sentimento de nacionalismo que fomentou a unificação dos
países como no caso Francês (Joana Darc). Ler página 77, segundo
parágrafo.

O poder do Rei passa a ter o Papa como seu grande rival. A Igreja se negava
a pagar impostos e manteve seus próprios tribunais.

A Igreja almejava permanecer com seu poder perpétuo, interferindo na


administração central dos Países.

As distorções observadas por alguns clérigos incitavam à revolta, antes da


Reforma.

Wyclife, na Inglaterra, e Hus,na Boêmia, propiciaram um movimento camponês


de inspiração comunista e foram esmagadas tanto pela Igreja como pelos
nobres.

Posição de Lutero antes as revoltas camponesas: Ler página 81 primeiro


parágrafo.

Os reformadores não combatiam os privilégios acumulados pelas classes


superiores, mas o poder da Igreja católica especificamente. E, apelaram para o
“espírito nacional” para conferir um contraponto ao poder papal.

Os reformadores defendiam o não pagamento à Roma dos impostos e divisas.


Por isso, contaram com a simpatia dos príncipes.

A classe média representava a renovação: a superação definitiva do sistema


feudal e suas estruturas. A Igreja, por sua vez, se opunha a renovação por ser
a grande favorecida com o antigo sistema, por razões de ordem de poder
político e econômico.

O embate motivado pelos interesses antagônicos (realeza X igreja) era


iminente. E, teve o seu primeiro round na arena da Reforma Protestante.

Capítulo 8

Homem Rico

A estratégia da “desvalorização” monetária com fito de obter lucro.

Como funciona a estratégia da desvalorização? Ler página 85 – primeiro


parágrafo.

Como quedava a situação dos que percebiam salário “fixo”?

Havia, portanto, uma crise que assolava os “assalariados”: inflação.

Copérnico, estudioso das finanças, demonstrava quão era deletéria a


“estratégia de desvalorização da moeda”. A deterioração, segundo ele, poderia
ser minimizada por meio da unificação da moeda no reino conferindo a
estabilização monetária.

Oresme, também denunciava tal expediente: Ler página 86 último parágrafo e


início da página 87.

São produzidas leis para conter a evasão de metais preciosos. Ler página 87 –
segundo parágrafo.

A medida tinha como propósito aumentar as reservas de ouro e prata no âmbito


do País.

Incentivo ao segmento dos mineiros – ler página 87 – 88.

O preço das mercadorias importadas ascendia astronomicamente no século


XV: dificuldade de transporte, saques e outros custos encareciam os preços.

Comerciantes de outros ramos não se conformavam ao se deparar com os


lucros crescentes do S.M.I.

Os demais mercadores passam a questionar os lucros acumulados pelos


venezianos.
Foi, então, que emergiram as tentativas de outras rotas para as Índias com fito
de ter acesso ao lucrativo mercado das especiarias.

Em 1497, Vasco da Gama consegue chegar ás Índias inaugurando uma rota ao


sul.

Seguiram-se várias tentativas de transpor o continente americano.

Ler último parágrafo da página 89 – sobre os lucros alcançados pelas grandes


navegações.

As novas rotas navais ascenderam comercialmente as cidades situadas no


Atlântico. Espanha, Portugal, França e Inglaterra despontam com proeminência
no cenário mundial.

Ler página 90 – segundo parágrafo.

No entanto, para realizar as viagens comerciais havia a necessidade de


grandes investimentos. Como constituí-los? Por meio do consórcio para
formação de grandes companhias por ações.

Tais empresas foram responsáveis pela montagem das grandes infraestruturas


exigidas pelas viagens. Ler página 91 – quarto parágrafo.

Emergem as C.I.Orientais e Ocidentais.

As grandes companhias buscavam incessantemente vantagens de seus


países-sede. Ler página 92 – segundo parágrafo.

Às companhias comerciais, grandes conglomerados da época, interessavam os


lucros lançando mão das mais diversas – e nem sempre “éticas” – estratégias.

Nos séculos XVI e XVII, os reis da época, com o fito de financiar as contas
públicas, inclusive, nos esforços de guerra, dependiam diretamente de frações
dos lucros das grandes companhias e do capital bancário.

O capital rentista passa ocupar papel central para o financiamento do comércio.


Os bancos da época passam a registrar lucros crescentes. Ler página 94
segundo parágrafo até os lucros do rentista Fugger.

A emergência do representante comercial: ler página 95 – primeiro parágrafo


final.

Em Antuérpia, a atividade comercial e bancária eram livres. Antuérpia como


centro financeiro da Europa neste período. Os meios de pagamento e serviços
bancários são continuamente aperfeiçoados. Ler página 95 e 96.

Compensação entre nações via Letras de Câmbio. Ler segundo parágrafo – 96.
Capítulo 9

Homem Pobre, Mendigo, Ladrão.

