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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS


CAMPUS DE FOZ DO IGUAÇU
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E


SECCIONAMENTO PARA MINIMIZAÇÃO DOS INDICADORES DE
CONTINUIDADE

IMAAN TARBINE

FOZ DO IGUAÇU - PR
2017
IMAAN TARBINE

ALOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E


SECCIONAMENTO PARA MINIMIZAÇÃO DOS INDICADORES DE
CONTINUIDADE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Engenharia Elétrica da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná,
como parte dos requisitos para a obtenção do
título de Engenheira Eletricista.

Orientador: Prof. Dr. Adriano Batista de


Almeida

FOZ DO IGUAÇU – PR
2017
AGRADECIMENTOS

Ao longo dos meus cinco anos de graduação inúmeras pessoas cruzaram meu caminho,
e posso dizer que cada uma delas influenciou de alguma maneira minha trajetória até aqui.
Porém, inicio os agradecimentos à minha família, que é minha base e me deu o suporte
necessário para poder cursar e concluir Engenharia Elétrica. Às minhas irmãs, Mayana, por
acreditar que sou capaz, no meu futuro e em mim em todos os momentos, e Hanaan, por mesmo
de longe se fazer presente me apoiando e torcendo por mim.
Agradeço ao Fauzi Marraui, por toda ajuda, paciência, companheirismo e por não ter
me deixado desistir em nenhum momento difícil desde o primeiro ano da faculdade até a
conclusão deste trabalho.
Às minhas amigas, Bianca, Daniella e Alexsandra, por tudo o que passamos juntas
durante a graduação, por sempre acreditarmos e apoiarmos umas às outras, e principalmente
por terem deixado a caminhada até aqui mais leve e divertida. Estendo os agradecimentos ao
Rafael, Lucas, Paulo e Gabriel, por todo conhecimento compartilhado, e por provarem que
juntos todos chegaremos mais longe.
A todos os amigos que fiz durante a faculdade, por todos os momentos de alegria,
diversão e histórias vividas, as quais guardarei comigo para sempre pois fizeram destes cinco
anos os melhores.
Agradeço a todos os meus professores, sem eles nada disso seria possível. Em especial
ao meu orientador Prof. Dr. Adriano Batista de Almeida, por todo o auxílio prestado em cada
detalhe do começo ao fim deste trabalho. Também ao Eng. Mario Augusto, por ter esclarecido
inúmeras dúvidas ao longo deste.
Finalmente, finalizo os meus agradecimentos à UNIOESTE, pela oportunidade de ter
cursado uma universidade gratuita e de qualidade, a qual luta constantemente para obter o
melhor para seus alunos.
O sucesso nasce do querer, da determinação e
persistência em se chegar a um objetivo.
Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e
vence obstáculos, no mínimo fará coisas
admiráveis.
José de Alencar
RESUMO

TARBINE, I. (2017). Alocação de equipamentos de proteção e seccionamento para


minimização dos indicadores de continuidade. Monografia de Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Elétrica, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
– UNIOESTE, Foz do Iguaçu.
O presente trabalho é um estudo acerca da qualidade do serviço de distribuição de
energia elétrica no Brasil, tendo seu desempenho medido através de indicadores que expressam
a frequência e duração de interrupções que afetam as unidades consumidoras conectadas à rede.
A Agência Nacional de Energia Elétrica impõe limites para os indicadores de continuidade que
devem ser atendidos pelas distribuidoras, as quais estão sujeitas a multas e penalizações em
caso de descumprimento dos mesmos. Sendo assim, visto que devem ser realizados
investimentos na rede de distribuição buscando a melhoria da continuidade do serviço prestado,
propõem-se modificações no sistema teste de distribuição RBTS através da alocação de
equipamentos de proteção e seccionamento, tais como fusíveis, religadores e seccionalizadores,
visando restabelecer o fornecimento de energia de maneira rápida e automática em casos de
faltas permanentes ou transitórias. Por fim, mediante a análise e comparação dos resultados
obtidos para os diferentes casos propostos, evidenciou-se a melhoria da continuidade e redução
dos indicadores individuais e coletivos, calculados em função dos parâmetros de confiabilidade
de todos os pontos de carga do sistema estudado.
Palavras-chaves: Indicadores de Continuidade, Taxa de Falha, Tempo de Reparo, Duração de
Interrupção.
ABSTRACT

TARBINE, I. (2017). Allocation of protection and sectioning devices to minimize


continuity indicators. Monograph Final Course Assignment – Course of Electrical
Engineering, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Foz do Iguaçu.
The present paper is a study about the quality of the electric power distribution service in
Brazil, its performance measured through indicators that express the frequency and duration of
interruptions that affect the consumers connected to the grid. The National Electric Energy
Agency imposes limits for continuity indicators, which should be served by distributors, as they
are subject to fines and penalties in case of noncompliance. Therefore, since investments must
be made in the distribution network in order to improve the continuity of the service provided,
modifications are proposed in the RBTS distribution test system through the allocation of
protection and sectioning devices, such as fuses, reclosers and sectionalizers, aiming at
restoring energy supply quickly and automatically in cases of permanent or transient faults.
Finally, through an analysis and comparison of the results for the different proposed cases, it
was evidenced the improvement of the continuity and reduction of the individual and collective
indicators, calculated according to the reliability parameters of all the load points of the studied
system.
Keywords: Continuity Indicators, Fault Rate, Repair Time, Interruption Duration.
LISTA DE ABREVIATURAS

ABRADEE Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

AT Alta Tensão

BDGD Base de Dados Geográficos da Distribuidora

BT Baixa Tensão

DEC Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora

DIC Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou por


Ponto de Conexão

DICRI Duração da Interrupção Individual ocorrida em Dia Crítico por Unidade


Consumidora ou Ponto de Conexão

DMIC Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora ou


por Ponto de Conexão

FEC Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora

FIC Frequência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou por


Ponto de Conexão

IEEE Institute of Electrical and Electronic Engineers

kV Quilovolt

LP Load Points

MT Média Tensão

NA Normalmente Aberta

NF Normalmente Fechada

PRODIST Procedimentos de Distribuição

SRD Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição


LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 – DEC anual das concessionárias do Brasil ............................................................ 25


Figura 2.2 - FEC anual das concessionárias no Brasil ............................................................. 25
Figura 2.3 – Processo de apuração e avaliação dos Indicadores de Continuidade ................... 27
Figura 2.4 – Sistema Série de Dois Componentes ................................................................... 28
Figura 2.5 – Linha do tempo da fiscalização dos Indicadores de Continuidade no Brasil ....... 32
Figura 2.6 – Valor das compensações realizadas pelas concessionárias no Brasil .................. 35
Figura 2.7 – Quantidade de compensações realizadas pelas concessionárias no Brasil ........... 35
Figura 3.1 – Diagrama unifilar do Sistema Elétrico de Potência ............................................. 37
Figura 3.2 - Alimentador Exemplo ........................................................................................... 39
Figura 3.3 - Trecho de rede de distribuição em caso de contingência...................................... 41
Figura 3.4 – Chave Fusível de Distribuição ............................................................................. 41
Figura 3.5 – Chaves Fusíveis instaladas em um Alimentador Exemplo .................................. 42
Figura 3.6 – Chave Fusível Religadora .................................................................................... 43
Figura 3.7 – Religadores Monofásico e Trifásico .................................................................... 45
Figura 3.8- Curvas de Operação de Dispositivos de Proteção ................................................. 45
Figura 3.9 – Religador instalado em um Alimentador Exemplo .............................................. 46
Figura 3.10 – Transferência de Carga entre Alimentadores ..................................................... 48
Figura 3.11 – Fluxograma da lógica de Transferência direta de Carga .................................... 49
Figura 3.12 – Fluxograma da lógica de Transferência reversa de Carga ................................. 50
Figura 3.13 – Zona de proteção do Seccionalizador ................................................................ 51
Figura 3.14 – Seccionalizadores Monofásico e Trifásico......................................................... 52
Figura 3.15 – Seccionalizador instalado em um Alimentador Exemplo .................................. 53
Figura 4.1 – Sistema de distribuição RBTS – BUS 6............................................................... 55
Figura 4.2 – Zona urbana do RBTS – BUS 6 modificada ........................................................ 64
Figura 4.3 – DIC do alimentador F1 nos Casos A e B ............................................................. 65
Figura 4.4 – FIC do alimentador F1 nos Casos A e B .............................................................. 66
Figura 4.5 – DIC do alimentador F2 nos Casos A e B ............................................................. 67
Figura 4.6 – FIC do alimentador F2 nos Casos A e B .............................................................. 68
Figura 4.7 – DIC do alimentador F3 nos Casos A e B ............................................................. 69
Figura 4.8 – FIC do alimentador F3 nos Casos A e B .............................................................. 69
Figura 4.9 – DEC dos alimentadores da zona urbana, nos Casos A e B .................................. 70
Figura 4.10 – FEC dos alimentadores da zona urbana, nos Casos A e B ................................. 70
Figura 4.11 – Zona rural do RBTS – BUS 6 modificada ......................................................... 72
Figura 4.12 – DIC do alimentador F4 nos Casos A e C ........................................................... 74
Figura 4.13 – FIC do alimentador F4 nos Casos A e C ............................................................ 74
Figura 4.14 – DEC do alimentador F4 nos Casos A e C .......................................................... 75
Figura 4.15 – FEC do alimentador F4 nos Casos A e C ........................................................... 75
Figura 4.16 – Sistema de distribuição RBTS – BUS 6 modificado ......................................... 77
LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Fatos geradores de interrupções de longa duração .............................................. 19


Tabela 2.2 – Indicadores anuais das concessionárias no Brasil ............................................... 25
Tabela 2.3 – Limites Individuais de Continuidade por Município: Área Urbana .................... 31
Tabela 2.4 – Limites Individuais de Continuidade por Município: Área Rural ....................... 31
Tabela 2.5 – Índices de Compensação de Continuidade .......................................................... 36
Tabela 3.1 - Descrição dos Componentes do Alimentador Exemplo ....................................... 40
Tabela 4.1- Comprimento das seções do Sistema RBTS - BUS 6 ........................................... 56
Tabela 4.2 - Tipo, dados de carga e número de clientes do Sistema RBTS - BUS 6 ............... 56
Tabela 4.3- Zona e carga total dos alimentadores do Sistema RBTS - BUS 6 ........................ 56
Tabela 4.4 - Parâmetros históricos de confiabilidade dos componentes do Sistema RBTS - BUS
6 ................................................................................................................................................ 57
Tabela 4.5 - Indicadores individuais do alimentador F1 no Caso A ........................................ 59
Tabela 4.6 – Indicadores coletivos do alimentador F1 no Caso A ........................................... 59
Tabela 4.7 – Parâmetros de confiabilidade do alimentador F1 no Caso A .............................. 60
Tabela 4.8 - Indicadores individuais do alimentador F2 no Caso A ........................................ 61
Tabela 4.9 – Indicadores coletivos do alimentador F2 no Caso A ........................................... 61
Tabela 4.10 - Indicadores individuais do alimentador F3 no Caso A ...................................... 61
Tabela 4.11 – Indicadores coletivos do alimentador F3 no Caso A ......................................... 62
Tabela 4.12 - Indicadores individuais do alimentador F4 no Caso A ...................................... 62
Tabela 4.13 – Indicadores coletivos do alimentador F4 no Caso A ......................................... 63
Tabela 4.14 – Indicadores individuais do alimentador F1 no Caso B ...................................... 65
Tabela 4.15 – Indicadores coletivos do alimentador F1 no Caso B ......................................... 65
Tabela 4.16 – Indicadores individuais do alimentador F2 no Caso B ...................................... 67
Tabela 4.17 - Indicadores coletivos do alimentador F2 no Caso B .......................................... 67
Tabela 4.18- Indicadores individuais do alimentador F3 no Caso B ....................................... 68
Tabela 4.19- Indicadores coletivos do alimentador F3 no Caso B ........................................... 69
Tabela 4.20 - Indicadores individuais do alimentador F4 no Caso C ...................................... 73
Tabela 4.21- Indicadores coletivos do alimentador F4 no Caso C ........................................... 75
SUMÁRIO
1 Introdução .................................................................................................................. 14
1.1 Contextualização e Descrição do Problema ............................................................... 14
1.2 Justificativa ................................................................................................................ 15
1.3 Objetivos .................................................................................................................... 15
1.4 Organização do Trabalho ........................................................................................... 16
2 Qualidade da Energia Elétrica ................................................................................. 17
2.1 Introdução .................................................................................................................. 17
2.2 Qualidade do Serviço ................................................................................................. 17
2.3 Indicadores de Continuidade ..................................................................................... 18
Indicadores de Continuidade Individuais ........................................................... 19
Indicadores de Continuidade Coletivos .............................................................. 22
Indicadores Globais ............................................................................................ 23
Processo de apuração e avaliação dos Indicadores ............................................. 26
Confiabilidade em Sistemas de Distribuição Radiais ......................................... 28
2.4 Limites de continuidade do serviço ........................................................................... 30
2.5 Compensações ........................................................................................................... 32
3 Técnicas para minimização dos Indicadores de Continuidade ............................. 37
3.1 Introdução .................................................................................................................. 37
3.2 Características do Sistema Elétrico de Distribuição .................................................. 37
Rede de Distribuição Primária ............................................................................ 38
3.3 Dispositivos de Proteção e Seccionamento................................................................ 39
Fusíveis ............................................................................................................... 41
Religadores ......................................................................................................... 44
Seccionalizadores ............................................................................................... 51
4 Aplicação e Análise das técnicas de minimização dos Indicadores de Continuidade
54
4.1 Introdução .................................................................................................................. 54
4.2 Sistema Teste: RBTS – BUS 6 .................................................................................. 54
4.3 CASO A: Sistema Teste Original .............................................................................. 57
Alimentador F1 ................................................................................................... 58
Alimentador F2 ................................................................................................... 61
Alimentador F3 ................................................................................................... 61
Alimentador F4 ................................................................................................... 62
4.4 CASO B: Zona Urbana do Sistema Teste Modificada .............................................. 63
Alimentador F1 ................................................................................................... 65
Alimentador F2 ................................................................................................... 66
Alimentador F3 ................................................................................................... 68
4.5 CASO C: Zona Rural do Sistema Teste Modificada ................................................. 71
4.6 Análise para ocorrência de Faltas Transitórias .......................................................... 76
5 Conclusão ................................................................................................................... 78
Referências Bibliográficas ................................................................................................ 79
Apêndices............................................................................................................................ 81
Apêndice A – Parâmetros de Confiabilidade dos Alimentadores no Caso A ...................... 81
Apêndice B – Parâmetros de Confiabilidade dos Alimentadores no Caso B ....................... 90
Apêndice C – Parâmetros de Confiabilidade do Alimentador F4 no Caso C ...................... 94
Anexos ............................................................................................................................... 100
Anexo A – Limites dos Indicadores de Continuidade estabelecidos pela ANEEL ............ 100
1 Introdução
1.1 Contextualização e Descrição do Problema
O sistema de distribuição se confunde com a própria topografia das cidades, ramificando
ao longo das zonas urbana e rural, responsável pela integração entre os consumidores finais e
os sistemas de grande porte, sendo estes constituídos pela geração e transmissão de energia
elétrica. A ocorrência de faltas na distribuição influencia sensivelmente o sistema, pois afeta
pontos localizados da rede e caracteriza cerca de 90% das interrupções percebidas pelos
consumidores. (COSTA, 2009)
Segundo dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica
(ABRADEE), em 2015 o Brasil contava com mais de 77 milhões de Unidades Consumidoras
(UC), sendo 85% delas residenciais. A conexão, o atendimento e a entrega efetiva de energia a
elas ocorrem por parte das distribuidoras de energia elétrica, onde o setor privado é responsável
por 60% e o público pelos outros 40% do total da energia distribuída no país.
Dessa maneira, o setor de distribuição é um dos mais regulados e fiscalizados do setor
elétrico, de modo que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) edita resoluções,
portarias e outras normas a fim de garantir o funcionamento e a qualidade do serviço entregue
aos consumidores. (ABRADEE, 2017)
A continuidade do fornecimento de energia elétrica é avaliada através de indicadores, os
quais expressam em termos de número e tempo de interrupções ocasionadas por ocorrências de
faltas na rede, as quais afetam um determinado consumidor ou um grupo de consumidores
conectados ao sistema de distribuição.
Em 2009 foi aprovada a primeira revisão dos Procedimentos de Distribuição (PRODIST),
a qual definiu novos limites dos indicadores de continuidade impostos às distribuidoras, e desde
então estes se tornam mais rigorosos a cada ano, contando com penalizações para as empresas
em caso de descumprimento dos mesmos, tendo em vista incentivar a melhoria do serviço
prestado à população.
Portanto, na sequência do trabalho será realizada uma revisão acerca da regulamentação
e fiscalização da qualidade da energia elétrica no Brasil, e posteriormente serão discutidas
propostas que podem ser tomadas por parte das empresas de distribuição, através da alocação
de dispositivos de proteção e seccionamento na rede, a fim de manter seus indicadores dentro
dos limites impostos pela ANEEL.

14
15

1.2 Justificativa
Ao decorrer dos anos, as metas relacionadas aos indicadores de continuidade impostas
pela ANEEL se tornaram mais rígidas, e junto com a redução dos limites houve um aumento
considerável do número de consumidores conectados à rede. Desse modo, para atender ao
aumento da demanda na distribuição de energia elétrica, as distribuidoras possuem
responsabilidades a serem cumpridas com o objetivo de minimizar a frequência e duração das
interrupções no fornecimento de energia.
As empresas de distribuição devem ser capazes de avaliar seus sistemas, buscando
constantemente melhores alternativas para reforço e expansão de sua rede, operando de maneira
satisfatória, reduzindo a possibilidade de danos causados pela ocorrência de faltas transitórias,
bem como o número de unidades consumidoras afetadas por faltas permanentes.
Programas como o “+ Clic Rural”, lançado pela Copel no final de 2015, estão sendo
desenvolvidos com o intuito de transformar a qualidade do serviço prestado aos consumidores
rurais. De acordo com a distribuidora paranaense Copel (2016), está sendo investido R$ 500
milhões no programa, o qual irá expandir e modernizar a rede elétrica da área rural, melhorando
seus indicadores de continuidade a partir da implementação de equipamentos automatizados de
proteção e telecomunicação, como cerca de 3500 religadores, junto de novas tecnologias para
reestabelecer o sistema com mais rapidez em caso de contingências.
Dessa forma, este trabalho tem o interesse em estudar maneiras adequadas para melhoria
do desempenho dos indicadores referentes à continuidade do fornecimento de energia elétrica,
visto que é evidente que as distribuidoras devem investir na qualidade do serviço de distribuição
prestado aos consumidores.

1.3 Objetivos
Conforme a contextualização apresentada, bem como a necessidade de se buscar a
melhoria da qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica no Brasil, este trabalho tem
como objetivo geral estudar e avaliar propostas para melhorar o desempenho dos indicadores
de continuidade, os quais expressam a frequência e duração de interrupções que afetam as
unidades consumidoras conectadas, mediante o uso de dispositivos de proteção e
seccionamento.
Primeiramente, tem-se como objetivo específico adquirir a base conceitual acerca das
características do setor elétrico de distribuição, e também da regulamentação e fiscalização da
qualidade do fornecimento de energia elétrica por parte das distribuidoras. Na sequência,
16

investigar e comparar maneiras adequadas para a melhoria dos indicadores de continuidade,


com o uso de equipamentos de proteção e seccionamento, e posteriormente propor uma
alternativa para ser aplicada à um sistema teste de distribuição.

1.4 Organização do Trabalho


Este trabalho está estruturado como se segue:
 Capítulo 1: apresentou-se uma visão geral do estudo realizado neste trabalho, bem como
a justificativa e o que se pretende obter com a realização deste;
 Capítulo 2: apresenta-se o embasamento acerca da qualidade do serviço de distribuição
de energia elétrica no Brasil, expondo os limites, penalidades e compensações aplicadas
atualmente;
 Capítulo 3: apresenta-se as principais características e funcionamento dos dispositivos
de proteção e seccionamento instalados na rede de distribuição, e como estes afetam o
desempenho dos indicadores de continuidade;
 Capítulo 4: propõe-se modificações em um sistema teste de distribuição através da
alocação de novos equipamentos, a fim de analisar e comparar os resultados obtidos
para os indicadores de continuidade em três diferentes casos;
 Capítulo 5: apresentam-se as conclusões e sugestões para trabalhos futuros;
 Referências Bibliográficas;
 Apêndices: contém as tabelas referentes aos cálculos dos parâmetros de confiabilidade
nos três casos do sistema estudado;
 Anexos: contém tabelas com dados fornecidos pela ANEEL.
2 Qualidade da Energia Elétrica
2.1 Introdução
Neste capítulo será apresentada uma visão geral da regulamentação e fiscalização da
qualidade dos serviços de distribuição de energia elétrica no Brasil, expondo os limites impostos
às distribuidoras, bem como as penalidades e compensações aplicadas atualmente, a fim de
garantir a continuidade do fornecimento de energia até as unidades consumidoras.

