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IMAAN TARBINE
FOZ DO IGUAÇU - PR
2017
IMAAN TARBINE
FOZ DO IGUAÇU – PR
2017
AGRADECIMENTOS
Ao longo dos meus cinco anos de graduação inúmeras pessoas cruzaram meu caminho,
e posso dizer que cada uma delas influenciou de alguma maneira minha trajetória até aqui.
Porém, inicio os agradecimentos à minha família, que é minha base e me deu o suporte
necessário para poder cursar e concluir Engenharia Elétrica. Às minhas irmãs, Mayana, por
acreditar que sou capaz, no meu futuro e em mim em todos os momentos, e Hanaan, por mesmo
de longe se fazer presente me apoiando e torcendo por mim.
Agradeço ao Fauzi Marraui, por toda ajuda, paciência, companheirismo e por não ter
me deixado desistir em nenhum momento difícil desde o primeiro ano da faculdade até a
conclusão deste trabalho.
Às minhas amigas, Bianca, Daniella e Alexsandra, por tudo o que passamos juntas
durante a graduação, por sempre acreditarmos e apoiarmos umas às outras, e principalmente
por terem deixado a caminhada até aqui mais leve e divertida. Estendo os agradecimentos ao
Rafael, Lucas, Paulo e Gabriel, por todo conhecimento compartilhado, e por provarem que
juntos todos chegaremos mais longe.
A todos os amigos que fiz durante a faculdade, por todos os momentos de alegria,
diversão e histórias vividas, as quais guardarei comigo para sempre pois fizeram destes cinco
anos os melhores.
Agradeço a todos os meus professores, sem eles nada disso seria possível. Em especial
ao meu orientador Prof. Dr. Adriano Batista de Almeida, por todo o auxílio prestado em cada
detalhe do começo ao fim deste trabalho. Também ao Eng. Mario Augusto, por ter esclarecido
inúmeras dúvidas ao longo deste.
Finalmente, finalizo os meus agradecimentos à UNIOESTE, pela oportunidade de ter
cursado uma universidade gratuita e de qualidade, a qual luta constantemente para obter o
melhor para seus alunos.
O sucesso nasce do querer, da determinação e
persistência em se chegar a um objetivo.
Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e
vence obstáculos, no mínimo fará coisas
admiráveis.
José de Alencar
RESUMO
AT Alta Tensão
BT Baixa Tensão
kV Quilovolt
LP Load Points
MT Média Tensão
NA Normalmente Aberta
NF Normalmente Fechada
14
15
1.2 Justificativa
Ao decorrer dos anos, as metas relacionadas aos indicadores de continuidade impostas
pela ANEEL se tornaram mais rígidas, e junto com a redução dos limites houve um aumento
considerável do número de consumidores conectados à rede. Desse modo, para atender ao
aumento da demanda na distribuição de energia elétrica, as distribuidoras possuem
responsabilidades a serem cumpridas com o objetivo de minimizar a frequência e duração das
interrupções no fornecimento de energia.
As empresas de distribuição devem ser capazes de avaliar seus sistemas, buscando
constantemente melhores alternativas para reforço e expansão de sua rede, operando de maneira
satisfatória, reduzindo a possibilidade de danos causados pela ocorrência de faltas transitórias,
bem como o número de unidades consumidoras afetadas por faltas permanentes.
Programas como o “+ Clic Rural”, lançado pela Copel no final de 2015, estão sendo
desenvolvidos com o intuito de transformar a qualidade do serviço prestado aos consumidores
rurais. De acordo com a distribuidora paranaense Copel (2016), está sendo investido R$ 500
milhões no programa, o qual irá expandir e modernizar a rede elétrica da área rural, melhorando
seus indicadores de continuidade a partir da implementação de equipamentos automatizados de
proteção e telecomunicação, como cerca de 3500 religadores, junto de novas tecnologias para
reestabelecer o sistema com mais rapidez em caso de contingências.
Dessa forma, este trabalho tem o interesse em estudar maneiras adequadas para melhoria
do desempenho dos indicadores referentes à continuidade do fornecimento de energia elétrica,
visto que é evidente que as distribuidoras devem investir na qualidade do serviço de distribuição
prestado aos consumidores.
1.3 Objetivos
Conforme a contextualização apresentada, bem como a necessidade de se buscar a
melhoria da qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica no Brasil, este trabalho tem
como objetivo geral estudar e avaliar propostas para melhorar o desempenho dos indicadores
de continuidade, os quais expressam a frequência e duração de interrupções que afetam as
unidades consumidoras conectadas, mediante o uso de dispositivos de proteção e
seccionamento.
