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eer Rear Tee ora sular Signiicasio e Contesto:umaintrodusio quesies de semdnten e pragmsticn, SERIEDIDATICA. PCr eninge USC) ‘VoL Seminden (© 2000 Heronides Maurin de Melo Moara ayo: ‘Neleon Rl de Mor Revo ‘Proto paneoeBiterssoBlevbics ay Oh Fie Cats e ‘MIEN Mews, Hevssx Mi de Mls “Shain «cone tv ae» wees dtc ¢pgmaice rate Sho de Meo Maus"? et = Poeisyotic Tp ie Dice se, ) Nawsasnun7.0 1 Lig 2, Seine Ta Sumario Capita Presuposigso 0- Inout. fea 1- Posto e pressuposto. 2 2-Presupostoeacaretamento nnn 5+ Expresses que atvam pressupostos a PressupesigSoe 00080 naennennannnnnnns 5: DeserigGes definida © pressuposg 80 oncom 29 6 Definindo um eontexto para a press4pOs—80 nom 7-Pressposto ou implica? La "Daas vsdes da signing lingdsticn 9 2- Sento e significado . 3+ Intenso e mundospossves. 4: Semana e pragmatics ‘5A semdntcsdindmica a andor... 6 RoferEnca © 0016810 enn “7-ndeterminapo semdatca¢ context... ‘8s limites da semana e da pragmation ‘9 Constrund contextos| 10 Pressuposito: reve os i da semen e da pragma REFERS nn ss OS Introducao, ste vos petende ma intro atiads «gues ‘es suas interface semantic ed pragma. O tema ental que lig tao o texto forma pla al cris scat fs e pragma em iad som fas ings queenl- ‘emocontextoconversaconal A perspectivaadotad gui que ‘hoje de comtno ode receber um trtament semi de modo que tpiastdiionalmente consierados come page tos pasa a Ser vleants para os estos da signet. ‘Asin, lemenios como o conbeinentocamprtihado,© con: jut de propose profes, os eerste dacursvon eo en texto deus des expresses referencia relevantes pars a tamer da pressoposie, da aafora cde refering, one ‘0 Iho saad em dis apts. O prime faz ut isda dpesupogo, menses ‘ib fiana mais cm (2) somosinfomados de qu Fao gucbrou ‘om; (3), de queo Rel do Bl no regula em dab ‘ccm (4) de ge um mila fio responsive pla doreg20 de Dest (ano nae de Flaranplis) como capital do Beal scp aan ROPE, mse cote aie SS varcumerouenpestnr coe ona ens ame GOSENTINCN son PROHOSICND. Mas, num segundo nivel, somos levis a considera pela simples enunciagao de cada uma dessas sentenas, ou- tras nformagies que no so afirmadas litralmente, mas Fnferidas «partir devas sentengas. Assim, iferimos de (1) be Pedro fumava ants; de (2). que 0 vaso em questo ets ‘Guebrado; de (3), que existe um Rei do Brasil de (4) gue ‘Destro joi docretada capital do Basi "Vamos denominar, de acordo com Duero (1987), de ‘conte posto informa contda no sentido literal das palaas de uma sentenga,e de conteddo pressupesto ov Dressuposigdo as informagies que podem Ser inferdas da ‘enuneayso desassenengas. De uma mancira gral, pode nos dizer que oconteido posto depende do cote pres ‘posto, ou sj, aacetado da verdade do posto leva ace- tagto da verdade do pressuposto por iso qoe, pra acitar 1 verdade do posto da senteng (3) (ue o Rei do Brasil é ‘malueo),devemos aceite também a verdae do pressuposto (que existe um Rei do Beas). Em outs pov, para act es informagdo no nivel do posto, € preciso aceite antes a {nformaea0 no nivel do pressuposto ‘Como inerretamosentto as entengas (3) e(47F pe iso que seus presspostos jam accts pels inteculores NNo-eno de 3), a situa & complica, pois sabemos que 0 Bes € una repiblica no possi rei Ua prima sli- «0 possvel¢ entender (3) im sentido metaStcoapelando ara. uma implcotr, [Una implicoture @ om ipo de intertncia pragma bascada mio no sentido itera das plays, mes Jnaguilo que o locutorpretendew transmit a interdoeuse 2 ea, servings “Ret significaria nese aso aguoe que detém o poder miximo epaderia se rele ao presidente da replica, por exemple. Nese cao, acelin ess nterprengso note ral, pderiamos averiguar a verdade do post, dado que acei- ‘amos a verdad do prssuposo (que existe algum n9 Brasil ‘ue detém o poder miximo). Mas dignmes que lout que ‘emnciou 3) utilizu-se do seni iterl dee. Como in- ‘erpotar a sentenga, nese ca? ‘Uma segunda solusto ¢ imagina que oloetor de (3) ‘st se referindo @ um outro perodo de tempo que no 0 tual (momento em gue sed a enuniagio). Nesse exo, podemos fazer so da intemso (ef. Cap 2, segBo 3) da ex- reso ‘ei do Brasil’, de mode aaplici-aa um outro peri- ‘do de tempo em que defo hava um rei do Brasil (por exemplo,na segunda meta do sécule XIX). Nessa inet- peta, devemos apenas ajustara significa da tempo presente da sentenga (0 Re do Brasil é maluco), como se referindo quel periodo de tempo. ‘Quanto a seatenga (4), podemos obserar que a acei= ‘ago do pressuposto envlve conhecimento compat: do ds itelocuores. Para a completa compreensio dessa senna presiso que sibamos que Flrianépolis antiga ester) foi deretada capital do Brasil (durante a Revo- luo Federalist) Sé com esse conbecimento compat ‘do € que podemos interpreta posto, segundo 0 qual era tum militaro homem que decretu que Destero era capital {do Brasil. Se no temos o conecimentocomparilhado Jo pressuposto, a acitago da nformacio de senteng (4) fea rejudiada, a no se qe arescentemos 0 nos Teper Hi de conhetimentoso que essa sentenga apenas pressupse. Volare mas tarde aessamodiicado de conhecimento com. paminad pelo aeréseims de prestupostos. 