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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO................................................................................................................ 03
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 04
2. ORIGEM DAS GALINHAS E PRINCIPAIS RAÇAS............................................................. 05
2.1 ORIGEM DAS GALINHAS..................................................................................... 05
2.2 PRINCIPAIS RAÇAS DE GALINHAS...................................................................... 07
2.1.2 RAÇAS PURAS............................................................................................ 09
2.2.2 HÍBRIDOS COMERCIAIS............................................................................ 14
3. ALIMENTAÇÃO.............................................................................................................. 16
3.1 MANEJO NUTRICIONAL...................................................................................... 16
3.2 APRESENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DOS ALIMENTOS............................. 17
3.3 IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NA ALIMENTAÇÃO..................................................... 18
3.4 TIPOS DE ALIMENTOS......................................................................................... 18
3.5 ADITIVOS............................................................................................................ 20
3.6 O PREÇO DAS RAÇÕES........................................................................................ 20
3.7 NECESSIDADES NUTRICIONAIS.......................................................................... 21
3.8 FORMAS DE ARRAÇOAMENTO........................................................................... 22
3.9 ALIMENTOS ALTERNATIVOS............................................................................... 23
3.10 INCLUSÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS E FRUTOS NA ALIMENTAÇÃO............ 23
4. LOCAL E INSTALAÇÃO................................................................................................... 25
4.1 GALPÃO............................................................................................................... 26
4.2 ARMAZENAGEM DE RAÇÃO............................................................................... 27
4.3 PIQUETES DE PASTAGENS................................................................................... 27
4.4 CERCAS DE PROTEÇÃO....................................................................................... 27
4.5 NINHOS............................................................................................................... 28
5. SANIDADE..................................................................................................................... 29
5.1 PRINCIPAIS DOENÇAS DAS GALINHA CAIPIRAS................................................ 30
6. CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO....................................................................................... 32
7. REPRODUÇÃO............................................................................................................... 34
8. COMERCIALIZAÇÃO...................................................................................................... 41
8.1 APROVEITAMENTO DE SUBPRODUTOS............................................................. 41

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Introdução
APRESENTAÇÃO

A exigência por textura, coloração e sabor naturais tem estimulado os


pequenos e médios produtores, que não teriam como competir no sistema
industrial, a se voltarem para esta atividade de produção de alimentos
alternativos, como a galinha caipira.

A galinha caipira, por ser uma ave rústica, é capaz de suportar adversidades
climáticas e resistir a algumas doenças, tornando-se uma alternativa lucrativa
principalmente para locais com menor infraestrutura, desde que sua criação
seja bem planejada e administrada.

Neste E-book Sistema de Criação Alternativo de Galinhas Caipira,


mostraremos a você recomendações técnicas e todas as inovações existentes
para viabilizar a criação de galinha caipira, tornando-a uma ave competitiva e
inserindo-a no mercado de produtos agroecologicamente corretos.

Esperamos que aprecie nosso E-book!

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Introdução

1 INTRODUÇÃO
O Sistema de Criação Alternativo de Galinhas Caipiras representa um novo
modelo para a criação de frangos, que resgata a tradição de criação de galinhas
caipiras e tem como objetivo principal o aumento do padrão econômico da
agricultura familiar, melhorando a qualidade e aumentando a quantidade de
produção. Este tipo de sistema minimiza os danos ao meio ambiente, adotando
adequações necessárias a cada ecossistema em que é implantado, seja com
relação às suas instalações e equipamentos, seja na forma de alimentar ou de
medicar alternativamente as aves.

As aves atualmente criadas no sistema caipira são geneticamente


melhoradas, o que permite maior potencial de crescimento sem perda de
rusticidade.

A ave caipira é um produto diferenciado, resultante do cruzamento de raças


pesadas de corte com raças semipesadas de postura, o que a caracteriza
como menos exigente e mais resistente a adversidades que o frango de corte
industrial. Essas aves melhoradas, sendo criadas de forma intensiva, semi-
intensiva ou extensiva, fazem com que os produtores tenham animais com bom
desempenho e produtos para oferecer ao mercado com sabor característico
dos produtos caipiras.

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Introdução

2 ORIGEM DAS GALINHAS E


PRINCIPAIS RAÇAS

2.1 ORIGEM DAS GALINHAS

No Brasil, a produção de aves iniciou-se no século XVI, com a vinda das


primeiras raças trazidas pelos colonizadores portugueses. Por muitos
anos, essas aves foram criadas soltas e chamadas de "Galinha Caipira”,
termo oriundo do Tupi Guarani.

No entanto, em função da expansão da avicultura industrial, no século


XXI, a produção dessas aves ficou restrita às criações de “fundo de
quintal” e durante muitos anos serviu como fonte de renda que auxiliou
de forma substancial na economia familiar. A carta de Pero Vaz de
Caminha, anunciando o descobrimento do Brasil, registra a presença de
galinhas nas caravelas.

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Entre os vários animais trazidos da Europa, os nativos demonstraram maior


interesse pela galinha. As aves trazidas pelos portugueses eram de raças
puras, e acompanharam tanto os colonizadores que aqui se estabeleciam,
como, também, foram rapidamente assimiladas pelos nativos.

Em ambos os casos, com o mesmo sistema: as galinhas eram criadas soltas.


A partir do período do descobrimento, aos poucos foram sendo introduzidas
diversas raças de aves e, consequentemente, ocasionando uma grande
mistura de raças. Daí surgiu o termo caipira, do "Kai'pira", termo de origem
Tupi Guarani.

Foi por meio deste acasalamento de todas as formas, inclusive consanguíneos,


que as galinhas atuais apresentam semelhanças com as principais raças
que as originaram. As semelhanças se refletem não somente em termos de
plumagem e porte, mas também em características de carcaça.

............
Raça Andalusian
............
Raça Buff Plymouth Rock
............
Raça Silver-Spangled Hamburgs
............
Raça Australorp
............
Raça Columbian Wyandottes
............
Raça Assel
............
Raça Patridge Plymouth Rock
............
Raça Brown Leghor

O conhecimento da origem genealógica e das raças de galinhas introduzidas


no Brasil permitirá que o criador mantenha as característica desejáveis da
sua criação, assim como introduzir de maneira ordenada genes capazes de
responder positivamente ao manejo e ao planejamento da criação.

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2.2 PRINCIPAIS RAÇAS DE GALINHAS

A galinha caipira tradicional, aquela citada acima e que não apresenta raça
definida é uma má produtora de carne e não põe mais que 70 ovos por ano.
Suas características, que não foram selecionadas, acabam sendo muito
menos lucrativas do que as galinhas industriais.

