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Aula um
Prof. Antonio Nóbrega
AULA UM
Objetivos
N
Neecceessssiiddaaddeess ddooss ccoonnssuum
miiddoorreess
D
Diiggnniiddaaddee
S
Saaúúddee
S
Seegguurraannççaa
IInntteerreesssseess eeccoonnôôm
miiccooss
Q
Quuaalliiddaaddee ddee vviiddaa
TTrraannssppaarrêênncciiaa ee hhaarrm
moonniiaa
Para uma análise mais precisa deste tópico, trataremos dos princípios
consignados nos incisos do art. 4º da Lei nº 8.078/90, que constituem um
relevante instrumento norteador para que sejam identificados o alcance e real
significado dos objetivos acima transcritos.
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Inversão do Ônus
da Prova
Verossimilhança
da alegação. Hipossuficiência
especial que trata das relações de consumo -, ira produzir efeitos no mundo
jurídico. Para mais claro entendimento, é oportuno trazer as palavras da
doutrinadora Claudia Lima Marques, que ao discorrer sobre o art. 7º, assevera
que:
Nos termos dos arts. 186, 187 e 927 do Código Civil de 2002, o regime de
responsabilidade que predomina em nosso ordenamento jurídico tem como
fundamento a culpa1.
Assim, para que se configure o dever de reparação de uma pessoa em
face de outra, é necessário que o causador do dano tenha atuado com dolo –
tenha agido com intenção ou assumido o risco de produzir o resultado – ou
culpa – nas modalidades de imprudência, negligência ou imperícia.
Caso um dano seja causado em virtude de um fato involuntário, como na
hipótese de caso fortuito ou força maior, não há de se falar em responsabilidade
do causador do dano.
1
Frise-se que o parágrafo único do art. 927 do Código Civil prevê a responsabilidade sem culpa, “nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para os direitos de outrem.”
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Para melhor ilustrar essa situação, vamos imaginar uma colisão causada
por um automóvel em uma moto. Ora, para que o motorista do carro seja
responsabilizado e tenha a obrigação de indenizar o motoqueiro pelos prejuízos
suportados, é necessário demonstrar que aquele atuou, pelo menos, com
imprudência. Caso reste comprovado que o acidente ocorreu, por exemplo, por
deficiência da via ou queda de uma árvore, é patente que estará afastada a
responsabilidade do condutor do automóvel.
Com o advento do Código de Defesa do Consumidor, a responsabilidade
dos fornecedores nas relações de consumo passou a ser tratada de modo
diferenciado pela legislação. A justificativa para essa mudança na forma com
que é aferida a responsabilidade tem como um dos principais fundamentos a
massificação dos meios de produção.
Considerando que atualmente o consumidor encontra-se exposto a bens e
serviços oferecidos em grande escala, é possível vislumbrar uma hipótese em
que o fornecedor atue com diligência e cautela durante a produção do bem, mas
o produto final comercializado no mercado venha a apresentar um defeito apto
a causar um dano ao seu adquirente.
Evidencia-se que não houve dolo ou culpa do fornecedor, já que este agiu
de modo cuidadoso, com a observância de um rigoroso controle de qualidade na
confecção do produto. Ocorre que, ainda assim, o bem foi colocado defeituoso
no mercado. Trata-se de uma consequência da produção em massa e pode ter
as mais variadas justificativas – tais como: defeitos em uma peça entregue por
outro fornecedor, problemas no transporte do produto, desconhecimento acerca
de alguma característica do bem etc.
Neste caso, não seria razoável que o dano suportado pelo consumidor
ficasse sem reparação. Deste modo, a solução encontrada pelo legislador foi
atribuir a responsabilidade objetiva aos fornecedores.
De acordo com essa teoria, o fornecedor assume os riscos pelo exercício
de sua atividade, e irá responder, independentemente da existência de culpa ou
dolo, por eventuais prejuízos suportados pelo consumidor, desde que haja um
nexo de causalidade entre o vício ou defeito do produto ou serviço e o dano.