2 Pressuposto e acarretamento Considers que o pressuposto de uma sentenga no ‘afirmado nessa sentenga mas inferid a pari dela. Mas € preciso explicit aul o tipo de inferéciaenvolvidn. Em Primo lugar, ela se diferencia do aearretamento (ou it~ Plicago). A defnigio de acametamento a sequin: se uma Proposigdo a implies uma proposigo , iso significa que seu € verdadira, eno b € necessariamente verdadeira. Vejamos as sentengas aba (6a) Jodo tem um gato sams em casa, (5) Jo tom um bicho de estima em eas (69) Maria tem fils. (6) Maria tem slgus ilhos ‘Seseaceitan verdade de (Sa), por acaretament,acei- ta-senecessariamente a vrdade de (Sb, visto que acatezo- ria bichos de esimagdoinlui os gatos siameses se vooe {em um gat iam, ento voce tem um bicho deestimaglo. Por outro lado, sé acita (6a), eno se acta necesaia- _mente (66) ma medida em que te 3 filhos implica er alguns Sthos. Em outa palaras,podemos infer (b) de (5). € (Gb) de (62). Mas note que hi uma diferenga basic entre ‘ese tip de inferéneia por acarretamento ea inferécia por essuposie. Vejamos o que aconece quando negamos a sentenga (52), como em (Se) abi: (Ge) Joo io tm um gata slats em case. ‘Obriamente a infeEncn conta em (Sb) mo & mais necestriamente verdad. A ego de acuretamento ene dus proposigbes eb a pode se definida a pari da verdad ‘dea, mas oa pair da false de am otras alas, ‘afl b pode sean verdad. quanto as. ‘Com pressuposgio oeore algo bem diferente. A ne- ‘alo do posto no fein a nocesidade de acetamos come ‘verdadero 0 pressupesto. Vejamos isso través dt nepags0 os exemplos (1) e(2) (9) Pesto no deixou de fumar (8) Nio fio Joke que quebrouo vaso, ‘Ora, mesmo negundo a informagéo amas no pos to, 0 pressposto ainda permanece valde! Ou si ainda tems, para (7), 6 pressupost de que Pedro furava ants, € ‘para (8), pressuposto de queo vaso esta quebrado Hi as- ‘sim uma difeenga fundamental entre acartamento € pres- ‘sposigio. A relagSo de aarrtamento entre ae b depend daverdade de o, mas a pressposig dea para b io depen- ‘de da verdad ou falsidade dea. A propasigtoB (o prssu- posto) éverdadeira ainda que a (0 post) sea fas. Por que iso core? Uma expiago & que 0 acre rent estahelece una rea de conligo ere da popes ‘8250. A proposigo a uma condo (sufcene, mas io cess)? par a verdad deb. Por out lao, dads ds roposigoes ae, onde a resupdeb, a no € una conigao fa, Apropos bj deer ser act como verdad os inelocutoesindepeseniemene dea ser verdad ilo. FE poriss ques diz qua pressuposiho deve ser pare do comhecimento cmpanilhad dos intelocutores. Assim, no Dine raf mona ava pe otaevilomper sara mtn Freupla [isin et seis em po es nisin et psa ecm sma er er impor se Pdr ainda uma oun uma mais comin sendo ‘verde gue Por umavaantes ees nfomag fa pate do ‘anhecimento comporthado dos inerlocuores. (0 conhecimento comperthado & formado por um conjuato de roposigies que so acets tanto | pel alate quanto pele ouvinie | (Os presspostos soo pano de fund da conversagso (cf, Ducrot, 1987) Ao falamos, prtimos da hipétese de ‘que nosso interlcutores dominem un rerio de infor ‘ages, em as quis as informagdes nova que formecemeos rio posem ser comprecnids, 3: Bapressdes que ativam pressupostos ‘Vimos que os pressupostos podem er infers par- tir do sentido literal das palavras de uma senteng, embora io estejam condos na sentido dessas paves. Iso ocore ‘porque certaspalavras ma ungo de atfvarprssuposts, u Sj elasindicam a presenga de pressuposos. Fxisem ‘ierentes propostas na literatura sobre conjunto dessas palavas. Basear-me-i ai ra reap S0propost por Leviason (1983). Alguns dos exempls slo também retrados dessa ‘obra, Ess elago nfo se pretend exaustiva 1) Deserigdes definidas: Sto expresses que fazem uma crt desergdo de um ser especifico. Essessintagmss nominal (que, na terminologia de Frege(1978,inicam 0 sentido de um referent) serve para fazer a referénea, s- fm como os somes prprion. 0 sonido, em Frege, € forma de _apresentago do objet. 0 relerento c proprio objeto. O principio dt substiugoafima que senidos d= Feretes que emt au mestno referent podem sersubsivivesen- tw si sem altergo do valor de ver- ‘dade da Senenga. Por exerplo, em “O.utor de MemériasPéstumas de Bris Cubas era mula’, podemos subsiiradesrigto defini ‘o a tor de Memirias Péstumas de Bris Gabas” por °0 Fundadoe da Acad mia Brasileira de Letras, sm alte rar valor de verade dt Desse modo, demos nos refer a0 indviduo Ma- shad de Assis de pelo menos dass formas: a) pelo nome riprio Machado de Assis os (b) por desergtes efinids (c autor de Memérias Pista de Bras Cubas0fundador ‘da Academia Brasileira de Leras, et) O uso de ua des ‘igdo definidapressupe a exiséncia do sera que cla se tefee. Esse tipo de pressuposglo ¢ chemadotambm de ressuposto de existncia (a abeviatra pp indies, ptr de agor,prssuposto) (a) Jo vit omen com duascabosas. (8) pp Exist homem com dus cabegas (10a) 0 et da Fran &calvo. (1b) pp Exist um rei da Fraga, (1a) Yontade do por sempre predomina (ib). Exstealgo quecoresponded vriade do ovo, es subordinadas que representam um fto qu & press posto. Em oura plays, os fativosintroduzam fos que Ho dados como certos, (12) Joo lamento tr bebido muito (2b) pp. Foto bebeu muito. (3a) 0 professor sent que tnha pisado na bola. (3b) pp profesor pisou na bol. (14a) Marta compreendet que ina uma diva. (146) pp. Mara tna uma vida (15s) Pedro soube que gan oprémio. (156) pp. Pedro gantouoprémio ‘Otserve ut i dis suips de vers favs. Aqules ques cistimios(comprecde, saber, eonhecer, dese, ee) cages qe inca senses ou eros en (rns vo) nena ancpender se, legarse). seve anbem qa gms dese verbs de sens So valerie operas resupdem qe ofan pla ubordindaacoatce, ras ‘umbém presupdem um cen vale para ese ft, Asi, (128) respi das oss 2) Joo bheu muito eb) Jao te Faso aim, Ua dficulda gui & qs, engunn ois pres- stot tanto ao eso de (128), quant ao uso da SentenaJoo), osegudopresupeto (pp aoe bebid mat mim) €aribuido apes ao pepo Joo, ms io neces ‘mene ao ber da fe. Ese pode prfetamente no char nm qu ao ena bid muito (Levinson, op. ci), 3) Verbs implicativos (16a) So conseguiv abrir porta (166) pp Joao tentou abrir porta, (17a) Yo exquecen de fechara porta (17 