2.2 Qualidade do Serviço


A qualidade do serviço é basicamente entendida como a continuidade do fornecimento,
pois é fruto de interrupções no sistema elétrico provocadas por falhas do sistema e por
atividades de manutenção programada. Para tanto, torna-se importante o estabelecimento dos
índices de desempenho, através dos indicadores de continuidade, de modo a garantir o controle
da qualidade de energia elétrica de forma objetiva. (KAGAN; OLIVEIRA; ROBBA, 2005)
A Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, dispõe sobre o regime de concessão e
permissão dos serviços públicos. A partir desta, admite-se que toda a concessão ou permissão
pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, a qual define
um serviço adequado como sendo aquele que “satisfaz as condições de regularidade,
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e
modicidade das tarifas”.
De acordo com o Módulo 8 do PRODIST (2017), a qualidade dos serviços de energia
elétrica será supervisionada, pela ANEEL, por meio de indicadores que a expressem através de
valores associados a grupos de consumidores, assim como por valores individuais, os quais
representam a qualidade oferecida a determinado consumidor e à população em geral.
O Módulo 8 do PRODIST (2017), ressalta seu objetivo como sendo o de estabelecer
procedimentos relativos à qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras aos consumidores
e às distribuidoras acessantes, definindo os indicadores e padrões de forma a fornecer subsídios
para os planos de reforma, melhoramento e expansão da infraestrutura das distribuidoras, bem
como oferecer aos consumidores parâmetros para avaliação do serviço prestado por ela.
Sendo assim, segundo Kagan, Oliveira e Robba (2005), a continuidade do fornecimento
é avaliada pelas empresas de distribuição a partir das ocorrências na rede, que podem causar a
interrupção de vários consumidores, as quais serão contabilizadas para avaliação da qualidade
do serviço a estes consumidores, ou relacionada ao próprio sistema de distribuição.
17
18

2.3 Indicadores de Continuidade


Os indicadores de continuidade dos conjuntos de unidades consumidoras e individuais
deverão ser apurados considerando as interrupções de longa duração. (PRODIST, 2017). Estas,
conforme disposto no Módulo 1 do PRODIST (2016), são definidas como toda interrupção do
sistema elétrico com duração maior ou igual a três minutos.
Uma interrupção de energia pode ser informada com antecedência através de aviso, ou
ser intempestiva. Segundo Sinapsis; Mercados de Energia Consultoria; Mercados Energéticos
Consultores (2016), a interrupção com aviso prévio decorre de intervenções programadas na
rede para ações de manutenção ou obras de expansão, enquanto que as interrupções
intempestivas são devido a falhas de instalação, manobras indevidas e/ou sobrecargas
imprevistas.
Embora sejam consideradas as interrupções de longa duração para apuração dos
indicadores, existem exceções que, devido a sua natureza, não são computadas nos cálculos,
entre elas:

 Interrupção Programada: Interrupção que é antecedida de aviso prévio, por tempo


preestabelecido, para fins de intervenção no sistema elétrico da distribuidora.
(PRODIST, 2016).
 Interrupção em Situação de Emergência: interrupção originada no sistema de
distribuição, resultante de um evento que, comprovadamente, impossibilite a atuação
imediata da distribuidora, e que não tenha sido agravada ou provocada por ela.
(PRODIST, 2016)

Sendo assim, por no mínimo cinco anos, as distribuidoras devem manter e disponibilizar
os registros das interrupções de longa duração e seus indicadores provenientes, além de avisar
com antecedência os consumidores das respectivas áreas de concessão sobre as interrupções
programadas, informando o fato gerador e a data da interrupção, bem como o início e o término
da mesma. (PRODIST, 2017)
A Tabela 2.1 apresenta os fatos geradores destes tipos de interrupção, os quais constam
na última revisão do Módulo 8 do PRODIST (2017).
19

Tabela 2.1 – Fatos geradores de interrupções de longa duração

TIPO CAUSA DETALHE


Alteração Para melhoria e/ou ampliação.
Programada
Manutenção Corretiva e/ou preventiva.
Poluição, corrosão, queima ou incêndio,
Meio Ambiente inundação, erosão, árvore ou vegetação,
descarga atmosférica, animais e vento.

Vandalismo, abalroamento, roubo, acidente,


objeto na rede, defeito cliente afetando outros,
ligação clandestina, empresas de serviços
Terceiros
públicos ou suas contratadas, defeito interno
Não não afetando outras unidades consumidoras e
Programada interferência de terceiros.
Erro de operação, serviço mal executado e
Falha operacional
acidente.
Subtensão, sobretensão, sobrecarga,
desligamento para manutenção emergencial,
Próprias do desligamento por segurança, falha de material
Sistema ou equipamento, atuação de sistema especial de
proteção, alivio de carga e falha não
identificada.
Fonte: PRODIST (2017).

A duração das interrupções e a frequência em que estas ocorrem, são os principais


parâmetros que avaliam o desempenho das distribuidoras, com base em metas definidas por
indicadores coletivos e individuais. (SINAPSIS; MERCADOS DE ENERGIA
CONSULTORIA; MERCADOS ENERGÉTICOS CONSULTORES, 2016)

Indicadores de Continuidade Individuais

Segundo a Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição – SRD, da


ANEEL (2016), os indicadores individuais são aqueles que determinam a frequência e duração
de interrupções em cada unidade consumidora, sendo que seus limites são definidos para
períodos mensais, trimestrais e anuais.
O Módulo 1 do PRODIST (2016) define unidade consumidora como sendo o “conjunto
de instalações e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em
um só ponto de conexão, com medição individualizada e correspondente a um único
consumidor”. Abaixo estão detalhados os indicadores que garantem a continuidade do
fornecimento de energia nestes pontos de conexão, sendo eles: DIC, FIC, DMIC E DICRI.
20

 DIC: Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de


Conexão.
Segundo o Módulo 1 do PRODIST (2016), define-se DIC como o “intervalo de tempo
que, no período de apuração, em cada unidade consumidora ou ponto de conexão, ocorreu
descontinuidade da distribuição de energia elétrica”.
Desse modo, o DIC é calculado conforme a Equação (2.1), expresso em horas e
centésimos de hora.

𝐷𝐼𝐶 = ∑ 𝑡(𝑖) (2.1)


𝑖=1

Onde,
𝑖 = índice de interrupções da unidade consumidora no período de apuração, variando de
1 a 𝑛;
𝑛 = número de interrupções da unidade consumidora considerada, no período de
apuração;
𝑡(𝑖) = tempo de duração da interrupção 𝑖 da unidade consumidora considerada ou ponto
de conexão, no período de apuração.

 FIC: Frequência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de


Conexão.
Define-se FIC como o “número de interrupções ocorridas, em média, no período de
apuração, em cada unidade consumidora ou ponto de conexão”. (PRODIST, 2016)
A Equação (2.2) caracteriza o cálculo do FIC.

𝐹𝐼𝐶 = 𝑛 (2.2)

 DMIC: Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora ou por


Ponto de Conexão.
O Módulo 1 do PRODIST (2016) define o indicador DMIC como sendo o “tempo
máximo de interrupção contínua de energia elétrica, em uma unidade consumidora ou ponto de
conexão”.
21

Este indicador é definido apenas para períodos mensais, sendo a Equação (2.3) que o
expressa, dado em horas e centésimos de horas.

𝐷𝑀𝐼𝐶 = 𝑡 (𝑖)𝑚𝑎𝑥 (2.3)

Onde,
𝑡(𝑖)𝑚𝑎𝑥 = valor correspondente ao tempo da máxima duração de interrupção contínua
𝑖, verificada na unidade consumidora considerada, expresso em horas e centésimos de
horas, no período de apuração.

 DICRI: Duração da Interrupção Individual ocorrida em Dia Crítico por Unidade


Consumidora ou Ponto de Conexão.
Conforme definido pelo Módulo 1 do PRODIST (2016), DICRI “corresponde à duração
de cada interrupção ocorrida em Dia Crítico, para cada unidade consumidora ou ponto de
conexão”. Sendo que, Dia Crítico refere-se aos dias em que a quantidade de ocorrências
emergenciais supera determinado limite, estabelecido como a média somada a três desvios
padrões, dos valores diários referentes aos 24 meses anteriores ao ano em curso. (PRODIST,
2016).
A Equação (2.4) expressa o DICRI, dado em horas e centésimos de horas.

𝐷𝐼𝐶𝑅𝐼 = 𝑡𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 (2.4)

Onde,
𝑡𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = duração de interrupção ocorrida em Dia Crítico.

Conforme estabelecido pelo Módulo 8 do PRODIST (2017), a distribuidora deve


fornecer mensalmente na fatura de energia elétrica de cada consumidor as informações
referentes aos indicadores de continuidade individuais. Além de apresentar os limites de cada
indicador, estabelecido pela ANEEL, deve também esclarecer que em caso de descumprimento
dos mesmos, o consumidor é compensado financeiramente no faturamento pela concessionária.
Bem como, é de direito do consumidor solicitar à distribuidora a apuração destes indicadores,
a qualquer momento.
O cálculo da compensação, caso os limites dos indicadores individuais sejam
ultrapassados, serão apresentados mais adiante neste Capítulo.
22

Indicadores de Continuidade Coletivos

Os indicadores coletivos são aqueles que determinam o tempo e o número de vezes que
um conjunto de unidades consumidoras ficou sem energia elétrica, os quais são verificados
mensal, trimestral e anualmente (ANEEL, 2016). De acordo com o Módulo 1 do PRODIST
(2016), um conjunto de unidades consumidoras se refere àquelas pertencentes a uma mesma
área de permissão ou concessão.
Abaixo estão detalhados o DEC e o FEC, os indicadores que garantem a continuidade
do fornecimento de energia nestes conjuntos.

 DEC: Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora.


Conforme o Módulo 1 do PRODIST (2016), o DEC é definido como sendo o “intervalo
de tempo que, em média, no período de apuração, em cada unidade consumidora do conjunto
considerado ocorreu descontinuidade da distribuição de energia elétrica”.
A partir disto, a Equação (2.5) representa o cálculo deste indicador, expresso em horas
e centésimos de hora.

∑𝐶𝑐
𝑖=1 𝐷𝐼𝐶(𝑖)
(2.5)
𝐷𝐸𝐶 =
𝐶𝑐

Onde,
𝑖 = índice de unidades consumidoras atendidas em BT (baixa tensão) ou MT (média
tensão) faturadas do conjunto;
𝐶𝑐 = número total de unidades consumidoras faturadas do conjunto no período de
apuração, atendidas em BT ou MT.

 FEC: Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora.


O indicador FEC, de acordo com o Módulo 1 do PRODIST (2016) é o “número de
interrupções ocorridas, em média, no período de apuração, em cada unidade consumidora do
conjunto considerado”. Este é calculado utilizando a Equação (2.6).

∑𝐶𝑐
𝑖=1 𝐹𝐼𝐶(𝑖)
(2.6)
𝐹𝐸𝐶 =
𝐶𝑐
As Equações (2.5) e (2.6) representam de maneira geral o tempo e a frequência das
interrupções em um conjunto de unidades consumidoras. Entretanto, a apuração destes
indicadores coletivos é feita de maneira segregada, considerando a origem da interrupção,
23

podendo ser de origem interna ou externa, se a interrupção foi programada ou não, e se a mesma
ocorreu em dia crítico ou não. (PRODIST, 2017)
Todos os indicadores citados nesta seção devem ser apurados pelas distribuidoras e
enviados periodicamente à ANEEL, a qual avaliará a qualidade do serviço prestado e divulgará
aos consumidores o desempenho do sistema elétrico nacional. (ANEEL, 2016)
Além dos indicadores individuais e coletivos, a partir do DEC e do FEC é possível obter
os indicadores globais de continuidade. Segundo o Módulo 8 do PRODIST (2017), estes se
referem a um agrupamento de conjuntos de unidades consumidoras, o qual pode se referir a
uma distribuidora, região, município, estado ou ao país.

Indicadores Globais

Os cálculos dos indicadores de continuidade para um conjunto, considerando um


período de apuração trimestral ou anual são expressos pelas Equações (2.7) à (2.10) de acordo
com o Módulo 8 do PRODIST (2017). Para períodos mensais utilizam-se as Equações (2.5) e
(2.6), as quais podem ser verificadas na Subseção anterior.

 Indicadores trimestrais

∑3𝑛=1[𝐷𝐸𝐶𝑛 ∙ 𝐶𝑐𝑛 ]
𝐷𝐸𝐶𝑇𝑅𝐼𝑀 =
𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷_𝑇𝑅𝐼𝑀 (2.7)

∑3𝑛=1[𝐹𝐸𝐶𝑛 ∙ 𝐶𝑐𝑛 ] (2.8)


𝐹𝐸𝐶𝑇𝑅𝐼𝑀 =
𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷_𝑇𝑅𝐼𝑀

 Indicadores anuais

∑12
𝑛=1[𝐷𝐸𝐶𝑛 ∙ 𝐶𝑐𝑛 ]
𝐷𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 =
𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷_𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 (2.9)

∑12
𝑛=1[𝐹𝐸𝐶𝑛 ∙ 𝐶𝑐𝑛 ]
𝐹𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 =
𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷_𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 (2.10)

Onde:
24

𝐷𝐸𝐶𝑛 = valor mensal do DEC apurado no mês n;


𝐹𝐸𝐶𝑛 = valor mensal do FEC apurado no mês n;
𝐷𝐸𝐶𝑇𝑅𝐼𝑀 = valor do DEC no período de apuração trimestral;
𝐹𝐸𝐶𝑇𝑅𝐼𝑀 = valor do FEC no período de apuração trimestral;
𝐷𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 = valor do DEC no período de apuração anual;
𝐹𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 = valor do FEC no período de apuração anual;
𝐶𝑐𝑛 = número de unidades consumidoras faturadas do conjunto e atendidas em BT ou MT
informadas no mês n;
𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷_𝑇𝑅𝐼𝑀 = média aritmética do número de unidades consumidoras atendidas em BT ou MT,
faturadas no período trimestral;
𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷_𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 = média aritmética do número de unidades consumidoras atendidas em BT ou
MT, faturadas no período anual.

Para o cálculo do indicador de continuidade global, considera-se um agrupamento de


conjunto de unidades consumidoras (PRODIST, 2017). Como exemplo, as Equações (2.11) e
(2.12) expressam os cálculos para os indicadores globais no período de um ano.

∑𝑀
𝑖=1[𝐷𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝑖 ∙ 𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 ] 𝑖
𝐷𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝐺𝐿𝑂𝐵𝐴𝐿 =
∑𝑀
𝑖=1 𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 𝑖
(2.11)

∑𝑀
𝑖=1[𝐹𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝑖 ∙ 𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 ] 𝑖
𝐹𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝐺𝐿𝑂𝐵𝐴𝐿 =
∑𝑀
𝑖=1 𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿
(2.12)
𝑖

Sendo que,
𝐷𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝑖 = valor do DEC anual do conjunto 𝑖;
𝐹𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝑖 = valor do FEC anual do conjunto 𝑖;
𝐷𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝐺𝐿𝑂𝐵𝐴𝐿 = valor anual global do DEC no ano de referência;
𝐹𝐸𝐶𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿𝐺𝐿𝑂𝐵𝐴𝐿 = valor anual global do FEC no ano de referência;
𝐶𝑐𝑀𝐸𝐷𝐴𝑁𝑈𝐴𝐿 𝑖 = média aritmética do número de unidades consumidoras faturadas e atendidas

em BT ou MT do conjunto 𝑖, para o período anual;


25

𝑀 = número total de conjuntos considerados para o cálculo do indicador global.


A partir das equações acima, pode-se ter uma ideia de como está o desempenho das
distribuidoras em qualquer região do Brasil, bem como no país.
A ANEEL divulga as informações dos indicadores globais ao decorrer dos anos, desse
modo, a Figura 2.1 e Figura 2.2 ilustram graficamente a evolução dos indicadores consolidados
no Brasil desde 2007 até o ano de 2016.

Fonte: ANEEL (2016).


Figura 2.1 – DEC anual das concessionárias do Brasil

Fonte: ANEEL (2016).


Figura 2.2 - FEC anual das concessionárias no Brasil
Na Figura 2.1 e Figura 2.2, os pontos em verde representam os limites dos indicadores
para cada ano especificado, e em laranja os valores apurados dos respectivos indicadores.
Observa-se que com o decorrer dos anos, as metas impostas pela ANEEL se tornaram mais
rígidas, entretanto, as distribuidoras não se adequaram a elas como o desejado. A Tabela 2.2
mostra em dados numéricos os valores limites e apurados para os indicadores coletivos no
Brasil desde 2007 até 2016.
Tabela 2.2 – Indicadores anuais das concessionárias no Brasil

DEC Apurado DEC Limite FEC FEC N° de


Ano
(horas) (horas) Apurado Limite Consumidores
2007 16,14 19,28 11,81 17,03 60.707.992
26

2008 16,65 18,68 11,37 16,44 63.298.530


2009 18,77 17,86 11,72 15,63 65.480.801
2010 18,42 17,01 11,31 14,54 66.999.221
2011 18,61 16,23 11,21 13,61 69.035.906
2012 18,78 15,87 11,17 13,19 71.143.243
2013 18,49 15,19 10,60 12,47 73.280.998
2014 18,03 14,58 10,08 11,77 75.321.870
2015 18,60 13,94 9,86 11,03 77.166.082
2016 15,82 13,31 8,87 10,33 78.805.01
Fonte: ANEEL (2016).

É possível notar a partir da Tabela 2.2 que junto da redução dos limites dos indicadores
de continuidade impostos às distribuidoras, houve um aumento considerável, ano após ano, do
número de consumidores conectados à rede. Portanto, além de atender o aumento da demanda
na distribuição de energia do Brasil, as concessionárias possuem responsabilidades a serem
cumpridas, as quais estão regulamentadas no Módulo 8 do PRODIST, a fim de manterem a
qualidade do serviço, afetando o mínimo possível o consumidor. (SINAPSIS; MERCADOS
DE ENERGIA CONSULTORIA; MERCADOS ENERGÉTICOS CONSULTORES, 2016).
Além disso, desde 2011, a ANEEL publica anualmente no mês de abril o DGC –
Indicador de Desempenho Global de Continuidade. Conhecido como “Ranking da
Continuidade”, o indicador possui o DEC e o FEC como base para avaliar os valores apurados
de duração e frequência de interrupções em relação aos limites impostos para as áreas de
concessão, comparando assim, o desempenho de uma distribuidora em relação às outras do
país. (ANEEL, 2016)

Processo de apuração e avaliação dos Indicadores

O fluxograma apresentado pela Figura 2.3 ilustra, resumidamente, as etapas que as


concessionárias de distribuição devem cumprir para apuração dos indicadores de continuidade
em suas áreas de concessão, mensalmente. A partir disso, a ANEEL pode avaliar o desempenho
de cada distribuidora e disponibilizar à população os dados obtidos de todos os processos.
27

Produtos
Distribuidora ANEEL
Gerados

Necessidade de
Avaliação dos
Indicadores de
Continuidade
Dados das
Interrupções
Programadas e
Mês Acidentais
de
Apuração Coleta de Dados

Dados de
Interrupções para
Apuração e Cálculo dos
Expurgos de Indicadores
Interrupções não
Consideradas

Cálculo dos
Indicadores de
Continuidade
Até o último Indicadores: DEC,
FEC, DIC, FIC,
dia útil do DMIC E DICRI
mês
Avaliação,
seguinte a Registro e
apuração Armazenamento
Arquivo de Dados
Recebimento dos das Interrupções
Envio dos Dados Indicadores
para ANEEL Coletivos (DEC e
FEC)

Após o mês Avaliação e


Continuação do Avaliação do Divulgação do
seguinte de Desempenho da
Processo Desempenho da
apuração Distribuidora Distribuidora

Fonte: PRODIST (2017).


Figura 2.3 – Processo de apuração e avaliação dos Indicadores de Continuidade
28

Confiabilidade em Sistemas de Distribuição Radiais

Os indicadores de continuidade podem ser associados às equações de confiabilidade, as


quais se referem às taxas de falha (λ) e tempos de reparo (𝑟), com o objetivo de encontrar os
indicadores esperados para determinado sistema em estudo. Sendo que, conforme definido por
Kondo (2015), taxa de falha de um trecho de rede é “o número médio de defeitos num certo
período, ou interrupções não programadas, por unidade de comprimento do trecho, usualmente
o quilômetro”, e conforme Dias (2002), tempo de reparo é o período que inclui a execução de
serviços de reparo e reestabelecimento do fornecimento da energia elétrica.
Ainda de acordo com Dias (2002), pode-se medir o desempenho histórico dos vários
elementos presentes no sistema elétrico, estabelecendo taxas de falha médias para cada um dos
componentes, a fim de prever futuras interrupções.
Segundo Costa (2009), o desempenho de um sistema é avaliado em termos do número
e duração de interrupções verificadas ou previstas, possibilitando o cálculo de indicadores
coletivos e individuais de um sistema em função das taxas de falha e tempos médios de reparo.
De acordo com o mesmo autor, as distribuidoras devem ser capazes de avaliar seus sistemas de
forma preditiva, buscando identificar os pontos mais susceptíveis a acontecer falhas, bem como
procurar melhores alternativas para reforço e expansão de sua rede, de modo a operar de
maneira satisfatória.
A avaliação da confiabilidade de sistemas de distribuição radiais, através dos
indicadores de continuidade, é melhor representada por sistemas em série. Conforme Costa
(2009), um sistema série é aquele que só funciona quando todos os seus componentes
funcionam, portanto, basta que um componente falhe para que o sistema falhe. Um sistema
série com dois componentes é ilustrado pela Figura 2.4.