Caso um alimento seja colocado à disposição do público em geral e,
posteriormente, seja comprovado que um fungo gerou danos a diversos
consumidores, o fornecedor deverá ser acionado para reparar o prejuízo
causado. Tal responsabilidade persistirá mesmo diante da prova de que o
R
Reessppoonnssaabbiilliiddaaddee O
Obbjjeettiivvaa TTeem m ccoom moo ffuunnddaam meennttoo oo rriissccoo ddaa
aattiivviiddaaddee.. AA oobbrriiggaaççããoo ddee iinnddeenniizzaarr
iinnddeeppeennddee ddaa eexxiissttêênncciiaa ddee ccuullppaa
Outro ponto que merece atenção é fato de que grande parte da doutrina
entende que a culpa mencionada no inciso III, do parágrafo 3º do art. 12 do
CDC refere-se à culpa exclusiva da vítima.
Com efeito, entende-se que, caso esteja configurada a culpa concorrente
– que ocorre quando tanto o fornecedor, como o consumidor ou terceiro, agiram
com culpa –, não há como excluir a responsabilidade do fabricante, construtor,
produtor ou importador.
A culpa exclusiva seria a única hipótese com aptidão para afastar o dever
de indenizar, já que extingue a relação de causalidade entre o defeito do
produto e o evento danoso.
Como exemplo, imagine que um aparelho elétrico, não obstante todos os
avisos no respectivo manual de utilização, venha a causar um princípio de
incêndio em virtude de ter sido ligado em uma saída de energia inapropriada.
Nesta hipótese, é evidente que o dano foi causado exclusivamente devido a
uma conduta imprudente do consumidor, não sendo possível vislumbrar defeito
do produto.
Na culpa concorrente, a responsabilidade se atenua, em virtude da
concorrência de um defeito do bem com uma conduta culposa. Todavia,
remanesce a obrigação do fornecedor de reparar parte do dano.
Repare, candidato, que, ainda que o produto apresente um mau
funcionamento, se o dano foi oriundo exclusivamente da conduta do consumidor
ou terceiro, não haverá responsabilidade do fornecedor, considerando que o
defeito não contribuiu para o evento.
Insta salientar que, no elenco de hipóteses que excluem a
responsabilidade do fornecedor, não há menção ao caso fortuito ou a força
maior – o primeiro decorre de fato ou ato inevitável que independe da vontade
das partes; o segundo ocorre em virtude de forças físicas, superior às forças do
agente.
Contudo, a doutrina majoritária entende que a configuração destes
eventos seria suficiente para afastar responsabilidade do fornecedor quando o
produto já se encontra em circulação. Nesta linha de entendimento, vale trazer
à baila trecho da obra “Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, comentado
pelos autores do anteprojeto”, na qual um dos autores discorre sobre o tema
nos seguintes termos:
RESPONSABILIDADE DO COMERCIANTE
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
om
-o mooddoo ddee sseeuu ffoorrnneecciim
meennttoo;;
o rreessuullttaaddoo ee ooss rriissccooss qquuee rraazzooaavveellm
-o meennttee ddeellee ssee eessppeerraam
m;;
a ééppooccaa eem
-a m qquuee ffooii ffoorrnneecciiddoo..
O art. 17, que dispõe sobre uma das hipóteses de consumidor por
equiparação, já foi discutido na aula passada.
Art. 18 Art. 19
2
É possível fazer alusão à Lei nº 7.783/89, que trata do direito de greve e enumera os serviços considerados
essenciais em seu art. 10.
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Decadência – Prazos
9 30dias – produtos e serviços não duráveis
9 90 dias – produtos e serviços duráveis
⇒ Início do prazo – prazo da entrega do produto
ou conclusão do serviço.
Exceção: vício oculto - momento em que ficar
evidenciado o defeito
Obsta a decadência:
-Reclamação do consumidor
-Instauração de inquérito civil
AA pprreetteennssããoo àà rreeppaarraaççããoo eemm vviirrttuuddee ddee ddaannooss ccaauussaaddooss ppoorr ffaattoo ddee pprroodduuttoo
oouu sseerrvviiççoo pprreessccrreevvee eem
m cciinnccoo aannooss..
6) Oferta e publicidade
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6.1 Oferta
Art. 31.
