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CAMILLE LIMA DÓCIO

CAROLINA BELÉN GROPPA

EVELLYN ALBERNAES SODRÉ

FERNANDA FRANÇA DE CARVALHO

TRANSFORMAÇÕES E VARIÁVEIS GASOSAS

CABO FRIO - RJ

2019
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FLUMINENSE –

CAMPUS CABO FRIO

CAMILLE LIMA DÓCIO

CAROLINA BELÉN GROPPA

EVELLYN ALBERNAES SODRÉ

FERNANDA FRANÇA DE CARVALHO

TRANSFORMAÇÕES E VARIÁVEIS GASOSAS

Trabalho desenvolvido com o intuito de


mostrar aprendizado e adquirir
conhecimento sobre as transformações e
variáveis gasosas na disciplina de Química
ministrada pelo prof. Matheus Del Corso,
na turma 103 do Curso Técnico Integrado
em Hospedagem do Instituto Federal
Fluminense.

CABO FRIO - RJ

2019
RESUMO

O estado gasoso é uma grandeza física, podemos conceitua-lo de várias formas. No


entanto, é importante destacar as variáveis do estado gasoso, sendo elas o volume,
a pressão e a temperatura. Com essas três unidades podemos caracterizar uma
amostra gasosa. Além disso, também existe as transformações gasosas, como as
transformações isobáricas, isotérmicas e as isovolumétricas. Cada transformação tem
sua lei e sua fórmula matemática, para chegar nessas transformações alguns físicos
fizeram inúmeros experimentos, além de estudos.

Palavras-chaves: gasoso, transformação, variável.


SUMÁRIO

1. VARIÁVEIS DO ESTADO GASOSO.................................................................... 5


1.1. PRESSÃO ...................................................................................................... 5
1.2. VOLUME ........................................................................................................ 5
1.3. TEMPERATURA ............................................................................................ 6
2. TRANSFORMAÇÕES GASOSAS ....................................................................... 7
2.1. TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA ............................................................... 8
2.2. TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA .................................................................. 8
2.3. TRANSFORMAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA OU ISOMÉTRICA ........................ 9
3. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 11
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 12
1. VARIÁVEIS DO ESTADO GASOSO

Variáveis do estado gasoso é quando estudamos suas grandezas, sendo elas:


pressão, volume e temperatura. Essas grandezas influenciam extremamente em suas
propriedades e comportamento.

1.1. PRESSÃO

Pressão é quando se tem uma força exercida de direção perpendicular em uma


superfície em relação à área dela. Essa força exercida é provocada por choques de
suas partículas contra o recipiente. A primeira pressão usada em um experimento foi
a mistura de gases chamada ar atmosférico.

Essa pressão pela primeira vez foi conseguida em 1643, graças a um cientista italiano,
chamado de Evangelista Torricelli (1608-1647) que inventou o barômetro de mercúrio.
Este aparelho se parece com um termômetro, mas sua função é determinar a pressão
exercida pelo ar no ambiente em que esteja. A altura da coluna de mercúrio varia
conforme a altitude em que se realiza a medida, lembrando sempre que em altitudes
inferiores a pressão atmosférica se eleva e em altitudes elevadas ela diminui. Através
desses estudos que passamos considerar a pressão normal (altura do mar)
equivalente a 760 mmHg (1 atm)

Atualmente, a unidade do Sistema Internacional (SI) para pressão é o Pascal (Pa =


N/m2), mas existem outras que são muito usadas, como o atm e o torr. Veja abaixo a
relação entre essas unidades:

1.2. VOLUME

Chamamos de volume a extensão de espaço ocupado por um corpo, sendo que sua
unidade-padrão é o metro cúbico (m3). A forma de se calcular o volume é a
multiplicação de um cumprimento pela altura e largura de um corpo, conforme
mostrado no caso do cubo abaixo:
A unidade de volume mais usada em Química costuma ser o litro (L). Veja algumas
relações entre várias unidades usadas para volume:

1.3. TEMPERATURA

A Temperatura é uma grandeza física escalar que pode ser conceituada como a
medição do grau de agitação das moléculas que compõem um corpo, ou seja, quando
houver taxas de grande agitação entre moléculas, maior será a temperatura e mais
quente ficará e quando menos se agitarem, menor será a temperatura.

“Não há um limite máximo para temperatura, ou seja, não há um valor de temperatura


o qual não se pode ultrapassar, mas existe um limite mínimo de temperatura, que é
chamado de zero absoluto. A temperatura do zero absoluto corresponde a -273,15 °C
e seria o ponto em que a vibração molecular seria a menor possível ou inexistente.”
(2019, SILAS JOAB).