E, por essa razão ao se citar tais galinhas, recomenda-se a introdução


de galos de raça pura para aumentar a produção do plantel. Buscando,
também, atender a essa nova tendência do mercado de consumir produtos
mais naturais, a criação de galinhas mais produtivas em sistema caipira vem
despertando o interesse de muitos criadores.

As criações no sistema caipira podem ser realizadas com aves de diversas


origens, onde o criador poderá optar por criar aves de raças puras, cruzamentos
entre raças puras, cruzamentos de galos de raça pura com galinhas caipiras
propriamente ditas (sem raça definida) ou podendo perfeitamente utilizar as
aves industriais que apresentam alta produção, somando-se, dessa forma,
os melhores índices de produção de aves com as desejáveis características
dos produtos caipiras. É importante ressaltar que em todos os casos deve-
se evitar a criação de aves com plumagem exclusivamente branca, para não
serem confundidas com a cor da ave industrial. As cascas dos ovos não
devem ser de cor branca pelo mesmo motivo. Uma questão a ser analisada
por ocasião da escolha do tipo de ave a ser criada é a forma de reposição
das aves.

Considerando-se as vendas, abates ou consumo da propriedade, sempre


deverá haver aves suficientes para atender à necessidade da criação.

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Ao se trabalhar com raças puras tem-se a opção de chocar os seus próprios


ovos, sendo a reposição no plantel praticamente natural, atentando somente
para a substituição do reprodutor quando necessário. O novo galo deverá ser
de mesma raça, porém de outra criação para evitar a queda na produção do
plantel.

Se o criador optar por cruzamento entre raças puras, deverá manter


obrigatoriamente dois grupos de aves de raças puras diferentes, que
serão a base do cruzamento. As aves cruzadas (descendentes do primeiro
cruzamento) não servirão para reprodução, pois darão origem a aves menos
produtivas.

Também existe a opção de se criar aves de linhagens industriais. Nesse


caso a reposição será feita pela aquisição frequente de pintos de um dia,
eliminando dessa forma a fase de reprodução no plantel.

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2.2.1 RAÇAS PURAS

RHODES INSLAND RED:


Raça americana de plumagem vermelha rica, brilhante uniforme, com as
pontas das penas da gola e da cauda pretas. São excelentes produtoras de
ovos (em torno de 180 a 240 ovos anualmente). Os ovos são grandes, pesam
em torno de 56 a 65 g, de cor rosada ou parda, muito apreciada no mercado
interno. Os frangos produzem carne apreciada mas sem a precocidade nem
a conformação dos híbridos modernos.

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NEW HAMPSHIRE:
De origem americana selecionada de uma variedade da Rhode com porte
semelhante. É uma raça que dá origem a muitos híbridos comerciais de corte
atuais. Sua plumagem é de coloração vermelho-clara, distinguindo-se da
vermelho-escura da Rhodes.

É uma raça muito popular pela beleza, produção de carne, pelos ovos de casca
marrom e pela rusticidade. Apresenta maturidade sexual precoce, inciando
a postura por volta de 18 semanas de idade. Quando adultos, os machos
pesam, em média, 4 kg e as fêmeas 3 kg. Também podem ser sexáveis com
um dia de vida, da mesma forma que a Rhode, obtendo mais de 80% de
acerto.

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PLYMOUTH ROCK:
A associação americana aceita as variedades Barrada, Prata Pincelado,
Branca, Amarela, Perdiz, Columbia e Azul.

No Brasil, a carijó é a mais comum e utilizada em criações semi-


intensivas ou extensivas. Possuem plumagem branca (Plymouth Rock
Branca) ou branco-acizentada (Plymouth Rock Barrada - carijó) (figura),
com crista serra, os brincos e as barbelas vermelho-brilhantes. São
bastante resistentes em condições de solo encharcado. Os machos
podem apresentar manchas brancas menores e menos irregulares na
cabeça. Os dedos dos machos são de coloração única e as fêmeas
possuem a coloração dos dedos cessada abruptamente, deixando as
pontas dos dedos amareladas. A variedade barrada apresenta porte
médio, é utilizada tanto para a produção de carne quanto de ovos de
casca marrom (dupla aptidão).

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GIGANTE NEGRA DE JERSEY:


Também de origem americana, desenvolvida nas granjas de New Jersey. É
uma ave de grande porte, sendo especialmente apreciada pela produção
de carne. É uma raça que nasceu para sustentar a demanda de frangos
pesados capões nos mercados de Nova Iorque por volta dos anos 1800.
Sua plumagem é preta com reflexos metálicos, apresentam canela e bico
(tendendo para o amarelo) pretos, barbelas, face e brincos vermelhos.

As galinhas podem chegar a produzir em média 170 ovos no primeiro ciclo de


postura. Os ovos de casca marrom pesam em média 60 gramas.

Os machos podem chegar a 5,902 kg enquanto que as fêmeas podem chegar


a 4,540 kg quando adultas.

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LIGHT SUSSEX:
Raça inglesa de porte grande, de dupla aptidão, apresentando pele branca,
crista serra, bico e tarso branco-marfim. Apesar de ser boa produtora de
carne e ovos, é pouco criada nas condições brasileiras, devido à coloração
branca de pele. Na Europa, alguns países possuem uma preferência maior
por frangos de pele de cor mais branca.

No primeiro ciclo de postura, as galinhas chegam em média a 180 ovos. Os


ovos possuem casca marrom e pesam em média 55 g.

Abaixo, veja uma tabela informando as principais características das raças


americanas compatíveis com o manejo semiconfinado:

Cor dos Cor da Produção Consumo


Raças Aptidão Plumagem
Ovos Pele de Ovos de Ração
Rhode Island Carne e Vermelho
Marrom Amarela 200 a 220 130
Red Ovos Escuro
Carne e Vermelho
New Hampshire Marrom Amarela 200 a 220 130
Ovos Escuro
Plymouth Rock Carne e Vermelho
Marrom Amarela 200 a 220 130
Barrada Ovos Escuro

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2.2.2 HIBRIDOS COMERCIAIS

Hoje o produtor brasileiro encontra a sua disposição várias marcas comerciais


de pintos caipiras de um dia para a produção de carne e de ovos. Todas elas
provenientes de linhagens selecionadas (melhoradas) e adaptadas à criação
ao ar livre, sendo desenvolvidas para a criação no campo, portanto, com a
carne apresentando textura consistente, de sabor diferenciado.

