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AUDIODESCRIÇÃO: UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA

PARA A FORMAÇÃO INTEGRAL DOS ESTUDANTES


Eliel dos Anjos dos Santos

Centro Educacional Ciranda Cirandinha

elieldosanjos@hotmail.com

Modalidade da apresentação: Relato de experiência presencial

Resumo
O presente relato de experiência tem como objetivo compartilhar reflexões e
trocas de experiências metodológicas de sala de aula que tratem da
complexidade na era digital focando no compromisso com a formação integral e
no desenvolvimento sustentável. A proposta do Sistema Positivo de Ensino está
referenciada pela BNCC que por sua vez apresenta competências necessárias
para a formação integral dos estudantes para que estes consigam atuar na
sociedade de forma crítica, autônoma e participativa, bem como consigam
conviver com a complexidade da era digital. Destaca nesse sentido que de
maneira transversal os eixos organizadores da Língua Portuguesa devem
trabalhados de forma a estimular o desenvolvimento dessas competências, assim
foi proposto um trabalho com audiodescrição de curtas metragens que ao mesmo
tempo que pôde-se trabalhar com a mensagem trazida em cada vídeo permitiu-
se o desenvolvimento de competências cognitivas, comunicativas e
socioemocionais. A sequência didática foi elaborada e desenvolvida utilizando
diferentes metodologias ativas, com destaque para a Sala de Aula Invertida e na
utilização de alternativas maker na escola, e o desenvolvimento de competências
e habilidades, principalmente as socioemocionais, conforme as orientações da
BNCC e as propostas presentes nos livros e recursos didáticos do Sistema
Positivo de Ensino. A dinâmica da proposta foi bem recebida pelos alunos, que
demonstraram uma boa receptividade à atividade desenvolvida, visto que todos
se envolveram e interagiram, de forma significativa, nas discussões propostas. A
competência comunicativa foi trabalhada através da elaboração do roteiro
enquanto escrita e a audiodescrição enquanto linguagem oral, já a competência
socioemocional foi desenvolvida a partir das mensagens de cada curta e do
reflexão pessoal e experiência introspectiva de cada aluno. Ao final evidenciou-
se que as estratégias de ensino aqui propostas merecem ser compartilhadas,
visto que se faz necessário a discussão sobre a importância de se ensinar para a
complexidade na era digital com compromisso com a formação integral e o
desenvolvimento sustentável.

Palavras–Chave: audiodescrição, competências, metodologias ativas, currículo


socioemocional
Abstract [size 12, bold, centred]

This experience report aims to share reflections and exchanges of methodological


classroom experiences that address complexity in the digital age focusing on
commitment to integral education and sustainable development. The proposal of
the Positive Education System is referenced by the BNCC, which in turn has the
necessary skills for the integral formation of students so that they can operate in
society in a critical, autonomous and participatory manner, as well as cope with
the complexity of the digital age. In this sense, it emphasizes that in a cross-
sectional way the organizing axes of the Portuguese Language must be worked
in order to stimulate the development of these competences, so it was proposed
a work with short description audio description that, at the same time, it was
possible to work with the message presented in each video. allowed the
development of cognitive, communicative and socio-emotional skills. The didactic
sequence was elaborated and developed using different active methodologies,
with emphasis on the Inverted Classroom and the use of maker alternatives in the
school, and the development of competences and skills, especially the socio-
emotional ones, according to the BNCC guidelines and the present proposals. in
the books and teaching resources of the Positive Education System. The
dynamics of the proposal was well received by the students, who demonstrated a
good receptivity to the developed activity, since all were significantly involved and
interacted in the proposed discussions. The communicative competence was
worked through the elaboration of the script as writing and the audio description
as oral language, while the social-emotional competence was developed from the
messages of each short and the personal reflection and introspective experience
of each student. In the end it was evident that the teaching strategies proposed
here deserve to be shared, as it is necessary to discuss the importance of teaching
for complexity in the digital age with commitment to integral education and
sustainable development.
Keywords audio description, competences, active methodologies, socio-emotional
curriculum