Ao aquecermos um corpo qualquer, aumentamos as moléculas e suas vibrações,


fazendo com que se afastem uma das outras, quando isto ocorre, chamamos de
dilatação térmica dos materiais, e se ocorrer o oposto, ou seja, se o corpo for resfriado,
acontecerá a contração térmica.
A forma mais simples e prática de medir uma temperatura é aproveitar o
comportamento da dilatação térmica (agitação de moléculas) e construir, a partir
disso, uma escala termométrica. E assim surge o termômetro que usamos na
atualidade.

Quando colocamos um termômetro de mercúrio (material sensível às variações de


temperatura), em contato com o corpo de alguém com febre, o mercúrio no interior do
termômetro é aquecido e dilata-se até que a sua temperatura fique igual com a do
corpo, atingindo o equilibro térmico. A coluna de mercúrio indica um valor estabelecido
por uma determinada escala termométrica que corresponde exatamente à
temperatura do corpo febril.

“A unidade no SI é o Kelvin (k), também chamada de escala absoluta. Porém, no


Brasil, a mais usada é o grau Celsius (ºC) e, em outros países, usa-se a escala
Fahrenheit (°F).” (FOGAÇA, J.).

Segundo a escala Fahrenheit, a água congela a 32 °F e entra em ebulição a 212 °F,


mostrando que há um intervalo de 180 graus entre ambos os pontos. Entretanto, na
escala Celsius, os mesmos pontos coincidem o 0° e 100°. Isso quer dizer que cada
intervalo de 1° F corresponde a uma fração de 5/9 da escala Celsius. Além disto, há
uma intersecção das duas escalas nos 40 graus negativos. Sendo assim, para as
conversões Celsius-Fahrenheit e Fahrenheit-Celsius, basta utilizar a equação de
proporcionalidade:

ΔTC = ΔTF
5 9

Logo abaixo temos a imagem de um termômetro que possui duas escalas


termométricas, a escala Celsius (°C) e a escala Fahrenheit (°F):

2. TRANSFORMAÇÕES GASOSAS
Conceitua-se transformação gasosa, uma determinada massa fixa de um tipo de gás,
em um sistema fechado para observar de que modo as variáveis de estado dos gases
se inter-relacionam. Este processo mantém uma dessas variáveis constante,
enquanto observas a variação que ocorre das outras duas. Há três tipos de
transformações gasosas, a primeira ocorre quando a temperatura permanece
constante, a segunda é quando a pressão permanece constante, e a terceira, quando
o volume permanece constante.
2.1. TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA
A palavra transformação isotérmica vem do grego “iso”, que significa “igual”, e
“thermo”, que significa “calor”, ou seja, essa é uma transformação gasosa que ocorre
com a temperatura constante, enquanto as duas outras variáveis (pressão e volume)
variam.

O físico e naturalista inglês Robert Boyle (1627-1691) e o físico francês Edme Mariotte
(1620-1684) realizaram experimentos de variação da pressão e do volume dos gases
com a temperatura constante, depois de muitos estudos, experimentos e
observações, esses estudiosos criaram a lei de lei de Boyle-Mariotte, que diz o
seguinte:

“Com a temperatura sendo mantida constante, a massa de determinado gás ocupa


um volume inversamente proporcional à sua pressão.”

Resumindo-se, se aumentarmos a pressão sobre o gás, o seu volume diminuirá e, se


diminuirmos a pressão, o seu volume elevará, como a figura a seguir mostra:

Esquema de transformação isotérmica

“Duas grandezas são inversamente proporcionais quando o produto entre elas sempre
origina uma constante.” Assim, temos:

P.V = k ou P1.V1 = P2.V2

2.2. TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA


A palavra vem do grego “iso”, que significa “igual”, e “baros”, que é “pressão”, ou seja,
essa é uma transformação gasosa que ocorre com a pressão constante, enquanto as
outras variáveis (temperatura e volume) variam.

Joseph Louis Gay-Lussac e Jacques Alexandre César Charles, cientistas que fizeram
experimentos com a transformação isobárica. Com isso, o resultado dos seus
experimentos e observações, criaram a lei chamada de “primeira lei de Charles e Gay-
Lussac”, que diz o seguinte:

“Com a pressão sendo mantida constante, a massa de determinado gás ocupa um


volume diretamente proporcional à sua temperatura termodinâmica.”
Resumidamente, se a temperatura for dobrada, o volume que está ocupado pelo gás
também se dobrará. Porém se diminuirmos a temperatura, consequentemente, o
volume do gás se reduzirá na mesma proporção.

Esta transformação pode ser expressa matematicamente por:

 V=volume;
 T=temperatura absoluta;
 =constante que depende da pressão, massa e natureza do gás.

