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QUESTÕES – PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO

1- Analise as assertivas abaixo acerca das sanções aplicadas no âmbito da ação de improbidade
administrativa, e assinale a alternativa CORRETA.
I – Na hipótese de condenação pela prática de ato de improbidade administrativa que atenta
contra os princípios da administração pública, as penalidades de suspensão dos direitos políticos
e de proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios não podem ser fixadas aquém do mínimo previsto no art. 12, III, da Lei n. 8.429/1992.
II – Não é possível, no âmbito de ação civil pública de improbidade administrativa, a condenação
de membro do Ministério Público à pena de perda da função pública prevista no art. 12 da Lei
8.429/1992
III – Se a conduta do agente se amoldar em mais de uma figura típica da LIA, é possível a sua
condenação, de forma cumulada, às sanções correspondentes a cada tipo incorrido pelo agente.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I está correta.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: C
I – Alternativa correta. Não pode, porque não há previsão legal.
No caso de condenação pela prática de ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública, as penalidades de suspensão dos direitos políticos e de
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios não podem ser fixadas abaixo de 3 anos, considerando que este é o mínimo previsto no
art. 12, III, da Lei nº 8.429/92.
STJ. 2ª Turma. REsp 1.582.014-CE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 7/4/2016 (Info 581).
II – Alternativa incorreta.
É possível, no âmbito de ação civil pública de improbidade administrativa, a condenação de
membro do Ministério Público à pena de perda da função pública prevista no art. 12 da Lei
8.429/1992. Inicialmente, deve-se consignar que é pacífico o entendimento jurisprudencial do STJ

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no sentido de que a Lei 8.429/1992 é aplicável aos agentes políticos, dentre os quais se incluem os
magistrados e promotores (REsp 1.249.531-RN, Segunda Turma, DJe 5/12/2012; REsp 1.205.562-
RS, Primeira Turma, DJe 17/2/2012; e AIA 30-AM, Corte Especial, DJe 28/9/2011). O fato de a LC
75/1993 e a Lei 8.625/1993 preverem a garantia da vitaliciedade aos membros do MP e a
necessidade de ação judicial para aplicação da pena de demissão não induz à conclusão de que
estes não podem perder o cargo em razão de sentença proferida na ação civil pública por ato
de improbidade administrativa. Isso porque, conquanto a lei estabeleça a necessidade de ação
judicial específica para a aplicação da perda do cargo, as hipóteses previstas nas referidas normas
dizem respeito a fatos apurados no âmbito administrativo, daí porque se prevê a necessidade de
autorização do Conselho Superior do Ministério Público para o ajuizamento da ação judicial (art.
57, XX, da LC 75/1993 e § 2º do art. 38 da Lei 8.625/1993). Nesse sentido, a ação civil específica
acima mencionada em nada interfere nas disposições da Lei 8.429/1992, até mesmo porque o § 2º
do art. 2º do Decreto-Lei 4.657/1942 (LINDB) dispõe que: "A lei nova, que estabeleça disposições
gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior". Com efeito, a
previsão legal de que o Procurador-Geral de Justiça ou o Procurador-Geral da República ajuizará
ação civil específica para a aplicação da pena de demissão ou perda do cargo, nos casos elencados
na lei, dentre os quais se destacam a prática de crimes e os atos de improbidade, não obsta que o
legislador ordinário, cumprindo o mandamento do § 4º do art. 37 da CF, estabeleça a pena de
perda do cargo do membro do MP quando comprovada a prática de ato ímprobo, em ação civil
pública própria para sua constatação. Na legislação aplicável aos membros do MP, asseguram-se à
instituição as providências cabíveis para sancionar o agente comprovadamente ímprobo e, nos
exatos termos das garantias que prevê, exige o ajuizamento de ação judicial específica para tanto.
Na nominada Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992), o legislador amplia a
legitimação ativa, ao prever que a ação será proposta "pelo Ministério Público ou pela pessoa
jurídica interessada" (art. 17). Não há, portanto, competência exclusiva do Procurador-Geral.
Dessa forma, não há somente uma única via processual adequada à aplicação da pena de perda do
cargo a membro do MP. Assim, a demissão ou perda do cargo por ato
de improbidade administrativa (art. 240, V, "b", da LC 75/1993) não só pode ser determinada por
sentença condenatória transitada em julgado em ação específica, cujo ajuizamento deve ser
provocado por procedimento administrativo e é da competência do Procurador-Geral, conforme
se extrai da Lei 8.429/1992, c/c com o parágrafo único do art. 208 da LC 75/1993, como também
pode ocorrer em decorrência do trânsito em julgado da sentença condenatória proferida em ação
civil pública prevista na Lei 8.429/1992. Essa conclusão é decorrência lógica do comando inserto
no caput do art. 12 da Lei 8.429/1992: "Independentemente das sanções penais, civis e
administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato
de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato". REsp 1.191.613-MG, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, julgado em 19/3/2015, DJe 17/4/2015.
III -Alternativa incorreta: “Não há qualquer óbice a que um único ato de improbidade
administrativa seja enquadrado em múltiplas capitulações legais. No entanto, não se faz possível
pretender que os responsáveis, na mesma ação, sejam condenados a penalidades em regime de
cumulação decorrente de tipos legais diversos. Nessas hipóteses, deve ser aplicado o princípio da
consunção, prevalecendo a norma de nível punitivo mais elevado. 3. Dentro do mesmo tipo legal,
a jurisprudência desta Corte de Justiça está sedimentada no sentido de que a aplicação cumulativa
das penalidades é considerada facultativa, observando-se a medida da culpabilidade, a gravidade
do ato, a extensão do dano causado e a reprimenda do ato ímprobo, circunstâncias devidamente
respeitadas na hipótese dos autos. 4. Não é inepta a petição inicial que, no bojo dos pedidos,
requer a condenação das partes em variadas espécies de ilícito administrativo, não havendo que
se falar em indevida cumulação de pedidos. Isso porque a causa de pedir constante da exordial
firma-se na descrição dos fatos, não na sua qualificação jurídica, cabendo ao magistrado julgador
proceder ao correto enquadramento dos atos narrados pelo autor da ação. (AgInt no REsp
1563621/SP, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 26/06/2018, DJe
03/08/2018).

2- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na lei de improbidade
administrativa para os agentes públicos.
II – É possível a propositura de ação de improbidade exclusivamente contra o particular, sem a
concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda
III – Sujeito ativo é a pessoa física ou jurídica que pratica o ato de improbidade administrativa;
concorre para a sua prática; ou dele se beneficia.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: C
I – Alternativa correta.
Súmula 634-STJ: Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na lei de
improbidade administrativa para os agentes públicos.
Aprovada em 12/06/2019.
Terceiro é a pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo agente público, induziu ou concorreu
para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiou direta ou indiretamente, sendo, pois,
sujeito da improbidade administrativa.
A Lei nº 8.429/92 não tratou sobre a prescrição aplicável aos “terceiros”, lacuna que produz
imenso debate na doutrina em relação ao prazo que deve incidir.
A doutrina majoritária defende que o prazo deverá ser o mesmo previsto para o agente público
que praticou em conjunto o ato de improbidade administrativa. Isso porque para que o terceiro
seja responsabilizado pelas sanções da Lei nº 8.429/92, é indispensável que seja identificado
algum agente público como autor da prática do ato de improbidade.
Em outras palavras o terceiro nunca vai ser responsabilizado de forma isolada por ato de
improbidade administrativa, pois não é possível a propositura de ação de improbidade
exclusivamente contra este, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da
demanda.
Sendo assim o mais justo é que se aplique, até mesmo por isonomia o mesmo prazo prescricional
previsto para o agente público que praticou o ato em concurso com o particular.

Essa é também a posição do STJ:


O termo inicial da prescrição em improbidade administrativa em relação a particulares que se
beneficiam de ato ímprobo é idêntico ao do agente público que praticou a ilicitude, a teor do
disposto no art. 23, I e II, da Lei nº 8.429/92. (...)
STJ. 2ª Turma. REsp 1433552/SP, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 25/11/2014.
Lembrando que a pessoa jurídica que se beneficia dos atos de improbidade administrativa
também responde como “terceiro” e se sujeita às sanções da LIA, no que couber, sendo assim,
aplica-se a ela mesma interpretação aqui delineada.
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 634-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/
jurisprudencia/detalhes/7695ea769f021803c508817dd374bb27>. Acesso em: 11/07/2019