Primeiramente, tem-se como objetivo específico adquirir a base conceitual acerca das
características do setor elétrico de distribuição, e também da regulamentação e fiscalização da
qualidade do fornecimento de energia elétrica por parte das distribuidoras. Na sequência,
16
Sendo assim, por no mínimo cinco anos, as distribuidoras devem manter e disponibilizar
os registros das interrupções de longa duração e seus indicadores provenientes, além de avisar
com antecedência os consumidores das respectivas áreas de concessão sobre as interrupções
programadas, informando o fato gerador e a data da interrupção, bem como o início e o término
da mesma. (PRODIST, 2017)
A Tabela 2.1 apresenta os fatos geradores destes tipos de interrupção, os quais constam
na última revisão do Módulo 8 do PRODIST (2017).
19
Onde,
𝑖 = índice de interrupções da unidade consumidora no período de apuração, variando de
1 a 𝑛;
𝑛 = número de interrupções da unidade consumidora considerada, no período de
apuração;
𝑡(𝑖) = tempo de duração da interrupção 𝑖 da unidade consumidora considerada ou ponto
de conexão, no período de apuração.
𝐹𝐼𝐶 = 𝑛 (2.2)
Este indicador é definido apenas para períodos mensais, sendo a Equação (2.3) que o
expressa, dado em horas e centésimos de horas.
Onde,
𝑡(𝑖)𝑚𝑎𝑥 = valor correspondente ao tempo da máxima duração de interrupção contínua
𝑖, verificada na unidade consumidora considerada, expresso em horas e centésimos de
horas, no período de apuração.
Onde,
𝑡𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = duração de interrupção ocorrida em Dia Crítico.
Os indicadores coletivos são aqueles que determinam o tempo e o número de vezes que
um conjunto de unidades consumidoras ficou sem energia elétrica, os quais são verificados
mensal, trimestral e anualmente (ANEEL, 2016). De acordo com o Módulo 1 do PRODIST
(2016), um conjunto de unidades consumidoras se refere àquelas pertencentes a uma mesma
área de permissão ou concessão.
Abaixo estão detalhados o DEC e o FEC, os indicadores que garantem a continuidade
do fornecimento de energia nestes conjuntos.
∑𝐶𝑐
𝑖=1 𝐷𝐼𝐶(𝑖)
(2.5)
𝐷𝐸𝐶 =
𝐶𝑐
Onde,
𝑖 = índice de unidades consumidoras atendidas em BT (baixa tensão) ou MT (média
tensão) faturadas do conjunto;
𝐶𝑐 = número total de unidades consumidoras faturadas do conjunto no período de
apuração, atendidas em BT ou MT.
∑𝐶𝑐
𝑖=1 𝐹𝐼𝐶(𝑖)
(2.6)
𝐹𝐸𝐶 =
𝐶𝑐
As Equações (2.5) e (2.6) representam de maneira geral o tempo e a frequência das
interrupções em um conjunto de unidades consumidoras. Entretanto, a apuração destes
indicadores coletivos é feita de maneira segregada, considerando a origem da interrupção,
23
podendo ser de origem interna ou externa, se a interrupção foi programada ou não, e se a mesma
ocorreu em dia crítico ou não. (PRODIST, 2017)
Todos os indicadores citados nesta seção devem ser apurados pelas distribuidoras e
enviados periodicamente à ANEEL, a qual avaliará a qualidade do serviço prestado e divulgará
aos consumidores o desempenho do sistema elétrico nacional. (ANEEL, 2016)
Além dos indicadores individuais e coletivos, a partir do DEC e do FEC é possível obter
os indicadores globais de continuidade. Segundo o Módulo 8 do PRODIST (2017), estes se
referem a um agrupamento de conjuntos de unidades consumidoras, o qual pode se referir a
uma distribuidora, região, município, estado ou ao país.
Indicadores Globais
Indicadores trimestrais
∑3𝑛=1[𝐷𝐸𝐶𝑛 ∙ 𝐶𝑐𝑛 ]
𝐷𝐸𝐶𝑇𝑅𝐼𝑀 =
𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷_𝑇𝑅𝐼𝑀 (2.7)
Indicadores anuais
∑12
𝑛=1[𝐷𝐸𝐶𝑛 ∙ 𝐶𝑐𝑛 ]
𝐷𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 =
𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷_𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 (2.9)
∑12
𝑛=1[𝐹𝐸𝐶𝑛 ∙ 𝐶𝑐𝑛 ]
𝐹𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 =
𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷_𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 (2.10)
Onde:
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∑𝑀
𝑖=1[𝐷𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝑖 ∙ 𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 ] 𝑖
𝐷𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝐺𝐿𝑂𝐵𝐴𝐿 =
∑𝑀
𝑖=1 𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 𝑖
(2.11)
∑𝑀
𝑖=1[𝐹𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝑖 ∙ 𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 ] 𝑖
𝐹𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝐺𝐿𝑂𝐵𝐴𝐿 =
∑𝑀
𝑖=1 𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿
(2.12)
𝑖
Sendo que,
𝐷𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝑖 = valor do DEC anual do conjunto 𝑖;
𝐹𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝑖 = valor do FEC anual do conjunto 𝑖;
𝐷𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝐺𝐿𝑂𝐵𝐴𝐿 = valor anual global do DEC no ano de referência;
𝐹𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝐺𝐿𝑂𝐵𝐴𝐿 = valor anual global do FEC no ano de referência;
𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 𝑖 = média aritmética do número de unidades consumidoras faturadas e atendidas
É possível notar a partir da Tabela 2.2 que junto da redução dos limites dos indicadores
de continuidade impostos às distribuidoras, houve um aumento considerável, ano após ano, do
número de consumidores conectados à rede. Portanto, além de atender o aumento da demanda
na distribuição de energia do Brasil, as concessionárias possuem responsabilidades a serem
cumpridas, as quais estão regulamentadas no Módulo 8 do PRODIST, a fim de manterem a
qualidade do serviço, afetando o mínimo possível o consumidor. (SINAPSIS; MERCADOS
DE ENERGIA CONSULTORIA; MERCADOS ENERGÉTICOS CONSULTORES, 2016).
