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SÃO PAULO
2016
ISTHANNLLEY MARX DE ALMEIDA COSTA
SÃO PAULO- SP
2016
Dedico este trabalho a Deus que permitiu que tudo pudesse ser
realizado, A minha Mãe Socorro de Almeida Costa, pelo apoio
incondicional em todos os momentos, e ao meu Pai Ivandro Costa
pela compressão e incentivo ao longo de minha trajetória.
Agradeço:
Ao Eterno Deus de Israel, “(...)porque aos seus
anjos dará ordem a teu respeito, para te
guardarem em todos os teus caminhos; Eles te
sustentarão nas suas mãos, para que não
tropeces(...)“ – Salmos 91:11,12;
A aqueles que habitam meu coração e que se
fazem presentes em minha vida, minha família
que tanto bem desejo;
Àqueles que cooperaram para que essa
oportunidade me fosse apresentada;
Ao meu orientador que, pacientemente,
conversou e compreendeu durante os dias que
levaram para a confecção desse artigo.
“A responsabilidade de todos é o único caminho
para a sobrevivência humana.” (Dalai Lama)
Prof.Dr.RodrigoGarciaVilardi2
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
1. A FUNÇÃO DO DIREITO
de impor regras de bom convívio, assim o homem ao aceitar dispor de parte de sua
liberdade de auto governar-se o faz esperando regramentos que o limitam mas o
protegem.
Desta forma, para estabelecer regramentos que rejam essa sociedade que
surge, e no intento de oferecer a proteção a que se busca e manter a coesão e ordem,
surgem o que nomeamos leis e direito. Temos, assim, que o Direito tem como função
primordial a proteção do cidadão e a manutenção da ordem social, proteção esta
contra outros internos, externos, e contra o próprio Estado, frise-se.
O Direito deixa claro a todos, através de suas leis, que há orientações que
devem e serão obedecidas sob pena de sanções, assim surgem o lícito e o ilícito.
Como destacado acima o Direito vem para oferecer proteção, criar regras,
delimitar condutas, em suma, proteger o lícito e reprimir o ilícito, buscando preservar
a todos os que vivem em sociedade.
A responsabilidade civil parte do posicionamento de que todo aquele que viola
um dever jurídico e causa dano deve repará-lo, isto, porque, temos um dever jurídico
originário que é o de não causas dano a outrem e quando o fazemos nos encontramos
num dever jurídico sucessivo que é o da reparação. Há de se entender que existe
somente um grupo de fatos relevantes para o direito, dentre estes alguns se qualificam
como permitidos e outros como proibidos, mas somente os últimos serão tipificados,
pois neles estão potenciais problemas para a coesão e manutenção do pacto social,
a palavra responsabilidade vem do latim “respondere”, indicando portanto a obrigação
de responder pelos seus atos, tal tema é tratado no Código Civil em seus artigos 186,
187 e 927, como veremos.
O que chamamos de nexo causal nada mais é que a ligação entre causa e
efeito, ou seja, o que provocou aquele efeito. O nexo de causalidade é liame que une
a conduta do agente ao dano e constitui elemento essencial para a teoria da
responsabilidade civil, seja no sistema objetivo ou subjetivo, do qual falaremos mais
à frente.
Por muito tempo se discutiu o que poderia ser considerado elemento de nexo
de causalidade, e dessa discussão se originaram diversas teorias, tendo por fim
prevalecido a teoria da casualidade adequada, que entende que somente causas
relevantes para o resultado danoso são consideradas. Essa teoria vem
expressamente disposta no artigo 13 do Código Penal Brasileiro.
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Podemos entender como dano material aquele que possui valor econômico,
não precisando ser necessariamente um dano causado a uma coisa, por exemplo
quebra ou danificação de um bem, mas também um dano causado a pessoa do qual
para se recuperar teve de despender dinheiro (dano emergente), e/ou aquele que
deixou de ganhar pelo lapso necessário para sua recuperação (lucro cessante). A
reparação ao dano pode ser feita, quando possível, “in natura”, ou seja, pode ser
substituído por coisa semelhante, ou “in pecúnia”, ou seja, em dinheiro.
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Devemos atentar para o fato de que desde advento do Código Civil de 2002
temos no Direito Pátrio duas teorias de responsabilidade civil, sendo a primeira
subjetiva e a segundo objetiva.
A Responsabilidade Civil subjetiva já se encontrava no Código Civil de 1916,
e continua recepcionada pelo Código de 2002, sendo a regra geral. Esta
Responsabilidade se funda na teoria da culpa, ou seja, necessário ação ou omissão,
dolo ou culpa, nexo causal e dano, pressupostos dos quais tratamos até o momento.
A Responsabilidade Civil objetiva não existia no ordenamento Civil anterior,
mas veio recepcionada pelo CC/02, tipificando o que anteriormente se construiu na
doutrina. Esta Responsabilidade é exceção, se funda na Teoria do Risco e vem
disposta no parágrafo único do artigo 927 do CC:
Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
a vítima que tem direito claro mas que não consegue prova-lo. Deste modo a
Responsabilidade Civil objetiva pressupõe o dever de indenizar sem que seja
necessário a prova da culpa e invertendo o ônus da prova.