Estas linhagens comerciais caipiras são todas híbridas duplas, não devem ser
utilizadas para reprodução com o objetivo de renovação do plantel. O híbrido
é um produto originário de cruzamento entre raças ou linhagens diferentes,
mas que pertencem a mesma espécie.

As aves híbridas não possuem boa habilidade para retransmitir suas


características aos descendentes, ocorrendo perda do potencial genético de
produção. Isto leva o produtor a se tornar dependente de pintos de um dia,
para a renovação do plantel, sob pena de acarretar perdas de produtividade
nas sucessivas gerações.

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OS HÍBRIDOS COMERCIAIS INDICADOS PARA CORTE SÃO:

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Frango caipira pescoço pelado Label Rouge

............
Frango caipira pesadão misto Label Rouge

............
Caipira Pesadão Paraíso Pedrês

............
Caipira light

............
Acoblack Cou Nu

............
Caipira Índio Gigante

............
Embrapa-041

JÁ AS AVES HÍBRIDAS DESTINADAS Á POSTURA SÃO:

............
Embrapa-051

............
Galinha Caipira Rouge

............
Master Griss Plumê

............
Caipira Negra

............
Caipira Brow

............
Caipira Rubro Negra

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Introdução

3 ALIMENTAÇÃO

3.1 MANEJO NUTRICIONAL

A alimentação representa cerca de 70% do custo da produção das aves,


principalmente porque as matérias-primas são largamente usadas tanto para
criação de aves altamente tecnificadas quanto para o consumo humano.

Portanto, devem-se buscar fontes alternativas de alimentos, principalmente


energéticos e proteicos, como também de formulações que atendam às
necessidades qualitativas e econômicas de produção da galinha caipira.

No caso das galinhas caipiras, não se tem interesse de acelerar o crescimento


por meio de promotores como antibióticos e hormônios, e nem aumentar a
digestibilidade e a eficiência digestiva por meio de enzimas e aminoácidos
sintéticos.

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O desafio na criação de galinhas caipiras é tornar a produção mais eficiente


com a diminuição dos custos com alimentação, sem perder as características
dos seu produtos. A saída, então, seria se conhecer nais o potencial nutritivo
que se tem em cada ecossistema, grãos, folhas, frutos e outros, processá-
los sem perdas, torná-los disponíveis sempre que necessário e ofertá-los
às aves de acordo com as necessidades e peculiaridades de cada fase de
criação.

Graças ao seu sistema gastrointestinal, a galinha caipira tem maior capacidade


que a galinha industrial de converter alimentos de menor qualidade em carne
e ovos. Essa vantagem se deve à capacidade de trituração da sua moela
(estômago mecânico) e à presença da flora no ceco (parte do intestino
grosso), porções importantes do sistema gastrointestinal.

A grande maioria dos produtos que compõem a dieta das galinhas caipiras
é de origem vegetal, portanto, a qualidade desses produtos depende do
processamento, ambiente de origem (clima e solo) e da planta (espécie, tipo
ou variedade e idade).

3.2 APRESENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DOS ALIMENTOS

O fornecimento de rações seca é recomendável, tendo em vista a facilidade


de ocorrência de fermentação nos materiais úmidos, resultando em casos
de doenças oportunistas. Para facilitar a digestão, os ingredientes após o
devido processamento, desidratação e moagem são transformados em
farelos e farinhas, podendo ser incluídos nas dietas, de acordo com o plano
de alimentação estabelecido para o plantel.

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3.3 IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NA ALIMENTAÇÃO


O fornecimento de água para as aves deve ser feito em quantidade suficiente
e com boa qualidade. Estima-se que as aves consomem de água o dobro da
ração fornecida. A água de boa qualidade deve ser incolor, sem sabor, sem
odor e livre de impurezas, devendo ser renovada diariamente. Os bebedouros
devem estar sempre limpos e em locais e alturas que permitam o livre acesso
das aves.

3.4 TIPOS DE ALIMENTOS

Os alimentos essencialmente energéticos são aqueles que apresentam, em


mais de 90% da matéria seca, elementos básicos fornecedores de energia.
Podem ser utilizados em pequenas proporções (açúcar, gordura de aves,
gordura bovina, melaço em pó, óleo de soja degomado ou bruto) ou em
proporções maiores, como no caso da raiz de mandioca integral seca.

Os alimentos energéticos (com mais de 3.000 kcal/kg do alimento) também


podem ser fornecedores de proteína, por exemplo, a quirera de arroz, a
cevada em grão, o soro de leite seco, o grão de milho moído, o sorgo de
baixo tanino, o trigo integral, o trigo mourisco, o triguilho eu triticale, entre
outros, mas só são considerados proteicos os alimentos com mais de 16%
de proteína bruta.

A fibra bruta é um elemento limitante na digestão dos alimentos. Portanto,


devem ser fornecidos com cuidado, alimentos com mais de 6% de fibra bruta.
Alguns ingredientes energéticos, tais como o farelo de arroz integral, o farelo
de amendoim, a aveia integral moída, o farelo de castanha de caju, a cevada
em grão com casca, a polpa de citrus, o farelo de coco, a torta de dendê, o
grão de guandu cozido, a raspa de mandioca, apesar de possuírem energia
metabolizável acima de 2.600 kcal/kg, têm teor de fibra bruta acima de 6%.

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Alguns alimentos com menor energia (valor máximo de 2.400 kcal/kg) e


menor proteína (abaixo de 17%) e com fibra bruta acima de 6% são o farelo
de algaroba, o farelo de arroz desengordurado, o farelo de polpa de caju, a
casca de soja e o farelo de trigo.

Outro grupo de alimentos que tem alta fibra bruta (acima de 10 %), baixa
energia (energia metabolizável menor que 2.400 kcal/kg) e uma razoável
percentagem de proteína bruta (maior que 17 %), tais como o feno moído de
alfafa, o farelo de algodão, o farelo de babaçu, o farelo de canola e o farelo
de girassol devem ser incluídos criteriosamente na dieta das aves.

O leite desnatado em pó, a levedura seca, o glúten de milho, as farinhas


de origem animal (de penas, vísceras e sangue), a soja cozida seca, a
soja extrusada, alguns tipos de farelos de soja e a soja integral tostada são
considerados alimentos mais completos por apresentarem elevado teor
proteico (mais de 36% de proteína bruta) e energético (acima de 3.200 kcal/
kg de alimentos). Tais alimentos são usados como opções de ajuste nas
dietas das aves.