Além disso, desde 2011, a ANEEL publica anualmente no mês de abril o DGC –
Indicador de Desempenho Global de Continuidade. Conhecido como “Ranking da
Continuidade”, o indicador possui o DEC e o FEC como base para avaliar os valores apurados
de duração e frequência de interrupções em relação aos limites impostos para as áreas de
concessão, comparando assim, o desempenho de uma distribuidora em relação às outras do
país. (ANEEL, 2016)
Produtos
Distribuidora ANEEL
Gerados
Necessidade de
Avaliação dos
Indicadores de
Continuidade
Dados das
Interrupções
Programadas e
Mês Acidentais
de
Apuração Coleta de Dados
Dados de
Interrupções para
Apuração e Cálculo dos
Expurgos de Indicadores
Interrupções não
Consideradas
Cálculo dos
Indicadores de
Continuidade
Até o último Indicadores: DEC,
FEC, DIC, FIC,
dia útil do DMIC E DICRI
mês
Avaliação,
seguinte a Registro e
apuração Armazenamento
Arquivo de Dados
Recebimento dos das Interrupções
Envio dos Dados Indicadores
para ANEEL Coletivos (DEC e
FEC)
Desse modo, as Equações que representam a Taxa de Falha (λs) e o Tempo de Reparo
(𝑟𝑠 ) de um sistema série de 𝑛 componentes estão representadas por (2.13) e (2.14),
respectivamente, de acordo com Costa (2009).
λs = λ1 + λ2 + ⋯ + λn (2.13)
λ1 𝑟1 + λ2 𝑟2 + ⋯ + λ𝑛 𝑟𝑛 (2.14)
𝑟𝑠 =
λ1 + λ2 + ⋯ + λn
Onde,
λkm = taxa de falha em 1 km de linha;
𝑙 = comprimento do trecho de rede considerado, em km.
∑𝑁𝑝 λi 𝐶𝑖 (2.18)
𝐹𝐸𝐶 = 𝑖=1
𝐶𝑐
Onde,
𝐶𝑖 = número de unidades consumidoras instaladas no ponto de conexão 𝑖;
𝐶𝑐 = número total de unidades consumidoras do conjunto;
𝑁𝑝 = número de pontos de conexão do conjunto.
∑𝑁𝑝 Ui 𝐶𝑖 (2.19)
𝐷𝐸𝐶 = 𝑖=1
𝐶𝑐
A partir da Tabela 2.3 e Tabela 2.4, nota-se que os limites impostos à distribuidora são
bem maiores quando se trata de áreas não urbanizadas em relação à urbanizadas, para os
mesmos indicadores coletivos. Isto se deve ao fato de que, segundo a ANEEL, a área de
concessão da distribuidora é composta por regiões com diferentes características geográficas e
de mercado, ou seja, a qualidade da energia não é uniforme dentro de uma mesma área de
concessão, partindo do fato de que quanto mais longe dos centros de carga ou menor a densidade
de unidades consumidoras, mais custo o atendimento representa à distribuidora, a qual precisa
realizar mais investimentos para aumentar a qualidade e prestar o serviço adequado.
2.5 Compensações
Até o mês de dezembro de 2008 as violações nos limites dos indicadores coletivos, DEC
e FEC, nos períodos pré-definidos de apuração implicava no pagamento de multa à ANEEL,
segundo incisivo II do art. 21 da resolução Nº 024/2000.
Entretanto, desde 2009, de acordo com o Módulo 8 do PRODIST (2017) a empresa
prestadora de serviço deverá realizar a compensação ao consumidor quando houver violação
dos padrões dos indicadores de continuidade individuais, DIC, FIC e DMIC, efetuando o crédito
na fatura, a qual deverá ser apresentada em até dois meses após o período de apuração. Além
disso, a distribuidora deverá efetuar uma compensação ao consumidor para cada interrupção
ocorrida em Dia Crítico, caso esta ultrapasse o limite estabelecido para o DICRI, efetuando o
crédito na fatura em até dois meses após o mês de ocorrência da interrupção.