pp. Joo devera ou desejava fechara porta 4) Verbos de mudanga de estado (183) fo detow de far (18) pp Jodo famava. (19a) Soto comegon a mas (190) pp Jodo no fumava, 5) Ieratives.Presupsem que 2 a indicada plo ‘veto tinh contecidoantrirment. (2a) 0 disco voador apareceu de novo (26) pp 0 disco voador sinha apaecigo anes. 2a) 0 professor rerornow so taba, (216) pp. professor trabalho antes, 6) Expresses tempor (28) Maca desmaiou depois de encontrar Soto (@2b) pp. Maria eneontou Jodo, (5a) Maria chorou antes de termina ua tse. (2b) pp. Maria termino su tes, 7) Sentengas civadas. Sentenjas em gue ume sere ‘tenga simples €divdida em dus orgie fim de destacr lum cero consttuinte da sentenga,enfutizando-se a infor ‘magio relativaa esse consiuinte, Ela tm a forma: (No) fio X que (crag). Semanticamente, a segunda oragio ontém um to pressuposto, (24 Nao foi 0 Soto gu bijou & Mara (24) pp. Alguém bei Maria. (25) Nao fra Maria que o Joo bijou. (256) pp Jodo beiou algun. 4: Pressuposigioe contexto ‘Um ito stent pode terse pongutado: ea res suposiies so intoduzida por cera playa ent com ‘las podem fazer pate do epertra de conhecimenton prev 05d interloutores? As presuposiies st intoduzidas por «sas plas, ou faziam parte do onbecimenocompart- "hal? ssa dvi surge porque estivemos anaisndo as sen ‘engas fra de content; mas as pressuposies fancionan no ‘Muxo conversiconal. Observe que fi ito ques palevas nls ras antrioe ava as pressuposigis. Opa ol dessas palaras , dado um cero context, reciente cer tas presuposignes que se considera come fazendo parte do conhecimenio eomparihado dos intocutres AS pres- psgbes ja estavam l,no corjunto de proposigdesacitas ‘como verdadeis pels interlocatores as pal analisadas pena ativam ets rena ‘ejamos um exemplo de discuso (0 jomlistica) em «qe se supe que os interlocutoes (no casos eos 08 jommalists) compari cers informagies. Anaisemos as duns fass a sepur retradas do Diario Caarinense: (26) Orelatorreclamou da confaso que cera o pres sode impeachment do goverador Paulo Afonso. (27) IML divulga hoe laudo do médico assassin, ‘A sent (26) contém um verbo fatvo (reams © como tala siborinads posi pressopsigao de que (na época dessa noticia) uma confusto no processo de Impeachment do governdorcatarinense Paulo Afonso, Para ns que lemos essa sentenga fra de seu contexto, obviamen- tea infermagdo pressuposta poe ser nov, eno fazer parte Saussure’) um individuo denotido por es nome comum, temos uma proposito fas (ize que oprdicalo °écan- toro €verdadsiro do nome perio ‘Seusure"). Agora se preenchemes a parte incial da sentenga *__6 um cantor” fom o nome propio “Chico Hanged propoigdo bid é verdadeira (ise que o preicado ‘cant’ &verda- Aero de "Chico Buague'), Qua mans de dizer sso Safnmar que “Saas” designa um individuo que nfo fiz parte da denoago de ‘cantor’, o paso que Chico Bua’ ‘esiga um ndviduo que faz pare da denotagio de ‘cantor’ "Vimos até ag que temas dus maners de ize re Feréciaaravés dos redcadosearaés dos nomes pp ‘os, Ma existe anda uma eccira manera muito importante ‘oprcenchimento de uma varivel, oa stbuilo de valor a ‘ua varivel (Quio, 1987:180). Uma varivel (represent ‘da por uma letra como x, y ou 2) pode substitu um nome prio numa senenga x & cantor. A vardvel € um inst nto tenico vd pare fiver refexEacia so a um objeto ‘specifica ona um conjunto de objets, mas a uma sie de ‘objelos que pd, cada um por, ser oval da variivel, smal CEDara (OE dlcona cee Seok ” Apc pacer cmp. 0 meno poset que ‘si clans nc es eae Rese, ‘os aseneja"Ee Gumemiat™Agurinivaossctny oom‘? Tes al una rnin us pad nis fee valor, depends cnc Ee pn so € un ome pp acum mate crm, Pak sceni frre "vale ots, nae Sp cam ronan eke Chin Braye proponsie se ‘(Cho Burr amor) vet Sea pa sic 'Sasa' a ropeniociSenci unin ‘br fas, Telcos, sigiea ua soe “coma como var oinviandespads po ‘Che, Bhrgareposio oda era Se pore 4a sem com valor niin deg ‘Soon’. «opto se, “Api desde, poms sr qu davai ‘ve unm mae econtrica de eens a oy to denome proto Aguiucrimments roscoe sae tical (ovo rent) pur umrome pos a sir ops obs dali one "Mas exe ina uma ot uj as rs, Ve jamor ak ns sree abt (64) Quem lt, yence, (888) Aquees que se arependeem, sero pendoados, © cutioso com ess sentensas & qu podemos determi- nara condigdes cm que elas so verdadias ofl es. ‘mo sem especificarum vale para a varies quem aque. ke’ respectvamene.Atavésdlas,etabelecemas ua aso geral ene “uta” e“vencet(em a) e ene se ame. eer eserperdoado’, em (35a), Ni pris substi ‘ronome ‘quem’ (em’34a) por um nome proprio, por 2 temp, prague ompreendanos conde em ca Gcenstnes hin Prema spear cot abee {pe ca sestega€ vera oa peto os rm ‘i vencendo, Ne stbomos dn cm bas apna ni 89 ronome a paso qe pos! deters cons fm que serena Ee 6 camer” ¢ veda ou lo, sem ‘ahora gicmo romania A foo da vail em (a (0) ese una gnc, pee ‘dxcomo: (640) Para odo x, 5 lta, ento x vere (56) Para ted x, sexs arrepende eno x €perdoad. A generlizasio & obtda através da quanticogsoso- brea vanvel xe no pela substituigo da vaivel por um ome proprio. ‘A quontcagéo cavalvida al & a ifcojao universal. repeseriag ‘elo simbolo V. Dese modo, arye- seta Bgi de (34, por exerpl, Yo (Lx > Vi), onde: Lota € \Vevencer. A fru set: Para todo sex lta ertloxvence A seal» 60 ‘Sinko de caret Eisem assim diss maneirs de se “completa uma sentonea com uma vaiéve: (1) substiuind a varie por ‘um nome peri: (2) Fazendo uma guantiago sobre a vax vel (CE Hepenberg,1973:12-14), | Lima sertenga com uma varidvel & denominada uma sentenga aber Por exemplo, a pari da sntenga com varvel (368) shaixo, que no tem um sonido completo, podemos cons. ‘tur uma sentenga completa de dus