A guerra dos 30 anos na Alemanha (1618-48) culminou com a devastação de


2/3 da população (fome e miséria).

A descoberta de minas pelos espanhóis na América – ler página 98 – terceiro


parágrafo.

Os espanhóis, contudo, empregaram muito mal as divisas dos metais


preciosos: igrejas, guerras, balança comercial desfavorável.

O afluxo de prata redundou num aumento dos preços dos produtos. Ler página
99 Terceiro parágrafo.

O homem comum não conseguia identificar a causa da inflação. Ler página


100 – Parágrafos terceiro e quarto.

Emerge as primeiras ideias econômicas – Jean Bodin- Ler página 101 –


primeiro parágrafo final e o segundo parágrafo.

Catillon, também, formulava sua tese. Ler página 101 – terceiro parágrafo.

Os beneficiados com a alta dos preços: mercadores e os produtores que


tinham os custos fixos (arrendamento em longo prazo, por exemplo).

As finanças do Estado eram abaladas pelas receitas fixas e custos galopantes.

Os salários também eram esmagados em seu poder de compra. Ler página


102 – terceiro parágrafo meio.

Neste cenário, aos trabalhadores surgem três opções: diminuir o padrão de


vida, lutar ou se converter à miséria.

A situação dos que viviam de pendões dos Fundos também não têm seus
benefícios reajustados, bem como os que recebiam aluguéis fixo.

A emergência das terras contínuas e as cercas. A substituição do cultivo


agrícola para a criação de ovelhas desempregou milhões de trabalhadores na
Europa. Ler página 104 – segundo parágrafo.

Os arrendatários que foram expulsos pelos proprietários recorreram aos


tribunais da época, mas sem efetividade para reversão pelo menos em curto
prazo.

As cercas também eram utilizadas para a formação de grandes porções de


terra mais produtivas. Ler página – 105 – Terceiro parágrafo.
Com a revolução dos preços, os contratos destinados a renovação dos
arrendamentos não seguem mais o princípio do “costume” baseado na
tradição. Ler página 106 – primeiro parágrafo – meio até o final.

Foram instituídas leis contra as cercas, mas ineficazes. Ler página 107 –
Terceiro parágrafo (meio ao final).

Com a dominação do dinheiro, a terra foi convertida em fonte de renda


(capital). Como a propriedade de terra era utilizada para fins da acumulação, a
satisfação das necessidades do homem é reduzida em face da
heterodeterminação do lucro.

Os desempregados do campo se convertem em força de trabalho farta e barata


para abastecer as indústrias em expansão. É formado o primeiro Exército
Industrial de Reserva.

Capítulo 10

Precisam-se Trabalhadores – Crianças de Dois anos Podem Candidatar-se

A expansão do mercado. Ampliação da produção. Decadência das


corporações. A emergência do atravessador (intermediário).

O comerciante intermediário altera o fluxo da produção: o mestre não mais


acumulara a função de capitalista da esfera da circulação de mercadorias.

Produção doméstica: ler página 110 parágrafo Terceiro.

Emerge a percepção das vantagens da especialização na dinâmica produtiva.


W Petty. Ler página 110 terceiro parágrafo.

Choque entre as corporações de ofício e os intermediários. Forças produtivas


em expansão entram em confronto com as condições sociais de produção.

Ler página 111 – Segundo parágrafo.

O capitalista intermediário estabelecia suas manufaturas fora da jurisdição das


corporações.

As exportações cresceram e existe a necessidade de expansão da produção.


Insere-se a força de trabalho feminina e infantil na produção (século XVII).

A profusão do proletariado, com a expansão da indústria, absorve parte dos


agricultores expulsos do campo.

Cenário do século XVIII: Ler página 113 – primeiro parágrafo.

A fortuna dos industriais é notória.


O precursor do sistema de fábricas: Ler página 113 – Quarto parágrafo.

O artesão reduzido a tarefeiro: manufatureiro. Manufatura: manu: mão +


factura = ação de fazer.

O capital passa a subsumir todas as esferas da economia.

Ler página 114 – segundo parágrafo.

O capital emerge assim como o fundamento da produção: grandes


investimentos, inclusive,por cota de ações para empreendimentos
empresariais.

O capitalismo se estabelece com o pronto apoio do Estado-nação.

Fases da organização industrial: familiar, sistema de corporações, doméstico e


fabril. Ler página 115 – início.

A subdivisão dos períodos e das formas de produção é um tipo ideal


weberiano. As antigas formas de produção, na realidade, se mesclam às
novas, ou são inseridas de forma independente na esfera produtiva ou em
consórcio a outras dinâmicas de consumo da força de trabalho até hoje.
Exemplo do autor páginas 116 e 17.

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