A Figura 2.5 representa a linha do tempo da fiscalização e aplicação das penalidades em
relação aos limites dos indicadores de continuidade usados no Brasil.
As Equações (2.20) à (2.23) expressam os cálculos dos valores que devem ser realizados
para as compensações em caso de transgressão dos limites de continuidade individuais,
conforme o Módulo 8 do PRODIST (2017).
Para o DIC:
𝐷𝐼𝐶𝑣 𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = ( − 1) 𝐷𝐼𝐶𝑝 ∙ ∙ 𝑘𝑒𝑖
𝐷𝐼𝐶𝑝 730 (2.20)
Para o FIC:
𝐹𝐼𝐶𝑣 𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = ( − 1) 𝐷𝐼𝐶𝑝 ∙ ∙ 𝑘𝑒𝑖
𝐹𝐼𝐶𝑝 730 (2.21)
Para o DMIC:
𝐷𝑀𝐼𝐶𝑣 𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = ( − 1) 𝐷𝑀𝐼𝐶𝑝 ∙ ∙ 𝑘𝑒𝑖
𝐷𝑀𝐼𝐶𝑝 730 (2.22)
Para o DICRI:
𝐷𝐼𝐶𝑅𝐼𝑣 𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = ( − 1) 𝐷𝐼𝐶𝑅𝐼𝑝 ∙ ∙ 𝑘𝑒𝑖
𝐷𝐼𝐶𝑅𝐼𝑝 730 (2.23)
Onde:
𝐷𝐼𝐶𝑣 = duração de interrupção por unidade consumidora ou ponto de conexão, conforme cada
caso, verificada no período considerado, expressa em horas e centésimos de hora;
𝐷𝐼𝐶𝑝 = limite de continuidade estabelecido no período considerado para o DIC, expresso em
horas e centésimos de hora;
𝐹𝐼𝐶𝑣 = frequência de interrupção por unidade consumidora ou ponto de conexão, conforme
cada caso, verificada no período considerado, expressa em número de interrupções;
𝐹𝐼𝐶𝑝 = limite de continuidade estabelecido no período considerado para o FIC, expresso em
número de interrupções e centésimo do número de interrupções;
34
37
38
Componente Descrição
Barramento da SE de
Distribuição
Disjuntor
Religador
Automático de
Distribuição
Chave Trifásica NA
(normalmente aberta)
Chave Faca NF
(normalmente
fechada)
Chave Fusível
Transformador de
Distribuição
Chave Faca NA
Número do Bloco
De acordo com Dias (2002), dispositivos com capacidade de religamento são aqueles que
realizam automaticamente uma ou mais operações de fechamento, visando restabelecer o
fornecimento de energia. A Figura 3.3 ilustra um trecho de rede de distribuição contando com
um religador automático a montante de uma chave fusível, que não possui capacidade de
religamento, em um instante que ocorre um defeito a jusante desta.
41
Fusíveis
Como abordado anteriormente, as chaves fusíveis são dispositivos eletromecânicos cujo
principal objetivo é interromper o fornecimento de energia elétrica aos consumidores afetados
por uma contingência na rede de distribuição primária. Quando o fluxo de corrente for superior
à corrente nominal do dispositivo, ocorrerá a fusão do elo fusível, elemento que integra a chave
fusível, obrigando a troca do mesmo, tanto para faltas transitórias quanto permanentes. A Figura
3.4 ilustra uma chave fusível de distribuição.
A partir da Figura 3.5, para todas as faltas que ocorrerem no trecho AB do alimentador
exemplo, o elo protetor deverá queimar antes do elo protegido, interrompendo o fornecimento
de energia das 800 unidades consumidoras conectadas a esse trecho. Caso a seletividade entre
43
os elos falhar, e o elo de retaguarda atuar antes do elo protetor, todas as 1200 unidades
consumidoras ficam sem energia.
Em ambos os casos, os indicadores de continuidade referentes à rede secundária de
distribuição são afetados de maneira negativa, entretanto, a queima do elo protegido os piora
ainda mais, pois aumenta a duração equivalente e individual de interrupção do fornecimento de
energia por unidade consumidora (DEC e DIC), até que os dispositivos sejam trocados pela
equipe da concessionária, e o fornecimento se restabeleça para todos os consumidores. Além
disso, como as chaves fusíveis não possuem capacidade de religamento, para faltas transitórias
também será contabilizado o tempo de interrupção, implicando no aumento dos indicadores,
inclusive os relacionados à frequência que essas interrupções ocorrem (FEC e FIC),
considerando o fato que a maioria das faltas na rede de distribuição primária são de natureza
momentânea.