maneias (1) substi indo a vartvel por um nome prépio, como em (366), 2) fzcodo una quanitiaso sobre a vardvel, como em (366) (264) x camoe (G6) Chico Buargue& cantor, (6 Todos 0s cantres so feies We(Ce Fx) ‘onde: C-eamtoreF-feliz. ‘és: para todo x, se. 6 um cantor enti x € feliz. ‘ims no iniio dessa sso que, dew que 0 presse- posto deexnténcia en ssa as descrip defini an ‘bm server pra ze a referénca. Como vimos ‘ambi, demos nos refer ao individu Chico Banrgu, pot exc lo, de us diferentes maneias: (1) inserindo-o adeno 4e “cantor (2) designando-o pelo nome prio “Chico ‘Buarge’: (3) refrindo acl por uma varivel, como em ‘Fle Santor’ Mas podemos,além desses tr’ modos mos refria ‘se indvidvo com as desritesdefinidas 0 compositor de A Banda’ oar do romance Estorea" ots ‘0 com esitorhomenageado pela Mangucim em 1958 etre outs. a pelo menos duas mancrasdifereates de aborr fang relerencal de uma desrgiodefinida. Em primeio ugar, poe-se encar-la como um eorrlato dos nomes pr ios: sto expresses que designam um individu especiti- co. Essa a posigio de Frege (1978). ‘Uma segunda posi ¢analisar as desergdesdefini- as como diferentes dos nomesprprios, pos as desriges ‘wolveriam quantfcago sobre vardves. Eas a pongo de Russell. Assim, para Frege as desriges defini so proei- mente referencias (como os nomes pres) ao passo que para Russel elas sto expresses quantiiacinais. Em ou tras palaras, pra Russell, desergdes definidas se eneai- ‘am no modo de referencia através de vrives, Essa dife- ga &fudamental paraentendermos o papel auido, por esses autores, ao pressuposto de existénca nas deserts ‘etnias. ‘Citemos agui a sentenga lisiea de Frege (1978-75), «ve dew origem a todo o debate posterior em torno da ressuposiga: (67) Quem descobriu a forma elipica das debits pl netrias more na miss, ‘Temos aqui duas oragdes compondo essa sentenga complexa. A primeira seria a subordinada quem descobet 8 forma licen das Sebi planeta’. segunda seria a Crago principal" moreu a sci’ (Qual a fang da rag subordinada nese e250? Se- undo Frege apenas ocupr oppo de sujeto da rag rin ‘pal Como vimos, esse pape! reservado aos nomes pripr- ‘0, de modo que a oragosubordinada em questo funcons Fin. como um nome priprio. Essa rag subordinaa design um se expec, através de uma deseo dein: “aqule ‘que descobi a forma eliptica das bits planets" = “9 ‘descobridor da forma liptica das bits planeta A questo colocada a seguinte: esa ora subordi- aa (que correspond a uma desea defni) arma que «existe algum que descobriua forma eliptca das ris ple netrias? A resposia de Frege € que (37) no afirma a exis ‘nea dese individuo, la apenas pressupse.O que (37) firma é que es individu moret na mista, Ele compara ‘ss enfeng com a sequin (Fregeidibid) (67a) Kepler moreu na mis saree _eroeeeete ree a Dato gerne Ss meer ee ete Eowinenneeees Ei Saeco soeesapee nes ee Seesoeen neces Seeeeeaaen eae Scineten commie Peceeaeacee cians Ta aa Sano Sa een Emenee meee Se aemet aan Saco Sacer eats ee eee nn patentee eed rie que o presuposto no €afirmado na sentenga. Se negamos (G1) e370 pressuposo de exstnea continua inst: (674) Quem descobiua forma liptica das bias pla- neta ndo morreu na missin. (6) Kepler ndo morrea na miss sats dus semengas nepam apenas que Kepler enh morido na miséi,e no a existéncin de Kepler. press ‘posto de existéncia continua valid ‘A visto quaniticacional das desergdes defini de- fendda por Ruse sustenta ao contro gue uma sentenga, ‘como (37 comm dus aimags lignas por uma vari ‘vel como mestrames abuixo (f Duerot1977 44) (68) “Existe um x tal que x inc a ter deseo ‘que a bite dos plancas&elitin x moreu na ‘A quantfiagae enolvida aqui € |) existensial representa ‘slo sinbolo que sigfica ‘existe elo menos um A fora gia de | (seria: Gedesobru gus aarti | ta dos planctas€eliptica ex mou | namin Note que essa represent | loinica qu existe plo menos uma Pessoa que descoiv a forma elitica as rita panei, mas a dest ‘ding evolve, ademas. aia dunia, ou sj, de un nico er be €referido pela expressio, Esa ticdde deve presenta na fer ma lopica, segundo Russell (cfHom,1989:368) ssa solugo coloca, conjuntaments, no contd se- smantico de G7) asia de que existe um nico tal que x escobriu que a drbita dos planets &elpicae que exe x ‘morreu na miséria, Mas essa solu incompativel com & ogi de que pst epresupost tim estat diferente, de ‘modo que no podem estar no mesmo nivel de sgifcagSo (Gf Ducrot op. cit 4-5). Desse mod, a solugto de Frege farece mais convenient, ap separ posto © pressiposto, Retornemos agora i seatonga (3) (6) 0 2 do Brasil é malo, ‘imos que hi duas manira de assumir um press ost existe pure a desc deta do Bea SIT. Mas imaginemos um eago em que o pressuposto de existénia fhe. Por exerplo, se um vehinho isolado no imterior do Brasil vive diz (3), ¢ que cle tem como pressuposto (¢imagina que seus interlocutor também) {ue existe um rok do Brasil hoje em da, mas esse presi Posto € obviamente fs Segundo Frege, a sentengapro- Teri pelo velhinho no seria nom verdadira nem fs ois uma condigo para a atibuigdo a ela do valor de ver dade (verdadero ou filo) seria que pressuposto de exis ‘nein fose vido, 1 de acordo com Russell, 58 seten- ‘seria ila, ois, em conformidade com a representao em (38) a sentenga (3) afirmara que existe wm nico xt {ue x € ori do Brasil, ese essex no existe, enido (0) simplesmente fala. ‘rattle cm ip esa ee en com pene dr exist sso no so ‘fda ar i so os leva adi sented eee copes cmntervan de alr de v= cane perpetuating ce ole Ve Eu iistou crane nro de alr de verdad SES tence to ctsnen ue odor st ia “Dior ual do ah Cura sousnga que cbs ovale ts mood veri €aima gues sevens Shree de ver