O discurso que deu início ao Congresso Nacional dos Jornalistas foi lido pelo jornalista Kennedy
Saldanha. O texto lembrou e ressaltou conceitos e acontecimentos que seguem sendo debatidos
pela categoria e sociedade no geral. O espectro neofascista que paira sobre o Brasil; o falso
moralismo tão presente na disputa de narrativas; o perigoso anti-intelectualismo; o extermínio
do povo negro; a morte de Marielle Franco; a prisão política de Lula; o desemprego generalizado;
a desinformação disseminada; a crise do modelo de negócios do Jornalismo e suas
consequências.
Logo após a leitura, a mesa de abertura foi composta pelos seguintes nomes: Maria José Braga,
presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ); Rafael Mesquita, presidente do
Sindicato dos Jornalistas no Ceará (Sindjorce); Chagas Vieira, assessor especial de comunicação
do Governo do Estado do Ceará; Moacir Maia, coordenador de comunicação da Prefeitura de
Fortaleza; Inácio Arruda, secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado do
Ceará; Gilvan Paiva, secretário da Cultura de Fortaleza; Antonio Oliveira, procurador do Ministério
Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE); Oswaldo Maneschy, representante da Associação
Brasileira de Imprensa – ABI; e Luizianne Lins, deputada federal pelo Ceará.
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23/09/2019 “Sigamos em luta na defesa do Jornalismo e da democracia”, convoca mesa de abertura do 38° Congresso dos Jornalistas - FENAJ
Houve aspectos unânimes nos discursos de cada autoridade, como a concordância em relação
aos momentos difíceis vividos na atualidade, marcada por ataques profundos a instituições
históricas e a áreas essenciais para o Estado Democrático de Direito. Gilvan Paiva enfatizou o
momento grave pelo qual a cultura nacional está passando. O secretário considera o contexto um
verdadeiro ataque à democracia.
Moacir Maia, por sua vez, relembrou fatos importantes sobre a história do Ceará. Segundo o
jornalista, há “disposição e capacidade de luta” no povo cearense, por essa razão, é necessário
desenhar “caminhos e estratégias para sairmos dessa nuvem sombria”. Da mesma forma, Inácio
Arruda defendeu, em seu discurso, a importância das informações verdadeiras, bem como das
pessoas capacitadas para produzi-las.
Enquanto secretário da Ciência, ele comentou sobre o aprimoramento das tecnologias, como
alternativa para a recuperação da Economia, e afirmou seu repúdio aos ataques promovidos pelo
atual presidente. Segundo Arruda, o termo “Terra da Luz” não é à toa, pois simboliza a luz da
liberdade e da democracia. O Ceará, em sua opinião, é um dos estados mais equilibrados, assim
como os demais da região Nordeste.
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23/09/2019 “Sigamos em luta na defesa do Jornalismo e da democracia”, convoca mesa de abertura do 38° Congresso dos Jornalistas - FENAJ
posturas das empresas de comunicação, que exploram seus funcionários por meio da
multifuncionalidade; e reafirmou o Jornalismo como pilar da democracia.
Por fim, Rafael frisou o papel fundamental dos jornalistas, dizendo “não podemos nos calar!”.
Além disso, deixou questionamentos representativos, como “Quem matou Marielle e Anderson?
Quem mandou matar?”, “Onde está o Queiroz?” e “Cadê a prova contra Lula?”.
Da mesma forma, Luizianne Lins afirmou que a situação do Jornalismo é grave e frisou que os
jornalistas não podem ser cúmplices do que ela chama de “idiotização do Brasil”. Segundo a
deputada federal, os colegas jornalistas possuem o “papel não só de detectar, mas de subverter”.
“A resistência não é fácil, mas é possível”, finalizou.
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