Fonte: Adaptado de Costa (2009).


Figura 2.4 – Sistema Série de Dois Componentes
29

Desse modo, as Equações que representam a Taxa de Falha (λs) e o Tempo de Reparo
(𝑟𝑠 ) de um sistema série de 𝑛 componentes estão representadas por (2.13) e (2.14),
respectivamente, de acordo com Costa (2009).
λs = λ1 + λ2 + ⋯ + λn (2.13)

λ1 𝑟1 + λ2 𝑟2 + ⋯ + λ𝑛 𝑟𝑛 (2.14)
𝑟𝑠 =
λ1 + λ2 + ⋯ + λn

Cada trecho de rede do sistema analisado é considerado um componente, portanto, para


calcular a taxa de falha de cada componente, deve-se multiplicar a taxa de falha por km pela
extensão de cada linha, como mostra a Equação (2.15). (COSTA, 2009)

λtrecho = λkm ∙ 𝑙 (2.15)

Onde,
λkm = taxa de falha em 1 km de linha;
𝑙 = comprimento do trecho de rede considerado, em km.

O produto de λs e 𝑟𝑠 é denominado indisponibilidade do sistema, designado pela letra 𝑈,


que segundo Costa (2009), corresponde ao número esperado de horas, num determinado
período, que um sistema permanece em estado de falha.
Desse modo, é possível calcular os valores médios dos indicadores de continuidade
futuros do sistema, fazendo a correspondência entre estes e os elementos das equações vistas
anteriormente. Sendo assim, conforme Costa (2009):

 Para o indicador FIC:


𝐹𝐼𝐶𝑖 = λi (2.16)

Sendo que 𝑖 é o ponto de conexão considerado.

 Para o indicador DIC:


𝐷𝐼𝐶𝑖 = 𝑈𝑖 (2.17)
30

 Para o indicador FEC:

∑𝑁𝑝 λi 𝐶𝑖 (2.18)
𝐹𝐸𝐶 = 𝑖=1
𝐶𝑐
Onde,
𝐶𝑖 = número de unidades consumidoras instaladas no ponto de conexão 𝑖;
𝐶𝑐 = número total de unidades consumidoras do conjunto;
𝑁𝑝 = número de pontos de conexão do conjunto.

 Para o indicador DEC:

∑𝑁𝑝 Ui 𝐶𝑖 (2.19)
𝐷𝐸𝐶 = 𝑖=1
𝐶𝑐

Sendo que os elementos relacionados à frequência são dados em número de


interrupções, e os relacionados à duração da interrupção são dados em horas e centésimos de
hora.

2.4 Limites de continuidade do serviço


Os limites de continuidade do serviço são estabelecidos pela ANEEL, e disponibilizados
por meio de audiência pública, devendo propiciar melhoria do limite anual global de DEC e
FEC da distribuidora. (PRODIST, 2017)
A resolução Nº 024/2000 da ANEEL, foi a primeira ação para normalizar os
procedimentos de fixação das metas de continuidade para todas as concessionárias e
permissionárias, estabelecendo a aplicação da técnica de análise comparativa de desempenho
das distribuidoras, a partir dos atributos físico-elétricos e dados históricos de DEC e FEC destas.
Em 2008, através da resolução normativa Nº 345/2008, aprovou-se o PRODIST, sem
variação nos limites estabelecidos na resolução Nº 024/2000. Posteriormente, em 2009, a
resolução Nº 345/2009 aprovou a primeira revisão do PRODIST, bem como definiu novos
limites dos indicadores de continuidade impostos às distribuidoras, tendo em vista incentivar
as mesmas a proporcionar melhor qualidade na prestação do serviço, segundo Nota Técnica Nº
130/2009 da ANEEL.
31

Desde então, segundo o Módulo 8 do PRODIST (2017), os limites dos


indicadores individuais variam de acordo com a localização, podendo ser área urbana ou rural,
e a tensão contratada. Sendo assim, os limites dos indicadores DIC e DMIC são vinculados ao
limite anual do indicador DEC, o DICRI deverá corresponder ao maior valor estabelecido para
o indicador DMIC, enquanto os limites do indicador FIC são vinculados ao limite anual do
indicador FEC. Para o estabelecimento dos limites dos indicadores de continuidade, de acordo
com o Módulo 8 do PRODIST (2017), as distribuidoras devem enviar à ANEEL suas BDGD
(Base de Dados Geográficos da Distribuidora), das quais serão extraídos os atributos físico-
elétricos de seus conjuntos de unidades consumidoras. Através da seleção dos atributos
relevantes, é realizada a aplicação da análise comparativa e o cálculo dos limites de acordo com
o desempenho dos conjuntos, e assim realizada a análise por parte da ANEEL com a definição
dos limites de DEC e FEC.
No Anexo A deste trabalho estão disponíveis as tabelas com os limites individuais de
continuidade vigentes, a partir dos indicadores coletivos, para média e baixa tensão,
considerando áreas urbanas e áreas rurais.
Ademais, a ANEEL disponibiliza para consulta os limites de continuidade individuais
por município, desde 2010. A Tabela 2.3 e Tabela 2.4 mostram as metas que deveriam ser
cumpridas pela COPEL Distribuição S.A para a área urbana e rural, respectivamente, da cidade
de Foz do Iguaçu, Paraná, no ano de 2016.

Tabela 2.3 – Limites Individuais de Continuidade por Município: Área Urbana

FIC (número de DMIC DICRI


Área Urbana DIC (horas)
interrupções) (horas) (horas)
Conjunto DEC FEC Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal Interrupção
Foz do
8 9 19,34 9,67 4,83 13,2 6,6 3,3 2,69 12,22
Iguaçu
Fonte: ANEEL (2016).

Tabela 2.4 – Limites Individuais de Continuidade por Município: Área Rural

FIC (número de DMIC DICRI


Área Rural DIC (horas)
interrupções) (horas) (horas)
Conjunto DEC FEC Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal Interrupção
Foz do
8 9 40,03 20 10 30,39 15,2 7,59 5,28 16,6
Iguaçu
Fonte: ANEEL (2016).
32

A partir da Tabela 2.3 e Tabela 2.4, nota-se que os limites impostos à distribuidora são
bem maiores quando se trata de áreas não urbanizadas em relação à urbanizadas, para os
mesmos indicadores coletivos. Isto se deve ao fato de que, segundo a ANEEL, a área de
concessão da distribuidora é composta por regiões com diferentes características geográficas e
de mercado, ou seja, a qualidade da energia não é uniforme dentro de uma mesma área de
concessão, partindo do fato de que quanto mais longe dos centros de carga ou menor a densidade
de unidades consumidoras, mais custo o atendimento representa à distribuidora, a qual precisa
realizar mais investimentos para aumentar a qualidade e prestar o serviço adequado.

2.5 Compensações
Até o mês de dezembro de 2008 as violações nos limites dos indicadores coletivos, DEC
e FEC, nos períodos pré-definidos de apuração implicava no pagamento de multa à ANEEL,
segundo incisivo II do art. 21 da resolução Nº 024/2000.
Entretanto, desde 2009, de acordo com o Módulo 8 do PRODIST (2017) a empresa
prestadora de serviço deverá realizar a compensação ao consumidor quando houver violação
dos padrões dos indicadores de continuidade individuais, DIC, FIC e DMIC, efetuando o crédito
na fatura, a qual deverá ser apresentada em até dois meses após o período de apuração. Além
disso, a distribuidora deverá efetuar uma compensação ao consumidor para cada interrupção
ocorrida em Dia Crítico, caso esta ultrapasse o limite estabelecido para o DICRI, efetuando o
crédito na fatura em até dois meses após o mês de ocorrência da interrupção.
A Figura 2.5 representa a linha do tempo da fiscalização e aplicação das penalidades em
relação aos limites dos indicadores de continuidade usados no Brasil.

Fonte: Adaptado de Pérez (2012).


Figura 2.5 – Linha do tempo da fiscalização dos Indicadores de Continuidade no Brasil
33

As Equações (2.20) à (2.23) expressam os cálculos dos valores que devem ser realizados
para as compensações em caso de transgressão dos limites de continuidade individuais,
conforme o Módulo 8 do PRODIST (2017).

 Para o DIC:
𝐷𝐼𝐶𝑣 𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = ( − 1) 𝐷𝐼𝐶𝑝 ∙ ∙ 𝑘𝑒𝑖
𝐷𝐼𝐶𝑝 730 (2.20)

 Para o FIC:

𝐹𝐼𝐶𝑣 𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = ( − 1) 𝐷𝐼𝐶𝑝 ∙ ∙ 𝑘𝑒𝑖
𝐹𝐼𝐶𝑝 730 (2.21)

 Para o DMIC:

𝐷𝑀𝐼𝐶𝑣 𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = ( − 1) 𝐷𝑀𝐼𝐶𝑝 ∙ ∙ 𝑘𝑒𝑖
𝐷𝑀𝐼𝐶𝑝 730 (2.22)

 Para o DICRI:

𝐷𝐼𝐶𝑅𝐼𝑣 𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 = ( − 1) 𝐷𝐼𝐶𝑅𝐼𝑝 ∙ ∙ 𝑘𝑒𝑖
𝐷𝐼𝐶𝑅𝐼𝑝 730 (2.23)

Onde:
𝐷𝐼𝐶𝑣 = duração de interrupção por unidade consumidora ou ponto de conexão, conforme cada
caso, verificada no período considerado, expressa em horas e centésimos de hora;
𝐷𝐼𝐶𝑝 = limite de continuidade estabelecido no período considerado para o DIC, expresso em
horas e centésimos de hora;
𝐹𝐼𝐶𝑣 = frequência de interrupção por unidade consumidora ou ponto de conexão, conforme
cada caso, verificada no período considerado, expressa em número de interrupções;
𝐹𝐼𝐶𝑝 = limite de continuidade estabelecido no período considerado para o FIC, expresso em
número de interrupções e centésimo do número de interrupções;
34

𝐷𝑀𝐼𝐶𝑣 = duração máxima de interrupção contínua por unidade consumidora ou ponto de


conexão, conforme cada caso, verificada no período considerado, expressa em horas e
centésimos de hora;
𝐷𝑀𝐼𝐶𝑝 = limite de continuidade estabelecido no período considerado para o DMIC, expresso
em horas e centésimos de hora;
𝐷𝐼𝐶𝑅𝐼𝑣 = duração da interrupção individual ocorrida em Dia Crítico, por unidade consumidora
ou ponto de conexão, expressa em horas e centésimos de hora;
𝐷𝐼𝐶𝑅𝐼𝑝 = limite de continuidade estabelecido no período considerado para o DICRI, expresso
em horas e centésimos de hora;
𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜 = média aritmética dos encargos de uso do sistema de distribuição correspondentes
aos meses do período de apuração do indicador;
𝑘𝑒𝑖 = coeficiente de majoração.
Nas Equações (2.20) à (2.23), considera-se 730 horas como sendo o número médio de
horas por mês. O coeficiente de majoração varia de acordo com a tensão contratada, sendo que:
 𝑘𝑒𝑖 = 15 para unidade consumidora ou ponto de conexão atendidos em BT;
 𝑘𝑒𝑖 = 20 para unidade consumidora ou ponto de conexão atendidos em MT;
 𝑘𝑒𝑖 = 27 para unidade consumidora ou ponto de conexão atendidos em AT.
O critério para aplicação das compensações, de acordo com o Módulo 8 do PRODIST
(2017), segue a premissa de que quando há violação dos limites trimestrais e anuais, deverá ser
descontado do valor da compensação os montantes já compensados mensalmente, considerando
que um mesmo fato gerador não pode penalizar mais de uma vez.
O Módulo 8 do PRODIST (2017) também ressalta que no caso em que ocorrer a
violação do limite de mais de um indicador individual, deverá ser considerado aquele indicador
(DIC, FIC ou DMIC) que apresentar o maior valor de compensação, levando em conta os
critérios para aplicação desta. Em contrapartida, quando ocorrer violação do indicador DICRI,
a compensação deverá ser realizada sem prejuízo às compensações referentes aos outros
indicadores, nesse caso, o valor a ser pago aos consumidores afetados é a soma das
compensações calculadas para cada violação do DICRI no período de apuração.
Além disso, é estabelecido no Módulo 8 do PRODIST (2017), que o valor mínimo da
compensação no caso de violação do limite do indicador de continuidade individual é de R$
0,01. O valor máximo da compensação neste caso será:
 10 vezes o valor do 𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜 no caso de violação do limite mensal;
 30 vezes o valor do 𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜 no caso de violação do limite trimestral;
35

 120 vezes o valor do 𝐸𝑈𝑆𝐷𝑚é𝑑𝑖𝑜 no caso de violação do limite no período de apuração


anual.
Os valores pagos e o número de compensações efetuadas pelas distribuidoras de energia
elétrica são disponibilizados, para consulta do consumidor, pela ANEEL. As informações de
compensação referentes aos indicadores DIC, FIC e DMIC estão disponíveis a partir de 2010,
e para o DICRI a partir de 2012. Os gráficos da Figura 2.6 e Figura 2.7 ilustram estes fatores
(valor e quantidade de compensações) no decorrer dos anos, considerando todas as
concessionárias do País.

Fonte: ANEEL (2017).


Figura 2.6 – Valor das compensações realizadas pelas concessionárias no Brasil

Fonte: ANEEL, (2017).


Figura 2.7 – Quantidade de compensações realizadas pelas concessionárias no Brasil
36

É possível verificar também as informações de compensação referentes a cada


distribuidora, de acordo com a região desejada. A Tabela 2.5 representa os valores pagos e o
número de compensações efetuadas pela concessionária COPEL – DIS, região sul, no ano de
2016, nos períodos de apuração mensais, trimestrais e anuais.

Tabela 2.5 – Índices de Compensação de Continuidade

Índices de Compensação de Continuidade - COPEL - DIS


DIC, FIC e DMIC DICRI
Compensações Total
Mensais Trimestrais Anuais Mensais
Qtde. 2.650.030 791.564 553.245 54.611 4.049.450
11.208.392,67 1.194.187,22 4.203.639,00 640.664,61 17.246.883,5
Valor (R$)
0
Fonte: ANEEL (2016).

Os valores referentes às compensações devem ser informados pelas concessionárias em


até três meses após a apuração do indicador, para que a fiscalização do cumprimento dos limites
dos indicadores de continuidade, bem como das compensações feitas pelas distribuidoras, seja
realizada regularmente pela ANEEL. Segundo a Agência, no caso de não pagamento da
compensação, a distribuidora será submetida a penalidades, e poderá pagar multa. Portanto, é
evidente que as concessionárias devem investir e buscar constantemente a melhoria da
qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica prestado no Brasil.
3 Técnicas para minimização dos Indicadores de
Continuidade
3.1 Introdução
Neste capítulo serão apresentadas as principais características e funcionamento dos
dispositivos de proteção e seccionamento instalados na rede primária de distribuição, a fim de
minimizar o número e tempo de interrupções, possibilitando a análise da melhoria do
desempenho dos indicadores de continuidade, bem como da qualidade do serviço prestado pelas
concessionárias.

3.2 Características do Sistema Elétrico de Distribuição


Os sistemas elétricos de potência são constituídos pela geração, transmissão,
subtransmissão e distribuição de energia. Os limites desses campos de aplicação são
subestações elevadoras e abaixadoras de tensão, as quais escoam a energia elétrica até chegar
às unidades consumidoras. O sistema de distribuição é subdivido em distribuição primária e
distribuição secundária, responsáveis por fornecer a demanda de energia aos consumidores,
com a qualidade adequada, no instante em que for solicitada. A Figura 3.1 ilustra a constituição
do sistema de potência.

Fonte: Adaptado de Kagan (2005).


Figura 3.1 – Diagrama unifilar do Sistema Elétrico de Potência

37
38

As subestações (SE) de distribuição reduzem o nível de alta tensão (AT) da


subtransmissão, cujo valor, segundo o Módulo 1 do PRODIST (2016), é igual ou superior a
69kV e inferior a 230kV, para o nível de média tensão (MT), de valor superior a 1kV e inferior
a 69kV, na qual a energia é transportada através de um ou mais alimentadores, caracterizando
a distribuição primária.
De acordo com Kagan (2005), em relação aos consumidores atendidos pela distribuição
primária, destacam-se as indústrias de porte médio, conjuntos comerciais como shoppings e
também instalações de iluminação pública. Além disso, esta rede atende os transformadores de
distribuição, ou estações transformadoras, que reduzem a tensão para a de distribuição
secundária, suprindo consumidores de baixa tensão (BT), tais como residências, pequenos
comércios e indústrias. Esta tensão, no Brasil, está em sua grande maioria padronizada em
220/127V ou 380/220V, dependendo da região do país.
A rede de distribuição secundária pode operar de maneira radial ou em malha, a qual
deriva sem proteção do secundário dos transformadores de distribuição, ou seja, a rede de baixa
tensão usualmente não possui recursos para o atendimento de contingências, contando em casos
de falta com elos fusíveis localizados no lado de alta dos transformadores.
Em contrapartida, geralmente, a rede aérea de distribuição primária possui topologia
radial, com possibilidade de transferência de carga em casos de contingência. Desse modo, este
trabalho abordará as alterações neste tipo de rede, que por sua vez afetam a confiabilidade da
rede secundária.

Rede de Distribuição Primária

As redes de distribuição primária, ou de média tensão, segundo Kagan (2005), podem


ser aéreas ou subterrâneas. Estas últimas possuem grande aplicação em áreas de maior
densidade de carga ou onde há restrições paisagísticas, já as redes convencionais aéreas são de
uso mais difundido devido ao seu menor custo, sendo constituídas por condutores protegidos,
no caso de redes compactas, permitindo eventuais toques com galhos de árvore e outros objetos,
ou em sua maior parte por condutores nus, apresentando altas taxas de falhas por estarem mais
desprotegidas contra a influência do meio.
Os alimentadores da rede de distribuição primária, que formam a linha de distribuição
até os consumidores, são compostos por diversos blocos, os quais são delimitados por
dispositivos de proteção ou seccionamento. A Figura 3.2 ilustra a configuração de um
alimentador exemplo.
39

Fonte: Dias (2002).


Figura 3.2 - Alimentador Exemplo
A Tabela 3.1 mostra a descrição de cada componente da Figura 3.2. Cada bloco do
alimentador é responsável por atender um determinado número de consumidores, sendo que
uma falta em um trecho desta rede de distribuição causa a interrupção de energia aos
consumidores associados a ela. Portanto, os dispositivos de proteção e seccionamento devem
ser instalados nos alimentadores de acordo com suas características, bem como contribuições
para a minimização dos efeitos das interrupções, a fim de melhorar os indicadores de
continuidade do sistema, mantendo-os dentro dos limites impostos pela ANEEL.

3.3 Dispositivos de Proteção e Seccionamento


Os dispositivos instalados na rede de distribuição para melhorar o fornecimento de
energia, diminuindo a frequência e a duração das interrupções que afetam as unidades
consumidoras, podem ser divididos em três grupos, sendo eles: fusíveis, religadores e
seccionalizadores. Estes devem seguir uma filosofia baseada na coordenação e seletividade,
para que atuem de maneira eficaz em casos de contingência.
A seletividade é a capacidade de o dispositivo de proteção mais próximo da ocorrência
da falta atuar e isolar o defeito, evitando que maiores trechos da rede de distribuição sejam
desativados. Já a coordenação se refere à condição de dois ou mais equipamentos alternarem
suas operações de maneira coordenada, ou seja, em ocorrência de falta, atuarem numa
40

determinada sequência de operação pré-estabelecida, com o intuito de minimizar o trecho de


rede desativado, bem como evitar que dispositivos sem capacidade de religamento acionem
para casos de faltas transitórias.

Tabela 3.1 - Descrição dos Componentes do Alimentador Exemplo

Componente Descrição

Barramento da SE de
Distribuição

Disjuntor

Religador
Automático de
Distribuição

Chave Trifásica NA
(normalmente aberta)
Chave Faca NF
(normalmente
fechada)

Chave Fusível

Transformador de
Distribuição

Chave Faca NA

Número do Bloco

Fonte: Adaptado de Dias (2002).

De acordo com Dias (2002), dispositivos com capacidade de religamento são aqueles que
realizam automaticamente uma ou mais operações de fechamento, visando restabelecer o
fornecimento de energia. A Figura 3.3 ilustra um trecho de rede de distribuição contando com
um religador automático a montante de uma chave fusível, que não possui capacidade de
religamento, em um instante que ocorre um defeito a jusante desta.
41

Fonte: Dias (2002).