Outros alimentos, ao mesmo tempo em que são altos fornecedores de


proteína, também possuem elevada densidade mineral, tais como, as
farinhas de carne e ossos e a farinha de peixe. Vale a pena ressaltar que
esses últimos alimentos são incluídos em pequenas proporções nas dietas e
podem ter suas composições bastante variadas.

A dieta balanceada tem que possuir ingredientes que supram as necessidades


estruturais, produtivas e também influenciam na capacidade de absorção de
nutrientes das aves. Tal função fica a cargo dos minerais como o cálcio, o
fósforo e o sódio, que se encontram no calcário calcítico, fosfato bicálcico,
fosfato monoamônio, farinha de ossos calcinada, farinha de ostras e sal
comum.

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3.5 ADITIVOS
Pouco utilizados em dietas de galinhas caipiras, uma vez que não se recomenda
a inclusão de promotores de crescimento (antibióticos e hormônios), enzimas
e aminoácidos sintéticos, pois além de influenciarem na qualidade dos
produtos, aumentam também o custo de produção.

3.6 O PREPARO DAS RAÇÕES

A estrutura necessária para o preparo das rações compreende desde o local


apropriado, que deve ser limpo e isento de qualquer tipo de contaminação, aos
equipamentos moinho, balança e misturador. O responsável pela execução
da atividade deve dominar os cálculos matemáticos para composição das
dietas e a operacionalização dos equipamentos.

Conhecidas as proporções de cada ingrediente e estando os mesmos moídos


e em estado próprio para o consumo, inicia-se a pesagem pelos ingredientes
de menores quantidades, fazendo-se com eles uma mistura prévia, de modo
a facilitar a sua distribuição uniforme na mistura total.

Se a quantidade de ração a ser feita for pequena, podem-se misturar


manualmente os ingredientes e utilizar o misturador somente para maiores
quantidades. Recomenda-se que sejam verificados a uniformidade da mistura
e se o tempo utilizado corresponde ao que se espera para a ocupação de
mão de obra e gasto de energia.

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3.7 NECESSIDADES NUTRICIONAIS

As necessidades nutricionais das aves mudam de acordo com a idade, sexo,


raça, estado nutricional e sanitário, fase produtiva e finalidade econômica.

O SACAC - Sistema Alternativo de Criação de Aves Caipiras, recomenda que


as necessidades das aves sejam atendidas de acordo com as recomendações
da tabela abaixo. Os ajustes necessários com o uso dos alimentos localmente
disponíveis devem ser acompanhados, de modo a verificar o suprimento das
necessidades das aves e assim evitar o aumento do custo com alimentação
e o surgimento de doenças carenciais e metabólicas.

Níveis Nutricionais

Fase PB (¹) EMA (²) CA (³) Pdisp () Na () CL ()

(kcal/kg
(%) (%) (%) (%) (%)
de ração)

Reprodução 16,0 2.778 4,00 0,37 0,22 0,20

Cria 21,4 3.000 0,95 0,45 0,22 0,19

Recria 19,1 3.100 0,87 0,40 0,19 0,17

Engorda 18,0 3.200 0,80 0,36 0,19 0,18

¹proteína bruta; ²energia metabolizável; ³cálcio; fósforo disponível; sódio; cloro.

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3.8 FORMAS DE ARRAÇOAMENTO

O consumo de alimento está relacionado à fase de criação, tanto em termos


quantitativos como de diversidade de ingredientes. A alimentação correta
diminui os riscos da ocorrência de doenças oportunistas, de taras e vícios. A
fase de reprodução é a que merece mais atenção do criador, uma vez que o
sucesso reprodutivo depende de uma boa alimentação.

No caso de matrizes em postura, recomenda-se o fornecimento diário de


ração em torno de 6% do peso vivo da ave, inclusive para o reprodutor. Essa
quantidade manterá as aves bem alimentadas e sem risco de obesidade,
mesmo que haja o consumo à vontade de folhas e frutos verdes.

Na fase de cria, os pintos necessitam de uma boa alimentação, que será a


base para atingirem o desenvolvimento final desejável. Recomendam-se incluir
nessa primeira dieta ingredientes de alta digestibilidade e evitar o fornecimento
de frutos e folhas verdes, pois os animais estão com o aparelho digestivo
imaturo. O consumo observado nessa fase de criação é de aproximadamente
1.040 g de ração por pinto.

Nas fases seguintes, estima-se um consumo médio de 2.540 g e 3.430 g


por ave para recria e engorda, respectivamente. Vários alimentos podem ser
utilizados, podendo ocorrer o fornecimento sem restrição de frutos e folhas
verdes, contanto que a mistura seja farelada e devidamente balanceada para
as necessidades nutricionais de cada fase.

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3.9 ALIMENTOS ALTERNATIVOS

Além dos grãos de milho moído e do farelo de soja, que são os mais utilizados
em dietas de frangos, pintos e galinhas, outras opções de alimentos podem
ser utilizadas, desde que tenham composição química adequada e sejam
isentos de substâncias antinutricionais, que dificultem a digestibilidade e a
absorção de nutrientes.

Essas alternativas alimentares geralmente resultam do processamento de


produtos comestíveis, por isso são chamados de subprodutos. Também podem
ser restos culturais da agricultura ou pecuária, tendo, geralmente, ocorrência
sazonal. Uma vez selecionados para compra, as misturas dietéticas devem
ser limpas e processadas, isentos de qualquer toxicidade e perfeitamente
apropriados para o consumo.

3.10

INCLUSÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS E FRUTOS
NA ALIMENTAÇÃO DE GALINHAS CAIPIRAS

No sistema de criação de galinhas caipiras, predomina-se o sistema de


criação soltas em piquetes, com as aves buscando considerável porção da
sua alimentação nas partes mais tenras das plantas, nos frutos e nos restos
de colheita e de culturas, insetos, minhocas e outros.

De fato, dada a grande diversidade, frutos e partes das folhas de inúmeras


plantas são selecionados e ingeridos pelas aves, contribuindo para a riqueza
da sua dieta e para a economia de ração balanceada, reduzindo os custos
da criação.

O cultivo e o uso mais adequado de plantas possuidoras de maior potencial


de produção e valor nutritivo, com certeza, contribuirão para a melhoria do
sistema de criação.

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A vantagem de tal sistema será a alimentação mais barata, saudável, produzida


na propriedade e que resultará no aspecto e sabor peculiar “caipira” da carne
e ovos. A forragem verde, pelo seu conteúdo de vitamina A, faz com que a
gema do ovo tenha a cor amarelo-avermelhada, característica do ovo caipira.