Portanto, quando o mesmo gás muda de temperatura ou volume, é válida a relação:

Podemos citar um experimento bem simples. Colocamos um balão no gargalo de uma


garrafa, que ficará aprisionado em uma determinada massa fixa de ar. Quando
mergulharmos esta garrafa em uma vasilha com água gelada, o balão,
consequentemente, ficará murcho. Agora, colocando uma vasilha com água quente,
o balão irá encher. Observe o exemplo abaixo:

O porquê de isto acontecer se refere que, quando a temperatura aumenta, a energia


cinética das moléculas do gás ficará maior e a velocidade com que elas se
movimentam também vai aumentar. Portanto, o gás se expande, aumentando o
volume por ele ocupado, e o balão vai inflar. O oposto ocorre quando abaixamos a
temperatura, colocando na água gelada.

2.3. TRANSFORMAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA OU ISOMÉTRICA

A transformação isocórica ou também conhecida como isovolumétrica é um tipo de


reação em que, num processo termodinâmico, consiste em um sistema que realiza
trocas de energias, ou seja, é um tipo de transformação gasosa em que se mantém o
volume constante e ocorre a variação da temperatura e da pressão. A palavra se
deriva iso (igual) + córica (volume).
O fenômeno isocórico funciona também para o fundamento da Lei de Charles e Gay-
Lussac. Os cientistas franceses realizaram experimentos diversos entre 1800 a 1840,
esses experimentos reagem em determinadas pressões ou variações de temperatura.
A partir desse fenômeno, eles observaram que: se a massa de um gás que não é
variável, fica exposto a um volume constante, terá um valor de pressão proporcional
ao nível de temperatura que o gás se encontra. Esta lei pode ser enunciada como:

"Com volume constante, a pressão de uma determinada massa de gás é diretamente


proporcional a sua temperatura absoluta, ou seja, a razão entre pressão e temperatura
é uma constante."

Suas grandezas são diretamente proporcionais quando o quociente entre elas é igual
a uma constante. Assim, matematicamente, temos:

P=k
T

• P é a pressão;

• T é a temperatura;

• K é a escala Kelvin representada na equação e que sempre é usada.

Para verificarmos se isso é verdadeiro, veja os dados obtidos na tabela a seguir:

Um exemplo clássico de como funciona esta lei, é com um pneu de um carro. Ao


calibrarmos um carro com um pneu a uma pressão de 30 Ibf/pol², o pneu irá sofrer
uma variação dessa pressão em virtude do atrito que o material absorve através da
temperatura do asfalto. Como temperatura e pressão são grandezas proporcionais, a
tendência é que a pressão se eleve quando a temperatura também se elevar.
3. CONCLUSÃO

Podemos dizer que com este trabalho, aprendemos as variações e transformações do


estado dos gases, e suas grandezas físicas. Paramos para analisar com os exemplos
que podem acontecer no dia a dia, o porquê de as coisas serem do jeito que são. Com
uma curiosidade também sobre o termômetro, que usamos no dia a dia, porém não
paramos para refletir de como ele surgiu e como o avanço da ciência nos ajuda, tanto
na saúde, quanto no entretenimento. A tecnologia nos ajuda a descobrir cada vez
mais o porquê das coisas, entender o planeta que vivemos. E a importância de estudar
o estado dos gases é entender como funciona as coisas.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FOGAÇA, J. Variáveis de estado dos gases. Disponível em:


https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/variaveis-estado-dos-gases.htm .
Acessado em 19/02/2019 às 14h20min.

ALVES, L. S. Barômetro de Torricelli. Disponível em:


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/barometro-torricelli.htm. Acessado em
21/02/2019 às 13h56min.

FOGAÇA, J. Conceitos básicos de Química. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/quimica/conceitos-basicos-quimica.htm . Acessado em
19/02/2019 às 14h00min.

ROCHA, J. V. F. Transformações Gasosas. Disponível em:


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/transformacoes-gasosas.htm.
Acessado em 20/02/2019 às 16h10min.

ROCHA, J. V. F. Lei de Boyle sobre a transformação isotérmica. Disponível


em:https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/lei-boyle-sobre-transformacao-
isotermica.htm . Acessado em 21/02/2019 às 18h00min.

FOGAÇA, J. Transformação isobárica. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/quimica/transformacao-isobarica.htm. Acessado em
21/02/2019 às 18h18min.

GASPAR, A. Física. São Paulo, v.2, Ática, 2002. Disponível em:


https://www.if.ufrgs.br/~dschulz/web/isocorica.htm. Acessado em: 20/02/2019 às
17h30min.

FOGAÇA, J. Transformação isocórica ou isovolumétrica. Disponível em:


https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/transformacao-isocorica-ou-
isovolumetrica.htm. Acessado em 21/02/2019 às 18h25min.

SILVA, A. L. S. Estado Gasoso: unidades e transformações. Disponível em:


https://www.infoescola.com/fisica/estado-gasoso-unidades-e-transformacoes/.
Acessado em 21/02/2019 às 18h36min.

Só Física, Transformação Isobárica. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2019.


Disponível em:
https://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/EstudodosGases/tranfisob.php.
Acessado em 21/02/2019 às 22h35min.

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