Figura 3.3 - Trecho de rede de distribuição em caso de contingência
Cada equipamento opera de acordo com sua curva característica, sendo ela de tempo ×
corrente. Ou seja, para determinados valores de corrente passando pelo trecho analisado, cada
dispositivo de proteção atuará num determinado tempo, dependendo do tipo da falta.
Considerando a situação da Figura 3.3, inicialmente o religador realizará uma sucessão
de desligamentos e religamentos na tentativa de eliminar a falta caso ela seja transitória, sem
prejuízo na continuidade do serviço, estando coordenado e evitando a queima dos elos fusíveis.
Entretanto, se a falta persistir, sendo ela permanente, a interrupção do fornecimento será feita
pela chave fusível, a qual se encontra mais próxima do ponto com defeito, ou seja, isolará o
trecho defeituoso de maneira seletiva.

Fusíveis
Como abordado anteriormente, as chaves fusíveis são dispositivos eletromecânicos cujo
principal objetivo é interromper o fornecimento de energia elétrica aos consumidores afetados
por uma contingência na rede de distribuição primária. Quando o fluxo de corrente for superior
à corrente nominal do dispositivo, ocorrerá a fusão do elo fusível, elemento que integra a chave
fusível, obrigando a troca do mesmo, tanto para faltas transitórias quanto permanentes. A Figura
3.4 ilustra uma chave fusível de distribuição.

Fonte: Adaptado de CELG D (2015).


Figura 3.4 – Chave Fusível de Distribuição
42

Segundo CPFL (2016), a chave fusível é o dispositivo mais empregado em saídas de


ramais, devido ao seu baixo custo. Conforme licitação divulgada pela Copel (2017), uma chave
fusível 15 kV da fabricante HUBBELL custa em torno de R$240,00.
Os fusíveis integrados à chave devem possuir capacidade de interrupção maior que a
máxima corrente de curto-circuito do ponto de instalação. Em pontos onde há um grande
número de consumidores ligados, deve ser analisada criteriosamente a instalação de chaves
fusíveis, uma vez que a queima de um elo fusível interromperá uma carga significativa,
influenciando diretamente nos indicadores de continuidade do conjunto afetado pela falta.
Os elos-fusíveis são a parte ativa da chave fusível, funcionando como elementos
sensores que detectam a sobrecorrente em situação de contingência. Em uma rede de
distribuição radial, o elo fusível mais próximo da ocorrência da falta é chamado de protetor, e
o elo na retaguarda deste, é denominado protegido, como ilustra a Figura 3.5.

Fonte: Próprio Autor.


Figura 3.5 – Chaves Fusíveis instaladas em um Alimentador Exemplo

A partir da Figura 3.5, para todas as faltas que ocorrerem no trecho AB do alimentador
exemplo, o elo protetor deverá queimar antes do elo protegido, interrompendo o fornecimento
de energia das 800 unidades consumidoras conectadas a esse trecho. Caso a seletividade entre
43

os elos falhar, e o elo de retaguarda atuar antes do elo protetor, todas as 1200 unidades
consumidoras ficam sem energia.
Em ambos os casos, os indicadores de continuidade referentes à rede secundária de
distribuição são afetados de maneira negativa, entretanto, a queima do elo protegido os piora
ainda mais, pois aumenta a duração equivalente e individual de interrupção do fornecimento de
energia por unidade consumidora (DEC e DIC), até que os dispositivos sejam trocados pela
equipe da concessionária, e o fornecimento se restabeleça para todos os consumidores. Além
disso, como as chaves fusíveis não possuem capacidade de religamento, para faltas transitórias
também será contabilizado o tempo de interrupção, implicando no aumento dos indicadores,
inclusive os relacionados à frequência que essas interrupções ocorrem (FEC e FIC),
considerando o fato que a maioria das faltas na rede de distribuição primária são de natureza
momentânea.
Para melhorar esta situação e permitir que os primeiros defeitos transitórios sejam
eliminados, as chaves fusíveis religadoras são indicadas. Estas, segundo CPFL (2016), são uma
montagem de duas ou três chaves fusíveis em um único conjunto, sendo que inicialmente
apenas uma chave do conjunto conduz a corrente do circuito, conforme ilustrado na Figura 3.6.

Fonte: CPFL (2016).


Figura 3.6 – Chave Fusível Religadora

O uso das chaves fusíveis religadoras é adequado para redes com baixa corrente de curto
circuito, assim como as redes rurais. Quando ocorrer uma falta e o elo fusível da primeira chave
do conjunto queimar, é acionado um mecanismo que transfere a corrente para a próxima chave,
44

e caso o mesmo ocorra a corrente será novamente transferida para a última chave do conjunto.
Desse modo, a continuidade do fornecimento de energia é garantida para até duas ocorrências
de faltas transitórias, entretanto, tratando-se de uma falta permanente haverá a interrupção total
do circuito, sendo necessária a substituição dos elos fusíveis, bem como o rearme dos
mecanismos de transferência.
De acordo com licitação divulgada pela Copel (2017), uma chave fusível religadora
3x27 kV da HUBBELL custa em torno de R$980,00. Devido ao seu funcionamento, existem
algumas restrições ao uso deste tipo de dispositivo, pois o mesmo não possui a capacidade de
alternar sua operação de maneira coordenada com outro equipamento, ou seja, não alterna sua
operação entre diferentes curvas, portanto ele é eficaz para eliminar faltas que ocorram na zona
compreendida entre ele e outro dispositivo de proteção à jusante dele.
Segundo CPFL (2016), as chaves fusíveis religadoras devem ser instaladas à montante
de outras chaves fusíveis comuns, e nunca à jusante de um religador. Como será abordado na
próxima Subseção, os religadores podem operar com sequências rápidas, as quais eliminarão
as faltas transitórias, contudo, ao detectarem uma falta permanente, se estiverem à montante da
chave fusível religadora, devido à seletividade, ocasionarão a queima de todos os elos fusíveis
desta.

Religadores

De acordo com CPFL (2016), cerca de 80% das faltas que ocorrem nas redes de
distribuição são transitórias. Minimizar o efeito deste tipo de ocorrência para os consumidores
é dever das concessionárias, as quais devem zelar pela sua imagem, garantindo a qualidade do
serviço sem prejuízo da continuidade do fornecimento de energia elétrica.
Os religadores ilustrados pela Figura 3.7, com sua curva de operação ilustrada pela
Figura 3.8, são dispositivos de proteção que possuem capacidade de religamento e coordenação,
utilizados nas redes urbanas e rurais tanto para a proteção da saída de alimentadores, como para
a proteção das linhas ao longo do alimentador. O custo deste tipo de equipamento é
consideravelmente maior quando comparado ao das chaves fusíveis, sendo que conforme
divulgado na licitação realizada pela Copel (2017), um religador automático monofásico 25 kV
do fabricante S&C custa em torno de R$12.200,00, e o valor de um trifásico 13,8 kV da
COOPER está em torno de R$48.000,00.
Na zona rural os religadores são mais empregados pela sua função de proteção e
isolamento da rede urbana das faltas que ocorrem na rede rural, e na zona urbana são bastante
empregados para realizar rapidamente manobras de transferência de carga. (CPFL, 2016)
45

Fonte: Adaptado de NOJA Power.


Figura 3.7 – Religadores Monofásico e Trifásico

Fonte: DIAS (2002).


Figura 3.8- Curvas de Operação de Dispositivos de Proteção
46

Através de uma sequência escolhida de operações, o religador pode atuar com curvas
diferentes. Normalmente, para as primeiras operações escolhe-se curvas rápidas, as quais
possuem tempo de operação pequeno, e para as operações subsequentes, adota-se curvas lentas,
ou temporizadas, com tempos maiores. Desse modo, a partir da Figura 3.3 é possível observar
como o religador impede que faltas momentâneas causem interrupções permanentes, e neste
caso as curvas do religador e da chave fusível estão representadas pela Figura 3.8.
Conforme CPFL (2016) deve-se escolher uma curva com temporização suficiente para
permitir a coordenação e seletividade com outros dispositivos, tanto à montante quanto à
jusante, e que proteja os cabos e outros equipamentos em sua zona de proteção.
Com o intuito de melhorar os indicadores de continuidade dos consumidores ligados ao
alimentador exemplo da Figura 3.5, pode ser alocado um religador NF no sistema, assim como
ilustrado na Figura 3.9.

Fonte: Próprio Autor.


Figura 3.9 – Religador instalado em um Alimentador Exemplo
Na ocorrência de uma falta em qualquer ponto à jusante do religador da Figura 3.9, o
mesmo irá atuar realizando uma sequência de desligamentos e religamentos para detectar o tipo
de falta. Desse modo, para faltas transitórias o religador contará um tempo de rearme e voltará
a sua condição inicial, não causando a interrupção permanente na rede, preservando todas as
unidades consumidoras. Portanto, o tempo de interrupção momentânea não será contabilizado
pela concessionária, evitando o deslocamento de uma equipe de manutenção para percorrer o
47

alimentador em falta e, consequentemente, melhorando os indicadores de continuidade das


redes secundárias.
No caso de uma falta permanente no trecho AB, a chave fusível irá atuar isolando as
800 unidades consumidoras conectadas. Em contrapartida, ocorrendo uma falta no tronco à
jusante do religador, todas as 1200 unidades teriam o fornecimento de energia interrompido
pelo bloqueio do dispositivo, que permanecerá aberto. Contudo, a troca deste não é necessária
como no caso dos elos-fusíveis, e o restabelecimento de energia é realizado através do
fechamento do religador por meio de religamento manual ou telecomandado, após a
concessionária resolver o problema que ocasionou a falta.
A transferência de carga entre alimentadores é uma técnica para melhorar o desempenho
dos indicadores de continuidade, reduzindo ainda mais o número e o tempo de interrupções
causadas por faltas permanentes na rede de distribuição. Esta prática pode ser adotada
instalando um religador NA onde há possibilidade de transferir o bloco de cargas que não está
sob falha para outro alimentador, conforme será abordado a seguir.

Transferência Automática de Carga

Sistemas modernos de controle e automação, se implantados nas redes de distribuição,


são capazes de reduzir significantemente os indicadores de continuidade, atendendo à
necessidade das distribuidoras em cumprir os limites impostos pela ANEEL. A transferência
automática de carga entre alimentadores minimiza o efeito de interrupções sobre os clientes,
através da divisão de troncos de alimentadores em blocos menores, a partir da atuação de
equipamentos automatizados. (VIVALDI et al., 2010)
A realização desta prática pode ocorrer por meio da implementação de lógicas de
recomposição de cargas localmente nos equipamentos, de modo que, segundo Vivaldi et al.
(2010), os equipamentos “mestres” comandam os equipamentos “escravos”, realizando a
transferência de carga através da comunicação direta de ambos. Contudo, com o aumento dos
equipamentos automatizados, a recomposição local pode se tornar ineficiente, devido à
possibilidade de sobrecarga em alguns circuitos, no caso de ocorrências de grande porte, além
disso, em casos em que a distância entre os equipamentos “mestre” e “escravo” é significativa,
a comunicação direta entre eles se torna inviável.
Desse modo, em locais onde a comunicação entre equipamentos não é viável, bem como para
evitar sobrecarga em alimentadores, a transferência automática de carga pode ser realizada
através dos sistemas de supervisão e controle das concessionárias, onde a lógica de
recomposição está implantada, em conjunto com a rede de comunicação e os dispositivos
48

inteligentes. A Figura 3.10 ilustra um exemplo de recomposição de carga entre alimentadores


em caso de contingência.

Fonte: Próprio Autor.


Figura 3.10 – Transferência de Carga entre Alimentadores

O sistema representado pela Figura 3.10 conta com dois religadores automáticos, sendo
que o religador NF é o “mestre”, exercendo a função de proteção da rede, e o religador NA é o
“escravo”, a fim de realizar manobras de transferência de carga. Considera-se que todos os
dispositivos, incluindo as chaves fusíveis nas saídas dos ramais do alimentador, seguem a
filosofia adequada de coordenação e seletividade, e que os dispositivos com capacidade de
religamento são telecomandados ou comunicam-se entre si.
Analisando a Figura 3.10 é possível observar que na ocorrência de uma falta permanente
no tronco do alimentador à montante do religador NF, este irá sinalizar a ausência de tensão
nas suas buchas de entrada, e caso esta se mantenha sustentada por um período maior ou igual
a 60 segundos, conforme descrito em Vivaldi et al. (2010), o sistema de supervisão e controle
inicia a lógica de recomposição em dois ciclos, desde que atenda a condição de não violar os
limites de sobrecarga da rede. Os ciclos são os seguintes:
 1º Ciclo: Abertura do Religador NF (“mestre);
 2º Ciclo: Fechamento do Religador NA (“escravo”).
Portanto, após a realização dos dois ciclos, resulta-se na recomposição de toda carga à
jusante do religador NF, a qual é transferida para outro alimentador, restabelecendo o
49

fornecimento de energia ás 850 unidades consumidoras conectadas, sem afetar seus indicadores
de continuidade. O fluxograma da Figura 3.11 ilustra este processo.

Fonte: Vivaldi et al. (2010).


Figura 3.11 – Fluxograma da lógica de Transferência direta de Carga
Os religadores mais modernos já possuem o relé de subtensão, bastando configurá-lo.
Portanto, após a normalização do sistema, a transferência reversa será iniciada assim que o
50

religador NF sinalizar a existência de tensão em suas buchas, sendo que, de acordo com Vivaldi
et al. (2010), ao ser sustentada por 5 minutos, acarretará no fechamento do religador NF (3º
ciclo) e na abertura do religador NA (4º ciclo), promovendo o retorno à configuração normal
dos alimentadores, conforme ilustrado pelo fluxograma da Figura 3.12.

Fonte: Vivaldi et al. (2010).


Figura 3.12 – Fluxograma da lógica de Transferência reversa de Carga
51

Desse modo, devido à possibilidade de transferência de carga, a continuidade do


fornecimento de energia elétrica não será totalmente afetada pela falta em um trecho do tronco
do alimentador exemplo. Além disso, com a viabilidade das lógicas de recomposição
automática, telecomando e comunicação entre os religadores instalados numa rede
automatizada, o restabelecimento do sistema elétrico ocorre de forma mais rápida e segura,
reduzindo o tempo de interrupção e melhorando significativamente a qualidade do serviço
prestado.

Seccionalizadores

Os seccionalizadores, apesar de serem considerados dispositivos de proteção


automáticos, são instalados após outro dispositivo automático de religamento, ou seja, são
projetados para atuar em conjunto com um religador, e dentro da zona de proteção deste, como
ilustra a Figura 3.13.

Fonte: CPFL (2016).


Figura 3.13 – Zona de proteção do Seccionalizador

De acordo com CPFL (2016), os seccionalizadores, ilustrados pela Figura 3.14, podem
ser instalados em pontos da rede onde a corrente é muito alta para a utilização de chaves
fusíveis, em pontos com densidade de carga elevada e ramais longos e problemáticos, locais
onde o mesmo é economicamente justificado.
52

Fonte: Adaptado de Couto, Duarte e Jeunon (2006).


Figura 3.14 – Seccionalizadores Monofásico e Trifásico

O princípio de funcionamento dos seccionalizadores não inclui curvas características,


apenas envolve a contagem da quantidade de operações do religador na retaguarda, portanto
não são capazes de interromper a corrente de curto circuito diretamente. A Figura 3.15 ilustra
um alimentador em situação de contingência, possuindo um seccionalizador para isolar a falta.
53

Fonte: Próprio Autor.


Figura 3.15 – Seccionalizador instalado em um Alimentador Exemplo
A partir da Figura 3.15, na ocorrência de uma falta no tronco à jusante do
seccionalizador, este será sensibilizado pela corrente de curto circuito e se preparará para iniciar
a contagem. O religador também será sensibilizado por essa corrente e abrirá o circuito, logo o
seccionalizador notará esta abertura devido à queda da corrente para valores abaixo do seu valor
de disparo. Desse modo, a cada vez que o religador efetuar uma abertura, interrompendo a
corrente de falta, o seccionalizador contará a interrupção, e após atingir a quantidade de
contagem ajustada, sendo uma unidade a menos que o número de disparos do religador, abrirá
seus contatos, ainda com o religador aberto. Portanto, assim que o equipamento de retaguarda
religar, o trecho com defeito estará isolado e o restante da rede funcionará normalmente.
Quando instalado em substituição a uma chave fusível, o seccionalizador apresenta
vantagens como a coordenação efetiva em toda a faixa comum com o religador de retaguarda e
a eliminação dos gastos provenientes da troca de elos fusíveis. Isto acarreta a redução do tempo
de interrupção do fornecimento de energia e consequente melhoria dos indicadores de
continuidade da rede.
4 Aplicação e Análise das técnicas de minimização dos
Indicadores de Continuidade
4.1 Introdução
Neste capítulo será apresentado o sistema teste de distribuição RBTS – BUS 6, e a partir
dele serão propostas modificações através da alocação de equipamentos de proteção e
seccionamento, que serão analisadas e comparadas por meio do cálculo dos indicadores de
continuidade individuais e coletivos, obtidos em função dos parâmetros de confiabilidade de
todos os pontos de carga conectados aos alimentadores que compõe o sistema.

4.2 Sistema Teste: RBTS – BUS 6


Em 1979 o Subcomitê de Aplicação de Métodos Probabilísticos do IEEE publicou o
Reliability Test System (RTS), um sistema teste de confiabilidade que, de acordo com Billinton
et al. (1991), mostrou-se uma valiosa ferramenta para comparar técnicas para análise da
confiabilidade em sistemas de potência, principalmente em sistemas de geração e transmissão.
Entretanto, como a maior parte das interrupções do fornecimento de energia aos
consumidores são causadas por faltas na rede de distribuição, foi desenvolvido na Universidade
de Saskatchewan, Canadá, baseado no RTS, um sistema teste de seis barramentos denominado
RBTS, o qual possui o objetivo de conter os principais elementos encontrados em sistemas
práticos de distribuição, porém de maneira reduzida, facilitando a avaliação do impacto das
interrupções nos pontos de carga, bem como a análise dos indicadores de continuidade do
sistema. (BILLINTON et al., 1991)
Neste trabalho será descrito e analisado o barramento número 6 (BUS 6) do RBTS, o
qual é uma típica rede urbana/rural constituída por consumidores residenciais, comerciais,
pequenas indústrias e propriedades agrícolas. Este sistema possui quatro alimentadores, sendo
que três deles fazem parte da zona urbana a 11 kV, e um deles alimenta a zona rural em 33 kV,
conforme a topologia ilustrada na Figura 4.1.

54
55

Fonte: Adaptado de Billinton e Jonnavithula (1996).


Figura 4.1 – Sistema de distribuição RBTS – BUS 6

Para o sistema da Figura 4.1 fica estabelecido que as chaves seccionadoras presentes
são normalmente fechadas, sendo manobradas manualmente, que há uma chave fusível na saída
de cada ramal à montante dos transformadores de distribuição contendo pontos de carga (LP:
load points) e, além disso, considera-se que o estudo de coordenação e seletividade entre todos
os equipamentos foi realizado de maneira adequada. Os dados referentes à topologia original,
consumidores e parâmetros históricos dos componentes do sistema apresentado foram obtidos
de Billinton, Aweya e Wacker (1993), conforme a Tabela 4.1, Tabela 4.2, Tabela 4.3 e Tabela
4.4.
56

Tabela 4.1- Comprimento das seções do Sistema RBTS - BUS 6

Comprimento (km) Número da seção do Alimentador


0,60 2 - 3 - 8 - 9 - 12 - 13 - 17 - 19 - 20 - 24 - 25 - 28 - 31 - 34 - 41 - 47
0,75 1 - 5 - 6 - 7 - 10 - 14 - 15 - 22 - 23 - 26 - 27 - 30 - 33 - 43 - 61
0,80 4 - 11 - 16 - 18 - 21 - 29 - 32 - 55
0,90 38 - 44
1,60 37 - 39 - 42 - 49 - 54 - 62
2,50 36 - 40 - 52 - 57 - 60
2,80 35 - 46 - 50 - 56 - 59 - 64
3,20 45 - 51 - 53 - 58 - 63
3,50 48
Fonte: Billiton, Aweya e Wacker (1993).

Tabela 4.2 - Tipo, dados de carga e número de clientes do Sistema RBTS - BUS 6

Carga média por N° de


Pontos de Carga
Tipo de Cliente Ponto de Carga Consumidores por
(LP)
(MW) Ponto de Carga
1-3-9 Residencial 0,3523 138
2 - 4 - 11 - 19 Residencial 0,322 126
5-6 Residencial 0,3017 118
7 - 8 - 10 - 18 - 23 Residencial 0,375 147
12 - 13 - 22 Residencial 0,3354 132
25 - 28 - 31 - 36 Residencial 0,20 79
27 - 29 - 33 - 39 Residencial 0,19 76
14 - 17 Pequena Indústria 1 1
15 Pequena Indústria 1,15 1
16 Pequena Indústria 1,50 1
32 - 37 Propiedade Rural 0,0028 1
20 - 30 - 34 Propiedade Rural 0,0046 1
21 - 35 Propiedade Rural 0,0067 1
24 - 40 Propiedade Rural 0,0095 1
26 - 38 Propiedade Rural 0,0157 1
Total - 12,1227 2920
Fonte: Billiton, Aweya e Wacker (1993).