1. A oferta e apresentação ão de de produtos
os ou
serviços devemem assegurar informações es corretas,
claras, precisas, ostensivas e em
em l ín gua
u portuguesa
a
sobre
re suas
as características, qualidades, quantidade,
composição, preço, garantia, prazos de validade e
origem, entrere outros
os dados, bem em como mo sobre os
riscos que
ue apresentamam à saúde de e segurança ça dos
consumidores (elenco exemplificativo).
Até agora, vimos que o regime legal discutido linhas acima traz uma gama
de obrigações para o fornecedor, notadamente o efeito vinculante da oferta. Em
linha de consequência, pode-se então indagar: e se o fornecedor recusar-se a
cumprir os termos da oferta que fez veicular?
Para estas hipóteses, o art. 35 do CDC prevê que o consumidor poderá:
exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação
ou publicidade; aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente; ou
rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente
antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
É relevante enfatizar que a escolha dentre as três opções será do
consumidor, sem necessidade de que seja apresentada por este qualquer
justificativa ou fundamento.
Imagine-se o primeiro exemplo mencionado na aula de hoje (oferta de
uma concessionária, possibilitando que a quantia referente à entrada para a
compra de veículos semi-novos seja dada noventa dias após a entrega do bem).
Caso o fornecedor (a concessionária) recuse-se a cumprir esta oferta, o
consumidor poderá ingressar em juízo, com pedido para que o pagamento seja
feito somente noventa dias após a entrega do bem.
Na hipótese, também mencionada acima, do oferecimento de empréstimo
por taxa de juros incorreta, nada impede que o consumidor aceite, por sua
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ontrato, com
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eventualmente
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danos.
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1.2 Publicidade
Candidato, para que você possa familiarizar-se com este assunto, vamos
fazer uma breve exposição sobre cada uma destas práticas nas linhas seguintes,
para que sejam melhor compreendidas e memorizadas.
II, da Lei nº 8.137/90, que prevê pena de dois a cinco anos de detenção para
aquele que subordinar a venda de um bem ou utilização de um serviço à
aquisição de outro bem, ou ao uso de determinado serviço.
3
Saliente-se que, nos termos do inciso III, do art. 2º da Lei 1.521/51, que dispõe sobre
os crimes contra a economia popular, é crime expor a venda ou vender mercadoria ou produto
alimentício, cujo fabrico haja desatendido a determinações oficiais, quanto ao peso e
composição.
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Note, candidato, que tal dispositivo tem forte correlação com o inciso II,
já debatido nas linhas anteriores, e que também veda a recusa da venda de
produtos ou serviços aos que se dispuserem a efetuar o pronto pagamento.
Em relação à distinção entre os dois incisos, é oportuna a transcrição da
lição apresentado pelo doutrinador Rizzato Nunes, que, ao tratar do tema,
assevera o seguinte:
4
A circular nº 256 de 2004 da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP estabelece
o prazo de trinta dias para liquidação do sinistro, a partir da comunicação do evento por parte
do segurado.
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CAATTIIVVO
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I - condicionar
ar o fornecimento de produtoto ou
ou de
de serviço ao fornecimento de outro
ro produto ou
serviço, bem
em como, semem justa causa, a limites quantitativos;
IX - recusar
ar a venda
da de
de bens
ns ou
ou a prestação
ão de
de serviços, diretamente
te a quem se disponha a
adquiri-los
os mediante
te pronto
to pagamento, ressalvados os
os casos de intermediação
ão regulados em
leis especiais
is;
X - elevar sem
em justa causa
sa o preço
ço de
de produtos
os ou
ou serviços;
XIII - aplicar
ar fórmula ou índice de reajuste diverso
so do
do legal ou contratualmente
te estabelecido;
3) Cobrança de dívidas
5
Neste sentido, O STJ decidiu que o ”nome do devedor inadimplente há de ser mantido
nos cadastros de proteção ao crédito pelo período máximo de cinco anos, a contar da data de
sua inclusão. No entanto, há possibilidade de haver sua exclusão antes do decurso desse prazo
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6) Exercícios
6. (Antonio Nóbrega/Ponto dos Concursos - 2012) Qual das opções abaixo não
constitui, nos termos da Lei nº 8.078/90, um direito do consumidor:
a) Adequada e eficaz prestação dos serviços públicos;
b) isenção de custas em processos judiciais envolvendo relação de consumo;
c) inversão do ônus da prova quando for verossímil a alegação;
d) revisão das cláusulas contratuais em razão de fatos supervenientes que as
tornem excessivamente onerosas;
e) divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços.