II – Alternativa incorreta.
É possível imaginar que exista ato de improbidade com a atuação apenas do “terceiro” (sem a
participação de um agente público)? É possível que, em uma ação de improbidade administrativa,
o terceiro figure sozinho como réu?
NÃO. Para que o terceiro seja responsabilizado pelas sanções da Lei nº 8.429/92 é indispensável
que seja identificado algum agente público como autor da prática do ato de improbidade.
Assim, não é possível a propositura de ação de improbidade exclusivamente contra o particular,
sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda.
STJ. 1ª Turma. REsp 1171017-PA, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 25/2/2014 (Info 535).
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Impossibilidade de a ação de improbidade ser
proposta apenas contra o terceiro ("particular"). Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível
em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/
detalhes/3328bdf9a4b9504b9398284244fe97c2>. Acesso em: 11/07/2019
III – Alternativa correta.
Sujeito ativo é a pessoa física ou jurídica que:
- pratica o ato de improbidade administrativa;
- concorre para a sua prática;
- ou dele se beneficia.
O sujeito ativo do ato de improbidade será réu na ação de improbidade.
Os sujeitos ativos podem ser de duas espécies:
• agentes públicos (art. 2º);
• terceiros (art. 3º).

3- Analise as assertivas abaixo sobre os atos de improbidade administrativa que causam Prejuízo
ao Erário nos termos da LIA, e assinale a alternativa CORRETA.
I – Facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de
pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
II – Permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou
material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou
terceiros contratados por essas entidades
III – Doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins
educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e
regulamentares aplicáveis à espécie
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: A
I – Alternativa correta conforme Art. 10º, I, da LIA.
II – Alternativa correta conforme Art. 10º, XIII, da LIA.
III – Alternativa correta conforme Art. 10º, III, da LIA.
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento
ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de
pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins
educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e
regulamentares aplicáveis à espécie;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou
material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou
terceiros contratados por essas entidades.

4- Nos exatos termos da Lei de Improbidade Administrativa, são atos de improbidade


administrativa que causam enriquecimento ilícito, exceto.
a) Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por
ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
b) Utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no
art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros
contratados por essas entidades;
c) Adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública,
bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda
do agente público;
d) Aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para
pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou
omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
e) Permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de
qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte
delas, por preço inferior ao de mercado.

Gabarito: E
a) Alternativa correta conforme Art. 9º, I, da LIA.
b) Alternativa correta conforme Art. 9º, IV, da LIA.
c) Alternativa correta conforme Art. 9º, VII, da LIA.
d) Alternativa correta conforme Art. 9º, VIII, da LIA.
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir
qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função,
emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por
ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou
locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1°
por preço superior ao valor de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou
locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor
de mercado;
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art.
1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados
por essas entidades;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura
ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer
declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a
qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função
pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à
renda do agente público;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para
pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou
omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública
de qualquer natureza;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir
ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

e) Alternativa incorreta. Trata-se de ato que causa prejuízo ao erário conforme art. 10, IV, da LIA.
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento
ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de
qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte
delas, por preço inferior ao de mercado;

5- À luz do quanto previsto na LIA, marque a alternativa incorreta.


a) Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou
de terceiro, dar-se-á o ressarcimento proporcional do dano.
b) Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo
determinado, ou que a prestar falsa.
c) Estão sujeitos às penalidades da LIA os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de
entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem
como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção
patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
d) A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos
bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de
pessoal competente.
e) Acerca da declaração de bens deverá compreender imóveis, móveis, semoventes, dinheiro,
títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no
exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou
companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do
declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
Gabarito: A
a) Alternativa incorreta. Nos termos do art. 5º da LIA, “ocorrendo lesão ao patrimônio público por
ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento
do dano”.
b) Alternativa correta conforme Art. 13, § 3º, da LIA
c) Alternativa correta conforme parágrafo único do art. 1º da LIA
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou
de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal
ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual,
limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos
cofres públicos.
d) Alternativa correta conforme Art. 13, “caput”, da LIA
e) Alternativa correta conforme Art. 13, § 1º, da LIA

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração
dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de
pessoal competente.
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e
qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e,
quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos
filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos
apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público
deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo
determinado, ou que a prestar falsa.
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens
apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a
Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência
contida no caput e no § 2° deste artigo

6- Complete corretamente a lacuna nos termos da Lei de Improbidade Administrativa.


Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica,
está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser
aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato na hipótese do art. 9°,
perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano,
quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de
___________________ anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo
patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
a) Cinco a oito anos.
b) Oito a dez anos.
c) Três a cinco anos.
d) Cinco a dez anos.
e) Três a oito anos.
Gabarito: B
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que
podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos
políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo
patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

7- Marque a alternativa incorreta.


a) Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja
instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
b) A ação principal, que terá o rito sumário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa
jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.
c) A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do
ressarcimento do patrimônio público.
d) O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como
fiscal da lei, sob pena de nulidade.
e) Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público
ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos
bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio
público, quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas
bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos
tratados internacionais.

Gabarito: B
a) Alternativa correta conforme Art. 14 da LIA.
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que
seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
b) Alternativa incorreta conforme Art. 17 da LIA.
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela
pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.
c) Alternativa correta conforme Art. 17, § 2 da LIA.
d) Alternativa correta conforme Art. 17, § 4 da LIA.
e) Alternativa correta conforme Art. 16, § 2 da LIA.
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério
Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do
seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao
patrimônio público.
§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do
Código de Processo Civil.
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas
bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos
tratados internacionais.

8- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I - Existem atos de improbidade administrativa culposos que causam prejuízo ao erário.
II - São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso
tipificado na Lei de Improbidade Administrativa.
III - É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: A
I - Alternativa correta.
Sim, é possível, nos termos do art. 10 da Lei nº 8.429/92:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento
ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
(...)
Vale ressaltar que apenas o art. 10 da Lei nº 8.429/92 admite a prática de ato CULPOSO de
improbidade administrativa. Relembre:
Critério objetivo Critério subjetivo
Art. 9º — Atos de improbidade que importam enriquecimento ilícito
Exige DOLO
do agente público
Pode ser DOLO ou,
Art. 10 — Atos de improbidade que causam prejuízo ao erário
no mínimo, CULPA
Art. 10-A — Atos de improbidade administrativa decorrentes de
Exige DOLO
concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário
Art. 11 — Atos de improbidade que atentam contra princípios da
Exige DOLO
administração pública

II - Alternativa correta.
O STF fixou a seguinte tese para fins de repercussão geral:
São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso
tipificado na Lei de Improbidade Administrativa.
STF. Plenário. RE 852475/SP, Rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, Rel. para acórdão Min. Edson
Fachin, julgado em 08/08/2018 (Info 910).

Imprescritibilidade somente vale para atos de improbidade praticados com DOLO


O STF entendeu, portanto, que as ações de ressarcimento ao erário envolvendo atos de
improbidade administrativa são imprescritíveis. No entanto, o Tribunal fez uma “exigência” a mais
que não está explícita no art. 37, § 5º da CF/88.
O Supremo afirmou que somente são imprescritíveis as ações de ressarcimento envolvendo atos
de improbidade administrativa praticados DOLOSAMENTE.
Assim, se o ato de improbidade administrativa causou prejuízo ao erário, mas foi praticado com
CULPA, então, neste caso, a ação de ressarcimento será prescritível e deverá ser proposta no
prazo do art. 23 da LIA.

III - Alternativa correta.


