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31/07/2019

Interação da Radiação
eletromagnética com a matéria
Aula 2

Prof. Me. Felipe Favaro Capeleti

06/08/2019
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Radiação
• Radiação é energia em trânsito. É uma forma de energia,
emitida por uma fonte e transmitida pelo vácuo, ar o outro
material.
• Radiação corpuscular: partículas α, elétrons, pósitrons,
prótons, nêutrons, etc.
• Radiação ondulatória: ondas eletromagnéticas
• São constituídos por um campo elétrico e magnético
perpendiculares
• Velocidade c= 3.10 m/s
• Dependendo da frequência da onda recebe nomes diferentes:
• Micro-ondas, IV, Luz visível, UV, Gama
• Se distinguem pela velocidade de propagação e pela presença ou
inexistência de massa em repouso.

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Radiação Ionizante vs Não Ionizante


• De acordo com a classificação têm-se os dois grandes grupos:
• Radiação não ionizante: envolve ondas de rádio, micro-ondas,
infravermelho, luz visível e ultravioleta, e são radiações cujas
energias não são suficientemente altas para quebrar as ligações
atômicas nos materiais.
Radiação ionizante: é dividido entre raios X, gama e radiação
cósmica e são capazes de ionizar o meio por onde passam, isto é,
transferem parte ou toda a energia que carregam.
• A radiação ionizante e não ionizante diferem em:
• Frequência
• Comprimento de onda
• Energia

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Poder de Penetração

• Tanto a radiação X como a radiação gama


são altamente penetrantes e podem
produzir doses de radiação de corpo
inteiro
• Partículas Alfa - possuem massa e carga
elétrica (podem ser facilmente detidas)
• Partículas Beta - penetrar cerca um
centímetro nos tecidos ocasionando danos
à pele
• Raios X e os Raios Gama -extremamente
penetrantes, sendo detido somente por
uma parede de concreto ou metal

Raios X
• No ano de 1895, quando Wilhelm Conrad Roentgen realizou um
experimento utilizando um tubo de Crookes.

• Ele observou que uma tela fluorescente (antecessora dos atuais


écrans) brilhava fracamente enquanto o tubo permanecia ligado, este
fenômeno acontecia em distâncias de até 2 m entre o tubo e esta tela
fluorescente.

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Raios X
• No ano de 1895, quando Wilhelm Conrad Roentgen realizou um experimento
utilizando um tubo de Crookes.

• Ele observou que uma tela fluorescente brilhava fracamente enquanto o tubo
permanecia ligado, este fenômeno acontecia em distâncias de até 2 m entre o
tubo e esta tela fluorescente.

• Os experimentos seguintes foram verificar se estas emanações


atravessavam materiais e se eram susceptíveis a campo magnéticos.
Aqueles raios eram mais penetrantes que os raios catódicos de Crookes,
pois atravessavam livros, madeiras, placas metálicas, líquidos entre outros
que Roentgen, incansavelmente aplicava-se em estudar.
• Em um destes experimentos ele observou que conseguia ver o contorno
dos ossos de sua própria mão, enquanto colocava um dos materiais na
frente dos tais raios.
• Então convenceu sua esposa Bertha a colocar a mão dela sob a influência
destes raios por cerca de 15 minutos sem se mexer e assim obteve-se a
primeira radiografia de extremidade da história. Esta tão famosa
radiografia está exposta no Deutsches Museum.

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• Quando Roentgen escreveu seu artigo relatando estas observações e


descobertas, ele se referiu aos raios emitidos pelo tubo de Crookes
como “raios X”, que eram os responsáveis por fazer a tela
fluorescente brilhar; eles tinham a capacidade de atravessar alguns
materiais, incluindo o corpo humano, o que gerou um reboliço na
medicina, pois os médicos poderiam ver o interior do corpo sem abri-
lo cirurgicamente.
• Isto se tornou uma tremenda ferramenta de diagnóstico médico, que
hoje conhecemos por radiodiagnóstico e abrange várias modalidades
como radiologia convencional, escopia, mamografia e tomografia
entre outras.

Como o raios X é gerado?

• É aplicado uma diferença de potencial


entre o cátodo e o anodo, dentro do
tubo de Raios X. Os elétrons são
acelerados e chegam ao anodo (alvo).
• Nessa interação temos a formação dos
Raios X de freamento, ou Raios X
característicos.

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Bremstrahlung (Freamento)

• Parte dos elétrons se aproximam do átomo;


• Perdem parte da energia, de uma vez, emitindo um fóton
de raios X;
• Um fóton de raios X é criado quando um elétron sofre
uma desaceleração brusca devido a atração Coulombiana
do núcleo;
• Podendo ter qualquer energia, dependendo do grau de
aproximação do elétron ao núcleo e de sua Energia.
• A radiação Bremsstrahlung, ou radiação de freamento é
emitida quando o elétron (carga negativa) acelerado sofre
um desvio devido à repulsão coulombiana que sofre pelo
núcleo (carga positiva).