Tabela 4.3- Zona e carga total dos alimentadores do Sistema RBTS - BUS 6
Alimentador Zona Carga Total (MW)
F1 Urbana 1,952
F2 Urbana 2,4701
F3 Urbana 4,65
F4 Rural 3,0506
Fonte: Adaptado de Billiton, Aweya e Wacker (1993).
57

Tabela 4.4 - Parâmetros históricos de confiabilidade dos componentes do Sistema


RBTS - BUS 6
Tempo
Tempo de
de Tempo de
Componente Taxa de Falha manobra
Reparo Substituição (h)
(h)
(h)
0,065
Linhas áereas 11 kV (falha/km.ano) 5 - 1
0,046
Linhas áereas 33 kV (falha/km.ano) 8 - 2
0,015
Trafo 11/0,415 kV (falha/ano) 200 10 1
0,015
Trafo 33/0,415 kV (falha/ano) 200 10 1
0,002
Disjuntor 33 kV (falha/ano) 4 - 1
0,006
Disjuntor 11 kV (falha/ano) 4 - 1
Fonte: Billiton, Aweya e Wacker (1993).

A partir dos dados fornecidos pela Tabela 4.1, Tabela 4.2, Tabela 4.3 e Tabela 4.4 é
possível calcular os indicadores de continuidade individuais e coletivos de cada alimentador do
sistema teste, através das Equações (2.13) a (2.19) apresentadas na Subseção 2.3.5 do Capítulo
2, bem como analisar os impactos das interrupções devido à faltas em cada trecho do sistema,
e qual deles é mais afetado.
Três diferentes casos propostos para o sistema de distribuição em estudo foram analisados
e comparados. Inicialmente, no Caso A, os indicadores foram calculados para o sistema teste
original, sendo os indicadores individuais referentes à cada ponto de carga do sistema, e os
coletivos referentes à cada um dos quatro alimentadores. O Caso B abrange a alocação de novos
equipamentos de proteção e seccionamento nos alimentadores da zona urbana do sistema, e o
Caso C na zona rural, a fim de minimizar os efeitos das contingências na rede, conforme
descrito nas próximas Subseções.

4.3 CASO A: Sistema Teste Original


Os cálculos dos indicadores de continuidade do sistema teste ilustrado pela Figura 4.1
se baseiam na análise de como uma falta permanente sob cada componente e seção do
alimentador afeta os consumidores conectados a ele. As taxas de falhas dos disjuntores
correspondem à soma de dois defeitos sofridos por este tipo de equipamento, sendo eles:
defeitos do tipo curto-circuito e defeitos do tipo abertura intempestiva, o qual ocorre quando o
58

disjuntor abre indevidamente. O tempo de substituição dos transformadores é considerado


como o tempo necessário para eliminar a falta neste tipo de equipamento e restabelecer o
fornecimento de energia interrompido. O tempo de manobra se refere ao tempo de localização,
decisão e chaveamento dos componentes.

Alimentador F1

Os resultados apresentados na Tabela 4.7, para o alimentador F1 do sistema, foram


obtidos através das equações de confiabilidade, dadas pelas Equações (2.13), (2.14) e (2.15),
possibilitando a determinação das taxas de falha por ano (λ), os tempos de reparo (𝑟), e o
número esperado de horas por ano (𝑈) que cada ponto de carga do alimentador teve seu
fornecimento de energia interrompido.
Sendo que:
 D se refere ao disjuntor do alimentador;
 T se refere ao tronco do alimentador, o qual é dividido em seções com diferentes
comprimentos;
 R se refere aos ramais de saída do tronco do alimentador;
 TR se refere aos transformadores de distribuição alocados no final dos ramais do
alimentador.
Sabendo que os indicadores de continuidade podem ser associados às equações de
confiabilidade, os cálculos dos indicadores coletivos e individuais do alimentador F1 foram
realizados em função das taxas de falha, indisponibilidade (𝑈) e número de consumidores,
obtidos a partir dos dados da Tabela 4.7.
Para exemplificar, considerando o ponto de carga LP1, tem-se as Equações (4.1) e (4.2)
referentes à frequência e a duração de interrupção individuais neste ponto de carga.

𝐹𝐼𝐶𝐿𝑃1 = λLP1 = 𝜆1 + 𝜆2 + ⋯ + 𝜆𝑛 = 0,33625 𝑖𝑛𝑡/𝑎𝑛𝑜 (4.1)

𝐷𝐼𝐶𝐿𝑃1 = 𝑈𝐿𝑃1 = 𝜆1 𝑟1 + 𝜆2 𝑟2 + ⋯ + 𝜆𝑛 𝑟𝑛 = 0,84025 ℎ/𝑎𝑛𝑜 (4.2)

Desse modo, repete-se as mesmas equações para os outros pontos de carga, e os


resultados obtidos estão apresentados na Tabela 4.5.
59

Tabela 4.5 - Indicadores individuais do alimentador F1 no Caso A

Ponto de Carga FIC (int/ano) DIC (h/ano)


LP1 0,33625 0,84025
LP2 0,34925 1,06125
LP3 0,346 1,24
LP4 0,33625 1,38625
LP5 0,346 1,591
LP6 0,33625 1,75025
Fonte: Próprio Autor.

A partir desses resultados, é possível obter os indicadores equivalentes por unidade


consumidora, FEC e DEC do alimentador F1, conforme as Equações (4.3) e (4.4) e a Tabela
4.6.

𝑁𝑝
∑𝑖=1 λi 𝐶𝑖 ∑𝐿𝑃2
𝐿𝑃1 FICLP 𝐶𝐿𝑃
𝐹𝐸𝐶 = = = 0,34166 𝑖𝑛𝑡/𝑐𝑜𝑛𝑠. 𝑎𝑛𝑜 (4.3)
𝐶𝑐 𝐶𝑐

𝑁𝑝
∑𝑖=1 Ui 𝐶𝑖 ∑𝐿𝑃6
𝐿𝑃1 DICLP 𝐶𝐿𝑃
𝐷𝐸𝐶 = = = 1,29545 ℎ/𝑐𝑜𝑛𝑠. 𝑎𝑛𝑜 (4.4)
𝐶𝑐 𝐶𝑐

Onde,
𝐶𝑐 = número total de unidades consumidoras dos pontos de carga LP1 à LP6.

Tabela 4.6 – Indicadores coletivos do alimentador F1 no Caso A

DEC F1 (h/cons.ano) FEC F1 (int/cons.ano)


1,29545 0,34166
Fonte: Próprio Autor.
60

Tabela 4.7 – Parâmetros de confiabilidade do alimentador F1 no Caso A


Componente LP1 ( 138 cons) LP2 (126 cons) LP3 (138 cons) LP4 (126 cons) LP5 (118 cons) LP6 (118 cons)
Distância (km)
(11 kV) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D1 - 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024
T1 0,75 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375
T3 0,60 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195
T5 0,75 0,04875 1 0,04875 0,04875 1 0,04875 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375
T7 0,75 0,04875 1 0,04875 0,04875 1 0,04875 0,04875 1 0,04875 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375
T9 0,60 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195
T11 0,80 0,052 1 0,052 0,052 1 0,052 0,052 1 0,052 0,052 1 0,052 0,052 1 0,052 0,052 5 0,26
R2 0,60 0,039 5 0,195 - - - - - - - - - - - - - - -
R4 0,80 - - - 0,052 5 0,26 - - - - - - - - - - - -
R6 0,75 - - - - - - 0,04875 5 0,24375 - - - - - - - - -
R8 0,60 - - - - - - - - - 0,039 5 0,195 - - - - - -
R10 0,75 - - - - - - - - - - - - 0,04875 5 0,24375 - - -
R12 0,60 - - - - - - - - - - - - - - - 0,039 5 0,195
TR1 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - - - - - - - -
TR2 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - - - - -
TR3 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR4 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR5 - - - - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR6 - - - - - - - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
Sistema 8,35 0,33625 2,498885 0,84025 0,34925 3,038654 1,06125 0,346 3,583815 1,24 0,33625 4,122677 1,38625 0,346 4,598266 1,591 0,33625 5,205204 1,75025
Fonte: Próprio Autor.
61

Alimentador F2

Os cálculos referentes ao alimentador F2 do sistema teste original foram realizados da


mesma maneira que o apresentado para o alimentador F1, considerando seus componentes,
seções e consumidores por ponto de carga. Os resultados obtidos diretamente das equações de
confiabilidade estão disponíveis na Tabela A.1 do Apêndice A deste trabalho.
A Tabela 4.8 e Tabela 4.9 apresentam os resultados para os indicadores de continuidade
individuais e coletivos do alimentador F2, respectivamente, obtidos a partir dos parâmetros de
confiabilidade calculados.
Tabela 4.8 - Indicadores individuais do alimentador F2 no Caso A

Ponto de Carga FIC (int/ano) DIC (h/ano)


LP7 0,37525 0,87925
LP8 0,3785 1,0905
LP9 0,3785 1,2465
LP10 0,3655 1,3375
LP11 0,37525 1,59425
LP12 0,3655 1,7405
LP13 0,37525 1,94525
Fonte: Próprio Autor.
Tabela 4.9 – Indicadores coletivos do alimentador F2 no Caso A

DEC F2 (h/cons.ano) FEC F2 (int/cons.ano)


1,38862 0,37340
Fonte: Próprio Autor.

Alimentador F3

Todos os pontos de carga conectados ao alimentador F3 são pequenas industrias


atendidas em 11 kV. Os parâmetros de confiabilidade calculados para este alimentador estão
disponíveis na Tabela A.2 do Apêndice A. Abaixo, a Tabela 4.10 e Tabela 4.11 apresentam os
resultados obtidos para os indicadores individuais e coletivos deste alimentador,
respectivamente.
Tabela 4.10 - Indicadores individuais do alimentador F3 no Caso A

Ponto de Carga FIC (int/ano) DIC (h/ano)


LP14 0,2335 0,6025
LP15 0,24325 0,85925
LP16 0,2465 1,0315
LP17 0,2335 1,1615
Fonte: Próprio Autor.
62

Tabela 4.11 – Indicadores coletivos do alimentador F3 no Caso A

DEC F3 (h/cons.ano) FEC F3 (int/cons.ano)


0,91369 0,23919
Fonte: Próprio Autor.

Alimentador F4

O alimentador F4 atende a zona rural em 33 kV, sendo o alimentador mais longo do


sistema teste e o que apresenta os maiores valores dos indicadores de continuidade. A Tabela
A.3 do Apêndice A apresenta os parâmetros de confiabilidade obtidos para cada ponto de carga
conectado ao alimentador F4. A partir deles são calculados os indicadores de continuidade
apresentados na Tabela 4.12 e Tabela 4.13.

Tabela 4.12 - Indicadores individuais do alimentador F4 no Caso A

Ponto de Carga FIC (int/ano) DIC (h/ano)


LP18 1,19 6,4784
LP19 1,19 6,4784
LP20 1,19 6,4784
LP21 1,19 6,4784
LP22 1,19 6,4784
LP23 1,2176 6,6992
LP24 1,2245 6,7544
LP25 1,19 9,542
LP26 1,2176 9,7628
LP27 1,19 9,542
LP28 1,581 12,67
LP29 1,581 12,67
LP30 1,581 12,67
LP31 1,8018 11,3728
LP32 1,8386 11,6672
LP33 1,8018 11,3728
LP34 1,8018 11,3728
LP35 1,8018 11,3728
LP36 1,7834 14,2892
LP37 1,8179 14,5652
LP38 1,7834 14,2892
LP39 1,7834 14,2892
LP40 1,7834 14,2892
Fonte: Próprio Autor.
63

Tabela 4.13 – Indicadores coletivos do alimentador F4 no Caso A

DEC F4 (h/cons.ano) FEC F4 (int/cons.ano)


9,42410 1,40607
Fonte: Próprio Autor.

Através dos resultados obtidos para o Caso A do Sistema Teste RBTS – BUS 6, é
possível analisar técnicas e alocação de novos dispositivos de proteção e seccionamento, a fim
de buscar a melhoria dos indicadores de continuidade do sistema. Portanto, a partir do estudo
realizado no Capítulo 3, dois novos casos foram propostos com o objetivo de minimizar o tempo
e a frequência de interrupções na rede estudada.

4.4 CASO B: Zona Urbana do Sistema Teste Modificada


A zona urbana do sistema teste original contém chaves seccionadoras e chaves fusíveis
como dispositivos de proteção e seccionamento dos alimentadores F1, F2 e F3. Desse modo,
para qualquer falta que ocorra nos troncos desses alimentadores, todos os pontos de carga
sofrerão interrupção, mesmo que somente pelo tempo de manobra de abertura das chaves.
Portanto, o ideal para melhorar o desempenho dos indicadores de continuidade do sistema é
buscar soluções automatizadas, capazes de restabelecer rapidamente o fornecimento de energia
ao maior número de unidades consumidoras.
Como relatado neste trabalho, os religadores automáticos são mais utilizados na zona
urbana para realizarem manobras de transferência de carga. Sendo assim, a proposta para este
caso é alocar um religador NA entre os alimentadores F1 e F2 que se comunica local ou
remotamente com um religador NF alocado no alimentador F1, possibilitando a transferência
de carga dos consumidores à jusante deste religador para o alimentador F2. Além disso, aloca-
se um religador NF no alimentador F2, e substitui-se uma chave seccionadora à montante do
último ramal do alimentador F3 por uma chave fusível, a qual atende os níveis de corrente de
carga e curto circuito deste trecho, conforme ilustrado na Figura 4.2.
64

Fonte: Adaptado de Billinton e Jonnavithula (1996).


Figura 4.2 – Zona urbana do RBTS – BUS 6 modificada
Para verificar se as modificações propostas no sistema de acordo com a Figura 4.2
oferecem o melhor benefício para a continuidade do fornecimento de energia, considera-se que
o alimentador F2 possui capacidade de atender as cargas do F1 transferidas para ele, sem violar
os limites de sobrecarga, garantindo a integridade do sistema, bem como suporta os níveis de
tensão e as correntes de curto circuito de sua nova configuração após transferência de carga.
Sendo assim, os parâmetros de confiabilidade de todos os pontos de carga conectados
aos alimentadores F1, F2 e F3 foram calculados para este novo caso, onde os religadores
automáticos são 100% confiáveis, ou seja, não são consideradas as falhas de operação destes
equipamentos.
65

Alimentador F1

Os dados obtidos diretamente das equações de confiabilidade para o alimentador F1 do


Caso B estão disponíveis na Tabela B.1 do Apêndice B. A partir destes, a Tabela 4.14 e Tabela
4.15 apresentam os indicadores de continuidade individuais e coletivos calculados.

Tabela 4.14 – Indicadores individuais do alimentador F1 no Caso B


Ponto de Carga FIC (int/ano) DIC (h/ano)
LP1 0,1965 0,7005
LP2 0,2095 0,9215
LP3 0,20625 1,10025
LP4 0,19375 0,67975
LP5 0,2035 0,8845
LP6 0,19375 1,04375
Fonte: Próprio Autor.

Tabela 4.15 – Indicadores coletivos do alimentador F1 no Caso B


DEC F1 (h/cons.ano) FEC F1 (int/cons.ano)
0,88717 0,20061
Fonte: Próprio Autor.

Os gráficos da Figura 4.3 e Figura 4.4 ilustram a redução dos indicadores individuais de
continuidade comparando os resultados obtidos para o alimentador F1 nos dois casos.

2
1,8
1,6
1,4
DIC (h/ano)

1,2
1
CASO A
0,8
CASO B
0,6
0,4
0,2
0
LP1 LP2 LP3 LP4 LP5 LP6
Ponto de Carga

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.3 – DIC do alimentador F1 nos Casos A e B
66

0,4
0,35

FIC (interrupção/ano)
0,3
0,25
0,2
CASO A
0,15
CASO B
0,1
0,05
0
LP1 LP2 LP3 LP4 LP5 LP6
Ponto de Carga

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.4 – FIC do alimentador F1 nos Casos A e B
Observando os gráficos da Figura 4.3 e Figura 4.4, é notória a redução nos indicadores
individuais de continuidade em todos os pontos de carga conectados ao alimentador F1. Os
indicadores para o ponto de carga LP4 tiveram a maior redução, sendo de aproximadamente
51% do DIC, e 42% do FIC, com a alocação do religador automático NF à sua montante, junto
da possibilidade de transferência de carga, a qual restabelece rapidamente o fornecimento a
esses consumidores, sem contabilizar nos indicadores dos mesmos. Desse modo, nenhum ponto
de carga à jusante do religador é afetado por faltas à montante dele, e vice-versa.
Em relação aos indicadores coletivos, o DEC do Caso B reduziu aproximadamente
31,5% comparado ao Caso A, e o FEC teve uma redução de cerca de 41%. Estes dados
comprovam a melhoria da continuidade no fornecimento de energia pelo alimentador F1, com
as modificações propostas no sistema teste.

Alimentador F2

Na Tabela B.2 do Apêndice B estão apresentados os novos parâmetros de confiabilidade


calculados para os pontos de carga conectados ao alimentador F2. A Tabela 4.16 e Tabela 4.17
se referem aos indicadores obtidos para este alimentador com a configuração proposta no Caso
B.
67

Tabela 4.16 – Indicadores individuais do alimentador F2 no Caso B


Ponto de Carga FIC (int/ano) DIC (h/ano)
LP7 0,2355 0,7395
LP8 0,23875 0,95075
LP9 0,23875 1,10675
LP10 0,22575 1,19775
LP11 0,37525 1,59425
LP12 0,3655 1,7405
LP13 0,37525 1,94525
Fonte: Próprio Autor.
Tabela 4.17 - Indicadores coletivos do alimentador F2 no Caso B

DEC F2 (h/cons.ano) FEC F1 (int/cons.ano)


1,30512 0,28989
Fonte: Próprio Autor.

Com a alocação do religador NF, a redução do DEC do alimentador F2 no caso B em


relação ao caso A foi de cerca de 6%, e do FEC aproximadamente 22,4%. Em relação aos
indicadores individuais, reduziu-se até 12,8% do DIC, referente ao ponto de carga LP8, e no
máximo 38,2% do FIC, referente ao LP10.
A Figura 4.5 e Figura 4.6 ilustram através de gráficos a comparação dos indicadores
individuais entre o sistema teste original e o sistema proposto neste caso para o alimentador F2.

2,5

2
DIC (h/ano)

1,5

CASO A
1
CASO B

0,5

0
LP7 LP8 LP9 LP10 LP11 LP12 LP13
Ponto de Carga

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.5 – DIC do alimentador F2 nos Casos A e B
68

0,4
0,35

FIC (interrupção/ano)
0,3
0,25
0,2
CASO A
0,15
CASO B
0,1
0,05
0
LP7 LP8 LP9 LP10 LP11 LP12 LP13
Ponto de Carga

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.6 – FIC do alimentador F2 nos Casos A e B
Sendo assim, é evidente o ganho no desempenho dos indicadores de continuidade dos
pontos de carga à montante do religador alocado no alimentador F2.

Alimentador F3

Para o alimentador F3 foi proposta a substituição da chave seccionadora anterior à seção


33 do tronco do alimentador, por uma chave fusível que atenda os níveis de corrente de carga
e curto circuito do trecho. Como o alimentador F3 atende cargas industriais, e estas geralmente
não suportam as tentativas de religamento comuns à operação dos religadores automáticos,
estes não foram considerados.
A Tabela B.3 referente aos parâmetros de confiabilidade obtidos para esta nova
configuração do alimentador F3 está disponível no Apêndice B, e a Tabela 4.18 e Tabela 4.19
apresentam os indicadores de continuidade individuais e coletivos calculados.

Tabela 4.18- Indicadores individuais do alimentador F3 no Caso B


Ponto de Carga FIC (int/ano) DIC (h/ano)
LP14 0,18475 0,55375
LP15 0,1945 0,8105
LP16 0,19775 0,98275
LP17 0,2335 1,1615
Fonte: Próprio Autor.
69

Tabela 4.19- Indicadores coletivos do alimentador F3 no Caso B


DEC F3 (h/cons.ano) FEC F3 (int/cons.ano)
0,87713 0,20263
Fonte: Próprio Autor.
Neste caso, houve uma redução de aproximadamente 4% no DEC e 15% no FEC do
alimentador F3. A Figura 4.7 e Figura 4.8 ilustram a comparação dos indicadores individuais
de cada ponto de carga do alimentador nos Casos A e B, sendo que houve uma redução em até
8% do DIC e em até 20,9% do FIC.

1,4

1,2

1
DIC (h/ano)

0,8

0,6 CASO A
CASO B
0,4

0,2

0
LP14 LP15 LP16 LP17
Ponto de Carga

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.7 – DIC do alimentador F3 nos Casos A e B

0,3

0,25
FIC (interrupção/ano)

0,2

0,15
CASO A
0,1 CASO B

0,05

0
LP14 LP15 LP16 LP17
Ponto de Carga

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.8 – FIC do alimentador F3 nos Casos A e B
70

Finalmente, os gráficos da Figura 4.9 e Figura 4.10 ilustram a redução dos indicadores
de continuidade coletivos dos três alimentadores, comparando os Casos A e B analisados.

