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27/04/2016

ARTROPLASTIA DO
QUADRIL

ARTROPLASTIA DE
QUADRIL

TIPOS
• Parcial: apenas o componente femoral é colocado
preservando-se o acetábulo, que deve ser
obrigatoriamente normal

• Total: são substituídos tanto o componente femoral


como acetabular, pois ambos encontra-se
alterados

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TIPOS DE PRÓTESE

TIPOS DE PRÓTESE
 Prótese cimentada

Usa cimento ósseo para fixar o componente


acetabular na bacia e a parte femoral no
fêmur.
Pacientes com idade mais avançada
As mais utilizadas em nosso meio são as de
Charnley e Muller

PRÓTESE CIMENTADA

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PRÓTESE FEMORAL
MODULAR CHARNLEY TYPE
• Haste intramedular achatada, delgada,
é encaixada e fixada no canal medular do
fêmur, através de cimento ósseo
• Na região proximal, possui um cone
morse característico das próteses
modulares que serve para alojar uma
cabeça femoral, para articulação com o
componente acetabular
• Aço inoxidável e titânio alloy

PRÓTESE FEMORAL
MODULAR MULLER TYPE
• Prótese modular de quadril com haste
intramedular auto-bloqueante, é fixada
com o auxílio do cimento ósseo
• Na região proximal, a prótese possui
um cone morse
• O tamanho do colo nas próteses
modulares é determinado pelas cabeças
femorais
• Aço inoxidável e titânio alloy

Componente Acetabular Componente Acetabular Muller


Charnley

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PRÓTESE FEMURAL
MODULAR MOORE TYPE
• Haste intramedular anatômica, com
perfil retangular
• Cabeça fixa, indicada para cirurgias
parciais
• Duas versões: "haste sólida" e "haste
fenestrada"
• Hastes: fixação no canal medular
femoral, através de cimento
• Aço inoxidável

TIPOS DE PRÓTESE
Prótese não-cimentada

É aquela em que o acetábulo e componente


femoral são fixados diretamente na superfície
óssea, sem a utilização de cimento.
Pessoas mais jovens, com boa qualidade óssea
Têm uma fixação inicial puramente mecânica,
por intermédio de parafusos, roscas, etc., e,
tardiamente uma fixação biológica através de
migração e invasão tecidual dos componentes
acetabular e femoral

PRÓTESE NÃO-CIMENTADA

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TIPOS DE PRÓTESE
 Prótese híbrida
 O componente acetabular é fixado à
bacia através de parafusos, sendo o
componente femoral fixado com cimento
ao fêmur.
É usada em pacientes com até 75 anos de
idade

 Endopróteses parciais: implantes com


cabeça
intercambiável e haste cimentada.

ARTROPLASTIA PARCIAL

Indicações:
Idade > 80 anos
Pouca atividade
Sem comprometimento prévio do quadril
Estado geral debilitado
Necessidade de rápida mobilização
Patologias neurológicas ou fraturas
patológicas

ARTROPLASTIA PARCIAL
Vantagens:
Mobilização precoce com carga total
Eliminação de complicações como necrose
avascular e não-consolidação
Desvantagens:
Amputação da cabeça
Não exclui nova cirurgia
Implante:
Prótese parcial com dois componentes:
cabeça com haste fixada por cimento

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ARTROPLASTIA TOTAL
Indicações:
Idade > 60 anos
Fratura complexa com risco de falha na
fixação
Afecção prévia do quadril e afecção
do quadril contralateral: Artrose, AR,
necrose avascular e tônus muscular
anormal causado por PC

ARTROPLASTIA TOTAL

Indicações:
Os procedimentos de ATQ não eletivos
são realizados para fraturas nas quais a
fixação com redução interna aberta
(FRIA) mostrou-se inapropriada