Para melhorar esta situação e permitir que os primeiros defeitos transitórios sejam
eliminados, as chaves fusíveis religadoras são indicadas. Estas, segundo CPFL (2016), são uma
montagem de duas ou três chaves fusíveis em um único conjunto, sendo que inicialmente
apenas uma chave do conjunto conduz a corrente do circuito, conforme ilustrado na Figura 3.6.
O uso das chaves fusíveis religadoras é adequado para redes com baixa corrente de curto
circuito, assim como as redes rurais. Quando ocorrer uma falta e o elo fusível da primeira chave
do conjunto queimar, é acionado um mecanismo que transfere a corrente para a próxima chave,
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e caso o mesmo ocorra a corrente será novamente transferida para a última chave do conjunto.
Desse modo, a continuidade do fornecimento de energia é garantida para até duas ocorrências
de faltas transitórias, entretanto, tratando-se de uma falta permanente haverá a interrupção total
do circuito, sendo necessária a substituição dos elos fusíveis, bem como o rearme dos
mecanismos de transferência.
De acordo com licitação divulgada pela Copel (2017), uma chave fusível religadora
3x27 kV da HUBBELL custa em torno de R$980,00. Devido ao seu funcionamento, existem
algumas restrições ao uso deste tipo de dispositivo, pois o mesmo não possui a capacidade de
alternar sua operação de maneira coordenada com outro equipamento, ou seja, não alterna sua
operação entre diferentes curvas, portanto ele é eficaz para eliminar faltas que ocorram na zona
compreendida entre ele e outro dispositivo de proteção à jusante dele.
Segundo CPFL (2016), as chaves fusíveis religadoras devem ser instaladas à montante
de outras chaves fusíveis comuns, e nunca à jusante de um religador. Como será abordado na
próxima Subseção, os religadores podem operar com sequências rápidas, as quais eliminarão
as faltas transitórias, contudo, ao detectarem uma falta permanente, se estiverem à montante da
chave fusível religadora, devido à seletividade, ocasionarão a queima de todos os elos fusíveis
desta.
Religadores
De acordo com CPFL (2016), cerca de 80% das faltas que ocorrem nas redes de
distribuição são transitórias. Minimizar o efeito deste tipo de ocorrência para os consumidores
é dever das concessionárias, as quais devem zelar pela sua imagem, garantindo a qualidade do
serviço sem prejuízo da continuidade do fornecimento de energia elétrica.
Os religadores ilustrados pela Figura 3.7, com sua curva de operação ilustrada pela
Figura 3.8, são dispositivos de proteção que possuem capacidade de religamento e coordenação,
utilizados nas redes urbanas e rurais tanto para a proteção da saída de alimentadores, como para
a proteção das linhas ao longo do alimentador. O custo deste tipo de equipamento é
consideravelmente maior quando comparado ao das chaves fusíveis, sendo que conforme
divulgado na licitação realizada pela Copel (2017), um religador automático monofásico 25 kV
do fabricante S&C custa em torno de R$12.200,00, e o valor de um trifásico 13,8 kV da
COOPER está em torno de R$48.000,00.
Na zona rural os religadores são mais empregados pela sua função de proteção e
isolamento da rede urbana das faltas que ocorrem na rede rural, e na zona urbana são bastante
empregados para realizar rapidamente manobras de transferência de carga. (CPFL, 2016)
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Através de uma sequência escolhida de operações, o religador pode atuar com curvas
diferentes. Normalmente, para as primeiras operações escolhe-se curvas rápidas, as quais
possuem tempo de operação pequeno, e para as operações subsequentes, adota-se curvas lentas,
ou temporizadas, com tempos maiores. Desse modo, a partir da Figura 3.3 é possível observar
como o religador impede que faltas momentâneas causem interrupções permanentes, e neste
caso as curvas do religador e da chave fusível estão representadas pela Figura 3.8.
Conforme CPFL (2016) deve-se escolher uma curva com temporização suficiente para
permitir a coordenação e seletividade com outros dispositivos, tanto à montante quanto à
jusante, e que proteja os cabos e outros equipamentos em sua zona de proteção.
Com o intuito de melhorar os indicadores de continuidade dos consumidores ligados ao
alimentador exemplo da Figura 3.5, pode ser alocado um religador NF no sistema, assim como
ilustrado na Figura 3.9.
O sistema representado pela Figura 3.10 conta com dois religadores automáticos, sendo
que o religador NF é o “mestre”, exercendo a função de proteção da rede, e o religador NA é o
“escravo”, a fim de realizar manobras de transferência de carga. Considera-se que todos os
dispositivos, incluindo as chaves fusíveis nas saídas dos ramais do alimentador, seguem a
filosofia adequada de coordenação e seletividade, e que os dispositivos com capacidade de
religamento são telecomandados ou comunicam-se entre si.