É necessário frisar que, para a alimentação das aves, as plantas precisam


ter elevado valor nutritivo, baixo teor de fibra e alta digestibilidade. Mesmo
quando alimentadas com plantas de elevada qualidade, as aves, devido às
suas exigências nutricionais, necessitam de complementação da dieta com
ração balanceada.

O valor nutritivo varia entre diferentes plantas e depende da fertilidade do


solo. Folhas tenras são mais ricas e nutritivas que folhas maduras, com maior
teor de fibra. É comum o uso de restolhos de culturas, como as raízes e
as folhas de mandioca, da batata-doce, de frutos como a abóbora, mamão,
banana, caju, melancia e manga, além de uma infinidade de hortaliças.

Essas alternativas alimentares podem ser oferecidas verdes ou processadas


como farinha. Isso vai depender da quantidade, das condições de consumo
e de armazenamento. No caso de leguminosas como o feijão-guandu, a
leucena, a sabiá, o pau-ferro e a algaroba, dentre outras, os folíolos podem
ser desidratados, moídos e misturados à dieta, pois são boas fontes proteicas.

Outra forma das galinhas caipiras terem acesso a alimento verde é por meio
do uso de áreas de pastagens, compostas de plantas herbáceas nativas ou
cultivadas. Nessas áreas, além de ingerir as partes mais tenras das plantas,
as aves também se alimentam de alguns insetos que são bastantes ricos em
proteína.

As gramíneas mais adequadas são as de folhas finas e raízes firmes, difíceis


de serem arrancadas pelas aves. As partes mais tenras de outras gramíneas,
como o capim-elefante, podem ser fornecidas picadas.

No sistema alternativo de criação de galinha caipiras, quando a alimentação


das galinhas for principalmente à base de mandioca, a pigmentação da carne
e dos ovos pode ser melhorada com a utilização de plantas pigmentantes na
ração, por exemplo as sementes de urucum.

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4 LOCAL E INSTALAÇÃO
O local para instalação do galpão do galinheiro deve ser seco, livre de
inundações, de preferência com proteção natural contra ventos fortes
(como árvores, bambus), com facilidade de acesso a água e, no mínimo,
deve estar a uma distância de 50 metros da residência. É fundamental ter
cuidado com o fluxo de trânsito e de pessoas para evitar a contaminação e
transmissão de doenças.

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4.1 GALPÃO

INSTRUÇÕES PARA SUA CONSTRUÇÃO:

............
Local seco e ligeiramente inclinado para facilitar a limpeza e
desinfecção.

............
Seguir a orientação leste/oeste para a construção, visando um
melhor aproveitamento do sol.

............
Os galpões devem ter aberturas laterais para a pastagem.

............
Piso de terra batido ou concretado.

............
Paredes laterais - 30 cm de altura (alvenaria ou tábuas), o restante
colocar tela de 1,5” fio 18, trelissa, bambu ou madeira. A tela deve ir
até o teto.

............
Cobertura, telha de amianto, telha de barro.

............
Dentro do galpão a capacidade é de 8 a 10 aves por m² para
aves de corte.

............
Dentro do galpão a capacidade é de 5 a 7 aves por m² para aves
de postura.

............
Na área de pastagem o indicado é uma ave para cada 4 m².

............
Pé-direito: o mais indicado é de 3 metros. Mas existe de 2,60 a
2,80. O pé-direito mais alto favorece a melhor ventilação do galpão.
Com isso, galpões pequenos não necessitam de ventiladores.

............
Se possível, fazer um canal em volta da instalação para
escoamento da água de chuva.

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4.2 ARMAZENAGEM DA RAÇÃO

É importante que se tenha um local apropriado para a armazenagem


da ração, para evitar o acesso de roedores, entre outros. Além disso, a
proteção contra chuva e o sol possibilitam um melhor aproveitamento do
alimento que não se deteriora facilmente. Os mais indicados são os silos de
armazenagem ou os baús fechados que são abertos apenas no momento
da alimentação das aves. Os abrigos também são uma opção, mas elas
facilitam o acesso de roedores.

4.3 PIQUETES DE PASTAGENS

O terreno para formação dos piquetes para as pastagens, se possível, deve


ser ligeiramente inclinado, evitando-se a formação de poças d'água. A área
deve ser cercada e coberta com tela de arame galvanizado fio 18 – malha
20 mm x 20 mm.

A área do piquete de pastagem, corresponderá a 40% do tamanho do


galpão utilizado para a criação de frango tipo caipira.

4.4 CERCAS DE PROTEÇÃO

A cerca de proteção deverá ser construída em torno do galpão, distanciando-se


no mínimo 20 metros do mesmo ou do núcleo de galpões, contendo uma altura
mínima do solo de um metro.

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4.5 NINHOS

Quanto aos ninhos, o material a ser utilizado vai também depender da


disponibilidade e criatividade do criador. Tábuas e varas são as mais
recomendadas, pois permitem uma limpeza sistemática e mais fácil,
com a remoção temporária dos ninhos para o exterior das instalações. A
renovação de forro dos ninhos, a intervalos máximos de 30 dias, também se
faz necessária. Os ninhos são forrados, geralmente, com o mesmo material
utilizado como substrato no piso. A sensação de conforto e segurança influi
no volume de postura e na capacidade de incubação.

Já os poleiros, geralmente, só são instalados na área de engorda, uma vez


que um maior número de aves é alojado e ocorrem diferenças de porte,
tendo em vista o período de 60 dias preconizado para essa fase de criação.
É comum observar que o poleiro é mais utilizado pelas aves maiores,
principalmente quando a temperatura está mais alta.

Estão à disposição do criador de galinhas caipiras, nos mais diversos pontos


do país, modelos de comedouros e bebedouros, manuais ou automáticos,
que podem ser utilizados nas condições do SACAC. Porém, fica a cargo
da criatividade do criador utilizar modelos artesanais de bebedouros
e comedouros, desde que as condições de sanidade e funcionalidade
sejam mantidas. No caso específico do SACAC, a opção por bebedouros
confeccionados com garrafas pets e comedouros feitos com varas de cano
de plástico em forma de calha foi bem sucedida, facilitando a higienização
quando da renovação sistemática da água e da mistura dietética.

São equipamentos imprescindíveis às atividades diárias do aviário a máquina


forrageira ou moinho para triturar os alimentos: balanças para pesagem,
tanto das aves como dos ingredientes dietéticos; e o ovoscópio, para avaliar
a qualidade dos ovos, principalmente no processo de incubação.