Comunicou, ainda, que a venda seria feita por via postal. Determinado
consumidor, após efetuar o pagamento, recebeu uma peruca:
a) publicidade desleal;
b) publicidade enganosa;
c) publicidade abusiva;
d) exagero lícito no meio publicitário;
e) situação que somente poderá ser considerada irregular após manifestação do
Conselho Nacional de Auto-Regulamentação.
14. (Antonio Nóbrega/Ponto dos Concursos - 2012) Qual dessas práticas não é
considerada abusiva:
a) aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente
estabelecido;
b) enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto,
ou fornecer qualquer serviço;
c) exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
d) executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização
expressa do consumidor;
e) Elevar os preços de produtos e serviços para adequá-los à realidade
econômica.
15. (Antonio Nóbrega/Ponto dos Concursos - 2012) Acerca dos bancos de dados
e cadastro de consumidores, marque a afirmativa incorreta:
a) Os cadastros e dados de consumidores não podem conter informações
negativas referentes a período superior a cinco anos;
b) Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros,
verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão;
c) A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá
ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitada por ele;
d) Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de
proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter
privado;
Gabarito
Questão 1 – A
Questão 2 - C
Questão 3 - E
Questão 4 - D
Questão 5 - E
Questão 6 - B
Questão 7 - E
Questão 8 - B
Questão 9 – C
Questão 10 - B
Questão 11 - C
Questão 12 - C
Questão 13 - A
Questão 14 - E
Questão 15 - D
Comentários
Questão 1
A opção correta é a letra “a”, que está de acordo com a segunda parte do
art. 28 da Lei nº 8.078/90.
A alternativa “b” não elenca todas as hipóteses previstas no art. 28 do
CDC que permitem a desconsideração da pessoa jurídica. A opção “e” também
não se ajusta à redação daquele dispositivo, ao dispensar a configuração da má
Questão 2
A única opção que se amolda ao conceito de fato do produto é a
alternativa “c”. Como vimos, o fato do produto é caracterizado pela existência
de dano ao consumidor, em virtude de acidente de consumo.
Questão 3
A responsabilidade dos profissionais liberais deve ser apurada mediante a
verificação de culpa, nos termos do §4º, do art. 14, o que demonstra a
inexatidão da alternativa “a”.
A opção “b” também é incorreta. A culpa exclusiva do consumidor é uma
das causas aptas a afastar a responsabilidade daqueles agentes, conforme o
inciso I, do §3º, do art. 14.
Do mesmo modo, as alternativas “c” e “d” não se harmonizam,
respectivamente, com o teor do §2º do art. 14 e com o art. 13, ambos da Lei
Consumerista.
A assertiva correta é a letra “e”. De fato, o art. 17 do CDC permite que
todas as vítimas do evento sejam equiparadas a consumidores.
Questão 4
A situação hipotética apresentada no enunciado configura claramente um
fato do serviço (opção “d”). Trata-se de um acidente de consumo na prestação
do serviço de transporte, o que acabou por gerar danos ao consumidor.
Questão 5
A única opção que se encontra em descompasso com o CDC é a
alternativa “e”. De fato, o prazo para que o consumidor reclame por vícios de
qualidade em produtos é de trinta ou noventa dias, no caso de bem não durável
ou durável, respectivamente.
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A assertiva “a” está em harmonia com o §1º do art. 18, enquanto a opção
“b” compatibiliza-se com o art. 17. Da mesma forma, as letras “c” e “d” estão
de acordo, respectivamente, com o inciso I do art. 13 e com o art. 23, todos do
Código de Defesa do Consumidor.
Questão 6
O direito mencionado na opção “b” da questão não se encontra previsto
no elenco do art. 6º do Código de Defesa do Consumidor.