Analisando a Figura 3.10 é possível observar que na ocorrência de uma falta permanente
no tronco do alimentador à montante do religador NF, este irá sinalizar a ausência de tensão
nas suas buchas de entrada, e caso esta se mantenha sustentada por um período maior ou igual
a 60 segundos, conforme descrito em Vivaldi et al. (2010), o sistema de supervisão e controle
inicia a lógica de recomposição em dois ciclos, desde que atenda a condição de não violar os
limites de sobrecarga da rede. Os ciclos são os seguintes:
1º Ciclo: Abertura do Religador NF (“mestre);
2º Ciclo: Fechamento do Religador NA (“escravo”).
Portanto, após a realização dos dois ciclos, resulta-se na recomposição de toda carga à
jusante do religador NF, a qual é transferida para outro alimentador, restabelecendo o
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fornecimento de energia ás 850 unidades consumidoras conectadas, sem afetar seus indicadores
de continuidade. O fluxograma da Figura 3.11 ilustra este processo.
religador NF sinalizar a existência de tensão em suas buchas, sendo que, de acordo com Vivaldi
et al. (2010), ao ser sustentada por 5 minutos, acarretará no fechamento do religador NF (3º
ciclo) e na abertura do religador NA (4º ciclo), promovendo o retorno à configuração normal
dos alimentadores, conforme ilustrado pelo fluxograma da Figura 3.12.
Seccionalizadores
De acordo com CPFL (2016), os seccionalizadores, ilustrados pela Figura 3.14, podem
ser instalados em pontos da rede onde a corrente é muito alta para a utilização de chaves
fusíveis, em pontos com densidade de carga elevada e ramais longos e problemáticos, locais
onde o mesmo é economicamente justificado.
52
54
55
Para o sistema da Figura 4.1 fica estabelecido que as chaves seccionadoras presentes
são normalmente fechadas, sendo manobradas manualmente, que há uma chave fusível na saída
de cada ramal à montante dos transformadores de distribuição contendo pontos de carga (LP:
load points) e, além disso, considera-se que o estudo de coordenação e seletividade entre todos
os equipamentos foi realizado de maneira adequada. Os dados referentes à topologia original,
consumidores e parâmetros históricos dos componentes do sistema apresentado foram obtidos
de Billinton, Aweya e Wacker (1993), conforme a Tabela 4.1, Tabela 4.2, Tabela 4.3 e Tabela
4.4.
56
Tabela 4.2 - Tipo, dados de carga e número de clientes do Sistema RBTS - BUS 6
Tabela 4.3- Zona e carga total dos alimentadores do Sistema RBTS - BUS 6
Alimentador Zona Carga Total (MW)
F1 Urbana 1,952
F2 Urbana 2,4701
F3 Urbana 4,65
F4 Rural 3,0506
Fonte: Adaptado de Billiton, Aweya e Wacker (1993).
57
A partir dos dados fornecidos pela Tabela 4.1, Tabela 4.2, Tabela 4.3 e Tabela 4.4 é
possível calcular os indicadores de continuidade individuais e coletivos de cada alimentador do
sistema teste, através das Equações (2.13) a (2.19) apresentadas na Subseção 2.3.5 do Capítulo
2, bem como analisar os impactos das interrupções devido à faltas em cada trecho do sistema,
e qual deles é mais afetado.
Três diferentes casos propostos para o sistema de distribuição em estudo foram analisados
e comparados. Inicialmente, no Caso A, os indicadores foram calculados para o sistema teste
original, sendo os indicadores individuais referentes à cada ponto de carga do sistema, e os
coletivos referentes à cada um dos quatro alimentadores. O Caso B abrange a alocação de novos
equipamentos de proteção e seccionamento nos alimentadores da zona urbana do sistema, e o
Caso C na zona rural, a fim de minimizar os efeitos das contingências na rede, conforme
descrito nas próximas Subseções.
Alimentador F1
𝑁𝑝
∑𝑖=1 λi 𝐶𝑖 ∑𝐿𝑃2
𝐿𝑃1 FICLP 𝐶𝐿𝑃
𝐹𝐸𝐶 = = = 0,34166 𝑖𝑛𝑡/𝑐𝑜𝑛𝑠. 𝑎𝑛𝑜 (4.3)
𝐶𝑐 𝐶𝑐
𝑁𝑝
∑𝑖=1 Ui 𝐶𝑖 ∑𝐿𝑃6
𝐿𝑃1 DICLP 𝐶𝐿𝑃
𝐷𝐸𝐶 = = = 1,29545 ℎ/𝑐𝑜𝑛𝑠. 𝑎𝑛𝑜 (4.4)
𝐶𝑐 𝐶𝑐
Onde,
𝐶𝑐 = número total de unidades consumidoras dos pontos de carga LP1 à LP6.