1,6
1,4
1,2
DEC (h/cons.ano)

1
0,8
CASO A
0,6
CASO B
0,4
0,2
0
F1 F2 F3
Alimentador

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.9 – DEC dos alimentadores da zona urbana, nos Casos A e B

0,4
0,35
0,3
FEC (int/cons.ano)

0,25
0,2
CASO A
0,15
CASO B
0,1
0,05
0
F1 F2 F3
Alimentador

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.10 – FEC dos alimentadores da zona urbana, nos Casos A e B

Sendo assim, para todas as modificações propostas nos alimentadores F1, F2 e F3 da


zona urbana do sistema teste, houve melhoria dos indicadores de continuidade, principalmente
devido à inserção de religadores automáticos na rede, possibilitando a recomposição automática
do sistema.
71

4.5 CASO C: Zona Rural do Sistema Teste Modificada


A zona rural do RBTS – BUS 6 conta com um total de 1.183 unidades consumidoras,
divididas em 23 pontos de carga conectados ao longo do alimentador F4. Seu tronco principal,
com 13 pontos de carga conectados, possui uma extensão de 34 km, de onde derivam um tronco
de mais 13,3 km, com cinco pontos de carga conectados, e um tronco de 12,9 km, atendendo a
outros cinco pontos de carga.
É possível observar pela Tabela 4.4, que o tempo de reparo em caso de contingência nas
linhas aéreas de 33kV que atendem a zona rural, é 1,6 vezes maior que no caso da zona urbana,
considerando o fato de que quanto mais longe dos centros de carga ou menor a densidade de
unidades consumidoras, maior o tempo despendido pela equipe para se deslocar até o local e
restabelecer a rede, o que representa mais custo à distribuidora. Desse modo, esta deve realizar
mais investimentos para aumentar a qualidade e prestar o serviço adequado aos consumidores
deste tipo de rede.
A proposta do Caso C para melhorar os indicadores e o fornecimento ao maior número
de consumidores atendidos pelo alimentador F4, é alocar três novos religadores automáticos,
um seccionalizador e três chaves fusíveis, conforme ilustrado pela Figura 4.11.
A partir da Figura 4.11, é possível observar que a chave seccionadora do sistema teste
original foi substituída pelo seccionalizador, o qual atua em conjunto com o religador à
montante, estando ambos coordenados com o fusível no final do tronco principal à jusante deles.
Os outros dois religadores coordenam respectivamente com os fusíveis alocados à jusante de
cada um. Além disso, considera-se que as curvas de operação dos três religadores estão
coordenadas de maneira que a seletividade em todo o alimentador é respeitada.
Sendo assim, foram calculados os novos parâmetros de confiabilidade, sendo eles as taxas
de falha por ano, os tempos de reparo dado em horas, e a indisponibilidade em horas por ano,
de todos os pontos de carga atendidos pelo alimentador F4, de modo a prever como uma falta
em cada componente e trecho do alimentador afeta as unidades consumidoras conectadas. A
Tabela C.1 que apresenta estes dados está disponível no Apêndice C.
72

Fonte: Adaptado de Billinton e Jonnavithula (1996).


Figura 4.11 – Zona rural do RBTS – BUS 6 modificada

A partir dos dados da Tabela C.1, os indicadores de continuidade individuais e coletivos


para este caso proposto puderam ser calculados. A Tabela 4.20 apresenta os valores do FIC e
DIC obtidos por ponto de carga.
73

Tabela 4.20 - Indicadores individuais do alimentador F4 no Caso C


Ponto de Carga FIC (int/ano) DIC (h/ano)
LP18 0,2608 2,1084
LP19 0,2608 2,1084
LP20 0,6794 5,4572
LP21 0,6794 5,4572
LP22 0,6794 5,4572
LP23 0,707 5,678
LP24 0,7139 5,7332
LP25 1,19 9,542
LP26 1,2176 9,7628
LP27 1,19 9,542
LP28 1,581 12,67
LP29 1,581 12,67
LP30 1,581 12,67
LP31 1,029 8,254
LP32 1,0658 8,5484
LP33 1,029 8,254
LP34 1,2912 10,3516
LP35 1,2912 10,3516
LP36 1,3188 10,5724
LP37 1,6891 13,5348
LP38 1,6546 13,2588
LP39 1,6546 13,2588
LP40 1,7834 14,2892
Fonte: Próprio Autor.

Os gráficos da Figura 4.12 e Figura 4.13 ilustram a comparação entre os resultados


apresentados na Tabela 4.20 com os resultados obtidos do sistema teste original (Caso A), para
o alimentador F4.
74

16
14

DIC (h/ano) 12
10
8
CASO A
6
CASO C
4
2
0
LP18
LP19
LP20
LP21
LP22
LP23
LP24
LP25
LP26
LP27
LP28
LP29
LP30
LP31
LP32
LP33
LP34
LP35
LP36
LP37
LP38
LP39
LP40
Ponto de Carga

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.12 – DIC do alimentador F4 nos Casos A e C

2
1,8
1,6
FIC (interrupção/ano)

1,4
1,2
1
0,8 CASO A
0,6 CASO C
0,4
0,2
0
LP18
LP19
LP20
LP21
LP22
LP23
LP24
LP25
LP26
LP27
LP28
LP29
LP30
LP31
LP32
LP33
LP34
LP35
LP36
LP37
LP38
LP39
LP40

Ponto de Carga

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.13 – FIC do alimentador F4 nos Casos A e C

A partir da Figura 4.12 e Figura 4.13 é possível observar que dos 23 pontos de carga
conectados ao alimentador F4, 16 tiveram melhora nos indicadores de continuidade individuais,
sendo que o DIC reduziu um máximo de 67,5% e o FIC cerca de 78%, para os pontos LP18 e
LP19. A porcentagem de redução dos indicadores dos outros pontos de carga que obtiveram
melhoria, variou de 7 a 27,4% para o DIC e 7 a 42,9% para o FIC.
Os valores obtidos para os indicadores coletivos do alimentador F4 estão apresentados
na Tabela 4.21.
75

Tabela 4.21- Indicadores coletivos do alimentador F4 no Caso C


DEC F4 (h/cons.ano) FEC F4 (int/cons.ano)
7,44306 0,92763
Fonte: Próprio Autor.

Os gráficos comparativos dos resultados apresentados na Tabela 4.21 com os resultados


do sistema teste original estão ilustrados pela Figura 4.14 e Figura 4.15.

10
9
8
7
DEC (h/cons.ano)

6
5
CASO A
4
CASO C
3
2
1
0
F4
Alimentador

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.14 – DEC do alimentador F4 nos Casos A e C

1,6
1,4
1,2
FEC (int/cons.ano)

1
0,8
CASO A
0,6
CASO C
0,4
0,2
0
F4
Alimentador

Fonte: Próprio Autor.


Figura 4.15 – FEC do alimentador F4 nos Casos A e C
76

A redução do FEC no Caso C em relação ao Caso A foi de cerca de 34%, e do DEC


cerca de 21%, ou seja, reduziu-se aproximadamente 2 horas no ano o tempo de interrupção do
fornecimento de energia para cada unidade consumidora do conjunto. Desse modo, é evidente
como a alocação de equipamentos automáticos coordenados com outros dispositivos de
proteção e seccionamento, melhora o desempenho dos indicadores de continuidade do sistema.

4.6 Análise para ocorrência de Faltas Transitórias


Além dos resultados obtidos e apresentados até aqui, os quais consideraram a ocorrência
de faltas permanentes nos diferentes casos propostos do RBTS – BUS 6, é importante ressaltar
as vantagens da alocação de religadores em situações de faltas transitórias, pois como
mencionado no Capítulo 3, cerca de 80% das faltas que ocorrem nas redes de distribuição são
deste tipo. A Figura 4.16 ilustra o sistema teste com todas as modificações propostas nas zonas
urbana e rural.
Para qualquer falta que ocorrer à jusante dos religadores normalmente fechados
alocados nos alimentadores F1, F2 e F4, conforme a Figura 4.16, estes equipamentos realizarão
automaticamente suas sequências de operação através de uma sucessão de desligamentos e
religamentos, a fim de detectar o tipo de falta. Portanto, caso a falta seja transitória, o religador
não interromperá o fornecimento de energia de forma permanente, preservando as unidades
consumidoras sem acrescer seus indicadores de continuidade.
Desse modo, os indicadores de continuidade dos pontos de carga LP4, LP5 e LP6 não
serão afetados por faltas transitórias que ocorrerem à jusante do religador instalado no
alimentador F1, bem como os pontos LP11, LP12 e LP13 não serão afetados por faltas
transitórias que ocorrerem à jusante do religador em F2. Em contrapartida, no Caso A
apresentado, uma falta em qualquer trecho desses dois alimentadores, sendo ela permanente ou
transitória, acarreta na interrupção do fornecimento de energia a todas as unidades
consumidoras conectadas.
77

Fonte: Adaptado de Billinton e Jonnavithula (1996).


Figura 4.16 – Sistema de distribuição RBTS – BUS 6 modificado

No tronco principal do alimentador F4, o primeiro religador está coordenado com o


seccionalizador e o fusível à sua jusante, portanto, faltas transitórias que ocorrerem à jusante de
qualquer um desses três equipamentos não ocasionarão a interrupção do fornecimento aos
pontos de carga conectados a esse tronco, tampouco acrescerão os indicadores de continuidade
destes. O mesmo ocorre para os pontos de carga conectados à jusante dos outros dois
religadores, diferentemente do Caso A do sistema, no qual uma falta transitória também
causaria a interrupção do fornecimento de energia, bem como a queima dos fusíveis de
proteção.
5 Conclusão
Este trabalho apresentou uma visão geral da regulamentação e fiscalização dos serviços
de distribuição de energia elétrica prestados no Brasil, baseados no PRODIST, a fim de
garantirem a qualidade do fornecimento de energia às unidades consumidoras. Sendo assim, o
desempenho das distribuidoras é medido através dos indicadores de continuidade, referentes à
frequência e duração de interrupções ocasionadas por faltas na rede.
Como visto, a ANEEL impõe limites para os indicadores de continuidade individuais e
coletivos, os quais se tornam mais rígidos a cada ano, obrigando as distribuidoras a cumprirem
suas responsabilidades em assegurar um serviço de qualidade, estando sujeitas à multas e
penalizações em caso de descumprimento dos limites impostos.
Através do estudo a respeito das principais características e funcionamento das chaves
fusíveis, religadores e seccionalizadores, foram propostas modificações para o sistema teste de
distribuição RBTS – BUS 6, possibilitando a análise e comparação dos indicadores de
continuidade, obtidos em função dos parâmetros de confiabilidade calculados nos diferentes
casos considerados.
A redução dos indicadores de continuidade da zona urbana e rural do sistema teste, ao
se alocar dispositivos automáticos de proteção e seccionamento foi notória. A possibilidade de
transferência automática de carga entre alimentadores realizada através de religadores que se
comunicam entre si, baseados em lógica local ou remota, restabelece o fornecimento de energia
elétrica rapidamente, afetando o mínimo de consumidores em caso de falta permanente no
sistema. Além disso, religadores coordenados com os outros equipamentos instalados na rede
de distribuição evitam que faltas transitórias causem interrupções permanentes, não
contabilizando nos indicadores dos pontos de carga afetados.
Portanto, para que as distribuidoras atendam às exigências da legislação e possam
continuar prestando o serviço, estas devem investir em suas redes de distribuição adotando
soluções automatizadas, pensando no menor dano aos consumidores e garantindo a
continuidade do fornecimento de energia entregue a eles.
Uma extensão para este trabalho seria realizar esta análise para uma rede de distribuição
real, a fim de comparar os resultados obtidos para os indicadores de continuidade com os limites
impostos para as distribuidoras, propondo a melhor solução que atenda as exigências da
ANEEL, bem como fazer a análise econômica a respeito dos investimentos e retornos gerados
pela alocação de dispositivos de proteção e seccionamento.

78
79

Referências Bibliográficas
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81

Apêndices
Apêndice A – Parâmetros de Confiabilidade dos Alimentadores no
Caso A
As Tabelas A.1, A.2 e A.3 (Parte I a VI) deste apêndice apresentam os cálculos efetuados
para se obter os parâmetros de confiabilidade de cada ponto de carga conectado aos
alimentadores F2, F3 e F4 no Caso A do sistema teste RBTS – BUS 6.
82

Tabela A.1 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F2 no Caso A


Componente LP7 (147 cons) LP8 (147 cons) LP9 (138 cons) LP10 (147 cons) LP11 (126 cons) LP12 (132 cons) LP13 (132 cons)
Distância (km)
(11 kV) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D2 - 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024
T13 0,60 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195
T15 0,75 0,04875 1 0,04875 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375
T17 0,60 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195
T19 0,60 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195
T21 0,80 0,052 1 0,052 0,052 1 0,052 0,052 1 0,052 0,052 1 0,052 0,052 5 0,26 0,052 5 0,26 0,052 5 0,26
T23 0,75 0,04875 1 0,04875 0,04875 1 0,04875 0,04875 1 0,04875 0,04875 1 0,04875 0,04875 1 0,04875 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375
T25 0,60 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195
R14 0,75 0,04875 5 0,24375 - - - - - - - - - - - - - - - - - -
R16 0,80 - - - 0,052 5 0,26 - - - - - - - - - - - - - - -
R18 0,80 - - - - - - 0,052 5 0,26 - - - - - - - - - - - -
R20 0,60 - - - - - - - - - 0,039 5 0,195 - - - - - - - - -
R22 0,75 - - - - - - - - - - - - 0,04875 5 0,24375 - - - - - -
R24 0,60 - - - - - - - - - - - - - - - 0,039 5 0,195 - - -
R26 0,75 - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,04875 5 0,24375
TR7 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - - - - - - - - - - -
TR8 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - - - - - - - -
TR9 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - - - - -
TR10 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR11 - - - - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR12 - - - - - - - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR13 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
Sistema 9,75 0,37525 2,343105 0,87925 0,3785 2,88111 1,0905 0,3785 3,293263 1,2465 0,3655 3,659371 1,3375 0,37525 4,248501 1,59425 0,3655 4,76197 1,7405 0,37525 5,183877 1,94525
83

Tabela A.2 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F3 no Caso A

Componente LP14 (1 cons) LP15 (1 cons) LP16 (1 cons) LP17 (1 cons)


Distância (km)
(11 kV) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D3 - 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024
T27 0,75 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375
T29 0,80 0,052 1 0,052 0,052 5 0,26 0,052 5 0,26 0,052 5 0,26
T31 0,60 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195
T33 0,75 0,04875 1 0,04875 0,04875 1 0,04875 0,04875 1 0,04875 0,04875 5 0,24375
R28 0,60 0,039 5 0,195 - - - - - - - - -
R30 0,75 - - - 0,04875 5 0,24375 - - - - - -
R32 0,80 - - - - - - 0,052 5 0,26 - - -
R34 0,60 - - - - - - - - - 0,039 5 0,195
Sistema 5,65 0,2335 2,5803 0,6025 0,24325 3,532374 0,85925 0,2465 4,184584 1,0315 0,2335 4,974304 1,1615
84

Tabela A.3 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso A (Parte I)


Componente (33 Distância LP18 (147 cons) LP19 (126 cons) LP20 (1 cons) LP21 (1 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 0,1472 2 0,2944 0,1472 2 0,2944 0,1472 2 0,2944 0,1472 2 0,2944
T46 2,8 0,1288 2 0,2576 0,1288 2 0,2576 0,1288 2 0,2576 0,1288 2 0,2576
T48 3,5 0,161 2 0,322 0,161 2 0,322 0,161 2 0,322 0,161 2 0,322
T49 1,6 0,0736 2 0,1472 0,0736 2 0,1472 0,0736 2 0,1472 0,0736 2 0,1472
T50 2,8 - - - - - - - - - - - -
T51 3,2 - - - - - - - - - - - -
T52 2,5 - - - - - - - - - - - -
T53 3,2 - - - - - - - - - - - -
T54 1,6 - - - - - - - - - - - -
T56 2,8 - - - - - - - - - - - -
T57 2,5 - - - - - - - - - - - -
T58 3,2 - - - - - - - - - - - -
T59 2,8 - - - - - - - - - - - -
T60 2,5 - - - - - - - - - - - -
T62 1,6 - - - - - - - - - - - -
T63 3,2 - - - - - - - - - - - -
T64 2,8 - - - - - - - - - - - -
R41 0,6 - - - - - - - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - - - - - - -
R47 0,6 - - - - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - - - - - - -
R61 0,75 - - - - - - - - - - - -
TR18 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR19 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR20 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR21 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
TR22 - - - - - - - - - - - - -
TR23 - - - - - - - - - - - - -
TR24 - - - - - - - - - - - - -
TR25 - - - - - - - - - - - - -
TR26 - - - - - - - - - - - - -
TR27 - - - - - - - - - - - - -
TR28 - - - - - - - - - - - - -
TR29 - - - - - - - - - - - - -
TR30 - - - - - - - - - - - - -
TR31 - - - - - - - - - - - - -
TR32 - - - - - - - - - - - - -
TR33 - - - - - - - - - - - - -
TR34 - - - - - - - - - - - - -
TR35 - - - - - - - - - - - - -
TR36 - - - - - - - - - - - - -
TR37 - - - - - - - - - - - - -
TR38 - - - - - - - - - - - - -
TR39 - - - - - - - - - - - - -
TR40 - - - - - - - - - - - - -
Sistema 63,7 1,19 5,444034 6,4784 1,19 5,444034 6,4784 1,19 5,444034 6,4784 1,19 5,444034 6,4784
85

Tabela A.4 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso A (Parte II)


Componente (33 Distância LP22 (132 cons) LP23 (147 cons) LP24 (1 cons) LP25 (79 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 0,1472 2 0,2944 0,1472 2 0,2944 0,1472 2 0,2944 0,1472 8 1,1776
T46 2,8 0,1288 2 0,2576 0,1288 2 0,2576 0,1288 2 0,2576 0,1288 8 1,0304
T48 3,5 0,161 2 0,322 0,161 2 0,322 0,161 2 0,322 0,161 8 1,288
T49 1,6 0,0736 2 0,1472 0,0736 2 0,1472 0,0736 2 0,1472 0,0736 8 0,5888
T50 2,8 - - - - - - - - - - - -
T51 3,2 - - - - - - - - - - - -
T52 2,5 - - - - - - - - - - - -
T53 3,2 - - - - - - - - - - - -
T54 1,6 - - - - - - - - - - - -
T56 2,8 - - - - - - - - - - - -
T57 2,5 - - - - - - - - - - - -
T58 3,2 - - - - - - - - - - - -
T59 2,8 - - - - - - - - - - - -
T60 2,5 - - - - - - - - - - - -
T62 1,6 - - - - - - - - - - - -
T63 3,2 - - - - - - - - - - - -
T64 2,8 - - - - - - - - - - - -
R41 0,6 - - - 0,0276 8 0,2208 - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - 0,0345 8 0,276 - - -
R47 0,6 - - - - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - - - - - - -
R61 0,75 - - - - - - - - - - - -
TR18 - - - - - - - - - - - - -
TR19 - - - - - - - - - - - - -
TR20 - - - - - - - - - - - - -
TR21 - - - - - - - - - - - - -
TR22 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR23 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR24 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR25 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
TR26 - - - - - - - - - - - - -
TR27 - - - - - - - - - - - - -
TR28 - - - - - - - - - - - - -
TR29 - - - - - - - - - - - - -
TR30 - - - - - - - - - - - - -
TR31 - - - - - - - - - - - - -
TR32 - - - - - - - - - - - - -
TR33 - - - - - - - - - - - - -
TR34 - - - - - - - - - - - - -
TR35 - - - - - - - - - - - - -
TR36 - - - - - - - - - - - - -
TR37 - - - - - - - - - - - - -
TR38 - - - - - - - - - - - - -
TR39 - - - - - - - - - - - - -
TR40 - - - - - - - - - - - - -
Sistema 63,7 1,19 5,444034 6,4784 1,2176 5,501971 6,6992 1,2245 5,516047 6,7544 1,19 8,018487 9,542
86

Tabela A.5 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso A (Parte III)


Componente (33 Distância LP26 (1 cons) LP27 (76 cons) LP28 (79 cons) LP29 (76 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T46 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T48 3,5 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288
T49 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T50 2,8 - - - - - - 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T51 3,2 - - - - - - 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T52 2,5 - - - - - - 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T53 3,2 - - - - - - - - - - - -
T54 1,6 - - - - - - - - - - - -
T56 2,8 - - - - - - - - - - - -
T57 2,5 - - - - - - - - - - - -
T58 3,2 - - - - - - - - - - - -
T59 2,8 - - - - - - - - - - - -
T60 2,5 - - - - - - - - - - - -
T62 1,6 - - - - - - - - - - - -
T63 3,2 - - - - - - - - - - - -
T64 2,8 - - - - - - - - - - - -
R41 0,6 - - - - - - - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - - - - - - -
R47 0,6 0,0276 8 0,2208 - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - - - - - - -
R61 0,75 - - - - - - - - - - - -
TR18 - - - - - - - - - - - - -
TR19 - - - - - - - - - - - - -
TR20 - - - - - - - - - - - - -
TR21 - - - - - - - - - - - - -
TR22 - - - - - - - - - - - - -
TR23 - - - - - - - - - - - - -
TR24 - - - - - - - - - - - - -
TR25 - - - - - - - - - - - - -
TR26 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR27 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR28 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR29 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
TR30 - - - - - - - - - - - - -
TR31 - - - - - - - - - - - - -
TR32 - - - - - - - - - - - - -
TR33 - - - - - - - - - - - - -
TR34 - - - - - - - - - - - - -
TR35 - - - - - - - - - - - - -
TR36 - - - - - - - - - - - - -
TR37 - - - - - - - - - - - - -
TR38 - - - - - - - - - - - - -
TR39 - - - - - - - - - - - - -
TR40 - - - - - - - - - - - - -
Sistema 63,7 1,2176 8,018068 9,7628 1,19 8,018487 9,542 1,581 8,013915 12,67 1,581 8,013915 12,67
87