INTRODUÇÃO
A Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) é o documento
normativo que referencia a elaboração dos currículos de todo o sistema de
ensino do país, para isso apresenta as aprendizagens essenciais que os
alunos necessitarão desenvolver durante a Educação Básica.
O Sistema Positivo de Ensino compreendendo a relevância desse
documento, elaborou o seu currículo a partir das competências
estabelecidas nesse documento como pilares para um processo educativo
voltado para a formação integral dos educandos, baseando-se na ideia de
que os alunos sejam capazes de utilizar os saberes que adquirirem para
atuarem no cotidiano de forma crítica, autônoma e participativa, com
atitudes que estejam sustentadas pelos princípios universais, como a ética,
os direitos humanos, a justiça social e a sustentabilidade ambiental.
Assim, quando o ensino é referenciado por competências, além do
desenvolvimento intelectual, promove-se também o social, o físico, o
emocional e o cultural, compreendidos como dimensões fundamentais
para a perspectiva dessa formação integral.
As orientações metodológicas trazidas pelo Sistema Positivo de
Ensino através da Proposta Pedagógica para o Ensino de Língua
Portuguesa, alinhada à BNCC, apresenta a linguagem como processo de
interação entre sujeitos, que numa perspectiva enunciativa e discursiva da
linguagem, persegue-se o desenvolvimento de competências
comunicativas e discursivas.
A concepção pedagógica dessa proposta está em consonância com
a definição de competência trazida pela BNCC:

“Mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos),


habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e
valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana,
do pleno exercício da cidadania e do mundo do
trabalho.”(BRASIL, 2017)

Quando se fala em resolução de demandas complexas da vida


cotidiana, é preciso se atentar para a construção do conhecimento que se
efetiva nas ocorrências sociodiscursivas, sendo necessário compreender
o caráter dialógico, ideológico e interativo das práticas de linguagem,
permitindo uma eficiente interação social.
A forma de se comunicar mudou e consequentemente a forma de
ensinar também. Os principais estudos e os documentos oficiais
prescrevem que a metodologia de ensino possui o mesmo grau de
importância que os conteúdos a serem comunicados. Dessa forma, o
trabalho com as metodologias ativas tem assumido um papel fundamental
no desenvolvimento de competências uma vez que colocam o aluno no
centro do processo educativo e como protagonista de sua própria
aprendizagem.
As Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs)
além de facilitadoras, são essenciais para que experiências diferenciadas
possam fazer parte da rotina escolar, permitindo o entendimento da
complexidade do mundo que nos cerca e formação social dos alunos,
principalmente no que se refere ao contato dos alunos com diferentes
formas de comunicação.
Objetivando reflexões e trocas de experiências metodológicas de
sala de aula que tratem da complexidade na era digital focando no
compromisso com a formação integral e no desenvolvimento sustentável,
que se faz aqui o relato de uma experiência na área de Língua Portuguesa
realizada no primeiro trimestre do Ensino Fundamental – Anos Finais no
Centro Educacional Ciranda Cirandinha, escola conveniada ao Sistema de
Ensino Positivo.
1 AS PRÁTICAS DE LINGUAGEM DO COMPONENTE CURRICULAR
DA LÍNGUA PORTUGUESA
A BNCC ao centralizar o texto e os gêneros textuais busca
contextualizar o ensino de Língua Portuguesa e articulá-lo ao uso social da
língua, apresentando eixos organizadores que apesar de terem estatutos
próprios, se articulam de forma recíproca e interdependente.
Ao fazer isso, o ensino desse componente curricular acompanha a
evolução dos estudos de linguagem e buscam contribuir para a atuação e
transformação da sociedade que também passou por profundas
alterações, sobretudo por conta da chegada da era digital.
A BNCC reflete esse avanço, entendendo que a sociedade atual
como participante dessa era produz uma quantidade incalculável de textos
que em sua maioria são multimodais, tanto em sua forma (diversos
recursos semióticos simultaneamente articulados) como pela influência
principalmente pelas mídias digitais.
De maneira transversal os eixos devem ser trabalhados de forma a
estimular o desenvolvimento de diferentes competências e habilidades que
promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as
possibilidades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios
da sociedade contemporânea.