idtn) MacCal.99322) ‘inert de valor de vera oben oe so da ndterminaghesemanten Una propose € cn RSs Secmtcanens nein eo seu sone wate ns perder ses propnan verdad SeNTRnocm uaer sing (t Pial 195 e Zant “Mourn pr). oresemplo, ts Propsesabix sho ‘montcamet inde (Ga) Os poruguess desobrirum o Brasil. {619 Bill Clinton é gordo. A senza (38) pode ser veda ou fas, dependen- xo (exemplo adaptado de Chierchia & MacConnell- Ginctop. i297) © (62) Ou oa Paula queresolvexoexerckio sobre pes: suposo, ow niaguém resolve, Ness semen coordenada primeira sentenga (foi ‘Paula que resolveu o exercicio")pressupdie que algum resolveu o exerci’. mas asentenga (52) como um todo parthad. Em ($9), no fizemos a oo-referncia entre 30 Soares’ ‘um politico’, simplesmente porque sabemos que 53 Soares € um bumorstae no um politica. Logo, ‘um po- litioo' em (59) se refere a alguém diferente de Jo Soares. (0), pera ez izemosacorncade' spelt Amin’ "um polio’ pisces do cart coco can aad gue Esper Aminé um polio, Br ese, opr supst depende do context, eno mere da esta se ‘nda ete corn conics de verde). "Alen dso, em muitos casos os bloqucis (que blo- qucariam os pessupostos na estutra semis) analam pends alguns pressuposts da sentenga subordinada, mas ‘lo todos. Por exemplo, vejamos (61) abso: (61) O minis teme que fala de apoio no Congres- so impega a aceitago propos. “Teme um verbo de blgueio, «ness cas0 08 pres suposts da subordinada devriam scr blogueados. Mas & anise de (61 nos mostra que dos pressupsto de exist ‘a perduram intocados pelo vere de blogueo (6a) Hi uma propost (616) 1d faa de apo no Congreso pa esa props. as nace ne or ne mee metas arr eo) 1 Em resumo, a defini de quis pressupostos so 08 ‘lo bloqueads depende do contexo de eda Sentenga 7-Pressuposto ou implicatura? [Na maior parte dos catos,¢ fil fazer uma dsingto entre opressuposto «a impliatura de uma sentena."O uso ‘do temo implicatura se deve ao desejo de distngur dois Tendmenos ingtsticas 0 fendmeno do acaretament (0 Smplieao), em que se infer uma expressio com bse ape rns no sentido literal de outa; € implica), em que & Aervago de um sentido passa obrigatoriamente pel cone texto converacional” (lari & Gerai,1985:76) e também peo curso is mximas conversacionais. Para averiguar a diferenga entre pressuposto € implicate, analsemos (62, por exemple: (62) Maras separou do maid Essa seen contém o presuposte de que Maia era «asada, mas pode contr também a implictura de que Maria ‘agora est ivr, so dita alguém que est intoressado em Maria. Pressupostoe implicatura esti stuados em nveis um enunciae,teramos um significado dierete pare © enuncado. Por exemplo, vemos a seuinesetenga (Ga Pinkal, 199511. IVE primeir europea pros pés na Amética. Daaaa sitnagto ra qual Cristvto Colombo flan: {ea cmunciato corre em janeiro de 1493), ent teriamos © sgifcad,, para nunciado acim, o qual eorespondria ‘2algo como “ristvlo Colombo esteve it Ames ates de jmeio de 1493 e nenbum outro europe antes dle. Dada ‘ume stuno, na quo viking Erkaonpronunci esa mes. ‘a sentenga.cm 972, nto o sina, serie algo come "0 ‘ikng Brikson estevena América antes de 972 een eu. rope esteve antes dl’, asim por dame ‘Obviamente, uma mesma sentenga pode ser veraei- "304 faa, dependendo da situagSo em que & produzida Se porexempioa sito especie qu foi Cabal quer pro: «dziueseenancado (significado) depos de chegar ao Bs sila sentengaéfalsa Pr outro lad, o enuncado produ. 4o peo viking Erikson € verdadeio de scordo com eetas Pesquisas histricas. Nesse eas, a senfenga produc por Colombo seria isa. Em resume, seo significa, € venta. ‘eiro, 0 siniicao,e significado, so alos 'No exemplo acim, emos uma varia do refereme a eu (Ce Erikson, Cabra) © indiado polo pronome “eu” (Colombo, Fk m 1998, or so conan foonad por {Malane, ‘Amin, Kling): (4) Senador de SC — mp, ~ {Maldanet, Amin, ‘Kleinabing) Se preenchemos 0 ugar argument com o mundo possvel (¢ mundo em 1970, por exemplo),ento obvis- ‘mente exenso ser diferent. Algum dos litores por aca- ‘sabe quem seriam esses senadores? 4 Semdntene pragmtica. A fons entre semdntca epragmticaénormalmen- te tragada apart da nogo de contexto. A signifiaro que independe de context colocada 0 campo dasemintica,¢ 4 signifieaggo contextulmente dependente & colocada no ‘campo da pragmatica; 0 problema ¢ que uma defini pre- isa de contexo rrament éforecida a divisb entre e- ‘manicae pragma continua mit ida, Sem es Jef nig, iil fzer um uso tebrico da nog de context, A ‘aro dessa nsufiigncaterca€ que muitos abalhos pre- tendem apenas mostrar o papel do contexto em tl ot tal endmeno que se dese analisar; 0 contexto € apenas uma ferramenta de trabalho, e noo proprio objeto de pesquisa (Kleiber, 19986. ‘Assim, o contexto nfo € um conceit teiico que pet= mit a separa ente semana pragmitie, ania serge tcoria formule uma defnigo do que € content, Ora, como ‘vimos na seo anterior, quand analisamos em deaths 0s iferentes elementos contextnis que afetam 0 uso da line ager, a primeira ei acai pr tera & gue todo flor ‘confentual € de naturea pragmatic, 0 sentido (consituido nocomponentsseminio) pode abranger diferentes lemen- ‘Anos rei nese capitulo se dar nto a dois ni vis, Em primero logue, ser eta uma anise de diferentes lementoscontextuais, ¢dfinigdes que abranjam eases ele ‘mentos Em segundo lugar, sera feta uma corel ene sss defines ea delimitgo dos campos da semntica € pragma. A iin sujacete& eto que no & todo ele- ‘mento contextual que deve, imeditamente, ser consideralo -ragmitico. um cet tipo de context delimit por uma ‘efnigao) que pode sr lignd ao componente prance. © Jevantamento a seguir no se pretend de modo al- {gum exaustivo. lm da