Tabela A.6 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso A (Parte IV)


Componente (33 Distância LP30 (1 cons) LP31 (79 cons) LP32 (1 cons) LP33 (76 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 0,1472 8 1,1776 0,1472 2 0,2944 0,1472 2 0,2944 0,1472 2 0,2944
T46 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 2 0,2576 0,1288 2 0,2576 0,1288 2 0,2576
T48 3,5 0,161 8 1,288 0,161 2 0,322 0,161 2 0,322 0,161 2 0,322
T49 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 2 0,1472 0,0736 2 0,1472 0,0736 2 0,1472
T50 2,8 0,1288 8 1,0304 - - - - - - - - -
T51 3,2 0,1472 8 1,1776 - - - - - - - - -
T52 2,5 0,115 8 0,92 - - - - - - - - -
T53 3,2 - - - 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T54 1,6 - - - 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T56 2,8 - - - 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T57 2,5 - - - 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T58 3,2 - - - 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T59 2,8 - - - - - - - - - - - -
T60 2,5 - - - - - - - - - - - -
T62 1,6 - - - - - - - - - - - -
T63 3,2 - - - - - - - - - - - -
T64 2,8 - - - - - - - - - - - -
R41 0,6 - - - - - - - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - - - - - - -
R47 0,6 - - - - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - 0,0368 8 0,2944 - - -
R61 0,75 - - - - - - - - - - - -
TR18 - - - - - - - - - - - - -
TR19 - - - - - - - - - - - - -
TR20 - - - - - - - - - - - - -
TR21 - - - - - - - - - - - - -
TR22 - - - - - - - - - - - - -
TR23 - - - - - - - - - - - - -
TR24 - - - - - - - - - - - - -
TR25 - - - - - - - - - - - - -
TR26 - - - - - - - - - - - - -
TR27 - - - - - - - - - - - - -
TR28 - - - - - - - - - - - - -
TR29 - - - - - - - - - - - - -
TR30 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR31 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR32 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR33 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
TR34 - - - - - - - - - - - - -
TR35 - - - - - - - - - - - - -
TR36 - - - - - - - - - - - - -
TR37 - - - - - - - - - - - - -
TR38 - - - - - - - - - - - - -
TR39 - - - - - - - - - - - - -
TR40 - - - - - - - - - - - - -
Sistema 63,7 1,581 8,013915 12,67 1,8018 6,31191 11,3728 1,8386 6,345698 11,6672 1,8018 6,31191 11,3728
88

Tabela A.7 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso A (Parte V)


Componente (33 Distância LP34 (1 cons) LP35 (1 cons) LP36 (79 cons) LP37 (1 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 0,1472 2 0,2944 0,1472 2 0,2944 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T46 2,8 0,1288 2 0,2576 0,1288 2 0,2576 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T48 3,5 0,161 2 0,322 0,161 2 0,322 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288
T49 1,6 0,0736 2 0,1472 0,0736 2 0,1472 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T50 2,8 - - - - - - - - - - -
T51 3,2 - - - - - - - - - - -
T52 2,5 - - - - - - - - - - -
T53 3,2 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 - - - - - -
T54 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 - - - - - -
T56 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 - - - - - -
T57 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 - - - - - -
T58 3,2 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 - - - - - -
T59 2,8 - - - - - - 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T60 2,5 - - - - - - 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T62 1,6 - - - - - - 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T63 3,2 - - - - - - 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T64 2,8 - - - - - - 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
R41 0,6 - - - - - - - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - - - - - - -
R47 0,6 - - - - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - - - - - - -
R61 0,75 - - - - - - - - - 0,0345 8 0,276
TR18 - - - - - - - - - - - - -
TR19 - - - - - - - - - - - - -
TR20 - - - - - - - - - - - - -
TR21 - - - - - - - - - - - - -
TR22 - - - - - - - - - - - - -
TR23 - - - - - - - - - - - - -
TR24 - - - - - - - - - - - - -
TR25 - - - - - - - - - - - - -
TR26 - - - - - - - - - - - - -
TR27 - - - - - - - - - - - - -
TR28 - - - - - - - - - - - - -
TR29 - - - - - - - - - - - - -
TR30 - - - - - - - - - - - - -
TR31 - - - - - - - - - - - - -
TR32 - - - - - - - - - - - - -
TR33 - - - - - - - - - - - - -
TR34 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR35 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR36 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR37 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
TR38 - - - - - - - - - - - - -
TR39 - - - - - - - - - - - - -
TR40 - - - - - - - - - - - - -
Sistema 63,7 1,8018 6,31191 11,3728 1,8018 6,31191 11,3728 1,7834 8,012336 14,2892 1,8179 8,012102 14,5652
89

Tabela A.8 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso A (Parte VI)


Componente (33 Distância LP38 (1 cons) LP39 (76 cons) LP40 (1 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T46 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T48 3,5 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288
T49 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T50 2,8 - - - - - - - - -
T51 3,2 - - - - - - - - -
T52 2,5 - - - - - - - - -
T53 3,2 - - - - - - - - -
T54 1,6 - - - - - - - - -
T56 2,8 - - - - - - - - -
T57 2,5 - - - - - - - - -
T58 3,2 - - - - - - - - -
T59 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T60 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T62 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T63 3,2 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T64 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
R41 0,6 - - - - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - - - -
R47 0,6 - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - - - -
R61 0,75 - - - - - - - - -
TR18 - - - - - - - - - -
TR19 - - - - - - - - - -
TR20 - - - - - - - - - -
TR21 - - - - - - - - - -
TR22 - - - - - - - - - -
TR23 - - - - - - - - - -
TR24 - - - - - - - - - -
TR25 - - - - - - - - - -
TR26 - - - - - - - - - -
TR27 - - - - - - - - - -
TR28 - - - - - - - - - -
TR29 - - - - - - - - - -
TR30 - - - - - - - - - -
TR31 - - - - - - - - - -
TR32 - - - - - - - - - -
TR33 - - - - - - - - - -
TR34 - - - - - - - - - -
TR35 - - - - - - - - - -
TR36 - - - - - - - - - -
TR37 - - - - - - - - - -
TR38 - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR39 - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR40 - - - - - - - 0,015 10 0,15
Sistema 63,7 1,7834 8,012336 14,2892 1,7834 8,012336 14,2892 1,7834 8,012336 14,2892
90

Apêndice B – Parâmetros de Confiabilidade dos Alimentadores no


Caso B
As Tabelas B.1, B.2 e B.3 deste apêndice apresentam os cálculos efetuados para se obter os
parâmetros de confiabilidade de cada ponto de carga conectado aos alimentadores F1, F2 e F3
no Caso B do sistema teste RBTS – BUS 6.
91

Tabela B.1 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F1 no Caso B


Componente Distância LP1 ( 138 cons) LP2 (126 cons) LP3 (138 cons) LP4 (126 cons) LP5 (118 cons) LP6 (118 cons)
(11 kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D1 - 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 - - - - - - - - -
T1 0,75 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 - - - - - - - - -
T3 0,60 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 - - - - - - - - -
T5 0,75 0,04875 1 0,04875 0,04875 1 0,04875 0,04875 5 0,24375 - - - - - - - - -
T7 0,75 - - - - - - - - - 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375
T9 0,60 - - - - - - - - - 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195
T11 0,80 - - - - - - - - - 0,052 1 0,052 0,052 1 0,052 0,052 5 0,26
R2 0,60 0,039 5 0,195 - - - - - - - - - - - - - - -
R4 0,80 - - - 0,052 5 0,26 - - - - - - - - - - - -
R6 0,75 - - - - - - 0,04875 5 0,24375 - - - - - - - - -
R8 0,60 - - - - - - - - - 0,039 5 0,195 - - - - - -
R10 0,75 - - - - - - - - - - - - 0,04875 5 0,24375 - - -
R12 0,60 - - - - - - - - - - - - - - - 0,039 5 0,195
TR1 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - - - - - - - -
TR2 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - - - - -
TR3 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR4 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR5 - - - - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR6 - - - - - - - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
Sistema 8,35 0,1965 3,564885 0,7005 0,2095 4,398568 0,9215 0,20625 5,334545 1,10025 0,19375 3,508387 0,67975 0,2035 4,346437 0,8845 0,19375 5,387097 1,04375
92

Tabela B.2 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F2 no Caso B


Componente LP7 (147 cons) LP8 (147 cons) LP9 (138 cons) LP10 (147 cons) LP11 (126 cons) LP12 (132 cons) LP13 (132 cons)
Distância (km)
(11 kV) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D2 - 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024
T13 0,60 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195
T15 0,75 0,04875 1 0,04875 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375
T17 0,60 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195
T19 0,60 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195
T21 0,80 - - - - - - - - - - - - 0,052 5 0,26 0,052 5 0,26 0,052 5 0,26
T23 0,75 - - - - - - - - - - - - 0,04875 1 0,04875 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375
T25 0,60 - - - - - - - - - - - - 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195
R14 0,75 0,04875 5 0,24375 - - - - - - - - - - - - - - - - - -
R16 0,80 - - - 0,052 5 0,26 - - - - - - - - - - - - - - -
R18 0,80 - - - - - - 0,052 5 0,26 - - - - - - - - - - - -
R20 0,60 - - - - - - - - - 0,039 5 0,195 - - - - - - - - -
R22 0,75 - - - - - - - - - - - - 0,04875 5 0,24375 - - - - - -
R24 0,60 - - - - - - - - - - - - - - - 0,039 5 0,195 - - -
R26 0,75 - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,04875 5 0,24375
TR7 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - - - - - - - - - - -
TR8 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - - - - - - - -
TR9 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - - - - -
TR10 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR11 - - - - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR12 - - - - - - - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR13 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
Sistema 9,75 0,2355 3,140127 0,7395 0,23875 3,982199 0,95075 0,23875 4,635602 1,10675 0,22575 5,305648 1,19775 0,37525 4,248501 1,59425 0,3655 4,76197 1,7405 0,37525 5,183877 1,94525
93

Tabela B.3 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F3 no Caso B


Componente LP14 (1 cons) LP15 (1 cons) LP16 (1 cons) LP17 (1 cons)
Distância (km)
(11 kV) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D3 - 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024 0,006 4 0,024
T27 0,75 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375 0,04875 5 0,24375
T29 0,80 0,052 1 0,052 0,052 5 0,26 0,052 5 0,26 0,052 5 0,26
T31 0,60 0,039 1 0,039 0,039 1 0,039 0,039 5 0,195 0,039 5 0,195
T33 0,75 - - - - - - - - - 0,04875 5 0,24375
R28 0,60 0,039 5 0,195 - - - - - - - - -
R30 0,75 - - - 0,04875 5 0,24375 - - - - - -
R32 0,80 - - - - - - 0,052 5 0,26 - - -
R34 0,60 - - - - - - - - - 0,039 5 0,195
Sistema 5,65 0,18475 2,997294 0,55375 0,1945 4,167095 0,8105 0,19775 4,969659 0,98275 0,2335 4,974304 1,1615
94

Apêndice C – Parâmetros de Confiabilidade do Alimentador F4


no Caso C
As Tabelas C.1 (Parte I a VI) deste apêndice apresentam os cálculos efetuados para se
obter os parâmetros de confiabilidade de cada ponto de carga conectado ao alimentador F4 no
Caso C do sistema teste RBTS – BUS 6.

Tabela C.1 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso C (Parte I)


Componente (33 Distância LP18 (147 cons) LP19 (126 cons) LP20 (1 cons) LP21 (1 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 - - - - - - 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 - - - - - - 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 - - - - - - 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 - - - - - - 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 - - - - - - 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 - - - - - - 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 - - - - - - - - - - - -
T46 2,8 - - - - - - - - - - - -
T48 3,5 - - - - - - - - - - - -
T49 1,6 - - - - - - - - - - - -
T50 2,8 - - - - - - - - - - - -
T51 3,2 - - - - - - - - - - - -
T52 2,5 - - - - - - - - - - - -
T53 3,2 - - - - - - - - - - - -
T54 1,6 - - - - - - - - - - - -
T56 2,8 - - - - - - - - - - - -
T57 2,5 - - - - - - - - - - - -
T58 3,2 - - - - - - - - - - - -
T59 2,8 - - - - - - - - - - - -
T60 2,5 - - - - - - - - - - - -
T62 1,6 - - - - - - - - - - - -
T63 3,2 - - - - - - - - - - - -
T64 2,8 - - - - - - - - - - - -
R41 0,6 - - - - - - - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - - - - - - -
R47 0,6 - - - - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - - - - - - -
R61 0,75 - - - - - - - - - - - -
TR18 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR19 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR20 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR21 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
TR22 - - - - - - - - - - - - -
TR23 - - - - - - - - - - - - -
TR24 - - - - - - - - - - - - -
TR25 - - - - - - - - - - - - -
TR26 - - - - - - - - - - - - -
TR27 - - - - - - - - - - - - -
TR28 - - - - - - - - - - - - -
TR29 - - - - - - - - - - - - -
TR30 - - - - - - - - - - - - -
TR31 - - - - - - - - - - - - -
TR32 - - - - - - - - - - - - -
TR33 - - - - - - - - - - - - -
TR34 - - - - - - - - - - - - -
TR35 - - - - - - - - - - - - -
TR36 - - - - - - - - - - - - -
TR37 - - - - - - - - - - - - -
TR38 - - - - - - - - - - - - -
TR39 - - - - - - - - - - - - -
TR40 - - - - - - - - - - - - -
Sistema 63,7 0,2608 8,084356 2,1084 0,2608 8,084356 2,1084 0,6794 8,032382 5,4572 0,6794 8,032382 5,4572
95

Tabela C.2 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso C (Parte II)


Componente (33 Distância LP22 (132 cons) LP23 (147 cons) LP24 (1 cons) LP25 (79 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 - - - - - - - - - 0,1472 8 1,1776
T46 2,8 - - - - - - - - - 0,1288 8 1,0304
T48 3,5 - - - - - - - - - 0,161 8 1,288
T49 1,6 - - - - - - - - - 0,0736 8 0,5888
T50 2,8 - - - - - - - - - - - -
T51 3,2 - - - - - - - - - - - -
T52 2,5 - - - - - - - - - - - -
T53 3,2 - - - - - - - - - - - -
T54 1,6 - - - - - - - - - - - -
T56 2,8 - - - - - - - - - - - -
T57 2,5 - - - - - - - - - - - -
T58 3,2 - - - - - - - - - - - -
T59 2,8 - - - - - - - - - - - -
T60 2,5 - - - - - - - - - - - -
T62 1,6 - - - - - - - - - - - -
T63 3,2 - - - - - - - - - - - -
T64 2,8 - - - - - - - - - - - -
R41 0,6 - - - 0,0276 8 0,2208 - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - 0,0345 8 0,276 - - -
R47 0,6 - - - - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - - - - - - -
R61 0,75 - - - - - - - - - - - -
TR18 - - - - - - - - - - - - -
TR19 - - - - - - - - - - - - -
TR20 - - - - - - - - - - - - -
TR21 - - - - - - - - - - - - -
TR22 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR23 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR24 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR25 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
TR26 - - - - - - - - - - - - -
TR27 - - - - - - - - - - - - -
TR28 - - - - - - - - - - - - -
TR29 - - - - - - - - - - - - -
TR30 - - - - - - - - - - - - -
TR31 - - - - - - - - - - - - -
TR32 - - - - - - - - - - - - -
TR33 - - - - - - - - - - - - -
TR34 - - - - - - - - - - - - -
TR35 - - - - - - - - - - - - -
TR36 - - - - - - - - - - - - -
TR37 - - - - - - - - - - - - -
TR38 - - - - - - - - - - - - -
TR39 - - - - - - - - - - - - -
TR40 - - - - - - - - - - - - -
Sistema 63,7 0,6794 8,032382 5,4572 0,707 8,031117 5,678 0,7139 8,030817 5,7332 1,19 8,018487 9,542
96

Tabela C.3 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso C (Parte III)


Componente (33 Distância LP26 (1 cons) LP27 (76 cons) LP28 (79 cons) LP29 (76 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T46 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T48 3,5 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288
T49 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T50 2,8 - - - - - - 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T51 3,2 - - - - - - 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T52 2,5 - - - - - - 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T53 3,2 - - - - - - - - - - - -
T54 1,6 - - - - - - - - - - - -
T56 2,8 - - - - - - - - - - - -
T57 2,5 - - - - - - - - - - - -
T58 3,2 - - - - - - - - - - - -
T59 2,8 - - - - - - - - - - - -
T60 2,5 - - - - - - - - - - - -
T62 1,6 - - - - - - - - - - - -
T63 3,2 - - - - - - - - - - - -
T64 2,8 - - - - - - - - - - - -
R41 0,6 - - - - - - - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - - - - - - -
R47 0,6 0,0276 8 0,2208 - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - - - - - - -
R61 0,75 - - - - - - - - - - - -
TR18 - - - - - - - - - - - - -
TR19 - - - - - - - - - - - - -
TR20 - - - - - - - - - - - - -
TR21 - - - - - - - - - - - - -
TR22 - - - - - - - - - - - - -
TR23 - - - - - - - - - - - - -
TR24 - - - - - - - - - - - - -
TR25 - - - - - - - - - - - - -
TR26 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR27 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR28 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR29 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
TR30 - - - - - - - - - - - - -
TR31 - - - - - - - - - - - - -
TR32 - - - - - - - - - - - - -
TR33 - - - - - - - - - - - - -
TR34 - - - - - - - - - - - - -
TR35 - - - - - - - - - - - - -
TR36 - - - - - - - - - - - - -
TR37 - - - - - - - - - - - - -
TR38 - - - - - - - - - - - - -
TR39 - - - - - - - - - - - - -
TR40 - - - - - - - - - - - - -
Sistema 63,7 1,2176 8,018068 9,7628 1,19 8,018487 9,542 1,581 8,013915 12,67 1,581 8,013915 12,67
97

Tabela C.4 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso C (Parte IV)


Componente (33 Distância LP30 (1 cons) LP31 (79 cons) LP32 (1 cons) LP33 (76 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 0,1472 8 1,1776 - - - - - - - - -
T46 2,8 0,1288 8 1,0304 - - - - - - - - -
T48 3,5 0,161 8 1,288 - - - - - - - - -
T49 1,6 0,0736 8 0,5888 - - - - - - - - -
T50 2,8 0,1288 8 1,0304 - - - - - - - - -
T51 3,2 0,1472 8 1,1776 - - - - - - - - -
T52 2,5 0,115 8 0,92 - - - - - - - - -
T53 3,2 - - - 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T54 1,6 - - - 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T56 2,8 - - - 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T57 2,5 - - - - - - - - - - - -
T58 3,2 - - - - - - - - - - - -
T59 2,8 - - - - - - - - - - - -
T60 2,5 - - - - - - - - - - - -
T62 1,6 - - - - - - - - - - - -
T63 3,2 - - - - - - - - - - - -
T64 2,8 - - - - - - - - - - - -
R41 0,6 - - - - - - - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - - - - - - -
R47 0,6 - - - - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - 0,0368 8 0,2944 - - -
R61 0,75 - - - - - - - - - - - -
TR18 - - - - - - - - - - - - -
TR19 - - - - - - - - - - - - -
TR20 - - - - - - - - - - - - -
TR21 - - - - - - - - - - - - -
TR22 - - - - - - - - - - - - -
TR23 - - - - - - - - - - - - -
TR24 - - - - - - - - - - - - -
TR25 - - - - - - - - - - - - -
TR26 - - - - - - - - - - - - -
TR27 - - - - - - - - - - - - -
TR28 - - - - - - - - - - - - -
TR29 - - - - - - - - - - - - -
TR30 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR31 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR32 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR33 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
TR34 - - - - - - - - - - - - -
TR35 - - - - - - - - - - - - -
TR36 - - - - - - - - - - - - -
TR37 - - - - - - - - - - - - -
TR38 - - - - - - - - - - - - -
TR39 - - - - - - - - - - - - -
TR40 - - - - - - - - - - - - -
Sistema 63,7 1,581 8,013915 12,67 1,029 8,02138 8,254 1,0658 8,020642 8,5484 1,029 8,02138 8,254
98

Tabela C.5 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso C (Parte V)