ARTROPLASTIA TOTAL
Implante:
Idade e Qualidade óssea
Preferência e familiarização técnica do
cirurgião
Paciente ativos com boa qualidade
óssea: acetábulo não-cimentado e haste
femoral não-cimentada ou cimentada
Pacientes com má qualidade óssea: dois
componentes cimentados

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CONTRA-INDICAÇÕES ATQ

• Massa óssea inadequada,


• Suporte periarticular inadequado
• Fatores de riscos médicos sérios
• Sinais de infecção
• Falta de motivação do paciente para
observar as precauções e seguir com a
reabilitação
• Se não for provável aumentar o nível
funcional do paciente

CONSIDERAÇÕES

• As próteses têm um tempo de vida


projetado de menos de 20 anos
• Os candidatos a ATQ têm idade acima
de 60 anos
• Pacientes mais jovens podem eleger esta
cirurgia quando seu estado funcional é
severamente comprometido e a dor se
torna intolerável

CONSIDERAÇÕES

• Fratura em pacientes jovens: fixação com


redução interna aberta sempre que
praticável

• Tempo de vida da prótese atual- pacts


jovens – podem requerer uma revisão

• ATQ: Melhora a função e reduz a dor com


doença incapacitante.

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CONSIDERAÇÕES

• Satisfação do paciente: muito bom ou


excelente – a respeito do alívio da dor e a
melhora da função – 98% dos casos até
dois anos após a ATQ

• Taxa de sobrevivência a longo prazo:


87,3% a 96,5% por um período de 15 anos

ABORDAGEM PÓSTERO-
LATERAL
• Acesso - intervalo entre o glúteo máximo e o
médio
• Cápsula e rotadores laterais liberados
• Quadril deslocado posteriormente
• Esta exposição coloca tração no glúteo
máximo, o médio e no tensor da fáscia lata.
• Precaução: não tracionar o n. ciático ou o
nervo e a artéria glútea superior

ABORDAGEM PÓSTERO-
LATERAL

• Reparos na cápsula posterior e nos rotadores


laterais permanecem controversos

• Preserva o glúteo médio, o mínimo, e o vasto


lateral –reabilitação mais fácil

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ABORDAGEM PÓSTERO-
LATERAL
• Marcha mais rápida no período PO

• Após o fechamento do tecido subcutâneo e


da pele – mantém o quadril em
aproximadamente 30° de abdução.

• O travesseiro é fixado com tiras não muito


apertadas – compressão do n. fibular

ABORDAGEM PÓSTERO-
LATERAL

• Reabilitação – paciente consciente

• Diminuir o Edema/ TVP

• Ficar em pé, sentar e caminhar – 1° DPO,


caso as precauções com o quadril forem
seguidas cuidadosamente

ABORDAGEM ÂNTERO-
LATERAL
Menor incidência de deslocamento posterior.

AVC ou PC, paciente com desequilíbrio muscular


significativo ou espasticidade

Usa um intervalo entre o glúteo médio e o tensor


da fáscia lata

As lesões nervosas podem resultar em paralisia


total ou parcial dos abdutores - n. glúteo
superior.

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ABORDAGEM ÂNTERO-
LATERAL
Lesão do n. femoral - retração excessiva
dos tecidos moles em frente do quadril,
deixando o QDS fraco

Preserva os rotadores laterais do quadril e


previne a exposição direta do nervo ciático

Tecidos lesados - glúteos médio e mínimo, o


tensor da fáscia lata, os vastos laterais, a
cabeça do reto femoral, a cápsula anterior
do quadril e o tendão do iliopsoas

ABORDAGEM ÂNTERO-
LATERAL
A última camada profunda de exposição requer a
liberação da fáscia anterior do glúteo médio em
relação ao trocânter maior e a reflexão do reto
femoral do acetábulo anterior

A liberação do glúteo pode ser feita ou através do


tendão ou através da osteotomia trocantérica,
embora a osteotomia trocantérica tenha falhado
em devido à incidência da não união

Após a liberação do glúteo, o quadril pode ser


deslocado anteriormente e a substituição da
articulação começa como na abordagem
póstero-lateral