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5 SANIDADE
Os principais procedimentos sanitários na criação de galinhas caipiras,
envolvem a limpeza das instalações, estar atento à prevenção de doenças
seguindo o calendário de aplicação de vacinas, além de cuidados constantes
com a qualidade da comida e da água fornecida aos animais e com a
destinação de seus excrementos.

Esses cuidados formam um conjunto de práticas sanitárias no manejo de


galinhas caipiras que proporcionam saúde e bem-estar aos animais e seus
criadores. A ausência desses procedimentos pode prejudicar a qualidade
da carne produzida, pois facilita a disseminação de doenças entre as aves.

Para garantir condições sanitárias adequadas às galinhas caipiras,


inicialmente, deve-se manter o ambiente de criação o mais limpo
possível, providenciando higienizações sistemáticas das instalações e
dos equipamentos, como bebedouros, comedouros e ninhos. Deve-se,
também, buscar cumprir um calendário para cobertura vacinal, controlando
as principais doenças viróticas, como a doença de Newcastle, Gumboro,
Bronquite Infecciosa e a Bouba Aviária.

O criador deve ainda estar atento para surtos epidêmicos e pandêmicos


como o da Influenza Aviária, conhecida como a gripe do frango. Outro
calendário que deve ser estabelecido é o de controle a ecto e endoparasitas
para que seja diminuída a carga de carrapatos, piolhos e vermes nas aves.

Outro cuidado é quanto à qualidade da comida e da água servida às aves,


que não podem estar sujas ou contaminadas. Para isso, a limpeza dos
comedouros e dos bebedouros precisa ser feita diariamente. A destinação
de resíduos, excrementos e carcaças de animais mortos também merece
atenção.

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5.1 PRINCIPAIS DOENÇAS DAS GALINHA CAIPIRAS

São muitas doenças que podem atacar um plantel de galinha caipira, e o


que é pior, muitas delas apresentam sintomas absolutamente parecidos, o
que torna o combate muito difícil.

É de extrema importância ter sempre a presença de um médico veterinário


que possa examinar as aves e fazer as indicações medicamentosas que
forem necessárias. Só assim podemos combater as doenças das galinhas
de forma eficaz. Veja as principais doenças que podem atacar seu aviários:

Bouba aviária: É uma doença muito contagiosa, presente em muitos


criatórios pelo Brasil e costuma vitimar muitas aves. Ela é conhecida
popularmente como “caroço” ou “pipoca”, e normalmente ataca as aves
de todas as idades. Na época do verão, elas se tornam mais presentes,
em função da grande quantidade de mosquitos que transmitem o vírus
da doença. Os sintomas mais frequentes são nódulos que aparecem nas
barbelas, em torno dos olhos, bico e, também, por todo a crista. Em casos
mais graves esses nódulos também aparecem na garganta das aves e esse
problema causa na ave uma dificuldade de se alimentar e respirar, o que
torna a doença ainda mais letal.

Doença de Marek: É uma doença causada por um vírus que, normalmente,


ataca as aves mais jovens do plantel. Ela afeta o sistema nervoso, pele e,
também, o globo ocular dos pintinhos. As aves afetadas por essa doença,
em sua maioria, sofrem por paralisia e prostração. Normalmente, causa
uma mortalidade muito grande nos aviários.

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Salmonelose: Esta é uma doença que merece um cuidado especial, pois


pode ser transmitida da ave para o ser humano. Normalmente, ataca as aves
de todas as idades causando uma mortalidade muito alta. Tem sintomas muito
parecidos com outras doenças causadas por bactérias, o que torna ainda
mais difícil detectá-la e combate-la de forma eficaz.

Doença de Newcastle: As aves afetadas por esta doença apresentam lesões


no sistema respiratório, nervoso e digestivo. Os sintomas apresentados são:
diarreia com sangue, espirros constantes, dificuldade de respirar, torcicolo,
conjuntivite, paralisia das asas e pernas, baixa produção de ovos e mortes
repentinas.

Outras doenças: Existem mais um grande número de doenças que podem


afetar a sua criação de galinha caipira, e das quais o criador deve proteger o
seu plantel. Exemplos: Bronquite Infecciosa, Leucose Linfóide, Calibacilose,
Micoplasmose, Encefalomielite Aviária, Coriza Infecciosa, Botulismo,
Pausteurelose, Estafilocose, Ornitose, Barreliose, Tuberculose, Entero-
hepatite, Aspergilose, Cocciodiose, Encefalomalácia Nutricional, Ascite,
Micotoxicoses, Raquitismo, Diátese Exsudativa, Verminoses, Ectoparasitose
e outros.

Mas, vale ressaltar que se você aplicar as boas práticas de manejo em sua
criação de galinha caipira, boa parte dessas doenças jamais chegarão em
seu aviário.

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6 CALENDÁRIO DE
VACINAÇÃO

As medidas de biossegurança garantem que os agentes infeccioso não


ataquem o plantel antes da estimulação imunogênica. Essas medidas
necessariamente têm que abranger todo o processo produtivo, desde
reprodução, incubação, eclosão, crescimento das aves, abate, fabricação
de ração e exposição dos produtos.

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A vacinação pode ser feita de forma coletiva (via água nos bebedouros /
pulverização) ou individual (injeção ou gota ocular). Apesar do esforço para
se vacinar todo o plantel, há casos de aves mal imunizadas, mesmo que
tenham recebido dose eficiente. Outra causa é a baixa eficiência da dose do
vírus vacinal.

Os tipos de vacinas mais comuns são: vacina de vírus vivo (pouco utilizada),
vacina atenuada e vacina inativa (morta). Dentre as vantagens da utilização
de vacina atenuada, podem-se enumerar o baixo custo, possibilidade de
vacinação coletiva, grande número de doses em pequeno volume, rápido início
de imunidade e imunidade local precoce. No entanto, sempre podem ocorrer
reações pós-vacinação, como difusão de algumas cepas, curta persistência
de imunidade, possível interferência de anticorpos maternos e interferência
de dois vírus do mesmo tropismo.

FASE VIA PERÍODO

Newcastle Ocular Mensal

Bronquite Infecciosa Ocular Mensal

Gumboro Ocular Mensal

Bouba Aviária Punctura na asa 1ª semana de vida

O criador pode utilizar alternativas medicamentosas como o fornecimento de


caldas com cascas de plantas medicinais como o angico-preto (Anadenanthera
macrocarpa), o jatobá (Hymenaea courbaril), o pau-ferro (Caesalpinia ferrea),
o alho (allium sativum L.) e o limão (Citrus limon), para controle de doenças
oportunistas transmitidas por bactérias. Podem também ser utilizadas como
alternativas de vermífugos naturais as sementes de melancia, mamão, melão
e perfilhos de bananeira. Para o controle de ectoparasitas, banhos com sabão
e fumo (Nicotina tabacum) são medidas tidas como rotineiras.