Componente (33 Distância LP34 (1 cons) LP35 (1 cons) LP36 (79 cons) LP37 (1 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 - - - - - - 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T46 2,8 - - - - - - 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T48 3,5 - - - - - - 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288
T49 1,6 - - - - - - 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T50 2,8 - - - - - - - - - - - -
T51 3,2 - - - - - - - - - - - -
T52 2,5 - - - - - - - - - - - -
T53 3,2 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 - - - - - -
T54 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 - - - - - -
T56 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 - - - - - -
T57 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 - - - - - -
T58 3,2 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 - - - - - -
T59 2,8 - - - - - - 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T60 2,5 - - - - - - - - - 0,115 8 0,92
T62 1,6 - - - - - - - - - 0,0736 8 0,5888
T63 3,2 - - - - - - - - - 0,1472 8 1,1776
T64 2,8 - - - - - - - - - - - -
R41 0,6 - - - - - - - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - - - - - - -
R47 0,6 - - - - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - - - - - - -
R61 0,75 - - - - - - - - - 0,0345 8 0,276
TR18 - - - - - - - - - - - - -
TR19 - - - - - - - - - - - - -
TR20 - - - - - - - - - - - - -
TR21 - - - - - - - - - - - - -
TR22 - - - - - - - - - - - - -
TR23 - - - - - - - - - - - - -
TR24 - - - - - - - - - - - - -
TR25 - - - - - - - - - - - - -
TR26 - - - - - - - - - - - - -
TR27 - - - - - - - - - - - - -
TR28 - - - - - - - - - - - - -
TR29 - - - - - - - - - - - - -
TR30 - - - - - - - - - - - - -
TR31 - - - - - - - - - - - - -
TR32 - - - - - - - - - - - - -
TR33 - - - - - - - - - - - - -
TR34 - 0,015 10 0,15 - - - - - - - - -
TR35 - - - - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR36 - - - - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR37 - - - - - - - - - - 0,015 10 0,15
TR38 - - - - - - - - - - - - -
TR39 - - - - - - - - - - - - -
TR40 - - - - - - - - - - - - -
Sistema 63,7 1,2912 8,017038 10,3516 1,2912 8,017038 10,3516 1,3188 8,016682 10,5724 1,6891 8,013025 13,5348
99

Tabela C.6 - Parâmetros de confiabilidade do alimentador F4 no Caso C (Parte VI)


Componente (33 Distância LP38 (1 cons) LP39 (76 cons) LP40 (1 cons)
kV) (km) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a) λ (f/a) r (h) U (h/a)
D4 - 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008 0,002 4 0,008
T35 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T36 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T37 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T38 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T39 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T40 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T42 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T44 0,9 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312 0,0414 8 0,3312
T45 3,2 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T46 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T48 3,5 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288 0,161 8 1,288
T49 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T50 2,8 - - - - - - - - -
T51 3,2 - - - - - - - - -
T52 2,5 - - - - - - - - -
T53 3,2 - - - - - - - - -
T54 1,6 - - - - - - - - -
T56 2,8 - - - - - - - - -
T57 2,5 - - - - - - - - -
T58 3,2 - - - - - - - - -
T59 2,8 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304 0,1288 8 1,0304
T60 2,5 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92 0,115 8 0,92
T62 1,6 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888 0,0736 8 0,5888
T63 3,2 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776 0,1472 8 1,1776
T64 2,8 - - - - - - 0,1288 8 1,0304
R41 0,6 - - - - - - - - -
R43 0,75 - - - - - - - - -
R47 0,6 - - - - - - - - -
R55 0,8 - - - - - - - - -
R61 0,75 - - - - - - - - -
TR18 - - - - - - - - - -
TR19 - - - - - - - - - -
TR20 - - - - - - - - - -
TR21 - - - - - - - - - -
TR22 - - - - - - - - - -
TR23 - - - - - - - - - -
TR24 - - - - - - - - - -
TR25 - - - - - - - - - -
TR26 - - - - - - - - - -
TR27 - - - - - - - - - -
TR28 - - - - - - - - - -
TR29 - - - - - - - - - -
TR30 - - - - - - - - - -
TR31 - - - - - - - - - -
TR32 - - - - - - - - - -
TR33 - - - - - - - - - -
TR34 - - - - - - - - - -
TR35 - - - - - - - - - -
TR36 - - - - - - - - - -
TR37 - - - - - - - - - -
TR38 - 0,015 10 0,15 - - - - - -
TR39 - - - - 0,015 10 0,15 - - -
TR40 - - - - - - - 0,015 10 0,15
Sistema 63,7 1,6546 8,013296 13,2588 1,6546 8,013296 13,2588 1,7834 8,012336 14,2892
100

Anexos
Anexo A – Limites dos Indicadores de Continuidade estabelecidos
pela ANEEL
As Tabelas abaixo apresentam os limites dos indicadores de continuidade impostos às
distribuidoras de energia elétrica, para baixa e média tensão, considerando áreas urbanas e áreas
rurais, conforme PRODIST (2017).

Faixa de
variação dos Limite de Continuidade por Unidade Consumidora
Limites
Anuais de Unidades Consumidoras situadas em áreas urbanas com Faixa de
Indicadores de Tensão Contratada: 1 kV < Tensão < 69 kV
Continuidade DIC FIC DMIC
dos Conjuntos (horas) (interrupções) (horas)
(DEC ou FEC) Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
1 11,25 5,62 2,81 6,48 3,24 1,62 2,36
2 11,68 5,84 2,92 6,93 3,46 1,73 2,39
3 12,12 6,06 3,03 7,37 3,68 1,84 2,41
4 12,55 6,27 3,13 7,82 3,91 1,95 2,44
5 12,99 6,49 3,24 8,27 4,13 2,06 2,46
6 13,43 6,71 3,35 8,71 4,35 2,17 2,49
7 13,86 6,93 3,46 9,16 4,58 2,29 2,52
8 14,3 7,15 3,57 9,61 4,8 2,4 2,54
9 14,73 7,36 3,68 10,05 5,02 2,51 2,57
10 15,17 7,58 3,79 10,5 5,25 2,62 2,6
11 15,61 7,8 3,9 10,95 5,47 2,73 2,62
12 16,04 8,02 4,01 11,4 5,7 2,85 2,65
13 16,48 8,24 4,12 11,84 5,92 2,96 2,68
14 16,91 8,45 4,22 12,29 6,14 3,07 2,71
15 17,35 8,67 4,33 12,74 6,37 3,18 2,74
16 17,79 8,89 4,44 13,18 6,59 3,29 2,76
17 18,22 9,11 4,55 13,63 6,81 3,4 2,79
18 18,66 9,33 4,66 14,08 7,04 3,52 2,82
19 19,09 9,54 4,77 14,52 7,26 3,63 2,85
20 19,53 9,76 4,88 14,97 7,48 3,74 2,88
>20 e ≤22 19,97 9,98 4,99 15,42 7,71 3,85 2,91
>22 e ≤24 20,84 10,42 5,21 16,31 8,15 4,07 2,98
>24 e ≤26 21,71 10,85 5,42 17,2 8,6 4,3 3,04
>26 e ≤28 22,58 11,29 5,64 18,1 9,05 4,52 3,1
>28 e ≤30 23,45 11,72 5,86 18,99 9,49 4,74 3,17
101

Faixa de
Limite de Continuidade por Unidade Consumidora
variação dos
Limites Anuais Unidades Consumidoras situadas em áreas urbanas com Faixa de
de Indicadores Tensão Contratada: 1 kV < Tensão < 69 kV
de Continuidade DIC FIC DMIC
dos Conjuntos (horas) (interrupções) (horas)
(DEC ou FEC)
Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
>30 e ≤32 24,33 12,16 6,08 19,88 9,94 4,97 3,24
>32 e ≤34 25,2 12,6 6,3 20,78 10,39 5,19 3,31
>34 e ≤36 26,07 13,03 6,51 21,67 10,83 5,41 3,38
>36 e ≤38 26,94 13,47 6,73 22,57 11,28 5,64 3,45
>38 e ≤40 27,81 13,9 6,95 23,46 11,73 5,86 3,52
>40 e ≤45 29,34 14,67 7,33 25,02 12,51 6,25 3,55
>45 e ≤50 31,52 15,76 7,88 27,26 13,63 6,81 3,8
>50 e ≤55 33,7 16,85 8,42 29,49 14,74 7,37 4,06
>55 e ≤60 35,88 17,94 8,97 31,72 15,86 7,93 4,34
>60 e ≤65 38,06 19,03 9,51 33,96 16,98 8,49 4,64
>65 e ≤70 40,24 20,12 10,06 36,19 18,09 9,04 4,96
>70 e ≤80 43,51 21,75 10,87 39,54 19,77 9,88 5,47
>80 e ≤90 47,87 23,93 11,96 44,01 22 11 6,23
>90 e ≤100 52,23 26,11 13,05 48,48 24,24 12,12 7,1
>100 e ≤110 56,59 28,29 14,14 52,95 26,47 13,23 8,07
>110 e ≤120 60,95 30,47 15,23 57,42 28,71 14,35 9,17
>120 63,13 31,56 15,78 59,65 29,82 14,91 9,77

Faixa de variação Limite de Continuidade por Unidade Consumidora


dos Limites
Anuais de Unidades Consumidoras situadas em áreas não-urbanas com Faixa
Indicadores de de Tensão Contratada: 1 kV < Tensão < 69 kV
Continuidade dos DIC FIC DMIC
Conjuntos (DEC
(horas) (interrupções) (horas)
ou FEC)
Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
1 31,98 15,99 7,99 15,49 7,74 3,87 4,32
2 32,62 16,31 8,15 15,96 7,98 3,99 4,39
3 33,26 16,63 8,31 16,43 8,21 4,1 4,46
4 33,9 16,95 8,47 16,9 8,45 4,22 4,53
5 34,54 17,27 8,63 17,37 8,68 4,34 4,6
6 35,18 17,59 8,79 17,84 8,92 4,46 4,67
7 35,82 17,91 8,95 18,31 9,15 4,57 4,74
8 36,46 18,23 9,11 18,78 9,39 4,69 4,81
102

Limite de Continuidade por Unidade Consumidora


Faixa de variação
dos Limites
Unidades Consumidoras situadas em áreas não-urbanas com Faixa
Anuais de
de Tensão Contratada: 1 kV < Tensão < 69 kV
Indicadores de
Continuidade dos DIC FIC DMIC
Conjuntos (DEC (horas) (interrupções) (horas)
ou FEC)
Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
9 37,1 18,55 9,27 19,25 9,62 4,81 4,88
10 37,74 18,87 9,43 19,72 9,86 4,93 4,95
11 38,38 19,19 9,59 20,19 10,09 5,04 5,02
12 39,02 19,51 9,75 20,66 10,33 5,16 5,09
13 39,66 19,83 9,91 21,13 10,56 5,28 5,16
14 40,3 20,15 10,07 21,6 10,8 5,4 5,24
15 40,94 20,47 10,23 22,07 11,03 5,51 5,31
16 41,58 20,79 10,39 22,54 11,27 5,63 5,38
17 42,22 21,11 10,55 23,01 11,5 5,75 5,45
18 42,86 21,43 10,71 23,48 11,74 5,87 5,52
19 43,5 21,75 10,87 23,95 11,97 5,98 5,59
20 44,14 22,07 11,03 24,42 12,21 6,1 5,66
>20 e ≤22 44,78 22,39 11,19 24,9 12,45 6,22 5,73
>22 e ≤24 46,06 23,03 11,51 25,84 12,92 6,46 5,87
>24 e ≤26 47,34 23,67 11,83 26,78 13,39 6,69 6,01
>26 e ≤28 48,61 24,3 12,15 27,72 13,86 6,93 6,15
>28 e ≤30 49,89 24,94 12,47 28,66 14,33 7,16 6,29
>30 e ≤32 51,17 25,58 12,79 29,6 14,8 7,4 6,43
>32 e ≤34 52,45 26,22 13,11 30,54 15,27 7,63 6,57
>34 e ≤36 53,73 26,86 13,43 31,48 15,74 7,87 6,72
>36 e ≤38 55,01 27,5 13,75 32,42 16,21 8,1 6,86
>38 e ≤40 56,29 28,14 14,07 33,36 16,68 8,34 7
>40 e ≤45 58,53 29,26 14,63 35,01 17,5 8,75 7,24
>45 e ≤50 61,73 30,86 15,43 37,36 18,68 9,34 7,6
>50 e ≤55 64,92 32,46 16,23 39,71 19,85 9,92 7,95
>55 e ≤60 68,12 34,06 17,03 42,06 21,03 10,51 8,3
>60 e ≤65 71,32 35,66 17,83 44,42 22,21 11,1 8,65
>65 e ≤70 74,52 37,26 18,63 46,77 23,38 11,69 9,01
>70 e ≤80 79,32 39,66 19,83 50,3 25,15 12,57 9,54
>80 e ≤90 85,71 42,85 21,42 55 27,5 13,75 10,24
>90 e ≤100 92,11 46,05 23,02 59,7 29,85 14,92 10,95
>100 e ≤110 98,5 49,25 24,62 64,41 32,2 16,1 11,65
>110 e ≤120 104,9 52,45 26,22 69,11 34,55 17,27 12,36
>120 108,1 54,05 27,02 71,46 35,73 17,86 12,71
103

Faixa de Limite de Continuidade por Unidade Consumidora


variação dos
Limites Unidades Consumidoras com Tensão Contratada ≤ 1 kV situadas
Anuais de em áreas urbanas
Indicadores de
Continuidade DIC FIC DMIC
dos Conjuntos (horas) (interrupções) (horas)
(DEC ou FEC) Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
1 16 8 4 11,2 5,6 2,8 2,09
2 16,47 8,23 4,11 11,45 5,72 2,86 2,18
3 16,95 8,47 4,23 11,7 5,85 2,92 2,26
4 17,43 8,71 4,35 11,95 5,97 2,98 2,35
5 17,91 8,95 4,47 12,2 6,1 3,05 2,43
6 18,38 9,19 4,59 12,45 6,22 3,11 2,52
7 18,86 9,43 4,71 12,7 6,35 3,17 2,6
8 19,34 9,67 4,83 12,95 6,47 3,23 2,69
9 19,82 9,91 4,95 13,2 6,6 3,3 2,77
10 20,3 10,15 5,07 13,45 6,72 3,36 2,86
11 20,77 10,38 5,19 13,7 6,85 3,42 2,94
12 21,25 10,62 5,31 13,95 6,97 3,48 3,03
13 21,73 10,86 5,43 14,2 7,1 3,55 3,11
14 22,21 11,1 5,55 14,45 7,22 3,61 3,2
15 22,69 11,34 5,67 14,7 7,35 3,67 3,29
16 23,16 11,58 5,79 14,95 7,47 3,73 3,37
17 23,64 11,82 5,91 15,2 7,6 3,8 3,46
18 24,12 12,06 6,03 15,45 7,72 3,86 3,54
19 24,6 12,3 6,15 15,7 7,85 3,92 3,63
20 25,08 12,54 6,27 15,96 7,98 3,99 3,71
>20 e ≤22 25,89 12,94 6,47 16,47 8,23 4,11 3,8
>22 e ≤24 27,48 13,74 6,87 17,42 8,71 4,35 3,97
>24 e ≤26 29,06 14,53 7,26 18,37 9,18 4,59 4,14
>26 e ≤28 30,65 15,32 7,66 19,32 9,66 4,83 4,31
>28 e ≤30 32,23 16,11 8,05 20,28 10,14 5,07 4,48
>30 e ≤32 33,82 16,91 8,45 21,23 10,61 5,3 4,65
>32 e ≤34 35,4 17,7 8,85 22,18 11,09 5,54 4,82
>34 e ≤36 36,99 18,49 9,24 23,13 11,56 5,78 4,99
>36 e ≤38 38,57 19,28 9,64 24,08 12,04 6,02 5,16
>38 e ≤40 40,16 20,08 10,04 25,04 12,52 6,26 5,33
>40 e ≤45 42,93 21,46 10,73 26,7 13,35 6,67 5,63
>45 e ≤50 46,89 23,44 11,72 29,08 14,54 7,27 6,05
>50 e ≤55 50,86 25,43 12,71 31,46 15,73 7,86 6,48
>55 e ≤60 54,82 27,41 13,7 33,84 16,92 8,46 6,9
>70 e ≤80 68,68 34,34 17,17 42,17 21,08 10,54 8,39
104

Limite de Continuidade por Unidade Consumidora


Faixa de
variação dos Unidades Consumidoras com Tensão Contratada ≤ 1 kV situadas
Limites Anuais em áreas urbanas
de Indicadores
de Continuidade DIC FIC DMIC
dos Conjuntos
(DEC ou FEC) (horas) (interrupções) (horas)
Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
>80 e ≤90 76,61 38,3 19,15 46,93 23,46 11,73 9,24
>90 e ≤100 84,53 42,26 21,13 51,69 25,84 12,92 10,09
>100 e ≤110 92,46 46,23 23,11 56,45 28,22 14,11 10,94
>110 e ≤120 100,38 50,19 25,09 61,21 30,6 15,3 11,8
>120 104,34 52,17 26,08 63,59 31,79 15,89 12,22

Faixa de Limite de Continuidade por Unidade Consumidora


variação dos
Limites Unidades Consumidoras com Tensão Contratada ≤ 1 kV situadas
Anuais de em áreas não-urbanas
Indicadores de
Continuidade DIC FIC DMIC
dos Conjuntos (horas) (interrupções) (horas)
(DEC ou FEC) Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
1 36 18 9 28 14 7 4,57
2 36,57 18,28 9,14 28,29 14,14 7,07 4,67
3 37,15 18,57 9,28 28,59 14,29 7,14 4,77
4 37,73 18,86 9,43 28,89 14,44 7,22 4,87
5 38,3 19,15 9,57 29,19 14,59 7,29 4,97
6 38,88 19,44 9,72 29,49 14,74 7,37 5,07
7 39,46 19,73 9,86 29,79 14,89 7,44 5,17
8 40,03 20,01 10 30,09 15,04 7,52 5,28
9 40,61 20,3 10,15 30,39 15,19 7,59 5,38
10 41,19 20,59 10,29 30,69 15,34 7,67 5,48
11 41,76 20,88 10,44 30,98 15,49 7,74 5,58
12 42,34 21,17 10,58 31,28 15,64 7,82 5,68
13 42,92 21,46 10,73 31,58 15,79 7,89 5,78
14 43,49 21,74 10,87 31,88 15,94 7,97 5,88
15 44,07 22,03 11,01 32,18 16,09 8,04 5,98
16 44,65 22,32 11,16 32,48 16,24 8,12 6,08
17 45,22 22,61 11,3 32,78 16,39 8,19 6,19
18 45,8 22,9 11,45 33,08 16,54 8,27 6,29
19 46,38 23,19 11,59 33,38 16,69 8,34 6,39
20 46,96 23,48 11,74 33,68 16,84 8,42 6,49
>20 e ≤22 47,79 23,89 11,94 34,16 17,08 8,54 6,59
105

Limite de Continuidade por Unidade Consumidora


Faixa de variação
dos Limites
Anuais de Unidades Consumidoras com Tensão Contratada ≤ 1 kV situadas
Indicadores de em áreas não-urbanas
Continuidade dos
Conjuntos (DEC DIC FIC DMIC
ou FEC) (horas) (interrupções) (horas)
Anual Trim. Mensal Anual Trim. Mensal Mensal
>22 e ≤24 49,42 24,71 12,35 35,1 17,55 8,77 6,79
>24 e ≤26 51,05 25,52 12,76 36,04 18,02 9,01 6,99
>26 e ≤28 52,68 26,34 13,17 36,98 18,49 9,24 7,2
>28 e ≤30 54,31 27,15 13,57 37,92 18,96 9,48 7,4
>30 e ≤32 55,94 27,97 13,98 38,86 19,43 9,71 7,6
>32 e ≤34 57,57 28,78 14,39 39,8 19,9 9,95 7,8
>34 e ≤36 59,2 29,6 14,8 40,74 20,37 10,18 8,01
>36 e ≤38 60,83 30,41 15,2 41,69 20,84 10,42 8,21
>38 e ≤40 62,45 31,22 15,61 42,63 21,31 10,65 8,41
>40 e ≤45 65,3 32,65 16,32 44,27 22,13 11,06 8,76
>45 e ≤50 69,38 34,69 17,34 46,62 23,31 11,65 9,27
>50 e ≤55 73,45 36,72 18,36 48,98 24,49 12,24 9,77
>55 e ≤60 77,52 38,76 19,38 51,33 25,66 12,83 10,28
>60 e ≤65 81,59 40,79 20,39 53,68 26,84 13,42 10,79
>65 e ≤70 85,66 42,83 21,41 56,03 28,01 14 11,29
>70 e ≤80 91,77 45,88 22,94 59,56 29,78 14,89 12,05
>80 e ≤90 99,92 49,96 24,98 64,26 32,13 16,06 13,06
>90 e ≤100 108,06 54,03 27,01 68,97 34,48 17,24 14,07
>100 e ≤110 116,2 58,1 29,05 73,67 36,83 18,41 15,08
>110 e ≤120 124,35 62,17 31,08 78,38 39,19 19,59 16,09
>120 128,42 64,21 32,1 80,73 40,36 20,18 16,6

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