Imprescritibilidade não vale para ressarcimento decorrente de outros ilícitos civis
O § 5º do art. 37 da CF/88 deve ser lido em conjunto com o § 4º, de forma que ele se refere
apenas aos casos de improbidade administrativa.
Se fosse realizada uma interpretação ampla da ressalva final contida no § 5º, isso faria com que
toda e qualquer ação de ressarcimento movida pela Fazenda Pública fosse imprescritível, o que
seria desproporcional.
A prescrição é um instituto importante para se garantir a segurança e estabilidade das relações
jurídicas e da convivência social. É uma forma de se assegurar a ordem e a paz na sociedade.
Desse modo, a ressalva contida na parte final do § 5º do art. 37 da CF/88 deve ser interpretada de
forma estrita e não se aplica para danos causados ao Poder Público por força de ilícitos civis.
Foi como decidiu o STF ainda em 2016:
É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil.
Dito de outro modo, se o Poder Público sofreu um dano ao erário decorrente de um ilícito civil e
deseja ser ressarcido, ele deverá ajuizar a ação no prazo prescricional previsto em lei.
STF. Plenário. RE 669069/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 03/02/2016 (repercussão geral).
Desse modo, podemos fazer a seguinte distinção:
Ação de reparação de danos à Fazenda Pública é PRESCRITÍVEL
decorrentes de ilícito civil (STF RE 669069/MG).
é PRESCRITÍVEL
Ação de ressarcimento decorrente de
(devem ser propostas
ato de improbidade administrativa praticado com
no prazo do art. 23 da
CULPA
LIA).
Ação de ressarcimento decorrente de é IMPRESCRITÍVEL
ato de improbidade administrativa praticado com (§ 5º do art. 37 da
DOLO CF/88).

FONTE: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Imprescritibilidade da ação de ressarcimento


ao erário em caso de atos de improbidade praticados dolosamente. Buscador Dizer o
Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/
jurisprudencia/detalhes/d5fcc35c94879a4afad61cacca56192c>. Acesso em: 11/07/2019

9- Marque a alternativa incorreta.


a) No caso da conduta de frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para
celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente não se
exige a presença do efetivo dano ao erário, para a configuração dos atos de improbidade
administrativa previstos no art. 10 da Lei nº 8.429/92.
b) Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
c) Nas hipóteses dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário (art. 10),
caberá ao responsável o ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão
dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do
dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo de cinco anos
d) Nas hipóteses dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da
Administração Pública (art. 11), caberá ao responsável o ressarcimento integral do dano, se
houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento
de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
prazo de três anos.
e) Nas hipóteses dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação
Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário prevista no art. 10-A, caberá ao responsável a
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil
de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido

Gabarito: C
a) Alternativa correta.
Em regra, para a configuração dos atos de improbidade administrativa previstos no art. 10 da Lei
nº 8.429/92 exige-se a presença do efetivo dano ao erário.
Exceção: no caso da conduta descrita no inciso VIII do art. 10, VIII não se exige a presença do
efetivo dano ao erário. Isso porque, neste caso, o dano é presumido (dano in re ipsa).
STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1542025/MG, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 05/06/2018.
Art. 10 (...)
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias
com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
O prejuízo decorrente da dispensa indevida de licitação é presumido (dano in re ipsa),
consubstanciado na impossibilidade da contratação pela Administração da melhor proposta.
b) Alternativa correta conforme Art. 37, § 4º, da CF/88.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

c) Alternativa incorreta, a suspensão dos direitos políticos será de cinco a oito anos.
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que
podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
(Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes
o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

d) Alternativa correta.
Art. 12 (...)
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o
valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

e) Alternativa correta.
Art. 12 (...)
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de
5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou
tributário concedido. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do
dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

10- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I - Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento
ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério
Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
II - A ausência da notificação do réu para a defesa prévia, prevista no art. 17, § 7º, da Lei de
Improbidade Administrativa é causa de nulidade absoluta.
III - A presença de indícios de cometimento de atos ímprobos não autoriza o recebimento da
petição inicial na ação de improbidade administrativa.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão incorretas.
c) Apenas I e III estão incorretas.
d) Apenas II e III estão incorretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: D
I) Alternativa correta conforme art. 7º da LIA.
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar
enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar
ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que
assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do
enriquecimento ilícito.
II) Alternativa incorreta.
A ausência da notificação do réu para a defesa prévia, prevista no art. 17, § 7º, da Lei de
Improbidade Administrativa, só acarreta nulidade processual se houver comprovado prejuízo (pas
de nullité sans grief). (EREsp 1008632/RS,Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA
SEÇÃO,Julgado em 11/02/2015,DJE 09/03/2015).
III) Alternativa incorreta.
A presença de indícios de cometimento de atos ímprobos autoriza o recebimento fundamentado
da petição inicial nos termos do art. 17, §§ 7º, 8º e 9º, da Lei n. 8.429/92, devendo prevalecer, no
juízo preliminar, o princípio do in dubio pro societate. (AgRg no AREsp 604949/RS,Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,Julgado em 05/05/2015,DJE 21/05/2015)

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