2 A AUDIODESCRIÇÃO COMO PROPOSTA DE TRABALHO


TRANSVERSAL ENTRE OS EIXOS E AS COMPETÊNCIAS GERAIS
DA BNCC
Também chamada “era da informação”, a era digital é caracterizada
pelos desafios decorrentes das mudanças constantes da tecnologia. Para
lidar com esse tipo de demanda, os professores precisam de base teórica
e conhecimentos que forneçam uma fundamentação sólida para seu
ensino, incorporando as inovações tecnológicas.
No entanto, uma das preocupações da prática pedagógica na era
digital, mesmo sabendo da necessidade de inovações constantes, é a
respeito de como podemos desfrutar de todos os recursos tecnológicos
disponíveis sem perder nosso senso humano.
As crianças e os jovens da era digital encontram-se, muitas vezes,
mais habituados a se relacionar usando um teclado do que a fala, o olhar
e o toque. Em que pese a necessidade do uso da tecnologia, é importante
que as estratégias de ensino, com ou sem aparatos tecnológicos,
oportunizem o desenvolvimento de diferentes linguagens, verbais e não
verbais. É fundamental que as práticas de sala de aula criem espaços para
que os estudantes reconheçam os seus sentimentos por meio do olhar
para si e para o outro no encontro das faces e dos gestos. Igualmente
importante é que a prática pedagógica permita a interação dos estudantes
com diferentes grupos sociais e, nesse processo, aprendam a ser
cooperativos, a escutar ativamente, a expressar suas emoções e a ser
empáticos.
A sociedade está cada vez conectada com informações e
conhecimentos, oriundos da mídia televisiva, e com a ampliação da
produção de vídeos, revistas, e mídias acessadas pela internet.
Simultaneamente, observa-se que a maioria das pessoas com deficiência
visual, ainda não acessam às informações, imagens, lazer e
conhecimento, principalmente na descrição das imagens em livros, jornais,
revistas, vídeos e sites publicados na internet. Assim, conhecer figuras e
imagens, assistir a filmes, a peças teatrais, a shows, e a esportes foi
negado durante muito tempo a essas pessoas, impedindo o acesso à
cultura, ao lazer e a educação, construídos no decorrer de diversos
contextos históricos.
A audiodescrição surge como caminho para a inclusão cultural,
cognitiva e social, uma vez que o conhecimento se complementa por meio
de descrições de cenas, figuras, imagens, encenações em ambientes de
lazer e educação, proporcionando um amplo conhecimento para as
pessoas privadas do uso da visão, derrubando um silêncio e descrevendo
o que os olhos não podem enxergar.
Além das pessoas com deficiência visual, a audiodescrição
possibilita acesso ao patrimônio cultural produzido pela humanidade às
pessoas com deficiência intelectual, disléxicos e outros. Como proposta de
inclusão, ela permite que todos tenham direito à educação, à cultura e a
profissionalização. Assim, diante dos direitos garantidos na Constituição
Brasileira, a audiodescrição vem contribuir com a inclusão de todas as
pessoas com deficiência visual, ao conhecimento por meio do uso da
audiodescrição.
Portanto, como proposta de integração entre os eixos apresentados
nas práticas de linguagem propôs-se o trabalho com audiodescrição de
curtas metragens possibilitando de forma concomitante o desenvolvimento
das aprendizagens fundamentais dos campos de atuação e dos eixos
organizadores do componente curricular da Língua Portuguesa e das
competências cognitivas, comunicativas e socioemocionais conforme
percurso metodológico apresentado a seguir.

2.1 Percurso Metodológico


A atividade foi desenvolvida com os alunos do 7º ano a partir do
envolvimento das práticas de linguagem de forma a possibilitar o
conhecimento de diferentes formas de comunicação. A proposta
pedagógica constou de um planejamento de aulas, visando desenvolver
habilidades nos alunos para facilitar a compreensão da tradução visual dos
elementos presentes nas obras e usufruir com autonomia das diferentes
linguagens artísticas.
A sequência didática foi elaborada e desenvolvida utilizando
diferentes metodologias ativas, com destaque para a Sala de Aula Invertida
e na utilização de alternativas maker na escola, e o desenvolvimento de
competências e habilidades, principalmente as socioemocionais, conforme
as orientações da BNCC e as propostas presentes nos livros e recursos
didáticos do Sistema Positivo de Ensino, conforme apresentado a seguir:

2.1.1 Sala de Aula Invertida e o trabalho com Curta-metragem


Os alunos foram orientados a pesquisarem e assistirem a diversos
curta metragens que foram disponibilizados via link pelo whatsapp do
Grupo da turma sendo convidados a refletirem sobre a mensagem trazidas
por eles.
Os curtas foram criteriosamente selecionados a partir de temas
voltados para o desenvolvimento de habilidades e competências
socioemocionais e ainda sem diálogos visando um trabalho posterior com
a audiodescrição.
Utilizou-se o contexto da Sala de Aula invertida uma vez que os
alunos acessaram todo o conteúdo anteriormente tendo um conhecimento
prévio daquilo que seria abordado em sala de aula por meio do material
fornecido com antecedência pelo professor, otimizando assim o tempo
didático. Com isso, a aula pode ser dedicada a aprofundar o tema e a
desenvolver os assuntos mais importantes e ainda os alunos puderam
compreender alguns benefícios acerca do compartilhamento de
mensagens por meio das redes sociais.

2.1.2 Diálogo Argumentativo e a conexão do projeto com as


Competências Socioemocionais e as Competências Comunicativas
Após a visualização de todos os vídeos, os alunos foram colocados
em um ambiente com formato de mesa redonda e foram promovidos
diversos debates acerca dos temas criteriosamente selecionados.
Buscou-se nesse momento avaliar e desenvolver as competências
estabelecidas pela BNCC, sendo que de forma implícita as matrizes dos
saberes apresentadas pela BNCC foram trabalhadas, com destaque para
o Aprender a Ser e o Aprender a Conviver.
Os alunos puderam observar a intenção comunicativa de cada obra
bem como os modalizadores argumentativos que os autores utilizaram
para chamar atenção do leitor e transmitir a mensagem.
O momento possibilitou diferentes olhares e a partir das
informações e conhecimentos prévios internalizados pode-se refletir
coletivamente sobre atitudes e valores que contribuem para a convivência
em sociedade e ainda a produção de novos conhecimentos que por sua
vez foram ressignificados e contextualizados.
2.1.3 Apresentação de Conceitos Específicos Relativos à
Audiodescrição
Inicialmente foi apresentado aos alunos o áudio do curta “ A
princesa e o Violinista”, em seguida foi solicitado que eles contasse a
história que tinha acabado de ouvir. Após todos contribuírem com suas
opiniões, foi apresentado a história com o áudio e vídeo. Em seguida,
novamente foi solicitado que eles contassem o que tinham acabado de ver
e ouvir.
Assim, os alunos puderam observar que tinham se enganado em
algumas partes da história, com isso pode-se inserir o conceito de
audiodescrição e a importância dessa ferramenta para a inclusão,
principalmente para as pessoas deficientes visuais.
Em seguida, foi apresentado aos alunos o áudio do curta
audiodescrito “A princesa e o Violinista”; neste primeiro momento, os
alunos tiveram seus olhos vendados com o objetivo de favorecer a
aquisição de conceitos referentes às linguagens artística como os espaços
culturais, os conceitos em relação aos elementos presentes na
áudiodescrição como: localização espacial, posição corporal,
característica física, expressão facial, figurino como também o
desenvolvimento da habilidade auditiva.
Através do conhecimento da proposta com Audiodescrição os
alunos puderam praticar a alteridade, a empatia e cooperação