questo dos mundos posses 6 ‘evocada na Seg anterior, tocarel apenas em alguns pontos ‘que fazem parte do debate atl sobre os limites entre se- nda e pragmitica, 5 Asemintica dindmica ea andfora, Em teoras semdnticas rcentes, como a smintica indica © foco principal & sobre a toca de informa ‘entre os falantes. Exstem dois tpos de informagio a e- rem considerados. Um primeir tipo de informagio, deno- ‘minada informaedo sobre o mundo, envolve questiess0- bre fatos, process, individuese objets do mundo Obviamente a Tinguagem mio a nie forma de elaborar Informaso sobre o mundo, mas & uma das maneiras mais importants de fzé-o ‘Um eutro tipo de informagio & denominada infor. ‘magdo disewsiva (Groenendik et ali1996:183), Esse tipo de informagdo envolve dados sobre o proprio fluxo do dscurso eda conversagdo. Por excmplo, & preciso de- limita, numa conversago, os objets e individos sobre ‘0 quais se esti falando, ea refertneia das varies Aiseursivas (os pronomes, por exemple), Somente a par- irda informagao discursva é que se pode passa a infor ‘maglo sobre © mundo, ‘Aaniforase situa, para semantia dni, no cam pods informago discursiva. A aifora faz pare dos meca- nismos que propciam aos falanes manter conrle sabre ‘© que fo enunciado, num dado discurso, acerca dos tens «da conversgdo (objeto individuos), ‘Ao nteragirmos numa conversago, vamos constra- ° indo uma lista de pessoas ¢objetos que foram sitadoe no Aiscurso, para que possamos falar sobre els fazer ree- rRnciaa cles sempre que foro caso, Essa lista de pessoas © ‘objeto que vamos constituindo faz parte da informagao dliscusva,e€ nese campo que devemos cosider-la A informagi sobre omund si num outro nivel Por exen- plo, se estou conversando com um eolega eee me di (5) Hoje um cara fina minha sala vendendo um b= te dei ‘A partir dessa entena,aerescento ao meu conjunto de informagdes discursivaso item “um cara. Para @ Max da conversa, € preciso que eu guards na emda esse item que fa citado no discurso. A teria chama de ‘peg? ‘esses ions citados no ditcumo, Pode ser que eu sibs muito pouca coisa sobre esse “cara, mas € preciso que ele sea ‘stoeado ma mins meméra para que uma nova sentenga de ‘meu amigo, como (6) abo, sj interpretivel (6) Fle se parecia muito com o Maio, Para interpretar (6) asima, preciso Fiver lgngt0 nari ene pronome “le € ope em cara’. Precis, lm disso, itroduzit na minha ist um novo peg (Miro) “ent assim um peg, (0 cara) eum peg, (Mri) coma in- ‘ermagio dscusva nda que eu disp de mito pouea Inormago sabre quem so como slo esse cara e Miri. ‘A resolugo da rela anafSrea sed asi através aligaao de uma vaivel (um pronome, por exempl) com tum peg espestic. Assim, 0 uxo da informaeto vai se incrementando, com a intoduso de novos pegs de movss vaidvs, e com a ligapdo entre pegs e varives. Podemos eto construir um sistema de referents para ‘um dado momento do dscuso, Este sistema de referents codiiea informagdes sobre o que sabemos num dado mo ‘mento do diseurs, Tal sistema englobsinformagdes sobre ‘os pegs (tens do discus) e sobre a variveis que se liga ‘0s pegs O sistema de referents 6 dndmic e pode se a- ‘mentado a cada vez que uma nova sentenga itroduz um ‘ovo peg ou uma nova variavel. ‘O que pode muda também éarelago entre uma vasi- ‘vel cit no dscurso eum peg. Por exemplo, seo meu ‘amigo converadoracrescenta (7) abso (7) Sab, © Miro, vos conhece ee [esse caso, vardvel ‘le’ havin sido ctada anes, «haviamos feito aligapdo ene peg, ¢ 0 pronome ele’. ‘Agora, pri de (7), ele” pass ser lgado ao pe, (Mi rio) Desse modo, o Nuno de informago nfo apenas ares- ‘conta novos pegs e nowas vardves, mak lablm altra relago entre pegs evades. ‘A semintica dinmica (que leva em conto acréscimo ‘de novas informages ao discurso oferece uma explicagao fra para alguns problemas semntcos referents & anifora Por exemple, rtomemes o discus do mew amigo «rn (5) (6) (simplificando-o um pouco) vejamos ue for- ‘ma logic pe represent (@)Umcam fina minha sala hoje Flese pareia muito com o Mito, (Bay Gx Pe) «Qe (se: existe um xt que «fo ma ‘minha sia ex se parece muito com 0 Misio) cone: P lena minha sal (> Pareer-e com o Misi, Observe que, na emul (8a, coma dvr «em Presta escopo do quasificaor existences vardvel eto uma ariel gaa. Mas ocomci de xem Qh dea, vive ive ou sj fora do exopo do quid, cnn amsrro ds pas deine de varies (a seminica ‘o-inmic). Oa, a sre da semintc indica, ner eta da sen ocoéna cd variével (em Qe) perf. mee posivel.O que temos al que o discus 6 increment am Ge Pe nese moment, (emo vos) inoue um item do dieuso-no es, mca) uma varie gad ‘ese pea, Em sequida,o discus édenovoincemeniado com (x cess vel ligt a0 pg, po ani curva, A. sim, uma varve ra seman dice, pode ser liga um tg mesmo que ea esa fo do expo do quaificaee A ‘mere qu pode dar ao fragmento discursive (8 qs guauer que sj. invio comespaert 0 pee Indi space com o Mico, : ‘Amesma questo aparece num exciplo como (9) shai= x0 (in MacCavey, 1995359), (0) Sealeum esate pura ude ace asp (4) (Gx (€ um estudante x me perguna)) > eu Aire aa respost. (lése existe um x tal que + 6 um estidane, ex me ergunia, nto eu die a a reaps. ‘Observe que em (2) a vaivel x em ‘eu dir axa ‘epost’ esti fora do escopo do quantficador exisencial (a ‘elo deescoposendo marcaa pelos paénteses)" Aso. Ape Sy enn a mai a gn ‘ater eiccomigassh eemeren lug aguié novamenteconsiderar que ease ocorénca da vardvel esti igada au pe que acaba de ser introduzido ro discurso, Ou ej, a varvel ests lgada a um referents Aiscusivo.O pronome ‘le em (9) ¢failmente interpret do como se referindoa um referent ctado no disurs (un ‘studant especicn que me fe una perguns), mesmo 300 ronome est