4.1. NEGLIGÊNCIA
4.2. IMPERÍCIA
4.3. IMPRUDÊNCIA
de seu caminho bate na lateral de outro veículo levando o motorista daquele a morte
e o carona a ter diversos ferimentos graves.
B. Um grupo de jovens amigos organiza uma reunião em uma boate e decidi
realizar alguns truques com fogo e malabarismo, eles tem conhecimento de que o
fogo é perigoso e o local é fechado, no entanto, acreditam verdadeiramente que nada
ocorrerá de danoso, mas somente um show que os divertirá e a seus amigos. Porém,
pela baixa altura do teto as labaredas acabam atingindo material inflamável e
causando grande incêndio no local, agitação, envenenamento e morte de vários dos
amigos do grupo que encontravam-se presentes, além de diversos feridos e acabando
com o local onde estavam reunidos.
Há de se ressaltar que em ambos os exemplos aqui apresentados também
decorreria uma aplicação sancionadora na esfera criminal, no entanto aqui tratamos
somente de suas consequências na esfera cível.
Muitos são os que confundem a imprudência com a negligência, mas como
pudemos observar existem nelas um ponto diverso essencial, que reside no fato de
que quem é negligente tem conduta omissiva, ou seja, deixa de praticar ato que
deveria praticar pelo zelo e cuidado que se esperava que tivesse, já no caso da
imprudência temos uma ação com falta de cautela, ou seja, existe um ato, uma pratica,
onde se agiu diversamente do que deveria ter feito em nome do cuidado a que se
esperava tivesse.
Assim, todos os elementos apresentados, que constituem o cerne dessa
explanação se ligam diretamente a culpa, aquele que age ou deixa de agir de forma
culposa se enquadra em um desses pontos, e deste modo com a produção do
resultado dano terá indenizar.
Aduz o artigo 944 e seu parágrafo único que mede-se a indenização pela
extensão do dano, este dispositivo vem por decorrência do principio da
proporcionalidade e razoabilidade, que costuma ser frequentemente relacionada a
administração, mas também é aplicável ao direito penal, civil, processual e etc, pois
como já dito o Direito é malha única.
Em complementação ao artigo exposto alhures, temos seu parágrafo único
que aduz que o juiz poderá reduzir equitativamente a indenização quando houver
excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano.
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CONCLUSÃO
refletir, formar entendimentos próprios e, também, outras críticas, para que, a partir
disto, seja possível a reinvindicação de mudanças do que se entende essencial para
a boa e efetiva aplicação das normas.
De suma importância, e também pontuado, é o conhecimento da teoria
paralela daquela em que se inclui o cerne da discussão, ou seja, não somente deve-
se conhecer a Responsabilidade Civil Subjetiva, mas também a Objetiva,
principalmente porque esta última vem sendo apontada como tendência desta
matéria, e aos poucos conquista espaços no debate e na aplicação.
Sob esse ponto, da expansão da aplicação objetiva da responsabilidade civil,
a vemos com ressalvas e preocupações. Temos observado a tendência geral, não só
na esfera civil, do punitivismo exacerbado, em outras palavras, a flexibilização das
garantias para abrir caminho para a sanção. No Direito Civil um exemplo dessa
flexibilização vem claramente presente na Responsabilidade Civil objetiva, pois,
embora facilite o alcance da lei em casos concretos onde a prova se fazia de difícil
produção, não pode ser aplicada de forma indistinta, visto que parte diretamente da
presunção da responsabilidade do réu, invertendo uma máxima do direito que afirma
a inocência até prova em contrário, sendo assim, é preciso que a aplicação desta
corrente seja feita de fato com cautela e em hipóteses de necessidade comprovada.
Extraímos do estudo das condutas culposas a percepção de um volume
grande de ocorrência destas, para aqueles que vivenciam o direito é impossível não
notar que tais condutas estão presentes em diversos casos concretos a que se tem
contato diariamente, e sem dúvida, a ocorrência tão frequente denota falhas
eminentemente humanas, pois se pudessem ser sintetizadas em um só termo
chegaríamos ao fato de que todas decorrem da falta de diligência, seja com a boa
observação da técnica, desde os estudos até a aplicação, seja pela falta de cuidado
na ação ou na omissão, por um lapso momentâneo ou um habito que acaba em certa
ocasião a tornar-se evento de maior dimensão que causa danos. A regulamentação
da responsabilidade reforça o dever de todos em sociedade de prezar pela boa
conduta, já que deve existir na organização social uma solidariedade orgânica, que
limita o direito individual ao não prejuízo do direito de outrem. Por fim, assim, evolui
e se constrói o Direito, através do estudo e discussão.
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BIBLIOGRAFIA
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