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ORIGEM DA VIDA- BIOLOGIA TERCEIRO BIMESTRE

Acredita-se que o planeta Terra tenha se formado há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, e que
naquela época a Terra não tinha condições de abrigar nenhum tipo de ser vivo.
À medida que o tempo foi passando, o planeta foi passando por várias transformações e criando
condições para o surgimento da vida, mas a pergunta que é feita desde a Antiguidade é: “Qual a origem
dos seres vivos?”

Teorias- Origem da Vida

1-Criacionismo- é a teoria ou crença religiosa na qual a humanidade, bem como toda a vida na Terra e no
Universo são frutos da criação de um ser sobrenatural sem nenhuma, ou quase nenhuma matéria pré-
existente, além, é claro, de que essas criações não estariam sujeitas a evoluções ou transformações.

2-Abiogênese ou Geração espontânea século XVII- Explica a origem da vida a partir da matéria bruta, ou
seja, de uma matéria sem vida. Um dos exemplos clássicos dessa teoria é a crença de que camisas sujas
poderiam dar origem a ratos. Outro exemplo é o lodo dos rios, que poderia dar origem à alguns anfíbios
e répteis.

3-Biogênese- Por sua vez, surgiu para contrapor a ideia de que a matéria bruta poderia originar um novo
ser. Segundo a biogênese, todos os seres vivos são originados de outros seres vivos preexistentes, ou seja,
um rato não pode nascer a não ser de outro rato. Espécies de anfíbios e répteis só podem nascer de
espécies preexistentes desses animais.

OBS: Em 1860 a teoria da Abiogênese foi derrubada por Pasteur

4-Panspermia Cósmica- Existiram partículas de vida que teriam caído na Terra acompanhadas de cometas
e meteoros. Essas partículas seriam como esporos prontos para germinar. Acredita-se que essa hipótese
tenha sido proposta inicialmente no século V a.C., na Grécia, por Anaxágoras. Essa teoria apresenta ainda
diversas dúvidas, tais como: De que forma esses micro-organismos viajaram pelo espaço, suportando
todas as suas adversidades? Além disso, como eles foram formados em outros locais

5-Evolução Bioquímica- Teoria de Oparin e Haldane-Uma dessas teorias que tentam explicar a origem da
vida é a que foi proposta pelo biólogo John Burdon S. Haldane (1892-1964) e pelo bioquímico Aleksandr
I. Oparin (1894-1980) na década de 1920. Segundo esses autores, a origem da vida é resultado de uma
evolução química.

A teoria proposta por Oparin e Haldane, de forma independente, dizia que moléculas orgânicas simples,
como aminoácidos, açúcares e bases nitrogenadas, foram formadas a partir de compostos inorgânicos
que se combinaram. Estruturas complexas foram formando-se até que a vida surgiu.
Segundo esses autores, há cerca de 2,5 bilhões de anos, a Terra iniciou seu resfriamento e rochas foram
sendo formadas. Nesse período, a atmosfera era composta basicamente de amônia, metano, hidrogênio
e vapor d'água. Esse vapor começou a condensar-se, dando origem ao ciclo da água, com a formação de
chuvas.
Nesse período também havia muitas descargas elétricas, que atuaram sobre as moléculas presentes na
atmosfera. Além das descargas, radiação ultravioleta também agia sobre essas moléculas. A ação desses
dois fatores fez com que surgissem novas moléculas, tais como os aminoácidos, que são as unidades
formadoras de proteínas.
Com o tempo, formaram-se mares, lagos e lagoas, que passaram a acumular os compostos orgânicos que
eram formados. Nesses ambientes surgiram estruturas chamadas de coacervados, isto é, um aglomerado
de moléculas proteicas. Essas estruturas desenvolveram a capacidade de se duplicar, ou seja, de formar
outros indivíduos. Surgiam, então, os primeiros seres vivos.
TEORIAS EVOLUCIONISTAS

A teoria da evolução afirma que as espécies atuais descendem de outras espécies que sofreram
modificações, através dos tempos. Os ancestrais das espécies atualmente existentes são considerados
descendentes de predecessores diferentes deles, e assim por diante, a partir de organismos precursores,
extremamente primitivos e desconhecidos. O evolucionismo prega o transformismo, explica a grande
diversidade de formas de vida e rejeita o fixismo, segundo o qual o número de espécies é fixo e elas não
sofrem modificações

1-Teoria de Lamarck Em 1809, 0 biólogo francês Jean Baptiste Lamarck propôs uma teoria para explicar
de qual maneira os seres vivos evoluem.

