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Evolução do tipo arquitetônico Museu na arquitetura Moderna, Pós-moderna e

Contemporânea
Flora Oliveira de Souza Cardoso1
Rafaele Aparecida Figueiredo Gomes2

Revisão bibliográfica

O presente resumo, realizado por meio de pesquisa bibliográfica, relaciona-se com a atividade
de monitoria da disciplina de Teoria e História da Arquitetura, do Urbanismo e do Paisagismo
4, tendo como objetivo analisar a evolução do tipo arquitetônico Museu na Arquitetura
Moderna, Pós-moderna e Contemporânea. Neste contexto, a importância da pesquisa se
justifica pelo fato da disciplina abordar a arquitetura e urbanismo da contemporaneidade e o
movimento moderno consistir em um conhecimento previamente adquirido. Foram estudados
conceitos, usos e formas dados aos museus, visando detectar algumas tipologias e as principais
mudanças ocorridas entre elas, selecionando museus que melhor representam as evoluções ao
longo dos movimentos. Apesar dos museus serem locais tão antigos quanto a história da
humanidade, os museus com a conformação que conhecemos atualmente surgiram no século
XVIII e consistiam em tipologias de Palácios. No período moderno, surgiram inovações para
os museus, tendo em vista que sua evolução está intimamente ligada com a do movimento. Le
Corbusier, com o projeto do Museu Sem Fim, Paris (século XX), quebra paradigmas e amplia
horizontes para novas propostas. Mesmo não tendo sido construído, serviu como base para seu
projeto do Museu de Ahmedabad, Índia (1954), visando possibilidade de ampliação e
crescimento, com a tipologia de “caixa fechada” + planta livre, e para Galeria Nacional, Berlim
(1962), de Mies Van Der Rohe, propondo transformação do interior num espaço único e
homogêneo, utilizando espaços envidraçados + planta livre, constituindo os modelos iniciais
que incitaram propostas futuras para museus. Com relação ao pós-moderno surgiram diversas
variações de tipologias de museus, transformando-se em um fenômeno de massa. Dentre eles,
o Centro Cultural de Pompidou (1972), de Renzo Piano/Richard Rogers, é um edifício
representativo da evolução da tipologia de “caixa fechada” para “caixa hightech” mostrando
novas possibilidades devido aos avanços tecnológicos. O projeto de ampliação para o Museu
Staatsgalerie, Stuttgart (1984), de James Stirling/Michael Wilford, representa uma tipologia
chamada “museu colagem”. Geralmente presente em projetos de ampliação, há integração do
presente com o passado, fazendo conviver a edificação tradicional com novos trechos, dando
um caráter aditivo, de colagem. Na contemporaneidade, o emblemático Museu Guggenheim,
Bilbao (1997), de Frank Genry, inicia um período de intensa construção de museus de caráter
iconográfico e midiático. Diante da massificação da cultura dos museus polifuncionais, que
atraem o público por outros serviços mais do que pela apreciação da arte, destacam-se dois
exemplos que focam também no conteúdo exposto. No Museu Judaico, Berlim (1999), de
Daniel Libenskind, há integração das coleções com o espaço arquitetônico, onde este faz parte
do conteúdo exposto, tornando o visitante um protagonista. O Museu Soumaya, México (2011),
de FR-EE/Fernando Romero Enterprise, apesar de emblemático, possui um vestíbulo branco,
incentivador à exploração dos objetos expostos. Agrupar os museus em categorias de acordo
com suas tipologias facilita o estudo dos mesmos.

1
Docente no curso de Arquitetura e Urbanismo na Faculdade Santa Maria, responsável pelas disciplinas de
Teoria e História da Arquitetura, do Urbanismo e do Paisagismo 3, Teoria e História da Arquitetura, do
Urbanismo e do Paisagismo 4, e Teorias do Urbanismo 1.
2
Discente no curso de Arquitetura e Urbanismo na Faculdade Santa Maria, monitora na disciplina de Teoria e
História da Arquitetura, do Urbanismo e do Paisagismo 4.
Palavras chaves: arquitetura de museus, moderno, contemporâneo.

Metodologia

Para a obtenção dos resultados expostos na pesquisa bibliográfica em questão foram


realizadas leituras de livros, do qual foram feitos fichamentos e resumos voltados ao tema
proposto. A partir disso, foram estudados conceitos, usos e formas dados aos museus, visando
detectar algumas tipologias e as principais mudanças ocorridas entre elas, selecionando
museus que melhor representam as evoluções ao longo dos movimentos.

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