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7 REPRODUÇÃO

O sucesso reprodutivo de galinhas caipiras está diretamente relacionado


ao estado nutricional e sanitário do plantel. Outros fatores como idade,
porte, adaptação ao ambiente e relação macho/fêmea, também influenciam
bastante nos resultados.

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As aves reprodutoras devem ser capazes de realizar bem as funções


de produção de ovos, cobertura e fertilização. Para isto, necessitam ser
saudáveis e receberem uma boa alimentação. O reprodutor bem alimentado
será capaz de cobrir com naturalidade um grupo de doze matrizes sem que
isso venha causar qualquer desgaste físico. E, para que consiga realizar
tal missão, a ave terá que receber dieta balanceada e em quantidade
suficiente, porém não excessiva, para que não se torne obesa e mantenha
sua disposição física para realizar os saltos diários.

Para a matriz, além do desgaste físico com a postura, tem-se o gasto de


energia com a incubação, por meio de transferência de calor para os ovos.
Com isso, torna-se imprescindível o aumento da densidade calórica da
ração logo que se encerre o período de incubação. Tem também elevada
importância a reposição proteica e a mineral, principalmente de cálcio e
fósforo, que são usados na formações de casca de ovo.

Ressalta-se que mesmo com a relação macho/fêmea de 1:12, a fertilidade


dos ovos pode ser comprometida se houver mais de um reprodutor num
único ambiente e se eles passarem a disputar as fêmeas. Pode ocorrer
o domínio de um reprodutor sobre outros ou que algumas fêmeas não
aceitem determinados machos devido às circunstâncias de porte e/ou
comportamento.

Se o criador optar por mais de um reprodutor por lote, recomenda-se que


sejam da mesma idade e porte, e que, preferencialmente, tenham a mesma
procedência ou passado algum tempo juntos antes de ser iniciada a vida
reprodutiva.

Em caso nos quais em que os machos apresentem pesos exagerados com


relação às fêmeas, resultam em traumas físicos, da mesma forma que
machos bem inferiores em termos de tamanho não conseguem uma cópula
perfeita.

Aves que apresentem obesidade não são recomendadas para a reprodução.

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Machos diminuem a libido e sentem dificuldade de copular, enquanto as


fêmeas perdem exageradamente as reservas corporais no momento de
postura e principalmente quando estão submetidas à incubação. Com a
obesidade, diminuem o tamanho e o número dos ovos. A obesidade das
fêmeas é percebida pela apalpação da região abdominal, principalmente
próximo à cloaca.

Deverão ser imediatamente descartadas as aves que apresentarem defeitos


físicos, sinais de vícios ou taras e problemas sanitários, principalmente se
esses foram capazes de infestar o plantel.

As aves ativas, com bom escore corporal e idade entre 6 e 24 meses e que
não estejam comprometendo o plantel em termos de consanguinidade ou
em processo de seleção indesejável e improdutivo, devem ser mantidas.

............ Pré-postura: a primeira pré-postura ocorre em aves com cerca de


22 semanas de vida. Em fêmeas reprodutivas, é a fase posterior
ao choco e tem duração aproximada de 8 dias.

............ Postura: essa etapa tem um período médio de 15 dias. Uma


fêmea com boas condições nutricionais, sanitárias e de conforto
apresenta postura de 10 a 15 ovos.

............ Choco: nessa etapa ocorre a suspensão da postura e dura em


torno de 21 dias. A ave apresenta comportamento mais agressivo,
penas eriçadas, canto diferente e permanece mais tempo deitada
no ninho ou em algum canto da instalação.

............ Pós-choco: ocorre geralmente após o processo de eclosão e


nascimento dos pintos ou quando o choco é interrompido. Na
criação extensiva, é a época em que a fêmea passa conduzindo
o grupo de pintos recém-nascidos, que pode ser interrompida e
durar apenas 3 dias.

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FORMA DE INCUBAÇÃO
FASE
NATURAL ARTIFICIAL

Pré-postura (dias) 8 8

Postura (dias) 15 15

Choco (dias) 21 0

Pós-choco (dias) 3 3

Total (dias) 47 26

Nº de ciclo anuais 7 13

Aumentando o número de ciclos, o volume de postura e o número de crias


nascidas serão também aumentados. O criador que optar pelo SACAC
Familiar poderá utilizar as duas formas de incubação; natural e artificial,
dependendo da finalidade e planejamento da sua criação.

O processo de incubação é iniciado no momento da coleta dos ovos. Ao


serem coletados diariamente, os ovos devem passar por uma limpeza
rápida, de preferência usando-se um pano úmido, para remover toda
matéria orgânica incrustada na casca. Em seguida marca-se com lápis
grafite na casca a data de postura (dia/mês). Esse procedimento servirá
para que o criador decida pela venda, consumo ou incubação do ovo no
momento adequado.

A coleta diária ou por mais de uma vez ao dia evita que se inicie o processo
indesejável e precipitado de incubação, tendo em vista que o aquecimento
do ovo ocorre quando outras matrizes estão sobre os mesmos, no momento
da postura. O desenvolvimento embrionário uma vez iniciado, não poderá
ser mais interrompido, sob pena da perda do ovo.

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O tamanho, o formato e as condições externas da casca servem de base


para a decisão do criador sobre o destino do ovo. Tamanho exageradamente
grande ou muito reduzido, formatos estranhos e rasuras na casca indicam
que o ovo deve ser consumido ou vendido imediatamente. Um procedimento
usual é a ovoscopia, que permite a observação mais detalhada da casca de
ovo, presença de câmara de ar e de algum processo de desenvolvimento
embrionário antecipado.

O lote de ovos destinado à incubação deverá ser acondicionado em local


arejado por, no máximo, 7 dias ou em ambiente refrigerado em temperatura
em torno de 10 ºC, por um período não superior a 30 dias, desde que sejam
virados pelo menos uma vez.

A viragem dos ovos deve ser lenta, bastando apenas que a marcação com
grafite (aquela que identifica a data da postura ou o lote) seja alternada com
relação à parte superior da bandeja, para evitar que a gema cole na casca
do ovo, pois, se isso acontecer, o ovo não poderá ser incubado.