As letras “a”, “c”, “d” e “e” tem previsão, respectivamente, nos incisos X,
VIII, V e II daquele dispositivo.
Questão 7
Conforme o texto consignado no inciso III, do §3º, do art.12 do CDC,
evidencia-se que tanto a culpa do consumidor como a do terceiro podem afastar
a responsabilidade do fabricante, construtor, produtor ou importador, desde que
seja exclusiva (alternativa “e”).
A culpa concorrente – que ocorre quando ambas as partes contribuem de
alguma forma para o evento danoso – não é suficiente para afastar tal
responsabilidade.
Questão 8
A opção “b” está de acordo com o teor do §2º, do art. 26 do CDC, que
aponta as duas causas aptas a obstar a prescrição.
A letra “a” não se harmoniza com o CDC, tendo em vista que se aplica
somente na hipótese do §3º do art. 26.
Ressalte-se que os prazos previstos nas letras “c”e “d” estão incorretos,
de acordo, respectivamente, com o art. 27 e com o inciso I do art. 26.
Por fim, como vimos, a decadência aplica-se a vício de produto ou serviço,
enquanto a prescrição vale para o caso de acidente de consumo, o que indica a
inexatidão da assertiva “e”.
Questão 9
Questão 10
Conforme discutido em nossa aula, a publicidade enganosa (opção “b”) é
aquela que cria no consumidor expectativas que não correspondem à realidade
do produto ou serviço.
No caso apresentado, evidencia-se que, ao afirmar que se tratava de um
produto novo e que seria a salvação para os calvos e carecas, criou-se uma
expectativa equivocada em torno da realidade do bem, já que se tratava de
uma peruca, produto amplamente comercializado no mercado.
Questão 11
As opções I e III estão de acordo, respectivamente, com os incisos I e II
do art. 35 do Código de Defesa do Consumidor.
O item II está equivocado, tendo em vista que, nos termos do inciso III
do art. 35, não há necessidade da anuência do consumidor para que o
consumidor decida pela rescisão do contrato.
Questão 12
Repare, candidato, que, não obstante fazer alusão a diversas práticas
que, prima facie, podem parecer abusivas, somente a assertiva “c” se amolda a
uma das hipóteses do art. 39.
O repasse de informações (“a”) é vedado quando se trata de informação
depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus
direitos (inciso VII). Do mesmo modo, para que a elevação de preço (“b”) seja
condenável sob o ponto de vista do regime consumerista, não deve haver justa
causa para que tal medida seja adotada (inciso X).
A aplicação de fórmulas ou índices de reajuste (“d”) só é vedada quando
for contrária ao previsto em lei ou no termo celebrado entre as partes (inciso
XIII). Por fim, para ser condenada sob a ótima da Lei Consumerista, a
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Questão 13
A alternativa correta é a letra “a”, tendo em vista que o enunciado da
questão corresponde ao parágrafo segundo do art. 37 do CDC.
Questão 14
As práticas comerciais apresentadas nas letras “a”, “b”, “c” e “d” são
consideradas abusivas, nos termos, respectivamente, dos incisos XIII, III, V e
VI do art. 39 da Lei nº 8.078/90.
A elevação de preços (opção “e”) só é reprimida pelo ordenamento
jurídico consumerista quando não há uma causa justificável para tal medida.
Tratando-se de adequação à uma nova realidade econômica, não há de se falar
em abusividade.
Questão 15
O exercício explora o art. 43 do Código de Defesa do Consumidor. As
opções “a” e “b” estão em sintonia com o parágrafo primeiro daquele dispositivo
legal, enquanto as assertivas “c” e “e” harmonizam-se, respectivamente, com o
parágrafo segundo e com o caput.
A alternativa incorreta é a letra “d”, já que os serviços de proteção ao
crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público (§4º).
Bibliografia
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São Paulo: Saraiva, 2003.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. 10 ed. rev. e atual., São
Paulo: Saraiva, 2007.
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obrigações. 18 ed. rev. e atual. de acordo com o novo Código Civil, São Paulo:
Saraiva, 2003.
REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial, 27 ed. rev. e atual. São Paulo:
Saraiva, 2010.