fora do escopo do quntificadorexstencia ‘Noentant, quando tos una retomadaanafria fora {do escopo do quantificador universal, a sentenga é agramatical: (10) 7Todo congressista se rg & ecepeo. Ele pe ou ecademo de esumos. Vi (Cx-> Da). Px onde: C- congress D-dirginse a recepgo -pegar cademo de resumes, A explicapo para a ogramaticalidade de (10) que a varie ele” (Px) no st ligada a neu peg espectio, 0 conririo do que ocrre em (9). Ou sia em (10) no temos um referente discursive ao qual o locutor esta se refirndo, ‘A semfatcadndmiea também pode tazer uma nova, luz andlise do pressuposto de exstncia das descrgtes {te (0 momento da enunciag30. Ouse, perguta ‘Quan do ele se casou”pressupe que Antnio jet casado, 0 ve obviamente no ea um eonhecimento compat no Inco dessa intra, que fi sso propeiamente que A n- formou a seu interlocutor Nesse eas, © pressuposto € ut posto gue pussoua ser acsuo como vilido pelos inrdoculres, ue corpora ao contexto. Assim, na medida em que ‘depend do Nuno conversational das infermages nos ‘que vo sendo agregadas os presuposios so seme (s- undo a dfinigo de semdatca lotda aa), [Nem sempre, ¢ claro, os pressuposos previa set intoduzidos verblmente mma conversag, Se, a elrar- ‘mos mua sila de aula, vemos que hi um iro rasgados0- ‘rea mesa do profesor, alguém pode dizer: “Fo Hoo que rasgou olivo™ Essa sentega pressupse que o lv esta rasgado, mas iss0 nto foi dito antes, mas peresbido ‘empiricamente. Outros pressupostos so muito peas o ‘dependem de nenhuma conversagSoespetfica Por exem- lo, se digo quea“A mie do Jt muito jovem. pessupe- % ro que Joo tem uma mie, 0 que & certamente uma infor ‘mayo que meu interlocutor davacomo estabelecia a prior Mas a exiséncia dessespressupostosnfo-verbais¢ gers no invalid a hipéese de que os pressupostos so aquelas informapies que o fluxo conversacioal vai consinindo ‘como po de Fund para a interago. Ese abordagem da prssuposigdo consti uma ima ‘gem da conversa na ial o objetivo 6a ineemeniao dos resuposios comuns etre os interloctores, com sexcusio ‘doscontextosincompativeis cam esses pressupesos Comins. ae ¢ceamente un objetivo idealiza (como 0 também ‘principio da opera de Grce),mas nem por isso aeons ‘rugtosemantio-discursiva diva dese guia por ee ‘Como vis, una informagdo nova, quando spreads discus, restinge o cntexto uma cert configura, com a excusodssproposgdesincompatives com infor ‘magio nova. O camponcie semdntico deve dar conta dese funconament Restos agora especifiar como o compo- rnenteseminoo interpreta» pressupesto de uma seen Por exemplo, em (32) aima, quando B disse "Quando ele (ni) se casa”, esa pergntacontém ua proposigao presuposta, qual sea, Anni et caso (no momento da ‘nuncio Desse miodo, esa pergunta 8 tek seid © 0 pressposto for vido, que o camponente semntco iz & ln processo de cheeagem do pressupst. Fle determina se tal pressuposto¢compativel com tdasas ova infomagtes _eocads no discus. Se esse fo 0 ease, endo o presuposto € vid, ea sentenga que corm opressuposto pd sri terpretada. Cnsidre cn como a inser da propose no contest Consider tamibém que mpresupiteg. Pode ‘mos enti dizer que o ontextoe deve satsfzerg para que sxjninterprctivel emc(ef Chirehia, 1995193), Ouseja.n 36 imerpretivel nos contexts em que q€ veda ” Se edurimes a seminica as condigtes de verdad, © se entedemos (com foi visto no primeio capital) que os pressupsiosdependem do conhecimentocompartilhado (que ‘st for die condigdes de verdade de ure proposio),en- loa pressuposigo ¢ vista como um fenémeno pragmiico. ssa posgda de autores como Frege, Stalnaker (1978) CCiercia & Gine (1990), ee. Nese caso ila-se de “pres suposio do alan", em oposigo&pressuosigo semn- tia, mareada na sentena eindependente de conten. ‘Mas se ampliamosoconceto de seminteapara absr- ea todos of elementos cognitivos relevantes para a repre- Senago de passives estados de coisas (Seuren, 1998-740), eto a pressupsigdo pode se onsieradasemintica. Essa conelusio € especialmente vlida se consideramos (ef Grosnendi, Stokhof & Veliman:1996) que © conteido roposcional nto se esting is eondiqes de verde, mas ‘contigo que ese conto proposcioal fa deter ‘minagao do context (inerpretado aqui como um conjunto ‘de propoigdesassumidas come véldas) Assim, a defini ho dos limites da semana (se esse componente inl ou ‘Bo a dinimien do discursn, por exemplo) caret demi taglo da pressuposiqdo como pragnatica ou semantics, © ‘qe parece claro, de toda forma, que nose pode anaisara ‘restposiho sem levarem con consideragdes antes ‘james um exemple a mas para usta problema (63) Pavarot ama Loren DDigamos que (38) seja enunelada mum context em TS aaa ei Chien ie 150) pe wet tne ie pn eo psp pan ‘edimadontao aunt ope ed contr vo pop om aque saberos que Pavarotti é um cantor lire italiano & Toren uma atfiz italiana, mes em que ato se sabe se Pavarotti ama alguma mulher. Portanto, hi um conheci= ‘mento comparithado qu limita a interpetago dessa sen- tenga, Numa abordagem semantica em temos de condi- es de verdade, tudo. que (33) indica uma elagSo entre (0s indivdos designados por “Pavarot”e Loren’, toma dos come arguments do predicado ‘amar’. Nad ¢impli- ‘ado, por exemplo, sobre aproissto ou o sexo dessesin- divides. Ora, a enunciagao de (33), com base no conheci- ‘mento compatthadosupostoacima, levaa uma modiica- {eo do contexto, pois apart de (33) pasamos saber que PPavartti ama pelo menos uma mulher (Loren). Assim, {exell-se do context diseursivo em que (33) foi enune ‘48 aproposig "Pavarot nto ama nenbuma lee, que antes era uma opsodisponvel, dado o conhecimento com parilhado supesto, Na abordagem adotada gui, fz parte do eonteddo semintico de (33) a acetapto