Na incubação natural, o cuidado mais importante é com a escolha da


matriz, que deve ser apresentar habilidade materna e ausência de vícios ou
taras. Além dessas qualidades, o tamanho da matriz, por sua relação com a
capacidade de abrigar um maior número de ovos, o conforto, a segurança, o
arejamento e as condições higiênicas do ninho, também são responsáveis
pela alta de eclosibilidade.

A quantidade de 12 a 15 ovos por matriz é a mais utilizada, para isso tem-se


que levar em consideração tanto o tamanho das matrizes como o dos ovos.
É importante observar que no modelo do SACAC Familiar existe, na área de
reprodução, a zona de incubação. Tal separação tem o objetivo de evitar que
outras matrizes em situação de postura misturem seus ovos com o que já se
encontram em estágio de incubação.

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Esse fato provocará perdas indesejáveis, já que haverá eclosão dos ovos
em estágio mais avançado de incubação e o consequente abandono do
ninho pela matriz, interrompendo o processo nos ovos que continuarem no
ninho. Ocorrências como a rejeição e trocas de ninhos são comuns. Alguns
artifícios facilitam o manejo e a manutenção da ave no ninho, como o uso
de tampas nos ninhos.

O acompanhamento diário detecta problemas que possam ocorrer durante


a incubação natural e que necessitem da intervenção do criador, tais como
a rejeição e a troca de ninhos, que, se não detectados diariamente, podem
resultar em perdas.

A ovocospia é recomendada também durante o processo de incubação,


principalmente após os primeiros 10 dias, quando já se pode observar o
desenvolvimento ou não do pinto. Nos casos negativos, os ovos serão
descartados.

Bons resultados de incubação são alcançados quando as matrizes são


devidamente alimentadas, por isso é recomendável o fornecimento diário em
quantidade e qualidade de uma mistura dietética que supra principalmente
o desgaste energético. Há casos de deficiência alimentar nos quais as
matrizes, por questão de sobrevivência, consomem os próprios ovos.

Perdas também ocorrem no momento da eclosão, tanto por dificuldades


do pinto em romper a casca, como encaixe de cascas secas. Sempre se
recomenda a retirada dessas cascas, pois elas podem servir de isca para
formigas.

Dentre as vantagens de se utilizar a incubação artificial, a que mais se


destaca é a não-ocupação da matriz com o choco, o que resulta em maior
número de ciclos reprodutivos anuais.

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Outra grande vantagem é poder programar o nascimento dos pintos para
uma determinada época, podendo-se economizar em manejo e atender de
forma mais criteriosa às demandas do mercado consumidor.

Existem vários modelos de chocadeiras no mercado, desde as manuais


às totalmente automatizadas, capazes de programar viragens e controlar
temperatura e umidade por meio de termostatos e higroscópicos. As
chocadeiras podem ainda ser dotadas de termômetros e reservatórios de
água confeccionadas por material sintético, como fibra de vidro, plástico
e acrílico, o que possibilita maior higienização. As tampas transparentes
permitem uma melhor visão do processo de incubação, principalmente no
momento da eclosão.

Para se alcançar o sucesso desejado, o criador deve ter controle exato da


postura, fertilidade e eclosão. Essas variáveis vão definir as necessidades
de ajustes de manejo e de substituição de aves, equipamentos e máquinas.

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8 COMERCIALIZAÇÃO
O principal marketing dos produtos caipiras (aves vivas, aves abatidas
ou ovos) é o fornecimento de um produto mais saudável, com um sabor
diferenciado.

Como forma de promover o consumo, muitos produtores estão vendendo


seus produtos em embalagens personalizadas, principalmente com
desenhos que lembram a vida tranquila do campo e a necessidade de se
consumir um produto mais saudável.

7.1 APROVEITAMENTO DE SUBPRODUTOS

As fábricas de ração são as principais interessadas nos subprodutos do


abate das aves. Penas, vísceras e o sangue podem ser utilizadas para a
alimentação animal, desde que sejam corretamente processados.

Os principais equipamentos utilizados nesse processamento são autoclaves


e digestores, nos quais ocorrem a introdução indireta de vapor. As vísceras
separadas são enviadas para a autoclave, onde é extraído o óleo – a água
separada é encaminhada para o sistema de tratamento e, logo em seguida,
para o sistema de esgoto. As vísceras são destinadas, juntamente com as
penas e o sangue, para os digestores e para a fabricação de farinha. Após
o cozimento, a farinha é secada, moída e embalada para comercialização.

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Esperamos que tenha gostado do E-book Sistema de Criação Alternativo
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sobre a criação alternativa de aves caipiras, conheça o Curso a Distância
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produção, até a classificação dos ovos, bem como os tipos de sistemas
existentes e como deve ser realizado o manejo das poedeiras e do frango
de corte.

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Fontes:

Albino, Luiz Fernando T. Curso CPT Criação de Frango e Galinha Caipira.


Viçosa – MG; CPT – Centro de Produções Técnicas, 2016. 401 p.

RECOMEÇO NO BRASIL. História das Galinhas. Disponível

em: <http://recomeconobrasil.blogspot.com.br/2015/08/historia-das-galinhas.
html>. Acesso em 20 Dez. 2016.

CRIATÓRIO PENINHA. Rhode Island Red. Disponível em: <http://


criatoriopeninha.blogspot.com.br/2008/09/rhode-island-red.html>. Acesso em
20 Dez. 2016

EMBRAPA. Sistema Alternativo de Criação de Galinhas Caipiras. Disponível


em: <https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Ave/
SistemaAlternativoCriacaoGalinhaCaipira/Alimentacao.htm>. Acesso em 22
Dez. 2016.

UBERABA. Criação de Frango Caipira. Disponível em: <http://www.uberaba.


mg.gov.br/portal/acervo/agricultura/arquivos/criacao_de_frango_caipira.pdf>
Acesso em 23 Dez. 2016.

CAPRINO-OVINOCULTURA. Sanidade das Galinhas Caipiras. Disponível em:


<http://www.caprino-ovinocultura.com.br/2010.2/index.php?option=com_cont
ent&view=article&id=1109:sanidade-das-galinhas-caipiras&catid=34:pagina-
inicial>. Acesso em 27 Dez. 2016.

CRIAR GALINHA. Galinha Caipira. Disponível em: <http://www.criargalinha.


com.br/sanidade/galinha-caipira/>. Acesso em 27 Dez. 2016.

FAO. A Reprodução da Galinha. Disponível em: <http://coin.fao.org/coin-static/


cms/media/10/13449503469500/mdulo_8_-_irpc_-_reproduo_da_galinha_-_
album_seriado.pdf>. Acesso em 27 Dez. 2016.

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