2.1.4 Elaboração de roteiro e edição dos Curtas com Audiodescrição


- Cultura Maker
A partir de curtas audiodescritos, que serviram como modelos, os
alunos puderam observar as características e os conceitos relativos ao
gênero textual e a partir desse momento foram escolhidos entre os curtas
trabalhados nas aulas anteriores alguns para que gravar a audiodescrição.
Os alunos elaboraram inicialmente roteiros sobre cada momento no
qual será descrito as ações e as imagens, organizando o momento de cada
descrição de imagens e/ou ações.. Dessa forma, além da mensagem
transmitida pelos curtas, puderam perceber a importância das imagens,
gestos e sons que são fundamentais para a compreensão da obra.
O aluno, que atuou como o audiodescritor, pode traduzir a imagem
com objetividade, fidelidade, sempre transmitindo o conteúdo sem fazer
interpretações, nem dar sua opinião, mas internalizar importantes atitudes
e mensagem transmitidas tanto pela proposta quanto pelos crutas.
O trabalho com a linguagem multimodal se fez presente quando os
alunos roteiristas observaram as cenas, levando em consideração os
elementos visuais não verbais, como: os personagens, características
físicas, expressões faciais, linguagem corporal e figurino; a ambientação,
localização espacial dos personagens; e, as ações que são importantes
para serem descritas para as pessoas com deficiência visual, ou seja, que
são essenciais para que eles entendam o enredo.
A descrição foi inserida pelos próprios alunos a partir de um
aplicativo de celular sugerido pelo professor, o Kinemaster, sendo que
alguns alunos usaram outros aplicativos que já eram habituados. Eles
elaboram o roteiro desenvolvendo a capacidade de observação, escrita de
forma significativa e prazerosa.
Os vídeos audiodescritos foram compartilhados nos grupos de
Whatsapp da Escola e trabalhados com outras turmas os temas e
mensagens transmitidas por eles.
Pretende-se ainda, publicar os vídeos nas redes sociais e no
Youtube no Canal da Escola e ou do Professor.

3 DISCUSSÃO E RESULTADOS
Após o acesso aos curtas e o desenvolvimento desse trabalho, foi
feita uma avaliação oral tendo como foco de discussão duas situações
específicas: a utilização das mídias para o compartilhamento de
mensagens positivas e a inclusão promovida pela audiodescrição.
A dinâmica da proposta foi bem recebida pelos alunos, que
demonstraram uma boa receptividade à atividade desenvolvida, visto que
todos se envolveram e interagiram, de forma significativa, nas discussões
propostas.
Essa prática pedagógica estimulou uma discussão entre os alunos,
que puderam desenvolver a argumentação, o pensamento crítico, a
cooperação, a empatia, a responsabilidade social e a cidadania, que por
meio da prática pedagógica realizada.
O fato dos alunos realizarem o roteiro e editarem os vídeos permitiu
uma melhor interação e diálogo com a obra bem como desenvolver a
criatividade e a autonomia.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As competências socioemocionais devem ser desenvolvidas no
ambiente escolar, seja em vivências diárias, ou articulando um conjunto de
componentes curriculares, uma vez que são fundamentais e tão
importantes quanto as competências cognitivas e comunicativas.
Conclui-se que atividades voltadas para o desenvolvimento das
competências gerais da BNCC privilegiam a participação ativa do aluno e
revelam um forte elemento procedimental que articula um conhecimento,
do ponto de vista teórico, a uma função prática no contexto real, permitindo
ao aluno relacionar, de maneira significativa, um saber conceitual a um
fazer prático e a uma postura que sejam fundamentadas em princípios
universais, como a ética, os direitos humanos, a justiça social e a
sustentabilidade ambiental.
A competência comunicativa foi trabalhada através da elaboração
do roteiro enquanto escrita e a audiodescrição enquanto linguagem oral, já
a competência socioemocional foi desenvolvida a partir das mensagens de
cada curta e do reflexão pessoal e experiência introspectiva de cada aluno.
Outro ponto que ficou forte nos relatos foi o exercício da empatia e
alteridade no qual vários dos nossos alunos se colocavam no lugar dos
deficientes visuais, inclusive se emocionaram em vários momentos.
Diante do relato de experiência aqui apresentado, pautado na
exposição de uma proposta de ensino que articulou os eixos organizadores
com o currículo socioemocional, evidencia-se que as estratégias de ensino
aqui propostas mereceram ser compartilhadas, visto que se faz necessário
a discussão sobre a importância de se ensinar para a complexidade na era
digital com compromisso com a formação integral e o desenvolvimento
sustentável.

Exemplos: (Espaçamento simples entre linhas das referências)

Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL. (2013). Relatório


Anual 2013: ANATEL. Brasília, DF: Ministério das Comunicações.
Recuperado de http://www.anatel.gov.br

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