ABORDAGEM ÂNTERO-
LATERAL
RL e flexão - evitar na fase pós-cirúrgica para evitar
o deslocamento

Precauções com ADM do quadril, especialmente


durante as seis semanas

A marcha normal - fortalecimento do abdutor e do


quadríceps na reabilitação precoce

Exercícios em piscina são extremamente úteis

Andador ou muletas é requerido por três semanas


após a ATQ

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ABORDAGEM ÂNTERO-
LATERAL
• Uma bengala é utilizada por um período
adicional de três semanas

• Idade x condição pré-cirúrgica do paciente

• 3 sem - Dirigir e retornar as atividades


sedentárias

• Algumas precauções com o quadril podem ser


relaxadas com seis semanas

• 6 meses - Melhora na força e na ADM

TÉCNICA CIRÚRGICA

TÉCNICA CIRÚRGICA

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TÉCNICA CIRÚRGICA

TÉCNICA CIRÚRGICA

TÉCNICA CIRÚRGICA

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TÉCNICA CIRÚRGICA

RAIO - X

Com Cimento

Sem Cimento

TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO

Início no primeiro dia pós-operatório.

Objetivo principal do tratamento pós-


operatório

Proteção das estruturas articulares

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TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO
1º DPO
Exercícios de reexpansão pulmonar
Exercícios ativos de bomba venosa
Mobilização patelar
Exercícios de contração isométrica
para o quadríceps;
Crioterapia
Estímulos proprioceptivos
Exercícios para membros superiores;

TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO
Apoios para o calcanhar
Treinamento de transferência supino para a
posição sentada de sentado para a posição em
pé;
Sentar por curtos períodos com os quadris em não
mais que 45º de flexão e levemente abduzidos
No membro não operado, exercícios isométricos,
de baixa intensidade, indolores e contra resistência
leve
Treinamento da marcha
Posicionamento do paciente a cada 2 horas

TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO

• Em artroplastias não-cimentada: o apoio parcial


do membro operado pode ser iniciado em duas
semanas e o apoio total em até 10 semanas.

• Nas cimentadas o apoio parcial inicia-se no


terceiro dia e o apoio total em até 4 semanas,
pode haver exceções, mas elas serão expostas
pelo cirurgião.

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TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO
• Ambulatório
• Os exercícios devem progredir, quanto à intensidade
a cada dia, ate que o paciente possa movimentar e
controlar o membro de modo independente.

Vias da Artroplastia
Posterior Antero-lateral

Posicionamento
RE e Elevação RI

Movimentação
Flex – 60° e Abd – 20° Flex – 60° e Adu – 10°

Pós-operatório
Dreno e Coxim em Isometria e Ativos
M obilização Passiva
Abdução Livres

Ambulatório
Cimentada – 4 semanas Não Cimentada – 10 semanas

MULETAS

Sem Carga Descarga Descarga


• 2 muletas Parcial Parcial
• Sem apoio • 2 muletas • 1 muleta
• Apoio Parcial • Lado do Apoio

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TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO

TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO

MARCHA
• Função do Fisioterapeuta

Movimentos na Direção Desejada – Progressão


Controle Postural – Estabilidade
Habilidade de Adaptar-se as Mudanças –
Adaptação

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MARCHA
• Progressão
Dissociação de Cinturas
Trabalho de Diagonais

• Estabilidade
Movimentos Ativos e resistidos
Apoio
Suporte de Peso
Transferências

• Adaptação
Controle Motor
Superfícies Irregulares e Obstáculos

COMPLICAÇÃO
• Infecção - + temida

• Luxação Tardia

PRECAUÇÕES

• A abordagem póstero-lateral da ATQ proíbe a


flexão do quadril além de 90°, adução além da
linha média do corpo e rotação medial do quadril

• Após ATQ ântero-lateral, o paciente deve evitar a


rotação lateral especialmente com flexão

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