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Raios X Característico
• Um elétron retira outro elétron da camada K,
com isso outro elétron da camada L preenche
esta lacuna.
• Com há uma diferença de energias da camada
L para a camada K;
• Um fóton com a diferença destas energias é
liberado;
• Este fóton é um fóton de Raios X.
• Colisão entre o elétron acelerado e um elétron
de uma camada mais interna do átomo
deixando um “buraco” na camada do elétron
ejetado.

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Raios X Característico

 Rearranjo eletrônico – um elétrons de uma


camada próxima ocupa o buraco, emitindo
radiação X característica.
 A energia do fóton de raios X é dependente do
material do alvo;
 Cada elemento tem um valor de energia entre as
camadas K e L.
 Energia discreta.

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Interação da Radiação com a matéria


• A interação da radiação com a matéria ocorre de forma probabilística
por meio de cinco processos diferentes:

• espalhamento coerente;
• efeito fotoelétrico;
• espalhamento Compton;
• produção de pares;
• fotodesintegração;

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Espalhamento coerente
• Conhecido por espalhamento clássico e por espalhamento
Thompson, tem maior probabilidade de ocorrer quando os fótons de
raios X possuem energias menores que 10 keV.
• Nesta interação entre fótons e um átomo, não há transferência de
energia e, portanto não causa sua ionização.
• Um fóton incidente (comprimento de onda I) interage com um átomo
deixando-o excitado.
• Para voltar ao seu estado original, o átomo todo vibra, reemitindo o
mesmo fóton (ainda com o mesmo comprimento de onda I = I’),
mudando apenas a direção (ângulo) do fóton.

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Espalhamento Coerente

• Espalhamento
• Não ocorre ionização

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Efeito fotoelétrico
• Um elétron é ejetado;

• Toda energia é absorvida;

• Ocorre se a energia do fóton incidente for maior que a energia de


ligação do elétron do átomo;

• O elétron ejetado tem energia K = E - EL

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Efeito fotoelétrico
• Probabilidade de ocorrência é ≈ Z3 e 1/E3;

• Responsável pelo contraste na imagem;


BLINDAGEM

• Não há fótons residuais;

• Maior probabilidade para energia menores;

• Meios de Contraste.

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Efeito fotoelétrico

• Absorção do fóton
• Um elétron é ejetado;
• Toda energia é absorvida;
• Ocorre se a energia do fóton
incidente for maior que a energia
de ligação do elétron do átomo;
• O elétron ejetado tem energia K
= E - EL

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Efeito Compton
• Ocorre quando a interação dos fótons se dá com os elétrons
fracamente ligados ou livres;

• O fóton incidente perde parte da sua energia e sofre um desvio na


trajetória inicial;

• Produzindo uma radiação espalhada.

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• Dependência com Z

• Probabilidade depende da densidade eletrônica;

• A densidade eletrônica é praticamente constante nos tecidos, com


isso é praticamente independente de Z na faixa diagnóstica.

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 Probabilidade depende da densidade

Efeito Compton
eletrônica;
 A densidade eletrônica é
praticamente constante nos tecidos,
com isso é praticamente
independente de Z na faixa
diagnóstica.
• Ocorre quando a interação dos
fótons se dá com os elétrons
fracamente ligados ou livres;
• O fóton incidente perde parte
da sua energia e sofre um
desvio na trajetória inicial;
• Produzindo uma radiação
espalhada.
• Dependência com Z

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Relação entre efeitos fotoelétrico e Compton


Descrição Efeito Fotoelétrico Espalhamento Compton
- mais internos - mais externos
- mais fortemente ligados - mais fracamente
Probabilidade com elétrons:
- energia pouco maior que ligados
a de ligação
Energia de raios X: - diminui (1/E3) - diminui com (1/E)
Número atômico do alvo: - aumenta com Z3 - não depende
Densidade do material do alvo: - aumentam com materiais mais densos

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Produção de Pares
• Temos que, E=m.c2 e a energia de repouso do elétron igual a 511 keV;

• Quando um fóton de 1022 keV interage com o núcleo do átomo;

• Energia é transformada em massa gerando um pósitron e um életron;

• A Energia excedente é convertida em energia cinética.

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Fotodesintegração
• Este é a interação entre um fóton altamente energético, acima de 10
MeV e o núcleo do átomo.

• Nesta condição, o fóton é absorvido pelo núcleo que fica excitado e


para voltar ao seu estado normal de energia emite um fragmento
nuclear.

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Tipos de Radiações Emitidas

Radiação primária
Radiação secundária ou espalhada
Radiação de fuga ou vazamento

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Radiação espalhada

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Resumindo....
• Efeitos:
• Coerente
• Fotoelétrico
• Espalhamento Compton
• Produção de Pares
• Fotodesintegração

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