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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Departamento de Geografia – IGC/UFMG


Curso: Turismo Disciplina: Turismo e Museus
Prof. Dra. Diomira Maria Cicci Pinto Faria
Aluna: Bárbara Vitória Costa Machado

RESENHA DE “Qué es el patrimonio y cual es su importancia”

A falta de uma definição pontual a respeito de patrimônio gera inúmeras interpretações sobre o
assunto, dificultando o entendimento. Nesse sentido, para que o texto se torne mais claro, é dada
uma breve definição de patrimônio como um aspecto cultural a qual a sociedade atribui valores
especifícos de história, estética e uso: em questões históricas, o patrimônio se define em
documentos que registram a história humana; os artísticos ou de estética são exemplos do
conhecimento, expressão e evolução humana; e os de uso representam a função para a sociedade.

Assim, sabido que o progresso de qualquer grupo social só se da através do entrelaço do passado,
presente e futuro, através de ligas intelectuais e emotivas, torna-se clara a relevância do
patrimônio para a humanidade, uma vez que através dele é possível conhecer valores, ideais e
motivações de toda uma geração.

A partir da ideia de patrimônio como condição sociocultural, é possível reconhecer diversos


níveis de patrimônio. Alguns são familiares, por só fazerem sentido para o grupo que o detem;
outros são considerados etnicos, pois são mantidos e conservados por toda uma etnia como
construtor de identidade; outros, ainda, nacionais, pois são conservados por toda uma nação; há
ainda os religiosos e afins. Nesse viés, por ter caráter sociocultural, o patrimônio se modifica
com o tempo, tornando-se dinâmico, já que os valores se modificam a cada período e geração,
ganhando novos significados e usos.

O interesse científico por explicar a questão patrimonial surgiu no século XIX, quando a arte e a
arqueologia deram mais atenção ao tema. Dentro da visão supracitada a respeito dos três
principais aspectos de patrimônio, percebe-se que o reconhecimento de certos objetos atribuiu
novos sentidos de valor e uso. No entanto, por mais que a importância tenha sido reconhecida e
que, assim, a preservação desses objetos tenha ganhado maior valor, é importante ressaltar que
espaços patrimoniais nasceram (e cresceram) para guardar e preservar esses bens. Todavia, entra
em pauta a privatização desses bens, que antes eram comuns e sociais, e agora se inserem em
uma esfera elitista, ou seja, de grande valor econômico.

É extremamente difícil pensar em patrimônio fora da lógica mercantil, já que a sociedade


hodierna converteu cultura em objeto de compra e venda. A indústria do turismo, por exemplo,
constantemente vende patrimônio. Contudo, o patrimônio é um bem social, e é nessa via de mão
dupla que se encontram diversos questionamentos, inclusive a certeza de que a sociedade deve
participar ativamente nas tarefas relacionadas a ele, que vão muito além de guardá-lo.

Portanto, entendendo por gestão uma ação conjunta de toda a sociedade com intuito de promover
e potencializar o patrimônio, é perceptível que essa gestão implica em um novo compromisso
social, que envolve conhecimento a respeito do tema, para assim poder reconhecer a riqueza e
valor de cada patrimônio.

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