Alimentador F2
Alimentador F3
Alimentador F4
Através dos resultados obtidos para o Caso A do Sistema Teste RBTS – BUS 6, é
possível analisar técnicas e alocação de novos dispositivos de proteção e seccionamento, a fim
de buscar a melhoria dos indicadores de continuidade do sistema. Portanto, a partir do estudo
realizado no Capítulo 3, dois novos casos foram propostos com o objetivo de minimizar o tempo
e a frequência de interrupções na rede estudada.
Alimentador F1
Os gráficos da Figura 4.3 e Figura 4.4 ilustram a redução dos indicadores individuais de
continuidade comparando os resultados obtidos para o alimentador F1 nos dois casos.
2
1,8
1,6
1,4
DIC (h/ano)
1,2
1
CASO A
0,8
CASO B
0,6
0,4
0,2
0
LP1 LP2 LP3 LP4 LP5 LP6
Ponto de Carga
0,4
0,35
FIC (interrupção/ano)
0,3
0,25
0,2
CASO A
0,15
CASO B
0,1
0,05
0
LP1 LP2 LP3 LP4 LP5 LP6
Ponto de Carga
Alimentador F2
2,5
2
DIC (h/ano)
1,5
CASO A
1
CASO B
0,5
0
LP7 LP8 LP9 LP10 LP11 LP12 LP13
Ponto de Carga
0,4
0,35
FIC (interrupção/ano)
0,3
0,25
0,2
CASO A
0,15
CASO B
0,1
0,05
0
LP7 LP8 LP9 LP10 LP11 LP12 LP13
Ponto de Carga
Alimentador F3
1,4
1,2
1
DIC (h/ano)
0,8
0,6 CASO A
CASO B
0,4
0,2
0
LP14 LP15 LP16 LP17
Ponto de Carga
0,3
0,25
FIC (interrupção/ano)
0,2
0,15
CASO A
0,1 CASO B
0,05
0
LP14 LP15 LP16 LP17
Ponto de Carga
Finalmente, os gráficos da Figura 4.9 e Figura 4.10 ilustram a redução dos indicadores
de continuidade coletivos dos três alimentadores, comparando os Casos A e B analisados.
1,6
1,4
1,2
DEC (h/cons.ano)
1
0,8
CASO A
0,6
CASO B
0,4
0,2
0
F1 F2 F3
Alimentador
0,4
0,35
0,3
FEC (int/cons.ano)
0,25
0,2
CASO A
0,15
CASO B
0,1
0,05
0
F1 F2 F3
Alimentador
16
14
DIC (h/ano) 12
10
8
CASO A
6
CASO C
4
2
0
LP18
LP19
LP20
LP21
LP22
LP23
LP24
LP25
LP26
LP27
LP28
LP29
LP30
LP31
LP32
LP33
LP34
LP35
LP36
LP37
LP38
LP39
LP40
Ponto de Carga
2
1,8
1,6
FIC (interrupção/ano)
1,4
1,2
1
0,8 CASO A
0,6 CASO C
0,4
0,2
0
LP18
LP19
LP20
LP21
LP22
LP23
LP24
LP25
LP26
LP27
LP28
LP29
LP30
LP31
LP32
LP33
LP34
LP35
LP36
LP37
LP38
LP39
LP40
Ponto de Carga
A partir da Figura 4.12 e Figura 4.13 é possível observar que dos 23 pontos de carga
conectados ao alimentador F4, 16 tiveram melhora nos indicadores de continuidade individuais,
sendo que o DIC reduziu um máximo de 67,5% e o FIC cerca de 78%, para os pontos LP18 e
LP19. A porcentagem de redução dos indicadores dos outros pontos de carga que obtiveram
melhoria, variou de 7 a 27,4% para o DIC e 7 a 42,9% para o FIC.
Os valores obtidos para os indicadores coletivos do alimentador F4 estão apresentados
na Tabela 4.21.
75
10
9
8
7
DEC (h/cons.ano)
6
5
CASO A
4
CASO C
3
2
1
0
F4
Alimentador
1,6
1,4
1,2
FEC (int/cons.ano)
1
0,8
CASO A
0,6
CASO C
0,4
0,2
0
F4
Alimentador
78
79
Referências Bibliográficas
ABRADEE – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISTRIBUIDORES DE ENERGIA
ELÉTRICA. Informações do Site. Brasília, 2017. Disponível em: <
http://www.abradee.com.br >. Acesso em: 04 out. 2017.
BILLINTON, Roy et al. A Reliability Test System for Educational Purposes - Basic
Distribution System Data and Results. IEEE Transactions on Power Systems, Saskatoon, v.
6, n. 2, p.813-820, May 1991.
VIVALDI, Adelson et al. Transferência Automática de carga da rede MT, via Sistema
Supervisório. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA, 19., 2010, São Paulo. SENDI, 2010. p. 1 - 8.