da proposigao de que Pavaroti ama ao menos uma mulher, ¢ iso obviamente depend do conhecimento companilhado (suponha por ‘exemplo que no soubéssemos se “Loren” se refera a um home oa uma mulher. ‘ejamos um outro excmplo em que a pressuposigho semanicamente relevantc,embora io afte as condigbes de velade das proposigies: (64) Nenhum Hingis €fosot, (G5) Nenhum filésofo & tings sas sentengas so lgicamente equivalents, pois ambas indicar apenas que nfo existe um x al que x ja resin flbsofo. Mas essa sentengas slo semantica- ‘mente diferentes se Tevamos em conta os pressuposts de cexistncia (Ga) pp. Exist ings (35a) pp. Exist Hilisoos. Em (34), no situamos num contesto discursive em ‘que estamos falando do conjuntono-vazo dos lings, em (35) nos stuamos num contexte diferente, em que ‘estamos falando do conjnto nio-vazio dos Flsofos (ef ocr 977-245). Fm ours plavas, em (4) flamos de linghistas e-em (35) falamos de fidsoos. Se a presupos- ‘lo semintea (essa posigdo de Ducrt na obra cit), ‘entio (34) ¢ (38) slo semantcamente distin (pois apre- Setar pressuposgdes diferentes), embora team a8 mes- sas condgdes de verdade ‘Passemos agora examina um enimeno que 20 cone {esi da pressuposigo, 6 claament pragmstco Vollemos analisar uma sentenga jt estudada no capitulo I: (36) Nso me arependerei deter vtado em FHC, por- ‘que no votel em FHC. A questo hisica& saber o qu esti send negado em (6 (ef Tavares, 1998), Consiere primeiro apenas a sen- tenga "Nio me arependerei de ter voto em FHC Se 0 ‘unciado trminasse ae edenominamos esta senna, enti ereros 0 content € (e¥n) ‘Exist um referent discursive design por FHC «Vote em FHC 1: Nilo me arependers de ter vod em FHC. [Note que pressupte 4. Desse modo, a nsego de ‘6 vida mum contexto em que q €verddira. Ora € ‘um contexte em que q€verdaeia, de modo quem pode ser incluida nesse contexto. O problema & causado pela ‘enunciago de porque no vote em FHC, designada aqui port. Vamos dfinir agora um contexte ett} 1 Eist um referente discursive designad por FHC {u Ndo vote em FHC. “Temos aqui um contexto "que ¢ incompativel com esse mado, (que pressupde 4) no pode ser interpreta «mc Dito informalmente, io faz semtido falar em sre- ‘endimento de algo com que nada se tem a ver. Mas erio (G6) seria um enuneiado no-inerretvel, pois pressupsie algo (6 voto do locutor em FIIC), que depois & negado? A cexplicagio ¢ outa, Temes ai o que se chama de negasto ‘etlinlistica (Hor, 1989), em que se nega uma assergo parade fatonegar um de seus pressuposts. Assim, a dizer ‘Nao me arrependeei de vtado em FHC’, locutr est ‘egando io o arependimento, mas © pressuposto de que ‘elouem FHC. A nega em escopo sobre atribugto de lum pressuposto por parted interlocutor. O que se diz que ‘ese pressuposto fs, e que o interlocutor est erado em ‘onsiri-lo como conhesimento compartihado, esse modo, nega-se urna erga que ointefocutor ens ser commu, mas gue de fato oo 6 NBo se nepa um {ato especfico, mas uma eenga. Fsse tipo de newagao €, portant, esencalmentepragmtice, pois envolvea abu (lo de crengas ans intclocutores, eo aguilo que & as rmido no diseuso. Note eri que em e'acima q no & de {ato um pressupstoassumido pelo lcutr. pois ele desapa- rece em eA proposilo qremete apenas a uma erenja do Imerlocutor. A nezagde metalinglistica se carcteriza por ‘ess refer os termes da falado out f Dueo, 1987) Por exemplo, em (37) abaixo,comge-se a promincia do Imerlocutor eno a iia expressa pea proposiio, G1 Nio € grat, ¢ grat, 4i.em (38) © (99) abaino, o que se nega € apenas a pertingncia da palavra escolhida, © no © conteido proposicionl: (8) Joo nto ¢intlignt, ele & genial (89) Jono foi ao bani, ele fi talete ‘waits. Se Joo € genial, ele €nevessriamente intel gente Joo foi toalete ce foi ao hanheiro, Obviamen- te, o que senoga ao é um fio asserid, masa forma dese cexpressar ese fio, Ness casos, nega Se restau ‘uso puramente pragmatic, 0 que esse fendmeno ilu € que, deste que © us0 lingusticoenvolvaaatrbuipo de erengas aos inteloeutores {como no caso da nego metalngisticaedasimplictras, ‘orexempla), estamos no campo da pragma, Masarefe- ‘énca ao contexto (especialmente ale orpanizado 0 6 ‘ecimentocomparithado) pode reeser um tratamiento se ‘manta, como o caso da pressuposigio parcee mostrar “Ademais,&pracso eserr 0 term “pressopoigdo pragmatic’ para fendmenos muito mais gras da comni= cage Para que uma intra acora, eros "pressupostos pragmiticos’ devem ser obedecidos, seja em relagao & intragao em gera, ea em relagSo uo ao de fala especiico ‘que se pretende realizar (Cai 198:755),Porexemplo, numa imteragio,pressupde-se que os falaniesexzjam tsndo © «silo eo prau de polide correto para eftvagao da com nicl. Para arealizago de um ondem por exerpl, pres supBe-se uma hirargia entre agucle que ordena eagucle {que ecabo a order. Fssns conde pressipostas na com nica sto eminentement pagmaticas © nlo eso igadas Airetamente ao conte proposicions Referéncias: ANSCOMBRE, J-C (1995) Théore des Topo, Pats, ‘Kime. ARNAULD, A, & NICOLE, P. (1970) La logique ou l'art ‘de penser. Paris, Flammarion. CCAFFI, C1998) “Pragmatic Pressuppostion” In May, J (6, Concise Eneyelopediaof Pragmatics. Amsterdam, Elsevier-Permon, CCHIERCHIA, G. (1995) Dynamies of meaning. Anaphora ‘pressuposition and the sheory of grammar. Chicago, Chicago Pres. (CHIERCHIA, G. & MeCONNELL-GINET, S. (1990) “Meaning aed Grammar An Introduction to semantics. ‘Cambridge (Mass), MIT Press. CHOMSKY, N. (1997) ‘New horizons in the study of Inguage™ DELTA. 13. 1-14, DUCROT, 0. 1977) Dizere ndoslzer Prnepios de se- ‘manta lingsstca, S80 Paulo, Cul (987) Oalzer eo io. 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