Postulados
Lei do Uso a Desuso: Segundo tal lei, quanto mais uma parte ou órgão do corpo é usada, mais se
desenvolva; contrariamente as partes que não são usadas enfraquecem, atrofiam chegando até a
desaparecer.
Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos: Segundo Lamarck qualquer animal poderia transmitir aos seus
descendentes aquelas características que se atrofiavam pelo desuso ou se desenvolveram pelo uso

Alguns Exemplos:

1-A girafa habita locais onde o solo é seco e com pouca vegetação. Obrigada a comer brotos de árvores a
girafa foi se esticando para cima. Esse hábito provocou o enorme pescoço e as pernas anteriores, meio
longas do que as posteriores.
2-As cobras evoluíram a partir de ancestrais que apresentavam pernas a corpos curtos. Obrigados, por
modificação ambiental, a rastejar a passar através de aberturas estreitas, acabavam sendo ápodes e de
corpo alongado.
3-As membranas entre os dedos das aves aquáticas resultaram do uso durante a natação

Critica: Não se pode transmitir um caráter ganho do ambiente

Importante: Para Lamarck o ambiente é selecionador.

Teoria de Darwin- No seu livro, A Origem das Espécies, publicado em 1859, Charles Darwin explicou a
evolução por meio da seleção natural. O processo evolutivo proposto por Darwin pode ser resumido nos
seguintes itens:

 Todos os organismos apresentam uma elevada capacidade reprodutiva.


 Contudo, verifica-se que o número de indivíduos de uma mesma espécie permanece
constante, o que só pode ser explicado pela grande mortalidade natural.
 A mortalidade decorre da falta de alimento, pois o suprimento alimentar, para qualquer
população não é ilimitado.
 A falta dos meios de subsistência gira uma competição, ou seja, uma contínua luta pela
vida entre os organismos com as mesmas exigências alimentares.
 Em todas as espécies os indivíduos nunca são iguais, exibindo variação que podem ser
herdadas.
 Em um determinado ambiente, os indivíduos dotados de variação favoráveis estarão mais
capacitados a sobreviver, do que os que possuem variações desfavoráveis. Assim, as
variações favoráveis são transmitidas para os descendentes e, acumulando-se com o
tempo, dão origem a grandes diferenças.

Importante: O ponto positivo do darwinismo é a existência da seleção natural como fator


orientador da evolução ou seja o ambiente é selecionador.

A falha do darwinismo é a não explicação da origem das variações naturais, sobre as quais atua a
seleção natural. A natureza das variações só foi explicada pela Genética no início do século XX.
Discussões:

1-Como seria a explicação de Darwin para o pescoço das girafas?

2-Utilizando um livro texto explique o melanismo industrial nas visões de Darwin e Lamarck

Neodarwinismo – Teoria sintética moderna- De acordo com a moderna teoria sintética os processos
básicos da evolução são quatro: Mutação, Recombinação Genética, Seleção natural e Isolamento
Reprodutivo. Os três primeiros constituem as fontes da variabilidade genética, sem a qual não pode
ocorrer modificação. A seleção natural e o isolamento reprodutivo orientam es variações em canais
adaptativos.

Discuta os temas:

-Mutação

-Recombinação Genética

-Isolamento Reprodutivo

-Dê a explicação segundo Lamarck, Darwin, e o Neodarwinismo para a Resistência aos Antibióticos

EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO

• Anatomia comparada
• Embriologia comparada
• Bioquímica
• Fósseis
A DIVERSIDADE- A especiação é o processo de formação de novas espécies e obedece aos seguintes
estágios:

1º Estagio: Uma população A vive em um ambiente homogêneo.


2º Estágio: Uma modificação ambiental provoca a migração da população para ambientes
diferentes. Assim, a população A divide-se em A1 e A2 que migram para ambientes diferentes.
3ºEstágio: Isoladas geograficamente e submetidas a pressões seletivas diferentes, tais populações
param a constituir raças geográficas ou subespécies.
4º Estágio: Com o passar do tempo aumenta a diferenciação genética entre A1 e A2 provocando o
isolamento reprodutivo.
5º Estagio:As raças A1 e A2 voltam a se reunir na mesma região. Mas, devido ao isolamento
reprodutivo, elas não se misturam. A1 o A2 são reconhecidas como espécies distintas

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