81
Apêndices
Apêndice A – Parâmetros de Confiabilidade dos Alimentadores no
Caso A
As Tabelas A.1, A.2 e A.3 (Parte I a VI) deste apêndice apresentam os cálculos efetuados
para se obter os parâmetros de confiabilidade de cada ponto de carga conectado aos
alimentadores F2, F3 e F4 no Caso A do sistema teste RBTS – BUS 6.
82
Anexos
Anexo A – Limites dos Indicadores de Continuidade estabelecidos
pela ANEEL
As Tabelas abaixo apresentam os limites dos indicadores de continuidade impostos às
distribuidoras de energia elétrica, para baixa e média tensão, considerando áreas urbanas e áreas
rurais, conforme PRODIST (2017).
Faixa de
variação dos Limite de Continuidade por Unidade Consumidora
Limites
Anuais de Unidades Consumidoras situadas em áreas urbanas com Faixa de
Indicadores de Tensão Contratada: 1 kV < Tensão < 69 kV
Continuidade DIC FIC DMIC
dos Conjuntos (horas) (interrupções) (horas)
(DEC ou FEC) Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
1 11,25 5,62 2,81 6,48 3,24 1,62 2,36
2 11,68 5,84 2,92 6,93 3,46 1,73 2,39
3 12,12 6,06 3,03 7,37 3,68 1,84 2,41
4 12,55 6,27 3,13 7,82 3,91 1,95 2,44
5 12,99 6,49 3,24 8,27 4,13 2,06 2,46
6 13,43 6,71 3,35 8,71 4,35 2,17 2,49
7 13,86 6,93 3,46 9,16 4,58 2,29 2,52
8 14,3 7,15 3,57 9,61 4,8 2,4 2,54
9 14,73 7,36 3,68 10,05 5,02 2,51 2,57
10 15,17 7,58 3,79 10,5 5,25 2,62 2,6
11 15,61 7,8 3,9 10,95 5,47 2,73 2,62
12 16,04 8,02 4,01 11,4 5,7 2,85 2,65
13 16,48 8,24 4,12 11,84 5,92 2,96 2,68
14 16,91 8,45 4,22 12,29 6,14 3,07 2,71
15 17,35 8,67 4,33 12,74 6,37 3,18 2,74
16 17,79 8,89 4,44 13,18 6,59 3,29 2,76
17 18,22 9,11 4,55 13,63 6,81 3,4 2,79
18 18,66 9,33 4,66 14,08 7,04 3,52 2,82
19 19,09 9,54 4,77 14,52 7,26 3,63 2,85
20 19,53 9,76 4,88 14,97 7,48 3,74 2,88
>20 e ≤22 19,97 9,98 4,99 15,42 7,71 3,85 2,91
>22 e ≤24 20,84 10,42 5,21 16,31 8,15 4,07 2,98
>24 e ≤26 21,71 10,85 5,42 17,2 8,6 4,3 3,04
>26 e ≤28 22,58 11,29 5,64 18,1 9,05 4,52 3,1
>28 e ≤30 23,45 11,72 5,86 18,99 9,49 4,74 3,17
101
Faixa de
Limite de Continuidade por Unidade Consumidora
variação dos
Limites Anuais Unidades Consumidoras situadas em áreas urbanas com Faixa de
de Indicadores Tensão Contratada: 1 kV < Tensão < 69 kV
de Continuidade DIC FIC DMIC
dos Conjuntos (horas) (interrupções) (horas)
(DEC ou FEC)
Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
>30 e ≤32 24,33 12,16 6,08 19,88 9,94 4,97 3,24
>32 e ≤34 25,2 12,6 6,3 20,78 10,39 5,19 3,31
>34 e ≤36 26,07 13,03 6,51 21,67 10,83 5,41 3,38
>36 e ≤38 26,94 13,47 6,73 22,57 11,28 5,64 3,45
>38 e ≤40 27,81 13,9 6,95 23,46 11,73 5,86 3,52
>40 e ≤45 29,34 14,67 7,33 25,02 12,51 6,25 3,55
>45 e ≤50 31,52 15,76 7,88 27,26 13,63 6,81 3,8
>50 e ≤55 33,7 16,85 8,42 29,49 14,74 7,37 4,06
>55 e ≤60 35,88 17,94 8,97 31,72 15,86 7,93 4,34
>60 e ≤65 38,06 19,03 9,51 33,96 16,98 8,49 4,64
>65 e ≤70 40,24 20,12 10,06 36,19 18,09 9,04 4,96
>70 e ≤80 43,51 21,75 10,87 39,54 19,77 9,88 5,47
>80 e ≤90 47,87 23,93 11,96 44,01 22 11 6,23
>90 e ≤100 52,23 26,11 13,05 48,48 24,24 12,12 7,1
>100 e ≤110 56,59 28,29 14,14 52,95 26,47 13,23 8,07
>110 e ≤120 60,95 30,47 15,23 57,42 28,71 14,35 9,17
>120 63,13 31,56 15,78 59,65 29,82 14,91 9,77